NOVE, NOVENA NA SÉTIMA ARTE:
Um retábulo de interfaces literárias e cinematográficas em Osman Lins
Osman Lins; Jean-Luc Godard; Retábulo de Santa Joana Carolina; Viver a Vida; Literatura; Cinema; Nouvelle Vague.
Esta tese traz uma reflexão acerca das possibilidades de influências cinematográficas, especificamente o cinema experimental francês do final da década de 1950 e início da de 1960, na fase chamada de “plenitude” da obra do escritor pernambucano Osman Lins. Autor que morou em Paris na época de movimentos artísticos mundialmente importantes, um deles a Nouvelle Vague. Para estreitar a investigação entre as linguagens (literatura e cinema), o trabalho propõe discutir um diálogo estético e construtivo entre a narrativa “Retábulo de Santa Joana Carolina”, presente no livro Nove, novena (1975), de Osman Lins e do filme Viver a Vida (Vivre Sa Vie, 1962), do diretor franco-suíço Jean-Luc Godard. Estudar Osman e Godard é um desafio intelectual e ao mesmo tempo um deleite. Ler, assistir e analisar são ações que provocam qualquer pesquisador do campo intersemiótico. Desejamos, portanto, com esta tese, contribuir para a pesquisa em torno das obras do escritor pernambucano e do atuante diretor de cinema.