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Dissertações |
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PAULO BRUNO NORBERTO DA SILVA
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INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTICÂNCER DE NOVOS COMPOSTOS TIOSSEMICARBAZÍDICOS
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Orientador : GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
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MEMBROS DA BANCA :
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GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
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EDUARDO CARVALHO LIRA
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SAVIO MOITA PINHEIRO
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THIAGO DAVID DOS SANTOS SILVA
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Data: 26/01/2022
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O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo. Dentre os tipos de câncer, a leucemia está entre os dez tipos de câncer que mais acomete a população brasileira. Por isso faz-se necessário o descobrimento de novos compostos capazes de induzir a morte dessas células e que diminuam os efeitos colaterais. Na literatura conhecemos alguns compostos que possuem a porção tiossemicarbazida na sua estrutura com atividades diversas, dentre elas o efeito anticonvulsivo, antiviral, antibacterianas e antitumoral, essa última por indução da apoptose. Avaliamos a atividade antiproliferativa in vitro de compostos inéditos que apresentam a porção tiossemicarbazida e os aminoácidos glicina, fenilalanina e triptofano em suas estruturas, frente as linhagens de células tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocítica), MCF-7 (adenocarcinoma de mama), HEP-2 e NCI-H292 (carcinoma de laringe e de pulmão, respectivamente,) e células não tumorais (Células mononucleares de sangue periférico humano-CMSP, ). Os ensaios realizados foram o de citotoxicidade por sal de MTT, morfológico por coloração May-Grunwald-Giemsa e citometria de fluxo com marcadores específicos para o estudo. Quatorze moléculas apresentaram atividade citotóxica em pelo menos uma linhagem tumoral. AT39 oriunda da fenilalanina apresentou, dentre as moléculas testadas, a menor concentração inibitória (CI50) nas quatro linhagens tumorais, os valores obtidos de CI50 e intervalo de confiança (IC) em µg/mL após 72h de tratamento de 1,5 (1,2-1,7) em (HL60); 5,5 (3,2-9,4) em (MCF-7); 5,1 (4,0-6,5) em (NCI-H292) e 7,4 (5,3-10,5) em (HEP-2). Também realizamos experimentos de 24, 48 e 72h em HL60 do composto AT39 e obtivemos os valores em µg/mL de CI50 e IC respectivamente 4,7 (3.9 – 5.7), 3,3 (2.6 - 4.2) e 1,5 (1.2 - 1.7). AT39 não foi citotóxica em CMSP. A análise morfológica das células HL60 tratadas com 5 e 10 µg/mL por 24h sugeriu que houve indução da apoptose, confirmada pelo ensaio citométrico com kit anexina V-FIT. Após análise do ciclo celular obtido por citometria verificou-se que houve aumento das fases G0/G1 e diminuição das fases G2/M, o aumento nas fases G0/G1 pode indicar uma possível quiescência, ocasionada pelo composto AT39 em 10µg/mL, já a diminuição da mitose indica redução das células em divisão e o aumento de células em Sub-G0 está relacionada com o aumento do DNA fragmentado ocasionada pelo composto AT39 na sua maior concentração. Os resultados sugerem que o AT39 é um agente anticâncer promissor e esses dados são inéditos para esta classe de moléculas.
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O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo. Dentre os tipos de câncer, a leucemia está entre os dez tipos de câncer que mais acomete a população brasileira. Por isso faz-se necessário o descobrimento de novos compostos capazes de induzir a morte dessas células e que diminuam os efeitos colaterais. Na literatura conhecemos alguns compostos que possuem a porção tiossemicarbazida na sua estrutura com atividades diversas, dentre elas o efeito anticonvulsivo, antiviral, antibacterianas e antitumoral, essa última por indução da apoptose. Avaliamos a atividade antiproliferativa in vitro de compostos inéditos que apresentam a porção tiossemicarbazida e os aminoácidos glicina, fenilalanina e triptofano em suas estruturas, frente as linhagens de células tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocítica), MCF-7 (adenocarcinoma de mama), HEP-2 e NCI-H292 (carcinoma de laringe e de pulmão, respectivamente,) e células não tumorais (Células mononucleares de sangue periférico humano-CMSP, ). Os ensaios realizados foram o de citotoxicidade por sal de MTT, morfológico por coloração May-Grunwald-Giemsa e citometria de fluxo com marcadores específicos para o estudo. Quatorze moléculas apresentaram atividade citotóxica em pelo menos uma linhagem tumoral. AT39 oriunda da fenilalanina apresentou, dentre as moléculas testadas, a menor concentração inibitória (CI50) nas quatro linhagens tumorais, os valores obtidos de CI50 e intervalo de confiança (IC) em µg/mL após 72h de tratamento de 1,5 (1,2-1,7) em (HL60); 5,5 (3,2-9,4) em (MCF-7); 5,1 (4,0-6,5) em (NCI-H292) e 7,4 (5,3-10,5) em (HEP-2). Também realizamos experimentos de 24, 48 e 72h em HL60 do composto AT39 e obtivemos os valores em µg/mL de CI50 e IC respectivamente 4,7 (3.9 – 5.7), 3,3 (2.6 - 4.2) e 1,5 (1.2 - 1.7). AT39 não foi citotóxica em CMSP. A análise morfológica das células HL60 tratadas com 5 e 10 µg/mL por 24h sugeriu que houve indução da apoptose, confirmada pelo ensaio citométrico com kit anexina V-FIT. Após análise do ciclo celular obtido por citometria verificou-se que houve aumento das fases G0/G1 e diminuição das fases G2/M, o aumento nas fases G0/G1 pode indicar uma possível quiescência, ocasionada pelo composto AT39 em 10µg/mL, já a diminuição da mitose indica redução das células em divisão e o aumento de células em Sub-G0 está relacionada com o aumento do DNA fragmentado ocasionada pelo composto AT39 na sua maior concentração. Os resultados sugerem que o AT39 é um agente anticâncer promissor e esses dados são inéditos para esta classe de moléculas.
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ALVARO NOBREGA DE MELO MADUREIRA
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EFEITO DO VOLUME DE TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A FORÇA MUSCULAR DE CAMUNDONGOS SAUDÁVEIS.
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Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
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LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
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CESAR AUGUSTO DA SILVA
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TIAGO FERREIRA DA SILVA ARAÚJO
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Data: 27/01/2022
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A inatividade física acelera o processo natural da perda de força e de massa muscular, situação que pode culminar em sarcopenia, tornando necessário estabelecer estratégias de mitigação deste processo. O treinamento resistido (TR) é uma estratégia de baixo custo e alta eficácia na promoção de aumento da força e da massa muscular, considerando a relação dose-resposta entre o volume de TR e a hipertrofia muscular promovida pelo treinamento. A presente dissertação teve por objetivo analisar os efeitos do volume de TR sobre adaptações funcionais e marcadores séricos de adaptação ao TR em camundongos Swiss albino adultos saudáveis. O modelo utilizado para TR foi o de subida na escada inclinada, com progressão semanal da carga de treinamento, garantindo o caráter progressivo do programa de TR. A força muscular foi analisada antes do início do programa de TR e após 4 semanas de treino, através do teste de capacidade máxima de carregamento, que consiste na realização de 1 série (1 subida na escada) com o máximo de sobrecarga por uma distância predeterminada de 0,7 m. A carga de treinamento foi correspondente a 75% da capacidade máxima de carregamento para todos os grupos treinados. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle, G1S = executou 1 série (subida), G2S executou 2 séries e o grupo G4S executou 4 séries por sessão de TR. Foram realizadas 3 sessões semanais, durante 4 semanas. O volume foi calculado a partir da estimativa do trabalho mecânico produzido ao longo da sessão. Todos os 3 grupos treinados tiveram seus valores de força máxima aumentados, porém apenas os grupos G2S (88%) e G4S (128%) apresentaram aumento significativo quando comparados ao grupo controle. Dentre os grupos treinados, apenas o grupo G4S apresentou aumento significativo (61%) em relação G1S para a força muscular, enquanto o grupo G2S não apresentou diferenças significativas em relação aos outros grupos treinados. Para além da força, os níveis séricos de interleucina 6 e de óxido nítrico foram proporcionais ao volume de TR administrado. Estes resultados indicam que o volume de treinamento é determinante para as adaptações fisiológicas e funcionais de camundongos machos adultos saudáveis, dando indícios da relação dose-resposta com a força muscular e com marcadores séricos de adaptação após 4 semanas de TR progressivo.
