Múltiplos Modos De Mover Politicamente Os Corpos No Rap: cartografia dos regimes coreopolíticos do rap do Brasil e dos EUA
rap; política; corpo; música pop; estética.
A proposta da tese é, em um primeiro momento, identificar um cenário de crise do rap político ou rap consciente diante da ascensão do fascismo neoliberal, e, a partir dele, posicionar-se contra os consensos das teorias sobre a política no rap, sustentadas no que está sendo colocado como paradigma da consciência. Em seguida, parte-se para uma cartografia da história do rap do Brasil e dos EUA, ou uma história coreopolítica. Nela, considera-se que abraçar a indeterminação da estética e considerar os aspectos gestuais e subjetivos como cruciais para a política permitem desvelar a multiplicidade de maneiras de se fazer política no rap. Por fim, faz-se uma conceituação do que seriam regimes coreográficos e regimes coreopolíticos, e delineia-se três regimes coreopolíticos no rap desses países: o regime hardcore, o regime de baile e o regime de brisa. Cada um desses regimes tem maneiras diferentes de fazer política em termos gestuais, subjetivos e estilísticos, assim como contradições distintas. Para explicitar as potências e ambivalências de cada regime, assim como as misturas entre eles, são trazidas cenas vindas da história do rap, além de eventuais cenas de outros gêneros musicais.