Superação da metafísica, fenomenologia e a verdade na obra de arte
fenomenologia; metafísica; obra de arte; verdade; Heidegger
Desde “Ser e Tempo”, de 1927, Martin Heidegger mostrou ser a motivação de suas investigações a
busca pelo sentido do Ser, questão essa que, segundo ele, foi posta de lado pelo pensamento
tradicional que se dirigiu apenas aos entes, indagando oque eles são mas sem perguntar o que é o
Ser. Em 1936, já após a “viragem”, o pensador realizou uma série de conferências que foram
reunidas no texto “A origem da obra de arte”, na qual ele apresenta indicações para um possível
conceito de obra de arte e como a verdade nela pode ser desvelada. Através da revisão bibliográfica
das obras heideggerianas que lastreiam esta dissertação, com apoio de textos de comentadores nas
línguas portuguesa, espanhola e inglesa, traça-se neste trabalho o caminho percorrido por Heidegger
para afirmar a possibilidade desse desvelamento a partir da noção de verdade ontológica,
demonstrando como a sua fenomenologia hermenêutica contribuiu para alcançar tal intento e
permitiu pensar a relação entre obra de arte e verdade visando à superação da tradição, da
metafísica que esqueceu o Ser.