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A inatividade física acelera o processo natural da perda de força e de massa muscular, situação que pode culminar em sarcopenia, tornando necessário estabelecer estratégias de mitigação deste processo. O treinamento resistido (TR) é uma estratégia de baixo custo e alta eficácia na promoção de aumento da força e da massa muscular, considerando a relação dose-resposta entre o volume de TR e a hipertrofia muscular promovida pelo treinamento. A presente dissertação teve por objetivo analisar os efeitos do volume de TR sobre adaptações funcionais e marcadores séricos de adaptação ao TR em camundongos Swiss albino adultos saudáveis. O modelo utilizado para TR foi o de subida na escada inclinada, com progressão semanal da carga de treinamento, garantindo o caráter progressivo do programa de TR. A força muscular foi analisada antes do início do programa de TR e após 4 semanas de treino, através do teste de capacidade máxima de carregamento, que consiste na realização de 1 série (1 subida na escada) com o máximo de sobrecarga por uma distância predeterminada de 0,7 m. A carga de treinamento foi correspondente a 75% da capacidade máxima de carregamento para todos os grupos treinados. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle, G1S = executou 1 série (subida), G2S executou 2 séries e o grupo G4S executou 4 séries por sessão de TR. Foram realizadas 3 sessões semanais, durante 4 semanas. O volume foi calculado a partir da estimativa do trabalho mecânico produzido ao longo da sessão. Todos os 3 grupos treinados tiveram seus valores de força máxima aumentados, porém apenas os grupos G2S (88%) e G4S (128%) apresentaram aumento significativo quando comparados ao grupo controle. Dentre os grupos treinados, apenas o grupo G4S apresentou aumento significativo (61%) em relação G1S para a força muscular, enquanto o grupo G2S não apresentou diferenças significativas em relação aos outros grupos treinados. Para além da força, os níveis séricos de interleucina 6 e de óxido nítrico foram proporcionais ao volume de TR administrado. Estes resultados indicam que o volume de treinamento é determinante para as adaptações fisiológicas e funcionais de camundongos machos adultos saudáveis, dando indícios da relação dose-resposta com a força muscular e com marcadores séricos de adaptação após 4 semanas de TR progressivo.
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MATHEUS FERREIRA DO NASCIMENTO
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COMPOSIÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E ATIVIDADES ANTIGENOTÓXICA E ANTINOCICEPTIVA DE ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Croton blanchetianus BAILL.
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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SAMARA RODRIGUES BONFIM DAMASCENO OLIVEIRA
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LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
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Data: 03/02/2022
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Croton blanchetianus (marmeleiro preto) é uma planta utilizada no tratamento de distúrbios gastrintestinais e cefaleias. O presente estudo realizou uma avaliação toxicológica e das atividades antigenotóxica e antinociceptiva de óleo essencial extraído de folhas de C. blanchetianus (OECb). Análise por cromatografia gasosa foi realizada para determinar a composição do óleo essencial. O potencial hemolítico foi avaliado in vitro em eritrócitos de camundongo. Toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg, via oral ou intraperitoneal) e toxicidade subaguda (doses diárias de 500 mg/kg oralmente, por 28 dias) em camundongos foram avaliadas através de análise de sobrevivência e de parâmetros comportamentais, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos. A genotoxicidade e o efeito protetor (antigenotóxico) do OECb (1000 e 2000 mg/kg, v.o.) sobre os danos causados pela ciclofosfamida foram investigados utilizando o teste do micronúcleo e células da medula óssea. A atividade antinociceptiva do óleo (25, 50 e 100 mg/kg, v.o.) foi avaliada através dos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e movimento de cauda. A caracterização química indicou como componentes majoritários α-pineno (21,23%), β-felandreno (13,92%), terpinoleno (13,01%) e germacreno D (10,89%). OECb não causou hemólise e não apresentou toxicidade aguda por via oral. Contudo, a administração intraperitoneal de dose única foi letal para os animais. No ensaio de toxicidade subaguda, houve redução da massa corpórea em machos e fêmeas, porém sem sinais de toxicidade de acordo com os demais parâmetros. Análise bioquímica indicou redução dos níveis séricos de glicose, triglicerídeos e colesterol total. OECb não foi genotóxico e protegeu o DNA das células na medula óssea dos animais contra os danos da ciclofosfamida. Nos ensaios de atividade antinociceptiva, foi observada redução das contorções abdominais (69,43–89,41%) e do número de lambidas nas primeira (38,77–84,47%) e segunda (59,75–90,74%) fases no teste de formalina. Nesse último caso, os efeitos foram inibidos por naloxana e glibenclamida, indicando ação via sistema opioide e bloqueio de canais de K+. O tempo de latência no teste de movimento de cauda também aumentou de maneira significativa. Em conclusão, OECb, em doses seguras, demonstrou atividades antigenotóxica e antinociceptiva. Os resultados também estimulam estudos mais detalhados sobre ações hipoglicemiante e hipolipidêmica do óleo.
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Croton blanchetianus (marmeleiro preto) é uma planta utilizada no tratamento de distúrbios gastrintestinais e cefaleias. O presente estudo realizou uma avaliação toxicológica e das atividades antigenotóxica e antinociceptiva de óleo essencial extraído de folhas de C. blanchetianus (OECb). Análise por cromatografia gasosa foi realizada para determinar a composição do óleo essencial. O potencial hemolítico foi avaliado in vitro em eritrócitos de camundongo. Toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg, via oral ou intraperitoneal) e toxicidade subaguda (doses diárias de 500 mg/kg oralmente, por 28 dias) em camundongos foram avaliadas através de análise de sobrevivência e de parâmetros comportamentais, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos. A genotoxicidade e o efeito protetor (antigenotóxico) do OECb (1000 e 2000 mg/kg, v.o.) sobre os danos causados pela ciclofosfamida foram investigados utilizando o teste do micronúcleo e células da medula óssea. A atividade antinociceptiva do óleo (25, 50 e 100 mg/kg, v.o.) foi avaliada através dos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e movimento de cauda. A caracterização química indicou como componentes majoritários α-pineno (21,23%), β-felandreno (13,92%), terpinoleno (13,01%) e germacreno D (10,89%). OECb não causou hemólise e não apresentou toxicidade aguda por via oral. Contudo, a administração intraperitoneal de dose única foi letal para os animais. No ensaio de toxicidade subaguda, houve redução da massa corpórea em machos e fêmeas, porém sem sinais de toxicidade de acordo com os demais parâmetros. Análise bioquímica indicou redução dos níveis séricos de glicose, triglicerídeos e colesterol total. OECb não foi genotóxico e protegeu o DNA das células na medula óssea dos animais contra os danos da ciclofosfamida. Nos ensaios de atividade antinociceptiva, foi observada redução das contorções abdominais (69,43–89,41%) e do número de lambidas nas primeira (38,77–84,47%) e segunda (59,75–90,74%) fases no teste de formalina. Nesse último caso, os efeitos foram inibidos por naloxana e glibenclamida, indicando ação via sistema opioide e bloqueio de canais de K+. O tempo de latência no teste de movimento de cauda também aumentou de maneira significativa. Em conclusão, OECb, em doses seguras, demonstrou atividades antigenotóxica e antinociceptiva. Os resultados também estimulam estudos mais detalhados sobre ações hipoglicemiante e hipolipidêmica do óleo.
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HALANA LIRENA NAOMA LIMA DE OLIVEIRA
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“AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DA LECTINA DE FOLHAS DE Bauhinia monandra (BmoLL)”,
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Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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Data: 18/02/2022
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As lectinas isoladas a partir de plantas do gênero Bauhinia demonstraram variadas atividades, como por exemplo atividade anticâncer, inseticida, e também antifúngica. Bauhinia monandra é uma planta ornamental usada na medicina popular como hipoglicemiante e da qual também foram isoladas lectinas. O objetivo deste trabalho foi descrever a atividade antifúngica da lectina de folhas de Bauhinia monandra, BmoLL, bem como sua ação no tratamento de biofilme formado por leveduras. O método utilizado seguiu as condições descritas no documento do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2008). Para o ensaio de biofilme as leveduras foram cultivadas em YPD a 37°C overnight; em seguida foram suspensas e ajustadas para concentração de 106 células/mL. Após o período de 48 h de crescimento do biofilme, o conteúdo dos poços foi transferido para uma nova placa e os poços da mesma foram preenchidos com 180 µL da solução contendo a lectina BmoLL diluída em RPMI 1640. Após 18 h de ação, a leitura foi realizada com comprimento de onda 540 nm. Para a análise, o teste de comparações múltiplas de Tukey foi realizado para todas as médias obtidas com o nível de significância de 5%. A BmoLL apresentou potencial inibitório do crescimento das leveduras em concentrações que variaram de 246 a 492 μg/mL e também foi capaz de inibir a continuação da formação e aumento do biofilme de Candida parapsilosis na concentração de 492 μg/mL.
