AVALIAÇÃO DE LIGAS ALTERNATIVAS SEM ADIÇÃO DE MANGANÊS PARA PRODUÇÃO DE VERGALHÕES DE AÇO
Produção de vergalhão de aço, Ligas alternativas, adição de manganês
O Forno Elétrico a Arco (FEA) para a produção de aço foi inventado por Paul Héroult em 1889. Inicialmente, o emprego desse equipamento ocorria na produção de aços especiais, que requeriam, em seu processamento, elevadas temperaturas, fusão de ferro-ligas e tempos de refino elevados. Entretanto, com o advento do lingotamento contínuo de tarugos na década de 1960, os FEA passaram a ocupar outra função: atuar como principal unidade de fusão e refino de usinas siderúrgicas semi-integradas, ou mini-mills, alimentando o lingotamento para a produção de aços para vergalhão e fio-máquina principalmente (Madias, Treatise on Process Metallurgy vol. 3 - Chapter 1.5 Electric Furnace Steelmaking, 2014). De fato, o nascimento efetivo das mini-mills está associado ao aproveitamento dos significativos ganhos de eficiência e custo decorrentes do processo de lingotamento contínuo. Este, em substituição ao lingotamento convencional, possibilitou uma operação muito mais simples, eliminando equipamentos e atividades como lingoteiras, fornos-poço e laminação de desbaste primária, além de requerer menos energia e mão de obra na produção (Andrade, Cunha, & Gandra, 2000). Já no início da década de 1980, de modo a aumentar a produtividade da Aciaria, o FEA se reinventou como uma estação de fusão, descarburação e refino primário (oxidante). O refino secundário (redutor) do aço foi deixado para o recém-introduzido processo em Forno Panela (FP) – que representou um grande avanço de produtividade e qualidade nas Aciarias, uma vez que acarretou uma maior estabilidade de temperatura e composição química do aço, parâmetros de grande influência no processo de solidificação. Desse modo, estava consolidada a estrutura básica da produção de aço em mini-mills: aciaria elétrica (FEA+FP) + lingotamento contínuo. Inicialmente utilizadas para a fabricação de aços inoxidáveis, aços para a construção e aços longos comuns de baixo valor agregado, as mini-mills se desenvolveram e expandiram seu mix de produção, invadindo principalmente os mercados de longos de alta qualidade, perfis pesados, barras especiais e fio-máquina (Andrade, Cunha, & Gandra, 2000). A Figura 2.1 apresenta um fluxograma simplificado do processo siderúrgico de produtos longos, na qual é possível observar os diferentes processos produtivos na rota mini-mill e seus principais produtos semiacabados (tarugos) e acabados (vergalhões e fio-máquina)