PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 2126-8767

Banca de DEFESA: FREDERICO JOSE MATIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FREDERICO JOSE MATIAS
DATA : 29/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Remotamente, via google meet
TÍTULO:

RESGATE HISTÓRICO DA LEGITIMIDADE DA LITERATURA NEGRA ATRAVÉS DOS POEMAS SETECENTISTAS DE DOMINGOS CALDAS BARBOSA


PALAVRAS-CHAVES:

negritude, literatura, identidade, cultura, memória.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

A Europa tem influência direta sobre os sistemas do mundo e estabeleceu estruturas prévias que atravessam o conceito de raça. Esse extrato causou uma diferença ontológica entre a Europa e as civilizações marginalizadas nas dinâmicas globais de poder. A África começou a ser explorada por povos europeus por volta do século XV, quando já possuía um sistema político, social e cultural muito organizado. Neste século, deu-se início ao processo de sabotagem contra o povo negro. Mitos sobre características do corpo negro foram reproduzidos, bem como alienação baseada na repetição de mecanismos repressivos, os quais  faziam com que o negro perdesse a confiança em si mesmo, além do domínio da igreja católica e pseudojustificativas dadas para o seguimento da exploração. Na história do Brasil, a figura do negro é marginalizada, no que diz respeito ao seu lugar na sociedade em que os fatos acontecem e do seu lugar na história contada. Marginalização é um termo que representa de maneira coerente, muitos posicionamentos que são direcionados à pessoa de pele negra de fases passadas e dos dias atuais. Este processo complexo constitui-se perpassando áreas como política, sociedade e cultura, sendo válido para este estudo principalmente o que se refere à lingua e literatura. Portanto, nesta dissertação, propõe-se a analisar, com base nos constituintes geradores da escrita de uma literatura que se quer negra, como as características próprias do texto escrito pelo negro Domingos Caldas Barbosa na obra Viola de Lereno (1760) revelam a existência de uma literatura que re-afirma sua negritude, ainda no contexto setecentista, partindo de fatores históricos, linguísticos e psicológicos, assim como localizar e explicar contextualmente a relevância da obra e do autor; explanar acerca da reformulação de narrativas sobre as produções literárias do negro em 1700-1800, a começar da obra Viola de Lereno e elucidar valores da história, memória e da existência negra. Para contemplar a proposta dessa dissertação, foram realizadas diversas leituras que resultaram numa lista de autores (as) que serão usados como pontos de sustentação para os argumentos construídos ao longo do estudo, seja para concordância ou refutação. Destaco os (as) principais: David Brookshaw (1983), Zilá Bernd (1994), Domício Pronça Filho (2004), Conceição Evaristo (2008) e Kabengele Munanga (2020) e Frantz Fanon (2008). Essa dissertação encontra sua relevância quando ainda se faz necessário uma elucidação acerca da história literária e das produções de negros em determinados períodos; quando, além de um viés literário-acadêmico, o projeto serve à sociedade na perspectiva da reabilitação e do fortalecimento, através da análise do texto literário, dos valores da história, da memória e da existência negra.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2204851 - DAVID PESSOA DE LIRA
Externa ao Programa - 1392208 - RAIRA COSTA MAIA DE VASCONCELOS - UFPEInterno - 1420448 - RICARDO POSTAL
Notícia cadastrada em: 11/05/2023 09:58
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