PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS LEITE BORBA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS LEITE BORBA
DATA : 28/08/2023
LOCAL: PPGL - UFPE
TÍTULO:

 

 SUBVERSÕES DA HISTÓRIA EM ENTRE OS ATOS, DE VIRGINIA WOOLF


PALAVRAS-CHAVES:

Virginia Woolf. Crítica feminista. História. Entre os atos.


PÁGINAS: 123
RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo analisar o romance Entre os atos (1941/2022), de Virginia Woolf, argumentando que ele repensa a história sob uma perspectiva feminista. Em Um teto todo seu (2014/1929), Woolf aponta a dificuldade em encontrar fatos acerca da história das mulheres, que tenham sido pensados por mulheres. Por isso, ela destina-se a ocupar os silêncios da história com possibilidades — surgindo, por exemplo, a criação de uma suposta irmã de Shakespeare, de igual talento, para suprir a falta de uma poeta na tradição feminina, tal qual William Shakespeare é para os homens. Entre os atos caminha pelas veredas que Um teto todo seu trilha. Mesclando drama, poesia e prosa, Woolf cria uma atmosfera metonímica em Entre os atos, na qual a realidade e a arte fundem-se e fragmentam a história em miríades de possibilidades possíveis. A Inglaterra transmuta-se em uma casa, Pointz Hall, e grandes acontecimentos da história inglesa são reencenados nas dinâmicas e interações entre as personagens que habitam o romance. Buscando uma alternativa à versão hegemônica do passado, é o presente que Woolf procura entender também; assim o pageant da personagem La Trobe, que centra o romance, convida as personagens, umas que se alinham à norma hegemônica e as outsiders, a revisitar um passado que espelha seu presente. La Trobe faz escolhas não convencionais para representar a história da Inglaterra, e ao passo que o espetáculo acontece, que o caráter das personagens na plateia é revelado. Tendo isso em vista, buscaremos, de maneira geral: observar como Woolf antepica, de certa forma, discussões feministas posteriores, tal qual o continuum lésbico de Adrienne Rich (2010) e a écriture feminine de Hélène Cixous, e como esses aspectos compõem sua revisão histórica; alinhar-nos a uma perspectiva ecocrítica, pensando o discurso feminista disruptivo de Woolf e como ele se aproxima das discussões de Adkins (2023) e Bennet (2010) acerca da natureza enquanto actante no mundo, e como essa perspectiva está posta no romance; por último, almejamos observar a perspectiva da história que Woolf aborda, a partir de White (1994) e Said (2007), no que tange as tensões e aproximações da autora com as correntes teóricas existente. Em vias de atualizar e revalidar leituras da obra woolfiana no século XXI, acreditamos que Entre os atos pode sustentar questões pertinentes à contemporaneidade: entendendo a revisão histórica como um ato de desconstruir narrativas impostas como verdade absoluta, e tornar vívido, por meio da ficção, os pensamentos de sujeitos relegados ao silêncio.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.243.804-** - ROGERIO MENDES COELHO - UFRN
Interno - 2247579 - YURI JIVAGO AMORIM CARIBE
Externo à Instituição - MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA - UFPB
Notícia cadastrada em: 08/08/2023 14:46
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