PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARINA MARIA AUSTREGESILO SARAIVA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA MARIA AUSTREGESILO SARAIVA DA SILVA
DATA : 31/01/2023
LOCAL: https://meet.google.com/bbv-xwmh-avh
TÍTULO:

O DISCURSO CAMUSIANO SOBRE SUICÍDIO: UM OLHAR SOBRE OS MODOS DE DIZER O SUICÍDIO NA OBRA A QUEDA


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso, Camus, Suicídio, Leitura


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Esta pesquisa propôs analisar os modos de dizer o suicídio na obra A queda, escrita pelo
filósofo Albert Camus (1913-1960), apontando formas de como esses modos de dizer se
entrelaçam às redes de construções simbólicas atravessadas pelo tema. Foram
delineados pontos de (des)estabilização dessas redes que atravessam os modos dizer
essa prática na referida obra e seus efeitos de sentido acerca de sua compreensão no
século XX e na contemporaneidade. Camus (1913-1960) viveu o período pós-guerra e
apresenta sua filosofia elaborando angústias e dilemas de seu tempo através de
dispositivos literários como contos e romances, sendo constituída como um objeto de
estudo relevante tanto do ponto de vista literário como filosófico, provocando um
grande impacto na construção do pensamento do século XX (LINS, 2016). A partir da
perspectiva de Michel Pêcheux (1997; 2008; 2012; 2019) procura-se, assim,
compreender os efeitos de sentido sobre o termo suicídio que se constroem sobre a
escrita de Camus no tocante aos possíveis lugares dessa noção no conjunto da obra.
Partindo da relação entre o discurso literário e as construções teóricas da psicanálise
lacaniana foi discutida a compreensão do suicídio enquanto ato, traçando uma reflexão
sobre os efeitos dos modos de dizer o suicídio analisados na obra de Camus para um
questionamento-reformulação na forma de compreender-dizer o suicídio e sua
prevenção na Política Nacional de Prevenção à automutilação e ao suicídio. Destaca-se
aqui o trabalho da Análise de Discurso (AD) como dispositivo teórico-analítico que
possibilita gestos de leitura sobre compreensões discursivas em diferentes ordens e cuja
concretude se produz por meio das diversas materialidades produzidas a partir de um
lugar político-ideológico. A AD foi trazida como uma possiblidade de amplificação do
trabalho simbólico através da língua fazendo sentido, formando noções de seu contexto,
das condições de produção discursivas e, consequentemente, das posições históricas
anteriormente assumidas. Essa tessitura sustenta uma teia de relações entre a
materialidade linguística dos textos, os processos históricos e as práticas sociais que
participam de suas condições de produção. Para análise, foram delineados recortes de
sequências discursivas dentro da obra as quais toquem a construção da noção de
“suicídio”. A partir desse movimento, foi possível explorar – levando em conta
diferentes gestos de leitura e modos de dizer sobre essa noção – apontamentos de efeitos
de sentido compondo o suicídio como um movimento de facetado por dimensões de
enigma, punição e julgamento. Promoveu-se, assim, movimentos de tensão e ruptura na
rede de significações posta, abrindo interrogações diante dessa prática, colocando-a
como pluralizada e distante de uma concepção unívoca do fenômeno.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1726965 - FABIELE STOCKMANS DE NARDI SOTTILI
Externa à Instituição - FERNANDA LUZIA LUNKES
Notícia cadastrada em: 16/01/2023 09:28
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