PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: BRUNO HUANN DA SILVA NOGUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO HUANN DA SILVA NOGUEIRA
DATA : 27/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: meet
TÍTULO:

REFERENCIAÇÃO E PONTO DE VISTA NAS TIRINHAS DA LAERTE COUTINHO E A (RE)CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS DO TEXTO EM SALA DE AULA



PALAVRAS-CHAVES:

Referenciação; Ponto de Vista; Leitura; Tirinhas da Laerte; Ensino


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Este trabalho investiga como a referenciação dos objetos de discurso e a construção do ponto de vista colaboram para a (re)construção de sentidos em tirinhas da cartunista Laerte Coutinho e como estes conteúdos podem ser didatizados para o trabalho com a leitura no ensino de língua. Este trabalho está embasado principalmente na teoria da referenciação, na teoria do ponto de vista e na concepção de leitura de base sociocognitiva e interacional conforme Koch e Elias, (2011[2006]), Menegassi (2010) e Antunes (2003). Em relação à primeira teoria, nos alinhamos à abordagem sociocognitiva e interacional de construção da referência (Mondada e Dubois 2019[1995]). Nesse modelo teórico, entendemos que a referenciação é um processo dinâmico e complexo de construção de referentes que retratam a realidade (Koch e Marcuschi, 1998; Cavalcante, Custódio Filho e Brito, 2014; Cavalcante et al. 2020; Cavalcante e Martins, 2020). Já a teoria do ponto de vista apresenta um viés enunciativo e interacional e busca compreender como se constrói perspectivas e percepções por sujeitos sobre objetos (Rabatel, 2015; 2016[2008]; Cortez, 2011; 2013). Nesse contexto, orientamo-nos pelo pressuposto fundamental de que uma das estratégias da construção do ponto de vista é a referenciação (Rabatel, 2016[2008]; Cortez, 2011). Em relação à metodologia, adotamos uma abordagem qualitativa a partir do método indutivo (Gil, 2002; Taquette e Borges, 2020). Selecionamos para a análise seis tirinhas que foram divididas em dois grupos: tirinhas da primeira fase da cartunista (referente à fase inicial da transição de gênero) e tirinhas da segunda fase (referente à fase posterior da transição de gênero). Para o desenvolvimento da parte pedagógica, realizamos uma pesquisa de campo, em que desenvolvemos e levamos para a sala de aula uma proposta didática que articula os pressupostos teóricos do trabalho à leitura de tirinhas que fazem parte do nosso corpus. Esta parte prática  da pesquisa, realizada em uma escola do ensino médio do município de Serra Talhada, sertão de Pernambuco, possibilitou a geração de três materiais:  atividades, produção de cartazes e relatos que foram produzidos pelos estudantes. Nossas análise, mostram que há uma incidência maior de recategorizações em situações de construção de humor nas tirinhas da Laerte da primeira fase, bem como que a perspectivação do personagem Hugo (referente) dá-se sobremaneira como chateado e insatisfeito, em oposição à Muriel que é perspectivada como feliz. Observamos ainda que há uma incidência maior de pontos de vista (PDVs) dissonantes em tirinhas da segunda fase, enquanto que há mais PDVs consonantes em tirinhas da primeira fase. Em relação à parte prática da nossa pesquisa, os materiais gerados evidenciam o desenvolvimento de uma leitura crítica por parte dos estudantes diante do tema da transfobia que permeia as tirinhas abordadas nas atividades.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1999641 - SUZANA LEITE CORTEZ
Externa ao Programa - ***.400.124-** - THAIS LUDMILA DA SILVA RANIERI - UFRPE
Externo à Instituição - VANDA MARIA DA SILVA ELIAS - UNIFESP
Notícia cadastrada em: 11/03/2024 21:50
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