PPGCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - CAC DEPARTAMENTO DE COMUNICACAO SOCIAL - CAC Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: BERNARD ARTHUR SILVA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BERNARD ARTHUR SILVA DA SILVA
DATA : 26/02/2024
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO
TÍTULO:

“METAL É PRA HOMEM, CARA”: Um Estudo Sobre as Masculinidades Performadas Na Produção Audiovisual da Cena de Heavy Metal em Belém-PA Através do YouTube e Facebook (2015-2023)


PALAVRAS-CHAVES:

audiovisual; branquitude; cena musical; heavy metal; masculinidade


PÁGINAS: 281
RESUMO:

Um estudo sobre as masculinidades presentes na produção audiovisual da cena heavy metal de Belém-PA. Ele partirá dos 10 videoclipes gestados no YouTube, veiculados por Facebook, Instagram e, produzidos pelas bandas
locais, entre 2015 e 2023, para analisar os roteiros de masculinidades performados por músicos de heavy metal. Eles são os seguintes: “Working To Pay My Beer” (DNA, 2015), “Motorocker, a Lenda” (Stress, 2018), “O
Guerreiro” (Roosevelt Bala, 2018), “Shadow Zone” (Thunderspell, 2015), “Ditador do Metal” (Roosevelt Bala, 2020), “Beyond The Last Bend Of The River” (Rhegia, 2023), “Evitamos a Vida, Provocamos a Morte” (Inferno
Nuclear, 2021), “Ódio Social” (Social Hate, 2021), “Carro Prata” (Delinquntes, 2021) e “Famílicia” (Petals Blade, 2021). Eu parto dos Estudos da Masculinidade (BOLA, 2020; CONNELL, 2015, 2005, 1987; KUPERS, 2005; VIGOYA, 2018), Estudos de Branquitude (BENTO, 2022; DYER, 1997; CARDOSO, 2014; SCHUCMAN, 2020) Estudos de Cenas Musicais (JANOTTI JR, 2013, 2004; QUEIROZ, 2019, 2021; SILVA, 2018) e Estudos da Mídia (VAN DIJCK, 2019, 2013), para melhor definir as nuances das masculinidades performadas nesses videoclipes. Os conceitos de gênero enquanto “performance” e “processo construtor de uma ordem” (BUTLER, 2003; CONNELL, 1987), masculinidade hegemônica (CONNELL, 2005), “hipermasculinidade (KUPERS, 2005), masculinidade de protesto (CONNELL, 2005), branquitude (CARDOSO, 2014; SCHUCMAN, 2020), heterossexualidade (MOORE, 2009; SEGDWICK, 2007), homosocialidade (SEGDWICK, 2016; ROGERS; DEFLEM, 2022) classe (MOORE, 2009; NILSSON, 2009; WEINSTEIN, 2009) e nacionalidade (SENA, 2019) o definem centralmente. Metodologicamente, analisarei os roteiros de masculinidades performadas (AMARAL; SOARES, POLIVANOV, 2018; TAYLOR, 2013) nesses clipes por uma análise midiática (SOARES, 2013) que elege a canção, o gênero musical e a performance como etapas do seu procedimento. Além disso, expor a viabilidade de entender essas formas audioverbovisuais masculinas enquanto rede, um tecido material conectado, múltiplo, heterogêneo e expandido, para além da emissão/duração videoclíptica ligada a “era MTV” (GUTMANN, 2021). E, que ao se mobilizarem, geram fluxos culturais/identitários igualados a engajamentos afetivos e alianças identitárias (GUTMANN, 2021). O conceito adequa-se às operações desses regimes de masculinidades ante a “inextricável relação entre plataformas online e estruturas societais”, tão recorrente em nossa sociedade do século XXI: a plataformização (DIJCK, 2019). Por causa dessa relação, a idéia de “escutas conexas” (JANOTTI JR, 2020), servirá para compreender e mapear a recepção do público consumidor desses produtos culturais, as questões de gênero, sexualidade, raça, classe e nacionalidade embutidas em suas performances e, tanto elas como as dos videoclipes, terão um olha interseccional. A hipótese é a constatação do controle amplo, no audiovisual em rede da cena, de uma hipermasculinidade performada composta por traços masculinos socialmente regressivos, provocadores de desigualdades de gênero, posições políticas conservadoras, autoritárias e intolerantes, alinhada com a extrema-direita bolsonarista. As dúvidas são: como os seus marcadores sociais operam, definindo suas identidades, masculinidades e estabelecendo esse regime de masculinidade hegemônico? Como as representações de outros corpos presentes e, ausentes nos clipes, relacionam-se com essas construções? E, de quais maneiras, tais relações geram desigualdades de gênero, raciais e posições políticas conservadoras?


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1121252 - JEDER SILVEIRA JANOTTI JUNIOR
Externa à Instituição - MELINA APARECIDA DOS SANTOS SILVA - UFF
Interna - 2133092 - SORAYA MARIA BERNARDINO BARRETO JANUARIO
Notícia cadastrada em: 22/01/2024 10:31
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