MAM-RJ como lugar de exibição e produção da arte contemporânea: Opinião 65 e o gesto político/poético de Hélio Oiticica
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Arte Contemporânea. Parangolé. Opinião 65.
Esta dissertação teve como objetivo compreender o conjunto de transformações pelo qual passou o campo artístico brasileiro em meados da década de 1960, atendo-se especificamente ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a formação de um espaço de contemporaneidade no país. Quanto a isso, tive como foco principal a exibição dos Parangolés de Hélio Oiticica na exposição Opinião 65, que aconteceu no MAM-RJ. A escolha deste caso se deu diante da formação de uma nova sensibilidade e do avanço do experimentalismo artístico no país, nos quais corroboraram para uma arte coletiva-participativa, bem como por me permitir colocar em xeque o museu enquanto um espaço experimental e democrático. Diante disso, utilizei aqui a noção bourdieusiana de “Campo”, uma vez que me permitiu compreender o processo de autonomização do campo artístico brasileiro, bem como da concepção de “Pós-modernismo” do Andreas Huyssen, de modo a elucidar a formação de uma nova sensibilidade artística na referida década, e das contribuições do que mais tarde foi designado de “Nova Museologia”, por nos ajuda a pensar criticamente os espaços museais. Para tanto, foram realizados levantamentos bibliográficos e revisões da literatura, como também analisados documentos, jornais, dentre outros arquivos da época, a fim de melhor compreender o contexto sociopolítico e cultural e contemplar este objeto de estudo.