A indústria têxtil e a questão do operário no Recife (1955 – 1960):
Conflitos de classe e a Justiça do Trabalho.
indústria têxtil; trabalhadores; Estado; dependência econômica.
Esta pesquisa tem a finalidade de contribuir com a análise dos processos e mecanismos de funcionamento da indústria têxtil no Recife, nos anos de 1955 a 1960. Tendo como aspecto principal as relações entre os trabalhadores, a classe patronal e o Estado. Entendendo o Estado como forma política que detém o poder, numa estrutura moldada para subvenção da classe trabalhadora. Atrelada, marcadamente, à uma economia nacional que mantinha um ordenamento, de desenvolvimento do Nordeste, dependente de outras regiões do país. Dessa forma, a pesquisa está amparada sobre o levantamento dos debates desenvolvimentistas, da década de 1950. E como essa assertiva estava em descompasso com as condições encontradas pelos operários, descritas nos processos trabalhistas. A cidade do Recife compreende aspectos singulares, ao evidenciar o ganho força de pautas que vão direcionar a plataforma política para uma margem diferente. Por outro lado, periódicos como: Jornal Pequeno e Diário de Pernambuco são um farto acervo para observação dos cenários de conflitos e como atores históricos, na medida em que forçavam, ou não, suas ferramentas de influência. Além dos prontuários do Departamento de Ordem Política e Social, que deixou patente a emergência da manutenção, por parte das estruturas de poder, do controle das classes sociais subalternas. Por conseguinte, a pesquisa tem a pretensão de identificar como os trabalhadores urbanos, mesmo subjugados por aparatos de controle, se organizaram, em escalas diferentes, se impondo sobre normas estabelecidas.