PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: ROCLAUDELO NDAFA DE PAULO SILVA NANQUE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROCLAUDELO NDAFA DE PAULO SILVA NANQUE
DATA : 19/04/2023
LOCAL: Remotamente
TÍTULO:

DA GÊNESE DA NAÇÃO: etnicidade, colonialismo, diáspora e memória em Fausto Duarte


PALAVRAS-CHAVES:

Fausto Duarte, etnicidade, colonialismo, diáspora, memória e Guiné-Bissau.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

A literatura colonial sobre a Guiné aparece somente na terceira década do séc. XX marcada sobretudo pelo exotismo, paternalismo, ignorância do nativo etc. A obra literária de Fausto Duarte, natural de Cabo Verde e residente em Guiné como funcionário da administração colonial, embora escrita dentro do campo da literatura colonial, difere das outras obras pela sua narração da Guiné como que desde o interior e por contar histórias dos nativos e apresentá-los como tão humanos quanto os europeus. Os estudos literários guineenses enfocam quase
sempre o período pós-colonial, deixando em penumbra todo o período colonial e sua rica coleção de complexas questões existenciais. Com uma abordagem analítica e hermenêutica das narrativas de Fausto Duarte, a presente tese traz ao debate sobre a África (e a Guiné, em especial) o que há de mais significativo do período colonial guineense. Assim, baseada na percepção de que há na obra de Duarte uma tentativa africanista de ver-revelar a Guiné e a alma do negro e ainda considerando esta tentativa como um esboço de projeto de literatura africana, o presente estudo investiga as formas como o autor imagina literariamente a nação da Guiné, em completa antecipação do que ela viria a ser. E mostra que ele consegue isso através de representações literárias
da etnia, da colonização, da memória e da diáspora como componentes da nação. A etnicidade se manifesta nas representações das etnias da Guiné- Bissau como nações, das suas formas de vida, da organização social e das
suas culturas. O colonialismo é visto na apresentação duma situação colonial marcado no estágio de busca de dominação territorial e pelas relações do colonizador e o colonizado. A memória é o elemento por onde a história pré-colonial e colonial da Guiné é urdida pelos personagens na sua resistência consciente e inconsciente nativista contra a presença colonial. A diáspora aparece multiforme, mas sobretudo como desterro, desassossego da alma e falta de liberdade dos nativos no seu torrão natal. Esta investigação problematiza os conceitos que esses componentes da nação carregam, levando em consideração as ambiguidades que envolvem um autor mestiço que constrói sua obra na situação colonial, dividido entre dois mundos distintos e em conflito, o africano e o português.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2174648 - ROLAND GERHARD MIKE WALTER
Interno - 1971764 - OUSSAMA NAOUAR
Externa à Instituição - JOELMA GOMES DOS SANTOS CHENG DE ANDRADE
Notícia cadastrada em: 14/04/2023 17:48
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