Errei, e agora? Um olhar microgenético para a vivência do erro em atividades escolares de matemática através da imaginação.
Vivência do erro; Loop imaginativo; Perejivânie; Análise histórico-relacional; Perspectiva sociocultural.
Desde o início das teorias da educação, questiona-se sobre o papel do erro na aprendizagem e como melhor tratá-lo – principalmente na área da matemática. O erro já foi concebido de diversas formas: desde falha ou falta de capacidade do estudante até parte do processo de aprendizagem e instrumento para educação. Nesse estudo, entretanto, busca-se entender o erro como uma vivência sociocultural, carregada de sentidos e afetos. Aliado a isso, a imaginação é um processo cognitivo essencial na construção da realidade, pois permite formular hipóteses, tomar perspectiva e explorar diferentes possibilidades no futuro, realidades alternativas e reelaborar o passado. Assim, estudar um fenômeno por meio da imaginação permite entender os múltiplos sentidos desse - tornando o processo imaginativo uma ferramenta essencial para esse estudo. A pesquisa em questão é um estudo de caso de natureza qualitativa, de caráter idiográfico e regida pela perspectiva da psicologia sociocultural. Este trabalho tem por objetivo compreender como um grupo de estudantes vivencia o erro em atividade escolar de matemática através da imaginação. Para tanto, participarão da pesquisa um(a) professor(a) de matemática do 6° ano do ensino fundamental e um grupo de 4 a 6 estudantes deste mesmo ano escolar de uma escola da Região Metropolitana do Recife. A fim de ampliar a compreensão do objeto de pesquisa, serão utilizados diferentes métodos para a construção de dados: (i) entrevistas semiestruturadas individuais com o/a docente e estudantes participantes, (ii) oficinas de grupo com os estudantes, (iii) a produção da Caixa de Surpresa pelos estudantes e o (iv) diário de campo registrado pela pesquisadora principal. As respostas tanto do(a) docente como dos estudantes serão vídeo-gravadas para posterior transcrição e análise. Utilizar-se-á a análise microgenética histórico-relacional como ferramenta de investigação dos dados.