PPGH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CFCH DEPARTAMENTO DE HISTORIA - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIO CESAR PEREIRA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIO CESAR PEREIRA DOS SANTOS
DATA : 02/08/2023
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

"AO NEGRO DEVE O BRASIL UMA FECUNDA CONTRIBUIÇÃO":

Monteiro Lopes e Elyseu César e as possibilidades de ascensão para homens de "cor" no pós-abolição brasileiro (1888-1923)


PALAVRAS-CHAVES:

Manoel da Motta Monteiro Lopes. Elyseu Elias César. Pós-abolição. Homens de “cor” brasileiros. Protagonismo negro.


PÁGINAS: 195
RESUMO:

Este trabalho teve como objetivo comparar e analisar as trajetórias dos intelectuais de “cor” Manoel da Motta Monteiro Lopes (1867-1910) e Elyseu Elias César (1871-1923) que vivenciaram o fim do século XIX e as primeiras décadas do XX, passando dessa maneira entre a escravidão e o pós-abolição. Esses indivíduos vivenciaram um período de mudanças tanto no sistema político como na condição social para as pessoas negras e mesmo sem se conhecerem (pessoalmente), comungaram de escolhas comuns que nos permitem essa análise comparativa. Dessas experiências comuns, destacamos como tese central a repetição de três pontos principais: a atuação em diversas áreas, a criação de redes de sociabilidades durante toda as suas vidas e as questões raciais enfrentadas, sentidas ou apresentadas em produções literárias. Tanto Monteiro Lopes como Elyseu César tiveram trajetórias plurais e multifacetadas, percorrendo províncias/estados como a Parahyba do Norte, Pernambuco, Pará, Amazonas, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Em relação a atuação Monteiro Lopes foi político, promotor, advogado, jornalista e membro de associações e clubes; Elyseu César também foi político,
jornalista, promotor, advogado, professor, secretário de intendência e orador em eventos. Ambos vieram camadas médias urbanas e por meio dos seus pais seguiram o caminho da educação indo da formação primária local ao curso de Direito de Recife. As trajetórias desses dois sujeitos nos permitiram passar por temas sintomáticos e relevantes do período como a imigração, as teorias raciais, as práticas políticas do período e as possibilidades de ascensão a sujeitos negros no pós-abolição brasileiro. As duas trajetórias apontam caminhos em comum e um “horizonte de possibilidades” para as populações negras que almejassem galgar novos espaços sociais e políticos no período. Monteiro Lopes e Elyseu César em perspectiva comparada serviram para compreender como mesmo em um contexto adverso de segregação social de pessoas negras, alguns sujeitos conseguiram contornar ou enfrentar as barreiras do sistema, ora por meio da política e suas alianças, ora por meio de sua intelectualidade, burlaram a exclusão social fruto do racismo científico e foram reconhecidos pela sociedade da época. A metodologia escolhida para a análise foi a do estudo comparativo construindo a trajetória dos dois sujeitos em paralelo pontuando as suas semelhanças e diferenças a partir das leituras bibliográficas a respeito do pós-abolição, Primeira República, racismo científico, clientelismo e cidadania. O trabalho foi construído a partir de documentos físicos e digitais como jornais e periódicos, atas, revistas, livros de memorialistas e outros documentos oficiais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.548.300-** - CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO - UFF
Interno - 1678361 - JOSE BENTO ROSA DA SILVA
Externo à Instituição - WALDECI FERREIRA CHAGAS - UEPB
Notícia cadastrada em: 13/07/2023 09:36
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