PPGEDU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - CE DIRETORIA DO CENTRO DE EDUCACAO - CE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MELANIE LAURA MARIANO DA PENHA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MELANIE LAURA MARIANO DA PENHA SILVA
DATA : 31/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

NEOCONSERVADORISMO E FAMILISMO NAS POLÍTICAS CURRICULARES BRASILEIRAS: A MOBILIZAÇÃO DISCURSIVA DE INFÂNCIA, GÊNERO E SEXUALIDADE NAS DISPUTAS POR HEGEMONIA NA EDUCAÇÃO.


PALAVRAS-CHAVES:

políticas curriculares, neoconservadorismo, infância, gênero, familismo.


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Uma onda neoconservadora e antidemocrática se propagou no campo educacional interpelando políticas curriculares de gênero e sexualidade com polêmicas e distorções calcadas no pânico moral em torno da educação de crianças. O significante infância foi evocado reiteradamente num intenso jogo político-discursivo que mobilizou demandas e disputas hegemônicas pela educação. Este trabalho investigou a disputa dos sentidos de infância nas políticas curriculares brasileiras entre os anos de 2011 e 2021, nesse contexto de acirramento do antagonismo. Fundamenta-se na Teoria Política do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, para quem a realidade é sempre discursiva, contigente, atravessada por relações de poder e permanentemente negociada. O corpus foi constituído por: 1) vinte e quatro atas de sessões plenárias da Câmara dos Deputados do Brasil entre 2011 e 2021, nas quais foram proferidos discursos sobre infância, educação, gênero, ideologia de gênero, família, escola e currículo; 2) cinco Projetos de Lei de cunho familista versando sobre ensino domiciliar (Homeschooling); 3) materiais do Programa de Literacia familiar “Conta pra Mim”. A análise destes documentos mostra que a disputa pelo significado de infância nesse período estava permeada de antagonismos, lógicas fantasmáticas e investidas na contenção das irrupções da diferença. Tentativas de controlar a política curricular para que dela não emergisse a pluralidade das infâncias em suas subjetividades dobradas e profusas no que diz respeito a gênero e sexualidade também se evidenciaram. De igual modo, houve um esforço para instrumentalizar a política curricular brasileira para que do ideário familista despontasse a hegemonia da família sobre a educação das crianças, num proposital movimento de desqualificação e esvaziamento do sentido da educação pública e do trabalho docente. Assim, as políticas curriculares para as infâncias (plurais) carecem de uma significação sobre crianças e infâncias que seja aberta a des-sedimentação de sentidos, ao diálogo com a diferença e a busca por relações agonísticas, alinhadas a perspectivas político-educacionais democráticas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA ABRAHAMIAN DE SOUZA - UFRPE
Presidente - 2331197 - ANNA LUIZA ARAUJO RAMOS MARTINS DE OLIVEIRA
Interno - 1132320 - FLAVIO HENRIQUE ALBERT BRAYNER
Externa à Instituição - RAQUEL GONÇALVES SALGADO - UFMT
Externa à Instituição - RITA DE CASSIA PRAZERES FRANGELLA - UERJ
Notícia cadastrada em: 03/03/2023 09:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05.ufpe.br.sigaa05