Adesão e efeitos do uso de levodopa em idosos com doença de Parkinson
Adesão à medicação. Doença de Parkinson. Levodopa
A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente entre os idosos, os sintomas pioram com o passar do tempo, havendo necessidade de adotar regimes terapêuticos complexos, que diminuem a adesão. A levodopa possui efeitos adversos, elevando o risco de desnutrição. O presente estudo objetivou avaliar a adesão e os efeitos adversos do uso da levodopa em idosos com DP. Transversal, descritivo de natureza quantitativa e de base populacional, com 52 idosos com DP idiopática, idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, acompanhados pelo ambulatório de NeuroParkinson do Hospital das Clínicas e pela Associação de Parkinson de Pernambuco. As variáveis independentes consistiram em fatores sociodemográficos e estado nutricional. As variáveis dependentes: Dose Equivalente da Levodopa (DEL), estágio da doença, adesão a medicação e efeitos adversos da medicação. Procedeu-se à análise descritiva e modelos de regressão logística (p <0,05). Predominaram idosos de 71 ± 6 anos, do sexo masculino; 12 anos de DP; estágio 2 ±1 na HY; escore 4 ±3 na UPDRS IV; DEL de 832 mg, acima da dose de manutenção ao dia (69%); levodopa + benserazida foi mais utilizada (84,6%); não aderiram ao tratamento medicamentoso (42%); atitudes negativas frente à tomada dos remédios (42%); efeitos adversos foram flutuações – off previsível (54%), percentual do tempo acordado (54%) e maiores naqueles com estágio mais avançado da DP e desnutridos; a não adesão esteve associada ao risco de desnutrição/desnutrição, no modelo final de regressão logística.