PPGBQF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA - CB DEPARTAMENTO DE BIOQUIMICA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARILIA GABRIELA MUNIZ ARRUDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARILIA GABRIELA MUNIZ ARRUDA
DATA : 30/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Avaliação toxicológica do óleo essencial dos frutos de Morinda citrifolia Linn. frente a Aedes aegypti e Mus musculus


PALAVRAS-CHAVES:

mosquito da dengue; Aedes aegypti; óleos essenciais; toxicidade; inseticida natural.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

No cenário atual, nota-se um aumento expressivo de casos de dengue no Brasil, sendo essa doença considerada um dos principais problemas de saúde pública. O avanço no número de casos tem levado a uma urgência epidemiológica com consequente aumento no uso de inseticidas no combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, o qual também transmite outras arboviroses, como chikungunya e zika. O uso indiscriminado desses produtos tem aumentado a resistência do vetor a essas substâncias. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade inseticida do óleo essencial dos frutos de Morinda citrifolia Linn. contra Ae. aegypti e realizar avaliação toxicológica em modelos in vivo. A análise química do óleo essencial foi realizada através da Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). Para os ensaios biológicos com Ae. aegypti, utilizou-se a fase larval no terceiro instar, submetida a diferentes concentrações do óleo essencial (0,187 a 1,5 µg/mL). A avaliação da toxicidade oral aguda para camundongos Swiss seguiu a metodologia da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD 423). Genotoxicidade e mutagenicidade do óleo essencial foram investigadas in vivo em camundongos através do ensaio cometa e do teste do micronúcleo, respectivamente. Os componentes majoritários do óleo essencial foram o ácido hexanóico (15%), ácido octanóico (38,55%) e octanoato de etila (24%). O óleo essencial causou a morte das larvas de Ae. aegypti em curtos períodos de exposição. Nas concentrações de 0,75 e 1,5 µg/mL, o óleo promoveu mortalidade de 100% com 2 h e 30 minutos de exposição, respectivamente. A concentração letal necessária para matar 50% das larvas (CL 50 ) do óleo foi de 0,389 µg/mL, considerando 30 min e tratamento. No teste de toxicidade aguda, não foi constatado óbito na maior dose testada (2.000 mg/kg), sendo o óleo enquadrado na Classe 5 (baixa toxicidade). Os índices hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com OEFMc não exibiram variação significativa quando comparados aos do controle. No ensaio cometa, os valores de índice de danos (ID) e frequência de danos (FD) observados para o óleo essencial a 2000 mg/kg (ID = 34,60 ± 5,73; FD = 27,40 ± 1,5) e a 1000 mg/kg (ID = 17,20 ± 4,66; FD = 13,60 ± 2,41) não diferiram do controle negativo (ID = 36,00
± 8,60; FD = 26,00 ± 4,64) e foram significativamente menores que o controle positivo (ID = 218,40 ± 9,34; FD = 98,20 ± 2,1). Os números de eritrócitos com micronúcleos para o grupo controle negativo e tratados com o óleo nas doses de 1000 e 2000 mg/kg não tiveram diferença significativa, indicando ausência de efeito mutagênico. A análise histógica dos órgãos (fígado, rim e baço) foram realizadas através da coloração de hematoxilina e eosina, onde foi possível observar que não apresentaram diferença significativa quando comparado com o grupo controle. Dessa forma, através da análise dos resultados, foi possível verificar que o óleo essencial dos frutos de M. citrifolia apresentou atividade larvicida, sem efeitos toxicológicos, frente aos modelos in vivo com camundongos. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Interna - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Externa à Instituição - KARINE DA SILVA CARVALHO - IFPB
Externa à Instituição - LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA - UFPE
Externa à Instituição - LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE - UFPI
Notícia cadastrada em: 09/04/2024 10:55
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