PPGFILO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: FILIF NAMBERA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FILIF NAMBERA
DATA : 31/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

FELICIDADE E A ATIVIDADE TEÓRICA: As Relações Entre o Humano e o Divino na Ética à Nicômaco


PALAVRAS-CHAVES:

Ética a Nicômaco, vida Política, virtude moral, racionalidade, vida teorética.


PÁGINAS: 87
RESUMO:

O nosso trabalho trata de uma vexata quaestio concernente à compreensão das relações entre racionalidade prática e racionalidade teorética dentro da economia discursiva da EN, ou, dito de outro modo, do problema relativo a como entender as relações entre vida ético-política e vida teorética ou contemplativa no texto mencionado. A gênese dessa questão na nossa dissertação será explicada na medida em que destacamos que Aristóteles constrói uma reflexão sobre a práxis humana, desde os momentos iniciais da EN, que anuncia uma ruptura com o platonismo e sua concepção de que a excelência da práxis humana e, consequentemente, a consecução do modo de vida mais feliz, dependem da efetivação de uma racionalidade superior, de caráter teorético e propriamente filosófico. Nesse esquema, a razão filosófica é determinada como a condição de possibilidade da areté e da eudaimonía. Em uma boa parte da EN, Aristóteles elabora uma reflexão ética que se distancia desse modelo platônico, procurando fundamentar a concepção de que o universo da práxis possui uma especificidade e uma autonomia, não dependendo das exigências teoréticas e epistemológicas que são características da filosofia pura, mas sim de um tipo de pensamento direcionado essencialmente para o universo das coisas humanas: a prudência ou sabedoria (phrónesis). Com isso, Aristóteles funda, segundo alguns comentadores, a Ética como uma disciplina independente, que dispõe de uma racionalidade própria, de caráter prático e não teorético, o que lhe permite fundamentar a ideia de que é possível ser feliz e virtuoso sem ser filósofo. No entanto, esses elementos parecem ser de alguma forma postos em xeque por aquilo que é desenvolvido no livro X da EN, porquanto nesse momento da obra Aristóteles desenvolve toda uma argumentação para proclamar de forma contundente que a virtude ou excelência na sua expressão plena requer necessariamente a atualização da mais elevada faculdade humana – o intelecto – , desembocando na tese de que a vida mais perfeita e feliz é a vida consagrada ao exercício dessa faculdade, i. e., a vida teorética ou a vida contemplativa – algo que Aristóteles considera que constitui uma forma de aproximação do homem em relação ao divino, uma vez que, na teologia aristotélica, Deus é definido como um intelecto puro, cuja vida consiste na eterna contemplação de si mesmo. Pois bem, o que nos interessa investigar é basicamente essa problemática, cuja compreensão constitui um procedimento analítico e interpretativo essencial para se entender a coerência discursiva e o significado filosófico da EN, pois é compreendendo essa problemática que podemos entender como Aristóteles pensou as relações entre racionalidade prática e racionalidade teorética em seu ensinamento ético, apreendendo de forma mais adequada como o Estagirita concebeu as relações entre o universo do agir político e moral humano e aquilo que o transcende e de algum modo se aproxima do divino: a atividade teorética.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ELTON VITORIANO RIBEIRO
Externo à Instituição - LUIZ PAULO ROUANET
Presidente - 1844145 - RICHARD ROMEIRO OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 25/08/2022 17:34
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