Banca de DEFESA: VALDÍCIO ALMEIDA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VALDÍCIO ALMEIDA DE OLIVEIRA
DATA : 18/07/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto via Google Meet: meet.google.com/ziw-bjhv-fei
TÍTULO:

VESTÍGIOS (DE)COLONIAIS EM INSUBMISSAS LÁGRIMAS DE MULHERES: MANIFESTAÇÕES CULTURAIS, ANTIRRACISTAS E ANTISSEXISTAS NA LITERATURA EVARISTIANA

PALAVRAS-CHAVES:

Racismo; Sexismo; Literatura Afrofeminina; Decolonialidade 

PÁGINAS: 128
RESUMO:

Esta pesquisa discorre sobre a literatura afrofeminina como recurso artístico-cultural que insurge contra formas de subalternização e silenciamento, denunciando a violência dos processos da colonialidade. Portanto, tem-se como objetivo produzir reflexões sobre abordagens decoloniais no âmbito analítico-discursivo a partir da literatura afro-brasileira feminina, reforçando cenários de resistência atinentes a violências e preconceitos tanto étnico-raciais quanto de gênero. Tomando como corpus de análise o livro de contos Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, sugerimos que a proposta evaristiana é desconstruir estereótipos negativos ao preconizar a possibilidade de desfechos nos quais as protagonistas se tornam resilientes. Nesse gesto, a autora rompe com discursos eurocêntricos, ressignificando a história de mulheres subalternizadas – por causa de identidades afinadas, principalmente, ao gênero e à etnia/raça. Nessa conjuntura, ao levar em conta os estudos diretamente ligados às consequências do colonialismo e das colonialidades (do poder, do ser, do saber e do gênero), por meio de pesquisa bibliográfica ancorada em teorias pós-coloniais e decoloniais, defendemos os argumentos contra-hegemônicos. Para tanto, dialogamos com ideias elucidadas por: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Edward Said, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Homi Bhabha, Lélia Gonzalez, Maria Lugones, Patrícia Hill Collins, Stuart Hall, Sueli Carneiro etc. Em suma, observamos que os Estudos Pós-Coloniais, os Estudos Culturais e as Teorias Decoloniais têm se empenhado em produzir novas investigações a partir do comprometimento com a superação das relações de colonização, colonialismo e colonialidade e, inclusive, convidam-nos a ter posicionamentos críticos uma vez que nos reconhecem com as marcas causadas por sistemas opressivos. Ademais, verificamos que, corajosamente, Conceição Evaristo produz textos literários na contramão dos paradigmas canônicos e, sobretudo, compreende a escrita de mulheres negras como um ato de insubordinação. Assim sendo, consideramos que, na obra Insubmissas lágrimas de mulheres, os aspectos interseccionais e os potenciais de agenciamento destacam tanto o lugar social quanto o epistêmico das personagens. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2166090 - IMARA BEMFICA MINEIRO
Externa à Instituição - IARANDA JUREMA FERREIRA BARBOSA
Externa à Instituição - ELEN KARLA SOUSA DA SILVA - UEMA