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Banca de QUALIFICAÇÃO: DIEGO SOUZA DE ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIEGO SOUZA DE ANDRADE
DATA : 21/11/2022
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Literatura de vingança em Contos Negreiros (2005), de Marcelino Freire


PALAVRAS-CHAVES:

Estudos Subalternos; Marcelino Freire; Estudos Culturais; Contos; Vozes


PÁGINAS: 73
RESUMO:

No decorrer desta pesquisa será possível compreender de que maneira vozes subalternizadas encontram em Contos negreiros (2005) força para romper com o silêncio imposto pelo sistema-mundo hegemônico através da literatura. Há nessa obra personagens que se valem de desgraçados sociais para existir. Entre eles, estão analfabetos (Canto XI, Totonha) homossexuais (Cantos VIII e XIII, Coração e Meus amigos coloridos), prostitutas (Canto V, Vaniclélia), crianças indígenas exploradas (Canto XVI, Yamami) e pessoas negras que enfrentam o dia a dia de uma nação cujas raízes estão fincadas no racismo e na subalternização de comunidades específicas (Cantos I e II, Trabalhadores do Brasil e Solar dos príncipes). Além dessas problemáticas, ainda emergem o turismo sexual (Canto IV Alemães vão à guerra), o tráfico de órgão e pessoas (Canto VII, Nação Zumbi), o caos da vida urbana (Canto XII, Polícia e ladrão), a violência policial (Canto III, Esquece) e a assimilação das estruturas dominantes (Cantos  X e XV, Nossa Rainha e Meu negro de estimação). Há ainda muito humor, uma graça na desgraça como Freire gosta de dizer na obra, mas podemos destacar os Cantos VI e IX, Linha do Tiro e Caderno de turismo para completar a breve apresentação do sumário de Contos negreiros (2005). A fundamentação teórica dessa pesquisa teve como suporte Guha (1982), Spivak (2010), Said (1988), Grosfoguel (2008), Quijano (2015), Paulo Freire (1989), Djamila Ribeiro (2019) e Lélia Gonzalez (2022) para a discussão acerca da subalternidade. Para trazer à baila a investigação de gênero bem como de identidade e o corpo abjeto trouxemos Louro (2008), Preciado (2007), e Butler (2019); Paul Zumthor (1997) nos ajudou a lançar luz sobre a poesia oral e a performance. Ao passo em que esta dissertação buscou discutir estruturas enraizadas nos processo culturais de países colonizados, fez-se necessário trazer ao debate estudiosos de cultura como Culler (1999), Bhabha (ANO), bem como Lugones (ANO) e Maldonado (ANO). De todo modo, não seria possível abordar todos estes temas sem ter de onde tirá-los. É a obra literária e suas personagens que sustentam a mesa para a nossa discussão. Portanto, para que tivéssemos excelência na análise crítica foi imprescindível a contribuição de Antonio Candido (2000), Beth Brait (1985), Patrocínio (2013), Sartre, Barthes (1983) e Foucault (1999). Para continuar no estudo de historiografia foi importante o trabalho de sociólogos que investigaram a sociedade brasileira desde sua formação como Gilberto Freyre (2019) e Darcy Ribeiro (2015). Para apresentar o autor, buscaremos compreender como se organiza o seu ofício de escritor. Também encontraremos informações sobre as diversas facetas que se revelam na agência do autor Marcelino Freire no mundo literário. Para tal, trataremos do que Antônio Cândido chamou de “os três momentos indissoluvelmente ligados da produção artística” (CANDIDO, 2000, p.21): o autor, a obra e o público. É justamente da tríade que possibilita a produção artística trazida por Candido que tratará o capítulo em questão. Nele teremos dados biográficos e bibliográficos do autor Marcelino Freire, bem como uma apresentação da relevância do autor para a Literatura Brasileira Contemporânea e para a pesquisa acadêmica. Para isso, será organizado  um conjunto de informações acerca da vida do autor, de sua agência literária (não somente como escritor), das obras escritas e organizadas por Freire, e de pesquisas científicas que se debruçaram sobre o universo freireano.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2247579 - YURI JIVAGO AMORIM CARIBE
Interno - 1420448 - RICARDO POSTAL
Notícia cadastrada em: 21/11/2022 16:10
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