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As lectinas isoladas a partir de plantas do gênero Bauhinia demonstraram variadas atividades, como por exemplo atividade anticâncer, inseticida, e também antifúngica. Bauhinia monandra é uma planta ornamental usada na medicina popular como hipoglicemiante e da qual também foram isoladas lectinas. O objetivo deste trabalho foi descrever a atividade antifúngica da lectina de folhas de Bauhinia monandra, BmoLL, bem como sua ação no tratamento de biofilme formado por leveduras. O método utilizado seguiu as condições descritas no documento do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2008). Para o ensaio de biofilme as leveduras foram cultivadas em YPD a 37°C overnight; em seguida foram suspensas e ajustadas para concentração de 106 células/mL. Após o período de 48 h de crescimento do biofilme, o conteúdo dos poços foi transferido para uma nova placa e os poços da mesma foram preenchidos com 180 µL da solução contendo a lectina BmoLL diluída em RPMI 1640. Após 18 h de ação, a leitura foi realizada com comprimento de onda 540 nm. Para a análise, o teste de comparações múltiplas de Tukey foi realizado para todas as médias obtidas com o nível de significância de 5%. A BmoLL apresentou potencial inibitório do crescimento das leveduras em concentrações que variaram de 246 a 492 μg/mL e também foi capaz de inibir a continuação da formação e aumento do biofilme de Candida parapsilosis na concentração de 492 μg/mL.
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JOSÉ JOSENILDO BATISTA
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Avaliar preparações de sementes de Parkia pendula contendo lectina como agentes moluscicida (Biomphalaria glabrata), cercarecida (Schistosoma mansoni) e ecotoxicidade ambiental (Artemia salina e Danio rerio)
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Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA MENDONCA DE ALBUQUERQUE MELO
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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Data: 19/04/2022
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O caramujo Biomphalaria glabrata é o hospedeiro intermediário do parasita Schistosoma mansoni; o único moluscicida disponível para o controle dessa doença tem apresentado elevado custo e baixa seletividade, o que leva a busca por novas alternativas. O objetivo do trabalho foi avaliar a toxicidade do extrato salino e fração enriquecida com lectina de sementes de Parkia pendula sobre estágios embrionários e adultos B. glabrata, cercária de S. mansoni e a ecotoxicidade frente à Artemia salina. O extrato salino (ES) obtido da suspensão em NaCl 0,15 M e a fração (FR) com sulfato de amônia 0-60% foram avaliados por cromatografia em camada delgada, cromatografia líquida de alta eficiência e análises físico-químicas. Embriões nos estágios de blástula, gástrula, trocófora, véliger e Hippo stage e caramujos adultos foram expostos (24 h) ao ES e FR e os parâmetros reprodutivos (fecundidade e fertilidade) e sobrevivência (sete dias após exposição), bem como a citotoxicidade e genotoxicidade foram analisados. Além disso, os efeitos cercarecida e segurança ambiental utilizando A. salina foram realizados. ES apresentou apenas açúcares redutores (0,86 mg/mL), enquanto a FR não revelou nenhum metabólito analisado. O conteúdo de proteína do EP foi 5,1 mg/mL, atividade hemaglutinante (HA) de 64 e HÁ específica (SHA) de 12,54, enquanto FR continha 0,91 mg/mL de proteína, HA 128 e SHA 140,65. O ES e FR apresentaram efeitos tóxicos para os embriões (CL90 de 464,25; 479,62; 731,28; 643,28; 408,43 e 250,94; 318,03; 406,12; 635,64; 1,145 mg/mL, para blástula, gástrula, trocófora, véliger e Hippo stage, respectivamente), caramujos adultos após 24 h de exposição (CL90 de 9,50 e 10,92 mg/mL, respectivamente) com aumento da mortalidade após 7 dias de observação e diminuição significativa (p< 0,05; p< 0,01 e p< 0,001) na deposição de massa de ovos. Em concentrações subletais, observou-se o aumento das alterações quantitativas e morfológicas nos hemócitos, e na análise de genotoxicidade foram detectados vários graus de dano nuclear. Além disso, o ES apresentou alterações na motilidade das cercárias, enquanto a FR apresentou toxicidade a partir da concentração de 1,0 mg/mL. O ES apresentou toxicidade para A. salina nas maiores concentrações (3,0, 4,0 e 5,0 mg/mL), enquanto a fração foi atóxica. Conclui-se que EP e FR apresentam-se como promissores no combate à esquistossomose por eliminar o hospedeiro intermediário e causar alteração e/ou mortalidade ao agente infeccioso. Além disso, o ES apresentou toxicidade e a FR foi atóxica para A. salina.
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The snail Biomphalaria glabrata is the intermediate host of the parasite Schistosoma mansoni; the only molluscicide available to control this disease has shown high cost and low selectivity, which leads to the search for new alternatives. The objective of this work was to evaluate the toxicity of the saline extract and lectin-enriched fraction of Parkia pendula seeds on embryonic and adult stages of B. glabrata, cercaria of S. mansoni and the ecotoxicity against Artemia salina. The saline extract (ES) obtained from the suspension in 0.15 M NaCl and the fraction (FR) with 0-60% ammonium sulfate were evaluated by thin layer chromatography, high performance liquid chromatography and physicochemical analyses. Blastula, gastrula, trochophora, veliger and Hippo stage embryos and adult snails were exposed (24 h) to ES and FR and reproductive parameters (fecundity and fertility) and survival (seven days after exposure), as well as cytotoxicity and genotoxicity were analyzed. In addition, the effects of fenced and environmental safety using A. salina were performed. ES showed only reducing sugars (0.86 mg/mL), while FR did not reveal any metabolite analyzed. The protein content of EP was 5.1 mg/mL, hemagglutinating activity (HA) of 64 and specific HA (SHA) of 12.54, while FR contained 0.91 mg/mL of protein, HA 128 and SHA 140, 65. ES and FR showed toxic effects for embryos (LC90 of 464.25; 479.62; 731.28; 643.28; 408.43 and 250.94; 318.03; 406.12; 635.64; 1.145 mg/mL, for blastula, gastrula, trochophora, veliger and Hippo stage, respectively), adult snails after 24 h of exposure (LC90 of 9.50 and 10.92 mg/mL, respectively) with increased mortality after 7 days of exposure. observation and significant decrease (p<0.05; p<0.01 and p<0.001) in egg mass deposition. At sublethal concentrations, an increase in quantitative and morphological changes in hemocytes was observed, and in the genotoxicity analysis, several degrees of nuclear damage were detected. In addition, ES showed changes in cercariae motility, while FR showed toxicity from a concentration of 1.0 mg/mL. ES showed toxicity to A. salina at the highest concentrations (3.0, 4.0 and 5.0 mg/mL), while the fraction was non-toxic. It is concluded that EP and FR are promising in the fight against schistosomiasis by eliminating the intermediate host and causing alteration and/or mortality to the infectious agent. In addition, ES showed toxicity and FR was non-toxic to A. salina.
