Banca de QUALIFICAÇÃO: ISABELLA CHRISTINA DA SILVA FARIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLA CHRISTINA DA SILVA FARIAS
DATA : 14/11/2023
LOCAL: Sala a definir
TÍTULO:

DO HUMANO AO PÓS-HUMANO, AUTÔMATO E CIBORGUE: O CORPO NA FICÇÃO DE ELENA ALDUNATE E LILIANA COLANZI

PALAVRAS-CHAVES:

Ficção Científica Latino-americana. Distopia. Pós-humano. Autômato. Ciborgue. 

PÁGINAS: 75
RESUMO:

O presente trabalho tem por objetivo analisar o corpo na fFicção de Elena Aldunate e Liliana Colanzi, a partir da hipótese de que a sua representação ocorre através de variações desde o humano ao pós-humano, autômato e ciborgue, as quais funcionam como ferramentas de análise crítica à reificação humana através da tecnologia. Como corpus serão analisados contos das obras Nuestro mundo muerto (2017) e Ustedes Brillan en lo oscuro (2021) de Colanzi e da obra Juana y la Cibernética (1963), de Aldunate. Para realizar a pesquisa, primeiramente, traçou-se o contexto no qual as narrativas estão inseridas, Antropoceno e Tecnoceno, demonstrando ainda o desenvolvimento da distopia desenhando cenários onde os limites do humano são saturados. Em seguida, serão elencadas as características da Ficção Cientíifica distópica na América Latina com um breve panorama desde os predecessores às produções contemporâneas. Por fim, serão analisados os contos e a representação do humano nas três categorias: pós-humano, autômato e ciborgue. As discussões e análises estão fundamentadas a partir de teóricos como Flávia Costa (2021); Francesca Ferrando (2021); Markes de Marques (2014); More (2009), Bostrom (2009); Moylan (2016); Régis (2003); Gasset (2016); Deleuze (1990), dentre outros. A pesquisa surgiu da inquietação em perceber o entrelaçamento dos nossos corpos com a tecnologia e a entrega (in) voluntária aos mundos e sistemas que ela vem criando para a humanidade e perceber que os nossos corpos também mudam, se ajustam e dependem cada vez mais dela, assim, é sempre propícia a pergunta: até que ponto somos genuinamente humanos? Quais as organizações sociais e políticas serão criadas a partir de um controle virtualizado da vida? (Deleuze, 2020). Desse modo, objetiva-se analisar a Ficção Científica Latino-americana em diálogo com a distopia considerando que elas podem configurar uma ferramenta para a interpretação crítica da nossa realidade, uma vez que esse gênero atualmente não mais apresenta um futuro remoto ou improvável, mas dialoga diretamente com a nossa contemporaneidade tecnológica. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2166090 - IMARA BEMFICA MINEIRO
Externo ao Programa - 1851308 - ANDRE DE SENA WANDERLEY - UFPE