PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: NAICLÊ MARQUES TENÓRIO DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAICLÊ MARQUES TENÓRIO DE SOUZA
DATA : 30/10/2023
LOCAL: PPGL-UFPE (on-line)
TÍTULO:

CHANGÓ, EL GRAN PUTAS,  O  CIMARRÓN  EM DIÁSPORA 


PALAVRAS-CHAVES:

cimarronaje, literatura afro-latino-americana, afrorrealismo, cosmogonia africana.


PÁGINAS: 54
RESUMO:

Este trabalho tem como tema principal a cimarronaje como abordagem principal para recriar a diáspora africana presente na obra Changó, el gran putas, do escritor colombiano Manuel Zapata Olivella. A partir da leitura e compreensão da obra, abordaremos o uso da perspectiva cimarrona como principal recurso para recontar a diáspora africana pelos cinco continentes, partindo das principais lutas, seus líderes, bem como da contribuição da cosmogonia e cultura africanas. Dessa forma, a obra será analisada no campo da Teoria da Literatura (Linha 3 de pesquisa: Perspectivas culturais, pós-coloniais e decoloniais). Assim sendo, abordaremos os conceitos de cimarronaje, analisando os que foram aplicados à obra e como se desenvolveram para fundamentar a recriação da diáspora africana. Sendo assim, a obra, epopeia, dividida em cinco partes, sendo a primeira narrada em forma de poesia, relata a criação do mundo a partir dos orixás, sendo Xangô o principal, para recontar a diáspora africana a partir da traição sofrida pelo orixá. Nessa parte, percebe-se um conceito muito importante presente na obra, a filosofia Muntu, que dialoga com o eixo central de nosso trabalho, a cimarronaje. O segundo capítulo se dedica a reviver nossa memória histórica, fatos tristes, invasões, as conquistas contra a colonização. O terceiro capítulo traz nomes importantes e personagens conhecidos da luta antirracista, como Makandal, fazendo um resgate histórico, recriando possibilidades e heróis com o mesmo propósito. O capítulo quatro traz a Revolução do Haití, mostrando o desprendimento das colônias, o enfrentamento e o desejo por liberdade que existia nas Américas. O capítulo cinco mostra a luta dos Estados Unidos contra o racismo, parte mais atual da obra, nela se faz presente, como em todas, o nome de ícones como Martin Luther king e a influênc ia dos deuses africanos como orientadores na busca por liberdade. As discussões serão pautadas nos estudos dos seguintes teóricos: Rogério Mendes (2022), sobre a pedagogia da cimarronaje, Jesús Chucho (2022) sobre a Cimaeronaje, afroepistemología y intelectualidad, Stigar (2010) sobre os mitos como representação coletiva, Lino (2015) sobre o lugar de subalternidade, Stuart Hall (2002) sobre cultura, identidade e sociedade,Euridice Figueiredo (2010) sobre a memória e o arquivo na literatura, Rufino (2018) sobre as epistemologias de cruzos, Denilson Lima (2015) sobre a intelectualidade dos autores afro-latino-americanos, entre outros. Desse modo, pretendemos compreender como a cimarronaje, presente em toda a obra e manifestada das diversas formas contribuiu para a construção dessa narrativa que subverte a história, visando a reparação social e injustiça causada aos africanos e afro-latino-americanos. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.243.804-** - ROGERIO MENDES COELHO - UFRN
Interna - 2166090 - IMARA BEMFICA MINEIRO
Externo à Instituição - LILIAM RAMOS DA SILVA - UFRGS
Externo à Instituição - AMARINO OLIVEIRA QUEIROZ
Notícia cadastrada em: 09/10/2023 19:36
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