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AMANDA DE OLIVEIRA ARAÚJO
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“Administração de melatonina e desenvolvimento cerebral: análise de parâmetros comportamentais e eletrofisiológicos em ratos jovens”
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Orientador : RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
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BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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JAILANE DE SOUZA AQUINO
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Data: 25/05/2022
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A melatonina (MLT) é um hormônio sintetizado a partir do triptofano. Seus efeitos benéficos são bem descritos em algumas doenças neurológicas. Neste estudo, ratos Wistar machos receberam, do 7º ao 27º dia pós-natal (DPN), em dias alternados, solução salina (grupo controle), ou 10 mg/kg/dia ou 40 mg/kg/dia de MLT (grupos MLT-10 e MLT-40), ou nenhum tratamento (grupo intacto). Entre DPN30 e DPN34 os animais foram testados no aparelho de campo aberto (CA), primeiro para ansiedade (DPN30) e depois para tarefas de memória de reconhecimento de objetos: de posição espacial - RP (DPN31) e reconhecimento de formas - RF (DPN32). Em DPN34, foram testados no labirinto em cruz elevado (LCE). Do DPN36 a 42, registrou-se o fenômeno eletrofisiológico conhecido como depressão alastrante cortical (DAC). O tratamento com MLT não alterou o peso corporal e a glicemia dos animais, mas na menor das duas doses que utilizamos teve um impacto significante, positivo, sobre os testes comportamentais indicativos de ansiedade e memória de reconhecimento de objetos. A dose mais baixa de MLT (10 mg/kg/dia) desacelerou significantemente a DAC (2,86 ± 0,14 mm/min) em comparação com os grupos controle (3,31 ± 0,09 mm/min e 3,25 ± 0,10 mm/min; grupo intacto e veículo, respectivamente). No entanto, a dose mais alta (40 mg/kg/dia) acelerou a DAC (3,96 ± 0,16 mm/min; p <0,01). Nossos achados indicam que a administração de MLT, durante o desenvolvimento cerebral, pode atuar como antioxidante quando administrado em baixas doses, mas como pró-oxidante quando administrado em altas doses, no que se refere a parâmetros comportamentais sugestivos de ansiedade e memória e também a parâmetros eletrofisiológicos (DAC), dando-nos oportunidade para discutir possíveis implicações clínicas para tais efeitos.
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A melatonina (MLT) é um hormônio sintetizado a partir do triptofano. Seus efeitos benéficos são bem descritos em algumas doenças neurológicas. Neste estudo, ratos Wistar machos receberam, do 7º ao 27º dia pós-natal (DPN), em dias alternados, solução salina (grupo controle), ou 10 mg/kg/dia ou 40 mg/kg/dia de MLT (grupos MLT-10 e MLT-40), ou nenhum tratamento (grupo intacto). Entre DPN30 e DPN34 os animais foram testados no aparelho de campo aberto (CA), primeiro para ansiedade (DPN30) e depois para tarefas de memória de reconhecimento de objetos: de posição espacial - RP (DPN31) e reconhecimento de formas - RF (DPN32). Em DPN34, foram testados no labirinto em cruz elevado (LCE). Do DPN36 a 42, registrou-se o fenômeno eletrofisiológico conhecido como depressão alastrante cortical (DAC). O tratamento com MLT não alterou o peso corporal e a glicemia dos animais, mas na menor das duas doses que utilizamos teve um impacto significante, positivo, sobre os testes comportamentais indicativos de ansiedade e memória de reconhecimento de objetos. A dose mais baixa de MLT (10 mg/kg/dia) desacelerou significantemente a DAC (2,86 ± 0,14 mm/min) em comparação com os grupos controle (3,31 ± 0,09 mm/min e 3,25 ± 0,10 mm/min; grupo intacto e veículo, respectivamente). No entanto, a dose mais alta (40 mg/kg/dia) acelerou a DAC (3,96 ± 0,16 mm/min; p <0,01). Nossos achados indicam que a administração de MLT, durante o desenvolvimento cerebral, pode atuar como antioxidante quando administrado em baixas doses, mas como pró-oxidante quando administrado em altas doses, no que se refere a parâmetros comportamentais sugestivos de ansiedade e memória e também a parâmetros eletrofisiológicos (DAC), dando-nos oportunidade para discutir possíveis implicações clínicas para tais efeitos.
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LUCIANE VASCONCELOS SANTOS
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Avaliação dos Efeitos Antinociceptivo, Anti-inflamatório e Gastroprotetor do Extrato Hidroalcóolico das Folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira Pinto, Mansano & Azevedo)
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Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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KÁTIA ALVES RIBEIRO
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
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Data: 13/06/2022
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Úlceras pépticas são lesões no trato digestivo, onde há perda do tecido superficial estendendo-se pela submucosa e podendo chegar até ao tecido muscular. Como sintomas a dor e a inflamação estão presentes e o estresse oxidativo oriundo das causas (etanol ou H. pilori, por exemplo) favorece o quadro inflamatório e consecutivamente a lesão gástrica. Embora existam diversos medicamentos para tratamento dessa condição, não existe um tratamento totalmente eficaz, duradouro e seguro. A região brasileira da Caatinga abriga um grande número de espécies vegetais de recorrente consumo. Plantas da família Hymenaea se mostram promissoras na área de terapia para o trato gastrointestinal, apesar de ainda serem relativamente raros na literatura os trabalhos sobre essa família. Frente a isso, o presente trabalho visou investigar o efeito gastroprotetor e mecanismos do extrato hidroalcóolico das folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira) em modelo animal experimental. Para tal, o extrato foi sintetizado e diferentes doses foram aplicadas em camundongos albinos da linhagem Swiss, com os devidos controles para comparação. De acordo com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível obter com um bom rendimento o EHHc e determinar a sua composição química, tendo como componente majoritário o ácido gálico. Os testes farmacológicos mostraram que EHHc apresentou excelente atividade, dose dependente, para os modelos nociceptivos, anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Frente ao perfil de citocinas inflamatórias foi visto que o presente extrato foi capaz de atenuar os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α. Já em relação aos parâmetros oxidativos (níveis de malondialdeído, glutationa reduzida e muco gástrico) permitiu corroborar a ação gastroprotetora desse extrato. O mecanismo de ação de EHHC envolve o óxido nítrico e síntese de prostaglandinas, enquanto não provoca nenhum efeito de toxicidade aguda, mesmo em doses muito elevadas em relação à dose terapêutica. Além de valorizar uma espécie endêmica da caatinga brasileira, os resultados do presente estudo podem impulsionar a utilização dessa espécie pela comunidade local e pelas indústrias farmacêuticas, bem como favorecer pesquisas futuras que testem esses efeitos em humanos.
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Úlceras pépticas são lesões no trato digestivo, onde há perda do tecido superficial estendendo-se pela submucosa e podendo chegar até ao tecido muscular. Como sintomas a dor e a inflamação estão presentes e o estresse oxidativo oriundo das causas (etanol ou H. pilori, por exemplo) favorece o quadro inflamatório e consecutivamente a lesão gástrica. Embora existam diversos medicamentos para tratamento dessa condição, não existe um tratamento totalmente eficaz, duradouro e seguro. A região brasileira da Caatinga abriga um grande número de espécies vegetais de recorrente consumo. Plantas da família Hymenaea se mostram promissoras na área de terapia para o trato gastrointestinal, apesar de ainda serem relativamente raros na literatura os trabalhos sobre essa família. Frente a isso, o presente trabalho visou investigar o efeito gastroprotetor e mecanismos do extrato hidroalcóolico das folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira) em modelo animal experimental. Para tal, o extrato foi sintetizado e diferentes doses foram aplicadas em camundongos albinos da linhagem Swiss, com os devidos controles para comparação. De acordo com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível obter com um bom rendimento o EHHc e determinar a sua composição química, tendo como componente majoritário o ácido gálico. Os testes farmacológicos mostraram que EHHc apresentou excelente atividade, dose dependente, para os modelos nociceptivos, anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Frente ao perfil de citocinas inflamatórias foi visto que o presente extrato foi capaz de atenuar os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α. Já em relação aos parâmetros oxidativos (níveis de malondialdeído, glutationa reduzida e muco gástrico) permitiu corroborar a ação gastroprotetora desse extrato. O mecanismo de ação de EHHC envolve o óxido nítrico e síntese de prostaglandinas, enquanto não provoca nenhum efeito de toxicidade aguda, mesmo em doses muito elevadas em relação à dose terapêutica. Além de valorizar uma espécie endêmica da caatinga brasileira, os resultados do presente estudo podem impulsionar a utilização dessa espécie pela comunidade local e pelas indústrias farmacêuticas, bem como favorecer pesquisas futuras que testem esses efeitos em humanos.
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SILVIO ASSIS DE OLIVEIRA FERREIRA
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Preparações de lectina pura (BmoLL) e de extrato de folhas de Bauhinia monandra para aplicações biológicas.
