PPGEDU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - CE DIRETORIA DO CENTRO DE EDUCACAO - CE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: CRISLAINY DE LIRA GONCALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISLAINY DE LIRA GONCALVES
DATA : 31/10/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

“‘A GENTE TEVE QUE REINVENTAR TOTALMENTE O QUE FAZIA’ - SENTIDOS DE AVALIAÇÃO MOVIMENTADOS EM CONTEXTOS EXTRAORDINÁRIOS: A IMPOSSIBILIDADE DE SUTURAÇÃO E FIXAÇÃO NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL”


PALAVRAS-CHAVES:

Práticas discursivas de avaliação. Movimentações de sentidos. Contextos pandêmicos e pós pandêmicos. Formação e profissionalidade.


PÁGINAS: 291
RESUMO:

A pesquisa apresentada, intitulada,  ““A gente teve que reinventar totalmente o que fazia” - sentidos de avaliação movimentados em contextos extraordinários: a impossibilidade de suturação e fixação nas práticas discursivas de professores do ensino fundamental”, se inscreve na linha de Pesquisa de Formação de Professores e Práticas Pedagógicas, e tem por objeto de estudo as práticas avaliativas enquanto palco de articulações de sentidos que movimentaram-se nos contextos pandêmicos e pós pandêmicos. Desse modo, as práticas avaliativas são pensadas em suas movimentações de sentidos em contextos de excepcionalidade, que se inscrevem na ordem da indecisão e marcam disputas conceituais e de sentido em torno da avaliação que são intensificadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19 nas práticas avaliativas desenvolvidas por professores do ensino fundamental. A partir desse cenário, questionamos: como se evidencia nos discursos de professores, a não suturação dos sentidos de avaliação no cotidiano escolar pandêmico e pós pandêmico? Tendo por base este questionamento e tomando por aporte teórico-metodológico a Teoria do Discurso (LACLAU; MOUFFE, 2015; LACLAU, 2016), realizamos um levantamento sobre os sentidos de avaliação presentes em pesquisas que abordam o estudo da avaliação da aprendizagem, das práticas avaliativas e da formação de professores, tendo como lócus o Banco de Teses da CAPES; o Repositório de Teses de UFPE; e os periódicos Revista Brasileira de Educação; Revista Educação e Pesquisa; Revista Educação e Sociedade; Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Avaliação. Este levantamento propiciou uma análise dos sentidos que perpassam intradiscursivamente estes lócus acadêmicos, como também a análise do panorama de produção nesta área e as articulações possíveis entre a avaliação desenvolvida nos cotidianos escolares e os sentidos de avaliação que habitam o contexto da formação de professores. Diante disso, propomos analisar frente, as articulações tecidas pelos professores entre os sentidos de avaliação que permeiam as  práticas dos professores em contextos pandêmicos e pós pandêmicos, tendo por direcionamento os  seguintes objetivos específicos: a) analisar nas produções acadêmicas sentidos de avaliação da aprendizagem em circulação no período pré-pandêmico e suas movimentações nos contextos pandêmico e pós pandêmico; b) analisar no discurso dos professores, sentidos avaliativos que influenciam as concepções que possuem sobre avaliação da aprendizagem; c) analisar a partir das contingencialidades do contexto pandêmico os sentidos de avaliação mobilizados pelos professores durante o período de atividades remotas; d) analisar o discurso dos professores sobre o retorno às aulas presenciais em torno da movimentação dos efeitos de sentidos de avaliação hegemonizados no período pós pandêmico.  Diante dos objetivos expostos, embasamos o percurso metodológico deste trabalho a partir da Teoria do Discurso (Idem) e do Ciclo Contínuo de Políticas (BALL, 2001; 2016), elencando como sujeitos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, atuantes em redes públicas do agreste de Pernambuco que tenham concluído ou estejam concluindo a formação no curso de Pedagogia. Este perfil de sujeitos compôs o conjunto de participantes da pesquisa em um primeiro momento, marcado contigencialmente pela intensificada emergência de saúde, e que, no contexto brasileiro, potencializou as crises sociais e educacionais. A partir de um questionário on-line, analisamos os sentidos de avaliação que perpassaram/perpassam a formação dos mesmos, tendo um vislumbre da relação entre os contextos de formação acadêmica e de atuação profissional, identificando, discursos momentaneamente hegemonizados e que disputam espaço na luta por significação para o desenvolvimento das práticas avaliativas desenvolvidas no cotidiano escolar.  Com o retorno das escolas às atividades presenciais, redirecionamos o perfil dos participantes da pesquisa na intenção de acompanhar suas práticas discursivas de avaliação por meio de entrevistas semiestruturadas, selecionando quatro sujeitos que além de haverem concluído a formação em uma mesma Universidade Pública, atuam como docentes e aceitaram continuar participando da pesquisa. Os dados evidenciaram as tensões existentes entre os contextos pandêmicos e pós pandêmicos no que diz respeito aos sentidos de avaliação da aprendizagem, porém, estas tensões não representam necessariamente uma cisão de sentidos entre esses contextos. Pelo contrário, as análises evidenciaram haver uma movimentação de sentidos que rememora e aperfeiçoa sentidos históricos, porém, esses sentidos são marcados pela impossibilidade parcial de transitar em contextos em que a interação professor-aluno seja deficitária. Sendo assim, a movimentação de sentidos se dá por uma suspensão temporária de discursos hegemônicos em torno da avaliação da aprendizagem ligados à classificação, fazendo com que sentidos formativos ganhem visibilidade. Para além disso, também analisamos como contextos de excepcionalidade influenciam em elementos da profissionalidade docente, como autonomia e saberes profissionais, e como tais contextos tendem a sofrer uma maior tentativa de controle das práticas e dos resultados, na intenção de difundir discursos relacionados a uma pretensa normalidade e isenção do Estado na criação de novas políticas públicas que atendam as demandas resultantes dos contextos extraordinários de ensino a que a educação precisou se submeter durante os últimos anos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CARLA PATRÍCIA TEIXEIRA DA SILVA FIGUEIREDO - UNIPORTO
Interno - 2331083 - ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
Externa ao Programa - 1328163 - CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA - nullExterna ao Programa - 2299922 - CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES - nullPresidente - 1651275 - LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 04/10/2022 17:25
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