PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: ERICK CAMILO DA SILVA GOUVEIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERICK CAMILO DA SILVA GOUVEIA
DATA : 03/11/2023
LOCAL: CAC UFPE
TÍTULO:

CRÍTICA E CONSTRUÇÃO LITERÁRIA EM A RAINHA DOS CÁRCERES DA GRÉCIA E DOM CASMURRO


PALAVRAS-CHAVES:

Comparativismo; Mimesis da produção; Dom Casmurro, de Machado de Assis; A rainha dos cárceres da Grecia, de Osman Lins


PÁGINAS: 30
RESUMO:

O campo do ficcional põe em xeque as determinações dos discursos legitimados/legitimadores acerca de uma verdade. Embora o ficcional tenha sofrido veto ao longo da história, em prol de uma presumível verdade, é através deste mesmo ficcional que se abre a porta de escape ao veto (limitações do passível de ser representado; ou do verossímil), por sua possibilidade desestabilizadora daquilo que funda o real: as representações cotidianas. Para o arremate da questão da mímesis, voltando ao ponto de sua constituição como produção da diferença sobre um fundo de semelhança, segundo Luiz Costa Lima, o ficcionista produz a diferença porque a realidade, em sua transgressão para o texto literário, comparece em sua ausência, ou seja, através de sua “irrealização” (conforme Iser, 2013). Então, se o papel do ficcionista é criar “irrealidades” e não reconhecimentos – embora para o autor essas criações cheguem como realidade e, em contrapartida, para o receptor, essas criações cheguem como semelhança –, não obstante seja uma “irrealização”, “É a esta irrealidade seminal que ele suplementará com sua leitura, i.e., enfim, com sua interpretação (Lima, 2007, p. 809). Esta é a mímesis teorizada por Luiz Costa Lima, não como imitatio, mas como “mímesis da produção”, ao fugir da cópia. A nosso ver, o percurso, mesmo com o perigo de ser simplificado, devido à condição de projeto desta apresentação, é necessário para compreendermos o caráter livre, das obras em questão, da imposição da mera duplicação do real, empreendido tanto em Dom Casmurro, quanto em A rainha dos Cáceres da Grécia. Portanto, queremos apreender, ao primeiro, a visada na promoção de um certo paradigma romanesco, ao utilizar a “mímesis da produção” (Lima, 2007); e, ao segundo, também ao se utilizar do mesmo conceito, a apreensão de seu questionamento do lugar da crítica literária e/ou escrita acadêmica. Em outros termos, como estes romances se utilizam dessa compreensão da mímesis para promover a desestruturação do discurso estabelecido nessas duas vertentes? Eis o nosso problema central.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1450447 - ERMELINDA MARIA ARAUJO FERREIRA
Externo ao Programa - 1034741 - EDUARDO CESAR MAIA FERREIRA FILHO - UFPEExterna à Instituição - SILVANIA NUBIA CHAGAS - UPE
Notícia cadastrada em: 22/10/2023 10:00
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