Cinema indígena: processos compartilhados de formação e produção audiovisual com os Pitaguary, Jenipapo-Kanindé e Huni Kuin
cinema indígena; antropologia visual; Pitaguary; Jenipapo-Kanindé; xamanismo
Esta pesquisa de tese busca empreender uma análise reflexiva a partir de longas experiências extensivas na prática de formação e produção audiovisual com povos originários (indígenas), em especial com os Jenipapo-Kanindé e sua Escola de Cinema Indígena (capítulo 2) e com os Pitaguary e a Monguba Filmes (capítulo 3). Soma-se a estas também neste corpus as vivências e intercâmbios intensivos promovidos por estes e outros povos indígenas (capítulo 4). O objetivo central é analisar estes processos culturais através de diálogos diretos com os e as agentes indígenas, formando aí uma metodologia compartilhada, em que mantemos o foco de interesse nas cosmopolíticas locais, com o fim de descortinar acontecimentos na aproximação entre o cinema e a pajelança (ou o que convencionou-se chamar, de forma genérica, de xamanismo). Para introduzir a temática da imagética e do cinema indígena, busca-se posicionar o lugar de fala do pesquisador e de seus colaboradores, trazer contribuições de caráter histórico, estético, analítico e linguistico no intuito de ampliar o debate acerca da construção da imagem indígena, além de debater elementos e pontos-chave do campo do cinema indígena em uma série de tópicos a ele destinado (capítulo 1).