Linguagem, pensamento e poesia em Martin Heidegger
Linguagem, poesia, Heidegger, Fenomenologia
A presente dissertação buscou problematizar a linguagem a partir de bases fenomenológicas, para isso, nos alicerçamos na filosofia heideggeriana, mais especificamente na sua segunda fase e o seu diálogo entre pensamento, linguagem e poesia. O problema da linguagem é presente em toda obra de Martin Heidegger, porém toma mais relevância, na sua filosofia, a partir da década de 30. Ao longo da história da filosofia, o modo corrente de se entender o conceito de linguagem toma contornos objetificantes, a linguagem, muitas vezes, é reduzida a um instrumento de comunicação, expressão de vivências, ou seja, uma parte do todo que é ser homem. Este modo de interpretar a linguagem, afastou, gradativamente, o homem de uma lida originária com o ser, pois entificou o fenômeno que é responsável pelo acesso ao ser das coisas, a linguagem. Heidegger aponta que para termos uma lida direta com a linguagem e o seu vigor, devemos despi-la de seus conceitos e preconceitos, isto é, não a tratar de maneira ôntica, mas sim, como domínio de mostração, de velamento e desvelamento do ser. Desta forma, Heidegger parte de um diálogo com a poesia, na tentativa de acessar a linguagem de uma maneira genuína, originária, pois o dizer poético se configura como um caminho para se ter uma experiência com o fenômeno. Sendo assim, partiremos do dizer poético em direção a linguagem, para acessarmos o seu vigor.