Banca de QUALIFICAÇÃO: SUENE MARTINS BANDEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUENE MARTINS BANDEIRA
DATA : 31/01/2022
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

VESTIR COMO CULTURA: MODA E DECOLONIALIDADE NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Moda. Decolonialidade. Povos indígenas.


PÁGINAS: 84
RESUMO:

O movimento decolonial latino-americano está relacionado com o legado do Brasil colonizado. Essa pauta é secular e emergente de reflexão crítica, diante da necessária valorização da cultura dos povos originários, cada vez mais invisibilizados pela sociedade e política brasileira. Nesse sentido, a relação entre a decolonialidade e a moda constitui possibilidade e realidade pluriversal, em que a cultura indígena resista e seja existência. A moda entendida como a tecitura de diferentes caminhos e linhas de pensamentos, conectados com o tempo-espaço e a valorização da potência criativa indígena. O contexto social e político dos povos indígenas no Brasil tem se caracterizado pela existência de projetos de lei que visam excluir direitos constitucionais, como o Projeto de Lei 490/2007 que pretende mudar os critérios de demarcações de terras indígenas, passando a exigir comprovação de posse considerada abusiva, além de permitir a exploração de terras indígenas por garimpeiros, dentre outras disposições. Destarte, é essencial mudar de via, questionar a realidade vigente em busca da valorização dos povos originários e seus direitos. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar as marcas de moda “Nalimo” e “Tucum Brasil” (2020-2021) como representantes da relação entre moda e movimento decolonial no Brasil, em especial da cultura dos povos originários brasileiros. A pesquisa está fundamentada nas discussões de Escobar (2016), Dussel (2000), Vieira Pinto (1979), Miller (2013), entre outros. Por meio do método de abordagem dialético, pretende-se compreender o objeto deste estudo em sua estrutura e dinâmica de existência, considerando sua historicidade e materialidade na prática do real. Dessa forma, o método de procedimento utilizado é o estudo de caso das marcas “Nalimo” e “Tucum Brasil”, com a técnica de documentação direta intensiva, por meio de entrevistas não estruturadas para coletar dados, analisá-los e interpretá-los acerca da moda decolonial indígena brasileira. Portanto, a moda como discurso político e social possibilita que as cosmovisões indígenas sejam materializadas por meio de marcas de moda que comunicam narrativas diversas, constituindo possibilidades para a moda decolonial no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA NEUZA BOTELHO VIDELA - UFC
Interna - 1133992 - KATIA MEDEIROS DE ARAUJO
Presidente - 1134069 - VIRGINIA PEREIRA CAVALCANTI
Notícia cadastrada em: 12/01/2022 09:57
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