PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: PERLA ARAÚJO DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PERLA ARAÚJO DOS SANTOS
DATA : 31/10/2022
LOCAL: ONLINE GOOGLE MEET - CAC - Departamento de Letras (online).
TÍTULO:

A METAMORFOSE COMO METÁFORA DA IDENTIDADE MOÇAMBICANA EM

CONTOS DO NASCER DA TERRA DE MIA COUTO


PALAVRAS-CHAVES:

literatura africana de língua portuguesa; Mia Couto,
metamorfose; identidade e memória; realismo animista.


PÁGINAS: 68
RESUMO:

Este trabalho tem como tema principal a metamorfose como metáfora da
identidade moçambicana em “Contos do nascer da Terra” de Mia Couto. A partir dos
textos selecionados, abordaremos o uso da metamorfose como um recurso
relevante para a realização metafórica do desabrochar identitário moçambicano.
Assim, os contos da obra em estudo serão analisados no campo da Teoria da
Literatura (Linha de Pesquisa 1: Literatura, sociedade e memória). Nesse sentido,
abordaremos temáticas que revelam a religiosidade na literatura coutiana como
aspectos da tradição ancestral e circunstâncias onde o “insólito” se faz presente.
Dessa forma, os contos foram organizados em três ciclos temáticos: nos dois
primeiros, prevalecem as metáforas existenciais sobre a perspectiva do imaginário
popular moçambicano: a solidão humana na figura do idoso (o qual representa a
tradição); o além, como percepção de vida após a morte (filosofia muntu), bem como
a contação de estória, enquanto resgate identitário (memória ancestral), já no
terceiro eixo temático, realismo animista é associado ao sentimento de luto e de
renascimento, tendo como elemento principal a metáfora da metamorfose. Com
base nisso, no primeiro eixo temático, “O papel da ancestralidade africana na
identidade”; no segundo eixo temático teremos “Memória e oralidade na narrativa
breve de Couto; e no terceiro eixo temático “A metamorfose e Muntu nos contos de
Mia Couto”. As discussões e análises serão pautadas nos estudos dos seguintes
teóricos: Ana Mafalda Leite (2014) sobre oralidade e metamorfoses, Francisco Noa
(2015 e 2018) e Rita Chaves (2008) sobre a contextualização do espaço literário
moçambicano, de Stuart Hall (2006) sobre identidade e memória, de Ezio Lorenzo
Bono (2014) sobre a “ideia de pessoa muntu”. Quanto ao caráter mítico e lendário
dos contos, os estudos de Chiampi (1980) e Todorov (1994) sobre as concepções
de Realismo Maravilhoso e Fantástico, em contrapartida, os estudos de Sueli da
Silva Saraiva (2007) e Sílvio Ruiz Paradiso (2015/ 2020), sobre análise do insólito
em narrativas de autores africanos com base na concepção de Realismo Animista.
Dessa maneira pretende-se compreender como o imaginário popular de Mia Couto,
impresso nos contos, traduz, metaforicamente, elementos da cultura de
Moçambique, contribuindo para a realização identitária do povo africano e, de algum
modo, dos brasileiros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742463 - JUAN PABLO MARTIN RODRIGUES
Externo à Instituição - KLEYTON RICARDO WANDERLEY PEREIRA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 31/10/2022 12:49
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