ESTUDO DA DEGRADAÇÃO TERMO-OXIDATIVA DE UMA BLENDA AUTOMOTIVA APLICADA EM TANQUES DE COMBUSTÍVEL
PEAD, EVOH, Blendas Poliméricas, Degradação, Tanques de
Combustível
No mercado automotivo atual existe uma busca constante pela redução das
taxas de emissão de gases poluentes e o aumento da segurança veicular. Para
atender a essas demandas o mercado tem investido constantemente no
desenvolvimento de novos materiais. O aumento de 10% na massa do veículo
resulta em uma redução de eficiência de 4,6% no consumo de combustível, o
que, por sua vez, aumenta as emissões de gases poluentes. Nesse contexto, os
materiais poliméricos se tornaram uma opção amplamente utilizada na
construção de veículos nos últimos anos. No entanto, a degradação e a
durabilidade são as principais limitações na aplicação de polímeros na indústria
automotiva. Este trabalho tem como objetivo estudar o processo de degradação
termo-oxidativa da blenda de PEAD, EVOH e PE-g-AM, comumente utilizada na
fabricação de tanques de combustível automotivos. Nesse estudo foram
preparadas diferentes composições de blendas, que foram processadas em
diferentes tempos de residência de extrusão. As amostras foram analisadas por
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho
por Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura
(MEV), medidas de Índice de Fluidez (MFI) e Ensaios de Tração. A partir das
análises, foi possível observar que o tempo de residência dentro da extrusora é
o principal fator que contribui para a degradação da blenda, seguido pelo
percentual de EVOH incorporado nas blendas. Quanto maior o tempo de
residência e o percentual de EVOH, maior é a velocidade cinética da reação de
degradação termo-oxidativa. Compreender a degradação termo-oxidativa
contribui para um aumento significativo na qualidade e resistência mecânica dos
tanques de combustível, reduzindo o risco de falhas catastróficas.