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Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
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Data: 18/01/2022
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A lectina de folhas de Bauhinia monandra (BmoLL) foi previamente purificada por fracionamento com sulfato de amônio (F 0-60%) seguido por cromatografia de afinidade com gel de Guar. Para o estudo de BmoLL foi desenvolvido um anticorpo policlonal em coelho contra esta lectina; IgG anti-BmoLL foi purificada do antissoro em coluna Proteína A-Sepharose CL-4B. Em teste de imunodifusão dupla ocorreu precipitações de IgG anti-BmoLL com a BmoLL e extratos de outros tecidos de B. monandra com atividade de lectina previamente detectada. O IgG anti-BmoLL foi imobilizado na superfície do eletrodo de ouro para caracterização eletroquímica e piezoelétrica da interação anticorpo-BmoLL. Um imunossensor eletroquímico realizado com IgG anti-BmoLL e superfície eletrodo de ouro estimou a ligação BmoLL e seu potencial eletroquímico. Um imunossensor piezoelétrico também foi realizado com base em uma microbalança de cristal de quartzo (QCM) com uma superfície de ouro onde o IgG anti-BmoLL foi imobilizado para caracterizar o reconhecimento de BmoLL. O sistema eletroquímico foi sensível para avaliar interações anti-BmoLL IgG com diferentes concentrações de BmoLL. O imunossensor piezoelétrico com análise de injeção de fluxo (FIA) revelou uma diminuição de frequência (15 kHz) após a interação de BmoLL (454 μg/ml) com IgG anti-BmoLL (0,11mg/mL) indicando especificidade de anticorpos de antígeno. Em seguida, o ensaio piezoelétrico foi uma ferramenta potente para detecção de reconhecimento de anticorpos de antígeno. O potencial eletroquímico e piezoelétrica da interação anticorpo- BmoLL foi obtido para avaliar a ligação da galactose e IgG anti- BmoLL. Esses resultados revelam que a IgG anti-BmoLL não provocou nenhuma alteração na ligação de galactose pela BmoLL, indicando que ela purificada não tem afinidade pelos sítios de ligação de carboidrato de BmoLL. A manufatura de uma matriz com ligação cruzada da goma da sementa da Leucaena leucocephala (cross-linked matrix of Leucaena leucocephala seed gum, CLLSG), mostrou-se eficiente na purificação da BmoLL. A confecção da matriz foi simples, eficiente e de baixo custo na purificação comparado com as gomas comerciais. Sementes que tem na sua composição abundância de galactomananas possui um alto potencial de confecção de matrizes cromatográficas para purificação de lectinas que tenham afinidade a galactose. A BmoLL purificada teve ação citotóxica em uma relação de dose dependente, principalmente no tempo de 24h, tanto nas células de macrófagos J774A.1 e sarcoma-180 (S-180), pesquisas com outras linhagens de células são necessários para aprofundar o entendimento do mecanismo de ação da citotoxicidade das lectinas. Caramujos Biomphalaria glabrata são o principal vetor de esquistossomose no Brasil e a busca por moluscicidas naturais interrompendo o ciclo evolutivo do parasita é necessário. As plantas do gênero Bauhinia são amplamente encontradas em continentes endêmicos para a doença. Análise fotoquímica do extrato e fração das folhas de B. monandra revelou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas; concentração de proteína (21,2 mg/mL) e AHE (96,6) confirmou a presença de lectina. Na concentração de 100 μg/mL, o extrato obteve 88,7% de inviabilidade enquanto a 200 μg/mL, 100% de embriões inviáveis. Para os caramujos adultos, a concentração de 4000 μg/mL obteve 90% de mortalidade, porém de forma acumulativa ao longo de 96h. Na avaliação da ecotoxicidade, o extrato demonstrou alta mortalidade mesmo nas menores concentrações. Em conclusão, sugere-se que o extrato salino de B. monandra possa ser utilizado como alternativa no controle populacional do vetor, porém de forma pontual em localidades com alta endemicidade devido seu impacto no ambiente.
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A lectina de folhas de Bauhinia monandra (BmoLL) foi previamente purificada por fracionamento com sulfato de amônio (F 0-60%) seguido por cromatografia de afinidade com gel de Guar. Para o estudo de BmoLL foi desenvolvido um anticorpo policlonal em coelho contra esta lectina; IgG anti-BmoLL foi purificada do antissoro em coluna Proteína A-Sepharose CL-4B. Em teste de imunodifusão dupla ocorreu precipitações de IgG anti-BmoLL com a BmoLL e extratos de outros tecidos de B. monandra com atividade de lectina previamente detectada. O IgG anti-BmoLL foi imobilizado na superfície do eletrodo de ouro para caracterização eletroquímica e piezoelétrica da interação anticorpo-BmoLL. Um imunossensor eletroquímico realizado com IgG anti-BmoLL e superfície eletrodo de ouro estimou a ligação BmoLL e seu potencial eletroquímico. Um imunossensor piezoelétrico também foi realizado com base em uma microbalança de cristal de quartzo (QCM) com uma superfície de ouro onde o IgG anti-BmoLL foi imobilizado para caracterizar o reconhecimento de BmoLL. O sistema eletroquímico foi sensível para avaliar interações anti-BmoLL IgG com diferentes concentrações de BmoLL. O imunossensor piezoelétrico com análise de injeção de fluxo (FIA) revelou uma diminuição de frequência (15 kHz) após a interação de BmoLL (454 μg/ml) com IgG anti-BmoLL (0,11mg/mL) indicando especificidade de anticorpos de antígeno. Em seguida, o ensaio piezoelétrico foi uma ferramenta potente para detecção de reconhecimento de anticorpos de antígeno. O potencial eletroquímico e piezoelétrica da interação anticorpo- BmoLL foi obtido para avaliar a ligação da galactose e IgG anti- BmoLL. Esses resultados revelam que a IgG anti-BmoLL não provocou nenhuma alteração na ligação de galactose pela BmoLL, indicando que ela purificada não tem afinidade pelos sítios de ligação de carboidrato de BmoLL. A manufatura de uma matriz com ligação cruzada da goma da sementa da Leucaena leucocephala (cross-linked matrix of Leucaena leucocephala seed gum, CLLSG), mostrou-se eficiente na purificação da BmoLL. A confecção da matriz foi simples, eficiente e de baixo custo na purificação comparado com as gomas comerciais. Sementes que tem na sua composição abundância de galactomananas possui um alto potencial de confecção de matrizes cromatográficas para purificação de lectinas que tenham afinidade a galactose. A BmoLL purificada teve ação citotóxica em uma relação de dose dependente, principalmente no tempo de 24h, tanto nas células de macrófagos J774A.1 e sarcoma-180 (S-180), pesquisas com outras linhagens de células são necessários para aprofundar o entendimento do mecanismo de ação da citotoxicidade das lectinas. Caramujos Biomphalaria glabrata são o principal vetor de esquistossomose no Brasil e a busca por moluscicidas naturais interrompendo o ciclo evolutivo do parasita é necessário. As plantas do gênero Bauhinia são amplamente encontradas em continentes endêmicos para a doença. Análise fotoquímica do extrato e fração das folhas de B. monandra revelou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas; concentração de proteína (21,2 mg/mL) e AHE (96,6) confirmou a presença de lectina. Na concentração de 100 μg/mL, o extrato obteve 88,7% de inviabilidade enquanto a 200 μg/mL, 100% de embriões inviáveis. Para os caramujos adultos, a concentração de 4000 μg/mL obteve 90% de mortalidade, porém de forma acumulativa ao longo de 96h. Na avaliação da ecotoxicidade, o extrato demonstrou alta mortalidade mesmo nas menores concentrações. Em conclusão, sugere-se que o extrato salino de B. monandra possa ser utilizado como alternativa no controle populacional do vetor, porém de forma pontual em localidades com alta endemicidade devido seu impacto no ambiente.
