PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA GABRIELA WANDERLEY PEDROSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA GABRIELA WANDERLEY PEDROSA
DATA : 30/11/2022
LOCAL: CAC UFPE
TÍTULO:

Abordagens intermidiais no romance sul-coreano A Vegetariana, de Han Kang: um vislumbre da escuridão humana


PALAVRAS-CHAVES:

Literatura Coreana; Intermidialidade; Intersemiose; A vegetariana; Han Kang


PÁGINAS: 80
RESUMO:
A autora sul-coreana Han Kang experienciou o "boom" da internacionalização da literatura coreana contemporânea quando seu livro "A vegetariana" recebeu em 2016 o prêmio internacional Man Booker, pela tradução inglesa de Deborah Smith. Apesar de todas as críticas à tradução, Hyesu Park (2021) enxerga que alguns elementos narratológicos não podem ser modificados, um deles é o projeto estético criado por Han Kang, que pensa um romance literário sem a utilização de imagens, mas com referências a outras artes e mídias durante as três partes do romance. Essas referências não estão à deriva no romance, uma vez que é a partir da forma que podemos refletir acerca do rápido processo de industrialização pelo qual passou a Coreia do Sul, além da Onda Coreana e a consequente abertura do país para um diálogo frenético com outras culturas. Esses dois fatores abriram novos precedentes para os artistas que produziam nas décadas de 1990 e 2000, pois eles que conviver com uma cultura visual que pululava em todas as partes do país. Até o momento em que esses autores começaram a explorar mais a possibilidade entre a relação visual dessas novas formas de artes e mídias e a literatura. Essa reflexão intermidiática do romance acaba sendo ofuscada pela leitura já tendenciosa ao ecofeminismo e à uma leitura didática. No entanto, o que buscamos nessa pesquisa é refletir sobre a forma, bem como sobre os temas que são caros à produção artística da Han Kang, são eles: violência, desejo, arte e loucura. Esses pontos temáticos são bem explorados em "A vegetariana", tornando-o um texto complexo, apesar da pouca quantidade de páginas. A proposta da autora é ir além da sociedade coreana, é discutir como o ser humano contemporâneo lida com esses tópicos. Para tal, utilizaremos como base teórica as vozes de Claus Clüver (2006); Haroldo de Campos (2013), Irina O. Rajewsky (2012; 2020) Linda Hutcheon (1991; 2006) e Umberto Eco (2007).  
 
A fim de adentrar nessa leitura intermidiática, pretendemos analisar a visão multimidiática da artista, bem como analisar brevemente outras produções literárias, a fim de comprovar que "A vegetariana" não é um ponto isolado na produção de Kang. Posteriormente seguimos para os casos das traduções no Brasil, em especial na edição de 2013 com a tradução da professora Yun Jung Im, em que traz uma leitura intermidiática na capa, semelhante à estética de colagem, além de ter dialogado para a realização do prefácio e posfácio da obra - ambos apontando para leituras intermidiáticas. Em seguida, iremos observar como a crítica contemporânea recebe a obra, muitas vezes já numa leitura viciada, mostrando apenas um lado do romance, levando a uma redução do debate que o livro traz à tona. Por fim, partiremos para a análise intermidiática observando as relações que o romance trava com a linguagem quadrinística, visual, cinematográfica e teatral. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1450447 - ERMELINDA MARIA ARAUJO FERREIRA
Externo à Instituição - LUIS CARLOS BARROSO DE SOUSA GIRÃO - USP
Notícia cadastrada em: 09/11/2022 09:08
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