PPGEDU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - CE DIRETORIA DO CENTRO DE EDUCACAO - CE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: EMMANUELLA FARIAS DE ALMEIDA BARROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EMMANUELLA FARIAS DE ALMEIDA BARROS
DATA : 25/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

A AVALIAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA NO COTIDIANO DE ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL E NA FRANÇA: QUAIS SÃO AS ESCOLHAS DAS PROFESSORAS EM TURMAS DE ALFABETIZAÇÃO? COMO AVALIAM SEUS ALUNOS?


PALAVRAS-CHAVES:

Avaliação. Alfabetização. Ensino. Leitura. Escrita.


PÁGINAS: 402
RESUMO:

A avaliação da aprendizagem faz parte das ações tecidas no cotidiano e dentro de um paradigma mais formativo pressupõe uma prática avaliativa em que a sistematização e a reorientação do ensino são imprescindíveis. Com isso, realizamos uma pesquisa na perspectiva qualitativa desenvolvida a partir de dois estudos de caso. De maneira geral, buscamos investigar a prática avaliativa de duas professoras, sendo uma atuante no 2° ano no ciclo de alfabetização no Brasil, no município de Garanhuns - PE e uma pertencente à turma CP (cours préparatoire) atuante no sistema educativo de Lyon, na França, turma correspondente à etapa de alfabetização no Brasil. Nesses contextos, buscamos compreender as relações que se estabeleceram entre a prática de ensino e as avaliações de leitura e escrita desenvolvidas pelas educadoras. O trabalho se desenvolveu no ano letivo de 2019 no Brasil e 2021-2022, na França, e o processo de coleta de dados foi ancorado por meio de observações, entrevistas e minientrevistas que subsidiaram o nosso olhar para a prática avaliativa docente e que nos permitiu a criação de conteúdos analisados com base na a análise do conteúdo de Bardin (2011). Para a análise das práticas avaliativas utilizamos, sobretudo, os princípios teóricos de Hoffmann (2018), Esteban (2008) Perrenoud (1999) e Luckesi (2011). Os resultados revelaram que a professora brasileira utilizava métodos e instrumentos de avaliação baseados em programas e no projeto voltados para a alfabetização que o município adotou. (Educar pra valer, Criança alfabetizada e Aprova Brasil). As práticas avaliativas diárias tinham contornos a partir dos materiais dos programas, do projeto e não do processo de criação da docente o que limitava um trabalho mais ajustado aos seus alunos. Observamos que a metodologia avaliativa da educadora tinha um direcionamento forte para a leitura, posto que, ao final do ano, quatro alunos foram retidos por não alcançarem os conhecimentos básicos nessa prática. Além disso, havia a verificação e orientações por parte do programa “Educar pra valer” sobre a velocidade com que as crianças deveriam ler. No contexto francês, a prática avaliativa seguia pressupostos mais formativos, a professora criava suas próprias atividades, seus instrumentos de avaliação e procurava adequar o ensino e as atividades a partir dos resultados das avaliações diárias e não havia recomendação do sistema para a retenção de alguma criança. Contudo, a maneira como a leitura era avaliada, enfatizando a fluência e a velocidade com que se lia, ao cronometrar o tempo de execução dessa prática, indicava uma proposta avaliativa de mensuração de uma habilidade e não a investigação acerca de um conhecimento, reduzindo o olhar sobre a ação da leitura. Na escrita, muitas vezes a cópia verificada nos dois contextos servia como instrumento de avaliação para verificar se as crianças eram capazes de escrever de acordo com o modelo, o que reduzia o princípio discursivo da linguagem na produção textual. Conclui-se que algumas práticas avaliativas desenvolvidas pelas educadoras afastam as crianças das práticas sociais de leitura e escrita por enfatizarem habilidades voltadas para a decodificação e codificação enaltecendo a apreensão de um código linguístico e não a construção de um sistema de escrita alfabética.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANNE-MARIE CHARTIER - ULL2
Presidente - 4205420 - ANDREA TEREZA BRITO FERREIRA
Interna - 1134526 - ELIANA BORGES CORREIA DE ALBUQUERQUE
Interna - 384531 - LIVIA SUASSUNA
Externa à Instituição - SIRLENE BARBOSA DE SOUZA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 28/07/2022 14:19
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