PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: DANIELA FORCIONI TURBA DOS SANTOS ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELA FORCIONI TURBA DOS SANTOS ARAUJO
DATA : 29/08/2023
HORA: 10:00
LOCAL: PPGL-UFPE
TÍTULO:

A senhora disse-me que não ia mais comer as coisas do lixo: o peso da maternidade periférica de Carolina Maria de Jesus


PALAVRAS-CHAVES:

Maternidade- Carolina Maria de Jesus, Decolonialidade


PÁGINAS: 60
RESUMO:

A presente pesquisa aborda o tema da maternidade e maternagem intrinsecamente ligadas às questões de gênero, raça e classe na obra Quarto de despejo - Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus (2014). Adotamos um postura de metodologia feminista decolonial por entender que esse estudo vai além de determinar que Carolina Maria de Jesus é negra e pobre e tudo que ela vive no seu Quarto de Despejo é por conta da sua raça, intentamos compreender como seu corpo materno preto é consequência da colonialidade, no qual a colonialidade do saber, do ser e do poder são mantidas de forma insistente e aterrorizante. E que, para além disso, a colonialidade de gênero  está  presente, no qual o sexo sustenta a colonialidade do poder,  a dominação racial e de gênero. Isto posto  podemos ter alguma medida  da mais profunda destruição histórica dessa imposição colonial ao qual Carolina nos apresenta em sua obra. Em nossas observações daremos enfoque às estruturas patriarcais e de controle do corpo materno preto, posto que a maternidade vem acompanhada por questões sociais e está bem nítida na obra  Caroliniana. Dessarte compreendemos a necessidade de estudar obras escritas por mulheres negras pela relevância em ouvir a sua voz e vermos como o cânone literário pode ser comandando pelo patriarcado branco heteronormativo e que, nesse contexto, a escrita das mulheres negras tem sido apagada durante a história. Discutir como a maternidade de Carolina é vivida e como se transforma em sua maternagem merece reflexão teórica inicial, inclusive sobre os arquétipos e suas projeções no cotidiano das comunidades brasileiras. Desse modo vamos investigar  as particularidades do corpo negro materno excluído e invisibilizado pela perpetuação do discurso patriarcal,  como reivindicação dentro da escrita literária e como uma atitude feminista com escopo no exercício da maternagem de Carolina Maria de Jesus, incluindo os estudos de Vânia Vasconcelos, Badinter,  Lélia Gonzalez, Patrícia Hill Collins, Sueli Carneiro,Grada Kilomba, Cristina Stevens, Constância Duarte, entre outras,   que reiteram as dificuldades do exercício pleno da maternidade negra frente às fortes barreiras sociais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARY PIMENTEL - UFRJ
Externa ao Programa - 1392208 - RAIRA COSTA MAIA DE VASCONCELOS - UFPEPresidente - ***.243.804-** - ROGERIO MENDES COELHO - UFRN
Notícia cadastrada em: 08/08/2023 16:38
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