PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: RAFAEL ALVES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL ALVES DE OLIVEIRA
DATA : 30/11/2022
HORA: 13:00
LOCAL: Remotamente, via google meet
TÍTULO:

FONÉTICA E FONOLOGIA DA LÍNGUA AIKANÃ


PALAVRAS-CHAVES:

Fonologia. Fonética. Nasalidade. Pitch-accent. Língua Aikanã.


PÁGINAS: 242
RESUMO:

Este estudo tem como objetivo descrever e analisar a fonologia segmental e prosódica da língua Aikanã, tendo como base teorias formalistas em Fonologia. Estima-se que o Aikanã seja falado por cerca de 250 indígenas, de uma comunidade de 400 indivíduos, que vive majoritariamente em dois territórios indígenas localizados na região sudeste do estado brasileiro de Rondônia, onde configuram a maioria étnica. O corpus de análise desse estudo é composto por aproximadamente 180 horas de dados orais coletados in loco, com 10 indivíduos, na Terra Indígena Tubarão-Latundê. Para a investigação sistemática da fonologia Aikanã, este estudo está distribuído em seis capítulos. O Capítulo 1 apresenta as características etnohistóricas e sociolinguísticas do povo Aikanã, uma revisão bibliográfica dos trabalhos linguísticos de relevância, questões metodológicas e éticas da pesquisa, além de um esboço de morfologia, que mostra que o Aikanã se comporta morfologicamente como uma língua aglutinante com tendência à polissíntese (VAN DER VOORT, 2011; 2013, 2015; VAN DER VOORT; BIRCHALL, 2020). O Capítulo 2 foca nas propriedades fonético- articulatórias e distribucionais de vogais e consoantes. Ainda nesse capítulo, apresenta-se a estrutura da sílaba, a silabificação e os processos fonológicos relacionados, com destaque para os casos de coalescência, mutação vocálica, elisão, alongamento e formação de glides e ditongos, identificados como recursos para evitar sequências heterossilábicas de vogais. Esses e outros processos fonológicos são analisados seguindo-se a Geometria de Traços (CLEMENTS; HUME, 1995). No Capítulo 3, um estudo fonético-articulatório com base nos métodos de palatografia estática e linguograma, com o intuito de discutir o estatuto fonético- fonológico das coronais anteriores, dá suporte à proposta de que os traços [distribuído] e [anterior] são importantes para a especificação dessa classe na língua. No Capítulo 4, uma análise fonético-fonológica da nasalidade, com o objetivo de mostrar a extensão e a direção do processo de harmonia nasal, dando ênfase nos segmentos transparentes e opacos à nasalidade, mostrou que o traço [+nasal] se espalha somente para segmentos especificados para [+vozeado], aspecto que permite reconhecer uma intrínseca relação entre nasalidade e vozeamento nessa língua. No que diz respeito ao acento, um estudo fonético-acústico realizado no Capítulo 5 revelou apenas F0 como relevante na comparação entre vogais acentuadas e não acentuadas, o que indica que o Aikanã constitui uma língua que segue o padrão acentual do tipo pitch-accent (BECKMAN, 1986; VAN DER HULST, 2011). O Capítulo 6 discute a fonologia do acento para a classe de verbos e de não-verbos, mostrando que o acento é livre, contrastivo, insensível ao peso da sílaba e não limitado. Em termos distribucionais, o acento lexical tende a ser marcado em morfemas acentuados mais à esquerda da palavra, ou, a depender de relações de dominância (cf. HALLE; VERGNAUD, 1987a,b), também pode ser atribuído ao morfema acentuado à direita da palavra.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUIZ CARLOS SCHWINDT - UFRGS
Externo à Instituição - CLÁUDIO ANDRÉ CAVALCANTI COUTO
Externa à Instituição - GESSIANE DE FATIMA LOBATO PICANCO - UFPA
Presidente - ***.616.194-** - STELLA VIRGINIA TELLES DE ARAUJO PEREIRA LIMA - OUTRA
Externo à Instituição - WILLIAM LEO MARIE WETZELS
Notícia cadastrada em: 24/11/2022 14:19
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