PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: PERLA ARAÚJO DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PERLA ARAÚJO DOS SANTOS
DATA : 10/03/2023
HORA: 10:30
LOCAL: ONLINE GOOGLE MEET - CAC - Departamento de Letras (online).
TÍTULO:

A METAMORFOSE COMO METÁFORA DA IDENTIDADE MOÇAMBICANA EM CONTOS DO NASCER DA TERRA DE MIA COUTO


PALAVRAS-CHAVES:

literatura africana de língua portuguesa; Mia Couto, metamorfose; identidade e memória; realismo animista.


PÁGINAS: 68
RESUMO:

Este trabalho tem como tema principal a metamorfose como metáfora da identidade moçambicana em “Contos do nascer da Terra” de Mia Couto. A partir dos textos selecionados, abordaremos o uso da metamorfose como um recurso relevante para a realização metafórica do desabrochar identitário moçambicano. Assim, os contos da obra em estudo serão analisados no campo da Teoria da Literatura (Linha de Pesquisa 1: Literatura, sociedade e memória). Nesse sentido, abordaremos temáticas que revelam a religiosidade na literatura coutiana como aspectos da tradição ancestral e circunstâncias onde o “insólito” se faz presente. Dessa forma, os contos foram organizados em três ciclos temáticos: nos dois primeiros, prevalecem as metáforas existenciais sobre a perspectiva do imaginário popular moçambicano: a solidão humana na figura do idoso (o qual representa a tradição); o além, como percepção de vida após a morte (filosofia muntu), bem como a contação de estória, enquanto resgate identitário (memória ancestral), já no terceiro eixo temático, realismo animista é associado ao sentimento de luto e de renascimento, tendo como elemento principal a metáfora da metamorfose. Com base nisso, no primeiro eixo temático, “O papel da ancestralidade africana na identidade”; no segundo eixo temático teremos “Memória e oralidade na narrativa breve de Couto; e no terceiro eixo temático “A metamorfose e Muntu nos contos de Mia Couto”. As discussões e análises serão pautadas nos estudos dos seguintes teóricos: Ana Mafalda Leite (2014) sobre oralidade e metamorfoses, Francisco Noa (2015 e 2018) e Rita Chaves (2008) sobre a contextualização do espaço literário moçambicano, de Stuart Hall (2006) sobre identidade e memória, de Ezio Lorenzo Bono (2014) sobre a “ideia de pessoa muntu”. Quanto ao caráter mítico e lendário dos contos, os estudos de Chiampi (1980) e Todorov (1994) sobre as concepções de Realismo Maravilhoso e Fantástico, em contrapartida, os estudos de Sueli da Silva Saraiva (2007) e Sílvio Ruiz Paradiso (2015/ 2020), sobre análise do insólito em narrativas de autores africanos com base na concepção de Realismo Animista.
Dessa maneira pretende-se compreender como o imaginário popular de Mia Couto,
impresso nos contos, traduz, metaforicamente, elementos da cultura de
Moçambique, contribuindo para a realização identitária do povo africano e, de algum
modo, dos brasileiros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742463 - JUAN PABLO MARTIN RODRIGUES
Externo à Instituição - KLEYTON RICARDO WANDERLEY PEREIRA - UFRPE
Externo à Instituição - ROGERIO MENDES COELHO - UFRN
Notícia cadastrada em: 07/02/2023 19:21
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