“BRASIL SEM ZUERA NÃO É BRASIL”? Experiência videolúdica, produção de identidades e processos de subjetivação em comunidades virtuais de jogos de computador multiusuários massivos em rede (MMOs)
brasilidade; colonialidade; comunidades on-line brasileiras de jogos computacionais on-line; disputas identitárias; humor; toxidade.
A partir de uma investigação acerca as práticas comunicativas emergentes na experiência videolúdica de WoW e LoL, proponho-me a pensar e analisar – histórica, descritiva e criticamente – as discursividades sobre a identidade nacional brasileira que circulam entre os/as jogadores/as organizados/as nas comunidades virtuais desses jogos. Em minhas reflexões tenho o intuito de: a) Apresentar uma breve discussão teórica sobre alguns conceitos clássicos da sociologia, entre eles os de identidade, nação, cultura e comunidade, com o objetivo de reconstrui-los, teoricamente, a partir de uma perspectiva pós-colonial; b) Observar e participar da dinâmica de uso e apropriação dos MMOS e das NTICs nessas organizações que permitam identificar algumas inscrições discursivas particulares: vocábulos específicos, gírias e, primordialmente, emoticons, gifs, memes. c) Realizar um trabalho de construção do trajeto e de escuta dos sentidos que são discursivizados acerca das práticas comunicativas consideradas normativas e disruptivas, com base nos conceitos da análise do discurso (AD) de filiação foucaultiana (FAIRCLOUGH, 2001; 2010), sobretudo os macroconceitos de discurso/interdiscursividade/intertextualidade e poder/ideologia/hegemonia; d) Analisar como as discursividades sobre a zuera e sobre a identidade huebr podem ressignificar as relações socioculturais e imaginárias entre a produção simbólico-discursiva acerca a identidade nacional brasileira; a partilha de um sentimento de “brasilidade” e a dinamização dos imaginários sociais – tanto nacional quanto tecnológico – nas comunidades virtuais dos MMOs supracitados.