PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: CALEB BENJAMIM MENDES BARBOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CALEB BENJAMIM MENDES BARBOSA
DATA : 25/01/2023
LOCAL: meet.google.com/svo-xfit-bay
TÍTULO:

A Subjetividade Contemporânea no Romance "Glória", de Victor heringer


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave:Subjetividade;Forma; Romance; Contemporâneo; Ironia.


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Apesquisa procura demonstrar que em Glória (2012), romance de VictorHeringer, há um duplo procedimento através do qual reconhecemos apossibilidade de apreensão de um modo de subjetividadecontemporâneo, ao mesmo tempo que o expressa não apenastematicamente, mas sobretudo através de elementos literáriosformais. Primeiro podemos caracterizar essa subjetividade comomarcada por um mal-estar que segundo Joel Birman (2014) encontra-seno regime do vazio de existir, e que no romance ganha corpo naquiloque o narrador chama de desgosto; e que se configura pelas noçõesde espetáculo (DEBOARD, 1997), narcisismo (LASCH, 1983), e aorfandade das metas-narrativas (LYOTARD, 1986). Tal subjetividadeapresenta-se no romance através da articulação formal de um heróicrivado pela tragicidade e incomunicabilidade e cuja resposta aodesgosto não pode ser outra se não a ironia. Glória narra atrajetória dos irmãos Alencar Costa e Oliveira – formada porBenjamim, um artista frustrado; Daniel, um burocrata bem sucedido; eAbel, um pastor em ascensão – família cujos integrantes estãofadados a morrerem não de acidente ou doença, mas de desgosto,melancolia aguda e imprevisível que os ronda de geração emgeração. Assim, como resultado, percebemos que pelaredimensionalização do herói, cujo mundo não é mais sua medida(LUKACS, 2012), atravessado pela incomunicabilidade e ironiainventiva é que Heringer organiza o desgosto como traçoestruturante de seus heróis e com isso não apenas problematiza assupostas panaceias que davam horizonte ao sujeito, mas traz em seubojo uma reflexão sobre a linguagem como frágil e impotente.Contudo, a ironia heringeriana não é apenas um traço de nossotempo, mas dialogo com uma tradição – a saber o shandismo e asátira menipéia (ROUANET, 2007; SÁ REGO, 1989) – a qual Heringernão procura satirizar, mas encontra nela a expressão suficiente ecapaz para dar forma à subjetividade contemporânea.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2085831 - ANCO MARCIO TENORIO VIEIRA
Externo ao Programa - 3100501 - TIAGO HERMANO BREUNIG - UFPE
Notícia cadastrada em: 21/01/2023 08:52
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