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Banca de QUALIFICAÇÃO: JANAINA DE LIMA FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANAINA DE LIMA FERREIRA
DATA : 05/09/2023
LOCAL: Centro de Artes e Comunicações
TÍTULO:

VOZES NEGRAS SUPLANTANDO O TRAUMA ESCRAVOCRATA NO ENTREMEIO DA PORTA DO NÃO RETORNO: DIÁLOGOS NA TRANSESCRITA DAS ESCREVIVÊNCIAS LITERÁRIAS DE CONCEIÇÃO EVARISTO E MIRIAM ALVES

A produção literária diaspórica é marcada por especificidades conflituosas, que se relacionam e se comunicam. O objetivo proposto é analisar o trabalho de (re)elaboração e suplantação do trauma escravocrata na literatura negra através das aproximações teóricas entre a “Escrevivência” de Conceição Evaristo e a “Transescrita” de Roland Walter, nas obras Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo (2017) e Maréia de Miriam Alves (2019). Nesse intento, abordo-as como características particulares da Diáspora Negra, que entendo por meio da “co-presença” de Stuart Hall (2023). Conceito que me possibilita a (re)interpretação desse lugar narrativo como um espaço traduzido e agente dessa tradução. Ainda, para entender como as tensões identitárias convergem entre si, (re)construindo e formando novas identidades e culturas, irei analisar como a casa-racial atua na dominação de todos os corpos prendendo-os em seus grilhões raciais (Morrison, 2020). A hipótese é de que ao investigar essas tensões produzidas no limbo dessa casa será possível produzir rotas, encruzilhadas e outros caminhos para a superação das suas correntes ou ao menos instigar produções que se desafiem a caminhar pelos perigos da casa-racial. (Nascimento, 2016;Munanga, 2019). Após isso, analisarei narrativas diaspóricas posicionadas em direção à Porta do Não Retorno (Brand, 2022). O intento, é observar como a Diáspora Negra cria e (re)criam, concomitantemente, o sentimento de (des)pertencimento negro das Américas (Brah, 2005; Davies, 2003). Para isso, pontuo a necessidade de voltar-se aos escombros de uma memória negra distante e destruída por meio das “Portas do Não Retorno”, para então (re)pensar a tarefa de (re)modelação da casa-racial pela “metáfora do home” (Morrison, 2020). Portanto, a importância desta pesquisa encontra-se na interpretação da “transescrita das escrevivências” como concepção teórica que possibilite ao sujeito negro meios para se inscrever no mundo à medida que modifica e transpassa o trauma da escravidão para a (re)construção de um mundo (futuro) melhor (Krenak, 1992).

Palavras-Chave: Transescrita das escrevivências; Diáspora Negra; Casa-racial; Porta do Não Retorno.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Transescrita das escrevivências; Diáspora Negra; Casa-racial; Porta do Não Retorno.


PÁGINAS: 107
RESUMO:

A produção literária diaspórica é marcada por especificidades conflituosas, que se relacionam e se comunicam. O objetivo proposto é analisar o trabalho de (re)elaboração e suplantação do trauma escravocrata na literatura negra através das aproximações teóricas entre a “Escrevivência” de Conceição Evaristo e a “Transescrita” de Roland Walter, nas obras Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo (2017) e Maréia de Miriam Alves (2019). Nesse intento, abordo-as como características particulares da Diáspora Negra, que entendo por meio da “co-presença” de Stuart Hall (2023). Conceito que me possibilita a (re)interpretação desse lugar narrativo como um espaço traduzido e agente dessa tradução. Ainda, para entender como as tensões identitárias convergem entre si, (re)construindo e formando novas identidades e culturas, irei analisar como a casa-racial atua na dominação de todos os corpos prendendo-os em seus grilhões raciais (Morrison, 2020). A hipótese é de que ao investigar essas tensões produzidas no limbo dessa casa será possível produzir rotas, encruzilhadas e outros caminhos para a superação das suas correntes ou ao menos instigar produções que se desafiem a caminhar pelos perigos da casa-racial. (Nascimento, 2016; Munanga, 2019). Após isso, analisarei narrativas diaspóricas posicionadas em direção à Porta do Não Retorno (Brand, 2022). O intento, é observar como a Diáspora Negra cria e (re)criam, concomitantemente, o sentimento de (des)pertencimento negro das Américas (Brah, 2005; Davies, 2003). Para isso, pontuo a necessidade de voltar-se aos escombros de uma memória negra distante e destruída por meio das “Portas do Não Retorno”, para então (re)pensar a tarefa de (re)modelação da casa-racial pela “metáfora do home” (Morrison, 2020). Portanto, a importância desta pesquisa encontra-se na interpretação da “transescrita das escrevivências” como concepção teórica que possibilite ao sujeito negro meios para se inscrever no mundo à medida que modifica e transpassa o trauma da escravidão para a (re)construção de um mundo (futuro) melhor (Krenak, 1992).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AMARINO OLIVEIRA QUEIROZ - UFRN
Interna - ***.934.184-** - BRENDA CARLOS DE ANDRADE - UFRPE
Presidente - 2174648 - ROLAND GERHARD MIKE WALTER
Notícia cadastrada em: 09/08/2023 12:40
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