PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DA ANP: produção e utilização do conhecimento no setor de petróleo e gás natural
Produção e Utilização do Conhecimento; Teoria Crítica; Política Pública de CT&I; Petróleo e Gás Natural; Pernambuco.
No Brasil, a Lei do Petróleo, promulgada em 1997, findou o monopólio da Petrobras, ampliando massivamente o Setor de Petróleo e Gás Natural (P&G) e, consequentemente, as suas demandas por Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Para atender tais necessidades, o Governo Federal passou a fomentar políticas públicas que consolidassem competências de CT&I em P&G nas Instituições de Ensino Superior (IES). Dentre essas políticas, destaca-se o Programa de Formação de Recursos Humanos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH-ANP), implementado em dezesseis unidades da federação. O estado de Pernambuco, apesar de não explorar e produzir petróleo e gás natural em seu território, mantém uma relação bastante próxima com o setor, pois abriga o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros. Ainda nos meados da década de 1980, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciou suas interações com a indústria de P&G, não só em sua unidade federativa, mas também em outros estados do Nordeste Brasileiro. Os PRH's ANP implementados na UFPE foram os: PRH-26; PRH-28; PRH-47. A partir do que foi mencionado, a pesquisa tem como objetivo investigar os impactos dos PRHs-ANP, instalados na UFPE, relacionados à produção e à utilização do conhecimento no Setor de P&G. A investigação sobre a política pública do PRH-ANP seguirá o Modelo do Ciclo de Política com o auxílio da Teoria Crítica, permitindo investigar as intencionalidades, contradições, tensões e relações de poder no processo de produção e utilização do conhecimento - regime de informação, além de propor aprimoramentos, visando maximizar os resultados da política pública – competência crítica em informação. A produção do conhecimento pelo PRHs-ANP da UFPE e a utilização pela indústria serão mensurados por meio de três dimensões: científica, tecnológico-inovativa e humana. Por meio dos resultados da investigação, a ANP poderá aperfeiçoar a nova política pública do PRH, o PRH-ANP Segunda Fase.