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DAYANE DE MELO BARROS
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Atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho
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Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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RANILSON DE SOUZA BEZERRA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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ANDRELINA MARIA PINHEIRO SANTOS
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ROBERTA ALBUQUERQUE BENTO DA FONTE
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Data: 07/02/2022
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A fabricação de queijos artesanais no Brasil é tradicionalmente realizada com leite cru e processos não padronizados. O queijo de coalho é considerado um dos derivados lácteos mais consumidos no país, principalmente na região Nordeste e sua produção é predominantemente artesanal, tornando-o altamente suscetível a contaminação por microrganismos deteriorantes e patogênicos. Vários estudos sobre padrões microbiológicos têm classificado o queijo de coalho como impróprio para consumo devido a elevada quantidade de bactérias patogênicas acima do limite estabelecido pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica para do produto. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana, dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos como, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Listeria monocytogenes. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, preserva os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. Para a avaliação da Eficiência de Encapsulação (EE) foi quantificado os compostos fenólicos, quanto à caracterização, foram realizadas as técnicas de Microscopia Óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS). A atividade antimicrobiana in vitro do eugenol na sua forma livre e encapsulada foi determinada através da técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente à cepa de Staphylococcus aureus ATCC 6538 e a cinética de crescimento bacteriano foi avaliada in situ, frente a S. aureus em queijo de coalho adicionado de micropartículas de eugenol. A EE obteve resultado satisfatório (87,3%). A MO e a MEV permitiram observar o formato esférico das micropartículas de eugenol. O tamanho obtido foi de 1,21 ± 0,07 µm, favorável a aplicação em alimentos, e seu índice de polidispersão (0,15) demonstra a uniformidade deste tamanho. O potencial zeta obteve um valor de -5,86 devido à estrutura química do material encapsulante. Quanto à atividade antimicrobiana, as partículas de eugenol foram significativamente eficientes in vitro e in situ. Com base nos dados obtidos, as micropartículas de eugenol podem ser uma alternativa natural favorável para a conservação de alimentos.
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A fabricação de queijos artesanais no Brasil é tradicionalmente realizada com leite cru e processos não padronizados. O queijo de coalho é considerado um dos derivados lácteos mais consumidos no país, principalmente na região Nordeste e sua produção é predominantemente artesanal, tornando-o altamente suscetível a contaminação por microrganismos deteriorantes e patogênicos. Vários estudos sobre padrões microbiológicos têm classificado o queijo de coalho como impróprio para consumo devido a elevada quantidade de bactérias patogênicas acima do limite estabelecido pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica para do produto. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana, dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos como, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Listeria monocytogenes. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, preserva os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. Para a avaliação da Eficiência de Encapsulação (EE) foi quantificado os compostos fenólicos, quanto à caracterização, foram realizadas as técnicas de Microscopia Óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS). A atividade antimicrobiana in vitro do eugenol na sua forma livre e encapsulada foi determinada através da técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente à cepa de Staphylococcus aureus ATCC 6538 e a cinética de crescimento bacteriano foi avaliada in situ, frente a S. aureus em queijo de coalho adicionado de micropartículas de eugenol. A EE obteve resultado satisfatório (87,3%). A MO e a MEV permitiram observar o formato esférico das micropartículas de eugenol. O tamanho obtido foi de 1,21 ± 0,07 µm, favorável a aplicação em alimentos, e seu índice de polidispersão (0,15) demonstra a uniformidade deste tamanho. O potencial zeta obteve um valor de -5,86 devido à estrutura química do material encapsulante. Quanto à atividade antimicrobiana, as partículas de eugenol foram significativamente eficientes in vitro e in situ. Com base nos dados obtidos, as micropartículas de eugenol podem ser uma alternativa natural favorável para a conservação de alimentos.
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DIEGO SANTA CLARA MARQUES
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Avaliação do potencial probiótico de cepas endofíticas de bacillus spp. e caracterização de substância tipo bacteriocina
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Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
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IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
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LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
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Data: 21/02/2022
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A resistência bacteriana a antibióticos é uma das principais ameaças atuais à saúde pública. Para lidar com esse problema pesquisadores procuram alternativas ao uso extensivo de antibióticos. O uso de profilático de probióticos, que são microrganismos benéficos introduzidos na alimentação e que tem a capacidade de produzir antibióticos naturais chamados de bacteriocinas, se apresenta como a principal possibilidade. A descobrta e caracterização de novas cepas probióticas e de substâncias tipo bacteriocina constintuem a vanguarda da luta contra patógenos bacterianos multirresistentes. Essas abordagens tendem a ser seguras e ecologicamente corretas, por não gerarem resídeuos tóxicos. Dado esse contexto, uma das principais formas de impulsionar a descoberta e uso de novas bacteriocinas e novos probióticos é estudar a biologia de bactérias isoladas dos mais diversos ambientes. O objetivo desta tese foi sumarizar as informações mais importantes disponíveis na literatura científica sobre becteriocinas, explorar o potencial probióticos de cepas endofíticas do genero baciilus, isoladas das folhas da planta Borreria verticillata, além de isolar e caracterizar substâncias tipo bacteriocinas produzidas por essas cepas. A revisão de literatura apresenta diferentes atividades biológicas desempenhadas pelas bacteriocinas mostrando que podem ser usadas isoladamente ou em consórrco com outras drogas no tratamento de patologias. Vinte e seis isolados endofíticos foram avaliados quanto à capacidade de produzir substâncias antimicrobianas. Dentre eles a cepa BE 349 se destacou por apresentar atividade significativamente maior contra Staphylococcus aureus, e foi identificada como sendo B. amyloliquefaciens pelo sequenciamento parcial do gene 16S rRNA. Foram então estudados seu potencial uso como probióticos e as características da bacteriocina parcialmente purificada com precipitação em sulfato de amônio a 80%. BE 349 se mostrou resistente a condições adversas encontradas no trato gastrointestinal, apresentou um perfil gregário e hidrofóbico, que contribuía para a colonização da mucosa intestinal, cresceu em presença de sais biliares e diferentes faixas de pH, e apresentou atividade antimicrobiana e antioxidante. A bacteriocina parcialmente purificada apresentou atividade contra isolados clínicos de S. aureus meticilina resistentes (MRSA), manteve a atividade em diferentes faixas de pH e temperatura e resistiu a ação de proteases. A bacteriocina também apresentou forte ação inibitória na formação de biofilme por cepas de MRSA, e ação bacteriostática na concetração de 1/2 MIC e bactericida na concentração correspondente ao MIC. Esses resultados mostram o potencial uso da BE 349 como cepa probiótica para uso em seres humanos ou animais, e o potencial terapêutico que a bacteriocina produzida pela BE 349 apresenta no tratamento a infecções por cepas de MRSA.
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A resistência bacteriana a antibióticos é uma das principais ameaças atuais à saúde pública. Para lidar com esse problema pesquisadores procuram alternativas ao uso extensivo de antibióticos. Dentre as abordagens disponíveis, uso de profilático de probióticos e o tratamento com bacteriocinas são as principais possibilidades. Probioticos são definidos como sendo microrganismo que, incorporados à dieta, trazem algum benefício à saúde do hospedeiro. Bacteriocinas são importantes antimicrobianos produzidos por uma ampla gama de bactérias, que possuem estruturas químicas complexas e variáveis. A pesquisa de novas cepas probióticas e da purificação e caracterização de novas bacteriocinas tem ganhado cada vez mais espaço na academia. Essas abordagens tendem a ser mais seguras quanto à saúde de quem é submetido ao tratamento, tanto em relação à profilaxia por uso de probióticos quanto à possibilidade de tratamento de doenças bacterianas com bacteriocinas, em comparação com agentes sintéticos. Dado esse contexto, uma das principais formas de impulsionar a descoberta e uso de novas bacteriocinas e novos probióticos é estudar a biologia de bactérias isoladas dos mais diversos ambientes. O objetivo dessa tese foi sumarizar as informações mais importantes disponíveis na literatura científica sobre becteriocinas e explorar o potencial de próbióticos e fazer a bioprospecção da produção de bacteriocinas por bactérias endofíticas do gênero Bacillus, isoladas das folhas da planta Borreria verticilata. A revisão de literatura apresentou diferentes atividades biológicas desenpenhadas pelas bacteriocinas mostrando que podem ser usadas isoladamente ou em consório com outras drogas no tratamento de patologias. Vinte e seis isolados endofíticos foram avaliados quanto à capacidade de produzir substâncias antimicrobianas. Dentre eles a BE 349 se destacou por apresentar atividade significativamente maior contra Staphylococcus aureus, e foi identificada como sendo B. amyloliquefaciens pelo sequenciamento parcial do gene 16SRNA. Foram então estudados seu potencial uso como probióticos e as características da bacteriocina parcialmente purificada com precipitação em sulfato de amônio a 80%. BE 349 se mostrou resistente a condições adversas encontradas no trato gastrointestinal, apresentou um perfil gregário e hidrofóbico, que contribuía para a colonização da mucosa intestinal, cresceu em presença de sais biliares e diferentes faixas de pH, e apresentou atividade antimicrobiana e antioxidante. A bacteriocina bruta parcialmente purificada apresentou atividade contra isolados clínicos de S. aureus meticilina resistentes (MRSA), manteve a atividade em diferentes faixas de pH e temperatura e resistiu a ação de proteases. A bacteriocina também apresentou forte ação inibitória na formação de biofilme por cepas de MRSA, e ação bacteriostática na concetração de ½ MIC e bactericida na concentração correspondente ao MIC. Esses resultados mostram o potencial uso da BE 349 como cepa probiótica para uso em seres humanos ou animais, e o potencial terapêutico que a bacteriocina produzida pela BE 349 apresenta no tratamento a infecções por cepas de MRSA.
