PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULO RODRIGO PEREIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO RODRIGO PEREIRA DA SILVA
DATA : 03/04/2024
LOCAL: ONLINE GOOGLE MEET - CAC - Departamento de Letras (online).
TÍTULO:

INDIGENISMO LITERÁRIO E SUBALTERNIDADE: Um Estudo Comparativo de Raza de Bronce de Árguedas e El Resplandor de Magdaleno


PALAVRAS-CHAVES:

América Latina. Literatura Comparada. Subalternidade. Segunda Fase do Indigenismo. Raza de Bronce e El Resplandor.


PÁGINAS: 212
RESUMO:

A presente tese tem por objetivo realizar uma análise sobre o indigenismo na Literatura como movimento vanguardista da Segunda Fase do Modernismo da América Latina a partir da perspectiva da Literatura Comparada (COUTINHO, 2023; 2016; 2013; 2003; CARVALHAL; COUTINHO, 1994) estabelecendo um debate junto aos Estudos Culturais Pós-Coloniais no contexto das Teorias da Subalternidade (SPIVAK, 2010a; 2010b) tendo como referencial as obras Raza de Bronce do boliviano Alcides Árguedas (2001; 2006) e a obra do mexicano Maurício Magdaleno El Resplandor (1939; 1950). A referida abordagem literária nomeada como “Segunda Fase do Indigenismo” está centrada histórica e esteticamente no período compreendido nas primeiras décadas do século XX. De forma geral, as referidas obras aprofundam as questões históricas que estiveram diretamente relacionadas ao processo a diferentes crises e movimentos sociais e políticos e tem por referência fatos como as crises agrícolas bolivianas da segunda metade do século XIX e no contexto da pós Revolução Mexicana. Tais movimentos históricos corroboraram à consolidação da segregação dos povos indígenas e se constituem como proposta de análise dos aspectos estéticos, ideológicos e políticos que configuram esta segunda fase. Este referido texto busca com maior ênfase refletir sobre a imagem do indígena elaborada por ambas as obras como forma de representação de subalternidade (GROSFOGEL, 2008) e utiliza de uma abordagem teórica que mescla a etnologia aos estudos literários através do chamado “avatar de informante nativo” cunhado por Spivak (2010b) cuja perspectiva foi usada como plataforma simbólica a partir da qual foi possível enfrentar as configurações, literárias e sociais hegemônicas (MACHADO & PAGEAUX, 2001) e como forma de narrativas dos traumas e da violência imposta a estes povos (SELIGMANN-SILVA, 2008, KOHUT, 2015). Ressalta-se ainda que, devido às contingências sociais e culturais a que os diferentes povos indígenas estiveram submetidos, faz necessário à constituição de um lócus enunciativo híbrido (RIBEIRO, 2012; COLLINS, 1997; WALTER, 2015; COUTINHO, 2016) formulado por uma voz emprestada de um individuo não-indígena que busca falar em nome daqueles que tiveram suas vozes silenciadas (SPIVAK, 2010a). Estas são marcas que caracterizam a Segunda Fase do Indigenismo na Literatura da América Latina.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DÉBORA COTA - UNILA
Interna - 2166090 - IMARA BEMFICA MINEIRO
Presidente - 1742463 - JUAN PABLO MARTIN RODRIGUES
Notícia cadastrada em: 19/03/2024 11:33
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