O Panteísmo em Alberto Caeiro e Antonio Machado: o sagrado na leitura poética
Alberto Caeiro; Antonio Machado; Panteísmo.
A presente pesquisa possui como objetivo realizar uma análise de como o sagrado é representado, mais especificamente, o panteísmo, na obra de Alberto Caeiro e Antonio Machado. O corpus consiste em poemas da obra “O Guardador de Rebanhos”, do heterônimo pessoano, Alberto Caeiro, além das produções “Soledades. Galerías. Otros poemas” e “Campos de Castilla”, de Antonio Machado.
O aporte teórico é desenvolvido através de Moisés (1998), Coelho (1977) e Moisés (2005) que auxiliam no entendimento da lírica de Caeiro. Paz (1984) e Friedrich (1978) refletem acerca das características da poesia no contexto moderno. Barbier (2009), Andrade (2010) e Espinosa (1983) contribuem para a compreensão do conceito de panteísmo. É construído um percurso através de Carvalhal (2000), Borges (2000), Perrone-Moisés (1990), Coutinho (2014) e Nitrini (2000) que trazem relevantes reflexões à Literatura Comparada e demonstram sua importância na análise e crítica literária. Há semelhanças, mas, sobretudo, divergências, diálogos e transformações entre as produções de Caeiro e Machado que apresentam diferentes modos de representação do sagrado a partir do texto poético.