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ANDERSON APOLONIO DA SILVA PEDROZA
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EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO MODERADO SOBRE OS MECANISMOS EPIGENÉTICOS, BALANÇO OXIDATIVO E BIOENERGÉTICA MITOCONDRIAL INDUZIDOS PELA DESNUTRIÇÃO PROTEICA MATERNA: AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS MITOCONDRIAIS CARDÍACAS.
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Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
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LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
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JOSE ANTONIO DOS SANTOS
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MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
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Data: 11/03/2022
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Estudos demonstram uma estreita correlação entre o estado nutricional inadequado durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças metabólicas e cardiovasculares. Por outro lado, o exercício físico moderado é apontado como um modulador positivo do metabolismo cardíaco, sendo ele uma estratégia para combater o aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre os mecanismos epigenéticos, balanço oxidativo e bioenergética mitocondrial cardíaca de ratos submetidos a desnutrição proteica materna. Inicialmente, ratas prenhes foram divididas em dois grupos experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Durante os dias 26, 27 e 28 os animais realizaram um teste de adaptação em esteira, aos 30 dias de vida, os grupos controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos não treinados (CNT e DNT) e treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas durante 1 hora por dia. Aos 61 dias, 24 horas após a última sessão de exercício, o tecido cardíaco foi coletado e as seguintes análises bioquímicas foram realizadas: atividade enzimática da citrato sintase, níveis totais de NAD+ e NADH, consumo de oxigênio mitocondrial, produção de espécies reativas mitocondriais, inchamento mitocondrial, expressão gênica e proteica de moduladores epigenéticos e níveis de acetilação do resíduo de lisina. De forma resumida, observamos que os animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no metabolismo e função mitocondrial, estresse oxidativo, maior produção de espécies reativas e menor resistência à captação de cálcio. Além de aumento da expressão gênica das sirtuínas 1 e 3, sendo este aumento contrário em relação a expressão proteica, além de aumentos nos níveis de acetilação. Em contrapartida, o treinamento físico moderado foi capaz de induzir alterações que minimizaram os efeitos deletérios causados pela restrição proteica. Em conjunto, nossos dados sugerem que o treinamento físico moderado, quando aplicado de forma precoce, pode ser uma ferramenta que pode postergar ou até mesmo impedir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas a disfunções mitocondriais cardíacas causadas por uma restrição proteica no início da vida.
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Estudos demonstram uma estreita correlação entre o estado nutricional inadequado durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças metabólicas e cardiovasculares. Por outro lado, o exercício físico moderado é apontado como um modulador positivo do metabolismo e função cardíaca, sendo ele uma estratégia para combater o aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre os padrões epigenéticos e bioenergética mitocondrial cardíaca de ratos submetidos a desnutrição proteica materna. Inicialmente, ratas prenhas foram divididas em dois grupos experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Aos 30 dias de vida, os neonatos dos grupos controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos em sedentários (C e D) e treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas. 24 horas após a última sessão de exercício, o tecido cardíaco foi coletado e as seguintes análises bioquímicas foram realizadas: atividade enzimática da citrato sintase, níveis totais de NAD + e NADH, consumo de oxigênio mitocondrial, produção de espécies reativas mitocondriais, inchamento mitocondrial, expressão gênica e proteica de moduladores epigenéticos e níveis de acetilação do resíduo de lisina. Observamos que os animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no metabolismo e função mitocondrial, maior produção de espécies reativas e menor resistência à captação de cálcio. Em relação ao perfil molecular, este mesmo grupo apresentou aumento da expressão gênica das sirtuínas 1 e 3, sendo este aumento contrário em relação a expressão proteica, além de aumentos nos níveis de acetilação. Entretanto, o treinamento físico moderado foi capaz de induzir alterações que restabeleceram os efeitos deletérios causados pela restrição proteica. Portanto, nossos dados sugerem que o treinamento físico moderado, quando aplicado de forma precoce, pode ser uma ferramenta que pode atrasar ou até mesmo impedir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas a disfunções mitocondriais.
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JULIANA CABRAL LEAL
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Participação dos receptores neurocinérgicos NK1 nas alterações comportamentais, oxidativas e neuroinflamatórias em modelos animais de Doença de Alzheimer e Parkinson
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Orientador : FILIPE SILVEIRA DUARTE
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO DUZZIONI
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AXEL HELMUT RULF COFRE
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BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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FILIPE SILVEIRA DUARTE
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RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
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Data: 31/03/2022
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O Alzheimer (DA) e Parkinson (DP) estão entre as doenças neurodegenerativas mais prevalentes e incapacitantes na população mundial. Estudos mostram que o dano neuronal progressivo subjacente à DA e DP está associado a processos envolvendo estresse oxidativo, neuroinflamação e neurodegeneração. Infelizmente o tratamento atual ainda é paliativo por ser incapaz de impedir e reverter a sua evolução. A neurocinina substância P (SP), o ligante endógeno dos receptores neurocinérgicos NK1 (RNK1), é um neuropeptídeo biologicamente ativo envolvido na neuromodulação. No entanto, a SP-RNK1 vêm sendo apontados estar envolvidos em vários processos fisiopatológicos. No presente estudo, investigamos a possível participação dos RNK1 para SP nas alterações comportamentais (cognitivos e motores) e bioquímicas (marcadores de estresse oxidativo, neuroinflamação e apoptose neuronal) em modelos animais de DA e DP. Para isso, ratos Wistar adultos machos receberam por via intracerebroventricular (i.c.v.) a neutotoxina estreptozotocina (ETZ), para indução do modelo animal de DA, sendo investigados os efeitos do tratamento com o antagonista dos RNK1 L-733,060 nas alterações cognitivas e bioquímicas induzidas pela ETZ. Em outros grupos experimentais, investigamos os efeitos do tratamento intra-estriatal ou intra-nigral com o antagonista dos RNK1 L-733,060 nas alterações motoras e bioquímicas em um modelo de parkinsonismo induzido pela administração sistêmica de haloperidol ou de hemiparkinsonismo induzido pela infusão unilateral intra-estriatal da neurotoxina 6-OHDA. Nossos resultados mostraram que o tratamento i.c.v. com L-733,060 aboliu o prejuízo cognitivo induzido pela ETZ em ratos avaliados no teste da esquiva inibitória e de reconhecimento de objetos. Nenhum dos tratamentos alterou as atividades exploratória e motora no CA e RR, respectivamente. A ETZ reduziu a atividade da CAT e aumentou os níveis de TBARS no córtex e hipocampo, assim como reduziu a SOD e aumentou o conteúdo de NOx no córtex. Essas alterações foram abolidas pelo tratamento repetido com L-733,060. Embora a ETZ per se não tenha modificado os indicadores de apoptose e neuroinflamação/neurodegeneração, o tratamento com L-733,060 aumentou o imunoconteúdo da CASP-3 concomitantemente com uma redução da BAX no grupo que recebeu a neurotoxina. No modelo experimental de parkinsonismo farmacológico, nossos resultados mostraram que o tratamento intraestrial, mas não intranigral, com L-733,060 diminui a catalepsia induzida pelo haloperidol. No modelo de hemiparkinsonismo induzido pela 6-OHDA, o tratamento com L-733,060 reverteu o prejuízo motor no teste do campo aberto, da roda giratória e no teste de rotações contralaterais induzida por apomorfina. A 6-OHDA reduziu a CAT e SOD no estriado e substância nigra, efeito que foi revertido pelo L-733,060. O antagonista dos RNK1 per se aumentou a atividade da CAT e SOD e reduziu o conteúdo de NOx no estriado e substância nigra. A 6-OHDA reduziu o imunoconteúdo de tirosina-hidroxilase (TH), porém este efeito não foi revertido pelo L-733,060. Os demais indicadores de apoptose e neuroinflamação não foram alterados. No modelo experimental de DA esporádica, nossos resultados sugerem que os RNK1 para SP estão envolvidos nas alterações mnemônicas induzidas pela ETZ e que o antagonista dos RNK1 exerce efeito neuroprotetor envolvendo atividade antioxidante e antiapoptótica. Nos modelos experimentais de DP, nossos resultados sugerem o envolvimento dos receptores RNK1 nas alterações motoras e oxidativas induzidas pelo haloperidol ou pela neurotoxina 6-OHDA.
