“GUERREIROS SÃO PESSOAS TÃO FORTES, TÃO FRÁGEIS”: O IMPACTO DA(S)
VIOLÊNCIA(S) NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DOS POLICIAIS DE PERNAMBUCO
Polícia; Polícia Rodoviária Federal; Saúde Mental; Violência; Profissões; Organizações.
Através das lentes da sociologia das profissões e da sociologia das organizações policiais, pretende-
se desbravar um espaço ainda pouco explorado pelas ciências sociais e pela sociedade em geral: as
relações e mecanismos entre o adoecimento policial e a cultura institucional violenta das instituições
de segurança, seja como raiz da violência interna contra os policiais em seu processo de socialização
e em seu cotidiano profissional, como também como um dos fatores estruturantes que podem explicar
a atuação violenta dessas corporações contra a população em geral e, portanto, sua forma mais ou
menos democrática de ação. Nas sociedades contemporâneas, nas quais a criminalidade é tema quase
“onipresente”, a polícia ganha um protagonismo excessivo, ora assumindo o papel de perpetradora
da violência, ora tornando-se vítima dela. O objetivo geral do presente trabalho é, portanto, investigar
as relações e mecanismos entre violências sofridas no processo de socialização e no cotidiano
profissional, adoecimento e violências perpetradas pelos profissionais de segurança pública do Estado
de Pernambuco, através da articulação entre suas dimensões legais/abstratas, práticas e simbólicas.
Para tanto, pretende-se lançar mão de métodos qualitativos e quantitativos para permitir o acesso
direto não só ao registro dos dados estatísticos, mas principalmente às práticas propriamente ditas e
a seus relatos.