PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: THIAGO CESAR DA COSTA CARNEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO CESAR DA COSTA CARNEIRO
DATA : 10/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Remota-presencial (Sala conselho CAC)
TÍTULO:

VENDER-SE(R) NO GRINDR: efeitos da inscrição do sujeito no discurso da mercantilização do corpo masculino.


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso; corpo; Grindr; mercantilização; desejo.

 


PÁGINAS: 178
RESUMO:

Nas atuais condições de produção, cada vez mais sujeitos, em nossa formação social, são adeptos de redes sociais, especialmente dos aplicativos de relacionamento. Desde a sua criação em 2012, o Grindr, aplicativo de relacionamento homoerótico, tem seus números de usuários cada vez maior. Com mais de 10 milhões de dowloads realizados, o aplicativo abriga espaço para a constituição heterogênea de sujeitos. Sujeitos-homens que se inscrevem no aplicativo buscam a mercantilização do corpo, incitando o desejo do outro, do sujeito-usuário possível. De acordo com Vinhas (2021), o sujeito constitui-se enquanto imagem de seu corpo, isto é, o corpo é o corpo de um sujeito, de modo que a ideologia também o atravessa e o faz significar (VINHAS, 2014). Busco analisar, com este trabalho, inscrito no dispositivo teórico-metodológico da Análise de Discurso de Michel Pêcheux, o funcionamento do discurso da mercantilização do corpo a partir de discursividades coletadas nesse aplicativo de relacionamento. Para isso, retomando pressupostos teórico-metodológicos da AD pecheuxtiana, no primeiro capítulo, discuto a noção de corpo, materialidade, linguagem, ideologia, etc., analisando três perfis em que identifico um processo de venda do corpo. Já no segundo capítulo, apresento as noções de espaço virtual, mídias digitais, entre outros, com vistas a descrever as funcionalidades do Grindr. Nesse capítulo, analiso o funcionamento das telas e abas do aplicativo, com o objetivo de entender os movimentos de subjetivação do sujeito que aí se realizam. Por último, no terceiro capítulo, com recortes feitos a partir do Grindr, trabalho com materialidades que textualizam o corpo masculino como objeto do desejo do outro, de maneira que o corpo desliza para o corpo-mercadoria. Mesmo que o corpo, nas relações de trabalho, sempre tenha se submetido à opressão do capital, esse funcionamento, agora, se apresenta de uma outra maneira: o corpo mercantilizado no Grindr se entrelaça a um funcionamento da ideologia, em sua forma mais perversa (GRIGOLETTO, 2017), que faz o sujeito acreditar na sua liberdade, já que, nesse contexto, não haveria um outro sujeito que estivesse sob o seu controle. A partir do trabalho analítico, entendo que o corpo, materialidade do sujeito, atravessado pela mercantilização, desliza para o corpo-mercadoria, que, através dos movimentos do sujeito na rede, significa por seu enredamento inseparável à ideologia, recoberta por uma camada digital, que permite que o capital produza outras formas de dominação.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1667608 - EVANDRA GRIGOLETTO
Interna - 1076102 - FERNANDA CORREA SILVEIRA GALLI
Externa à Instituição - LUCIANA IOST VINHAS - UFRGS
Notícia cadastrada em: 31/10/2022 16:38
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