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Não disponível.
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VANDERLAN NOGUEIRA HOLANDA
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Síntese e Avaliação do Potencial de Híbridos Derivados de Ftalimidas e Triazóis no Desenvolvimento de Novos Fármacos Contra a Leishmaniose
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Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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CESAR AUGUSTO DA SILVA
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MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
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REGINA CÉLIA BRESSAN QUEIROZ DE FIGUEIREDO
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RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
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VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
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Data: 16/05/2022
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As leishmanioses são doenças prevalentes e negligenciadas que afetam à saúde pública e estão cada vez mais presentes nos países em desenvolvimento. Devido a toxicidade dos medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças, a busca por novas drogas ainda é urgente. Moléculas orgânicas formadas pela união de dois ou mais grupos farmacofóricos tem sido alvo de estudo para o desenvolvimento de novos agentes leishmanicidas e nesse contexto, os derivados do triazol, ftalimida e naftoquinona têm ganhado destaque. Dessa forma, a presente tese de doutorado teve por objetivo investigar o potencial leishmanicida de sete derivados triazólicos ligados a ftalimida ou naftoquinona obtidos por click chemistry, sobre as formas evolutivas de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Para isso, foi avaliado o perfil ADMET e citotoxicidade in vitro sobre macrófagos J774 e fibroblastos. O ensaio leishmanicida foi realizado nas formas evolutivas de L. amazonensis e L. braziliensis. Os compostos foram ranqueados quanto a seletividade, a partir dos dados obtidos na citotoxicidade e atividade leishmanicida. Nesse sentido, duas moléculas foram escolhidas como compostos líderes e tiveram o mecanismo de ação investigado através da análise da fisiologia mitocondrial e dos compartimentos ácidos em promastigotas de Leishmania. Também foi investigado o potencial inibitório dos compostos líderes sobre as enzimas esterol 14 alfa-demetilase e tripanotiona redutase, alvos moleculares comumente associados a ação de drogas. O perfil ADMET revelou que os sete derivados de triazol com ftalimida ou naftoquinona (FT1-FT7), apresentaram propriedades semelhantes a fármacos e alta predição de absorção gastrointestinal. O ensaio de citotoxidade sobre macrófagos e fibroblastos demonstrou que os compostos contendo naftoquinona (FT6 e FT7) foram mais tóxicos, com valores de CC50 que variaram de 20.8 a 314.2 µM, enquanto que os derivados com a ftalimida foram os menos tóxicos (CC50 > 2000 µM). Todos os compostos apresentaram atividade leishmanicida contra as formas promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis, os maiores índices de seletividade foram encontrados para os derivados FT1 e FT2 (SI > 20). Os compostos FT1 e FT2 não apresentaram atividade hemolítica e foram efetivos na redução do índice de sobrevivência de amastigotas axênicas e intracelulares, apresentado IC50 média de 50 µM. O tratamento FT1 e FT2 resultou em alterações drásticas na ultraestrutura de promastigotas como o enrugamento da membrana plasmática, diminuição e inchaço do corpo celular. Também foram observados a alteração do potencial de membrana mitocondrial, aumento das espécies reativas de oxigênio e dos compartimentos ácidos. Em continuidade a investigação do mecanismo de ação, os cálculos de docking demonstraram que ambos os compostos apresentaram alta afinidade de interação com as enzimas, a partir dos valores de energia de ligação (BE) para os complexos FT1-14 α-DM (-8.12 kcal/mol), FT2-14 α-DM (-7.36), FT1-TryR (-8.16 kcal/mol) e FT2-TryR (-6.81 kcal/mol). As alterações celulares causadas pelos derivados FT1-2, somadas ao potencial inibitório dos alvos enzimáticos de Leishmania podem estar relacionadas ao efeito leishmanicida descrito neste estudo. Em conjunto, estes resultados apontam as moléculas FT1 e FT2 como potentes agentes leishmanicidas promissores para uso, de forma isolada ou combinada no tratamento da leishmaniose.
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As leishmanioses são doenças prevalentes e negligenciadas que afetam à saúde pública e estão cada vez mais presentes nos países em desenvolvimento. Devido a toxicidade dos medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças, a busca por novas drogas ainda é urgente. Moléculas orgânicas formadas pela união de dois ou mais grupos farmacofóricos tem sido alvo de estudo para o desenvolvimento de novos agentes leishmanicidas e nesse contexto, os derivados do triazol, ftalimida e naftoquinona têm ganhado destaque. Dessa forma, a presente tese de doutorado teve por objetivo investigar o potencial leishmanicida de sete derivados triazólicos ligados a ftalimida ou naftoquinona obtidos por click chemistry, sobre as formas evolutivas de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Para isso, foi avaliado o perfil ADMET e citotoxicidade in vitro sobre macrófagos J774 e fibroblastos. O ensaio leishmanicida foi realizado nas formas evolutivas de L. amazonensis e L. braziliensis. Os compostos foram ranqueados quanto a seletividade, a partir dos dados obtidos na citotoxicidade e atividade leishmanicida. Nesse sentido, duas moléculas foram escolhidas como compostos líderes e tiveram o mecanismo de ação investigado através da análise da fisiologia mitocondrial e dos compartimentos ácidos em promastigotas de Leishmania. Também foi investigado o potencial inibitório dos compostos líderes sobre as enzimas esterol 14 alfa-demetilase e tripanotiona redutase, alvos moleculares comumente associados a ação de drogas. O perfil ADMET revelou que os sete derivados de triazol com ftalimida ou naftoquinona (FT1-FT7), apresentaram propriedades semelhantes a fármacos e alta predição de absorção gastrointestinal. O ensaio de citotoxidade sobre macrófagos e fibroblastos demonstrou que os compostos contendo naftoquinona (FT6 e FT7) foram mais tóxicos, com valores de CC50 que variaram de 20.8 a 314.2 µM, enquanto que os derivados com a ftalimida foram os menos tóxicos (CC50 > 2000 µM). Todos os compostos apresentaram atividade leishmanicida contra as formas promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis, os maiores índices de seletividade foram encontrados para os derivados FT1 e FT2 (SI > 20). Os compostos FT1 e FT2 não apresentaram atividade hemolítica e foram efetivos na redução do índice de sobrevivência de amastigotas axênicas e intracelulares, apresentado IC50 média de 50 µM. O tratamento FT1 e FT2 resultou em alterações drásticas na ultraestrutura de promastigotas como o enrugamento da membrana plasmática, diminuição e inchaço do corpo celular. Também foram observados a alteração do potencial de membrana mitocondrial, aumento das espécies reativas de oxigênio e dos compartimentos ácidos. Em continuidade a investigação do mecanismo de ação, os cálculos de docking demonstraram que ambos os compostos apresentaram alta afinidade de interação com as enzimas, a partir dos valores de energia de ligação (BE) para os complexos FT1-14 α-DM (-8.12 kcal/mol), FT2-14 α-DM (-7.36), FT1-TryR (-8.16 kcal/mol) e FT2-TryR (-6.81 kcal/mol). As alterações celulares causadas pelos derivados FT1-2, somadas ao potencial inibitório dos alvos enzimáticos de Leishmania podem estar relacionadas ao efeito leishmanicida descrito neste estudo. Em conjunto, estes resultados apontam as moléculas FT1 e FT2 como potentes agentes leishmanicidas promissores para uso, de forma isolada ou combinada no tratamento da leishmaniose.
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