Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSE ROMERO DE SOUZA BARROS
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE: JOSE ROMERO DE SOUZA BARROS
DATA : 03/08/2023
LOCAL: Sala remota PPGEF
TÍTULO:
PALAVRAS-CHAVES:
atividade física, saúde pública, avaliação de impacto, escore de
propensão; diferença-em-diferenças.
PÁGINAS: 35
RESUMO:
Evidências apontam para os benefícios das atividades físicas para a melhora da saúde
geral da população (MENDES, 2011). A recomendação de atividades físicas é de 150
minutos semanais de atividades físicas moderadas ou 75 minutos de atividades físicas
intensas (OMS et al., 2020; DE FARIA et al., 2021), porém 60% da população mundial
não realiza o mínimo desejado o que acaba contribuindo para o surgimento de doenças
relacionadas a inatividade física (KYU et al., 2016). Além de fatores biológicos como
obesidade, diabetes e síndrome metabólica, fatores socioeconômicos como renda, carga
de trabalho, escolaridade, sexo, gênero, tabagismo, inatividade física e consumo
excessivo de álcool contribuem para o surgimento das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) (NASCIMENTO et al., 2018; XIAO, 2020; REZAEE-
ZAVAREH et al., 2016; DE BACKER, 2017). Entre as DCNT estão as Doenças
Cardiovasculares (DCV) que são as mais afetam a população brasileira (32%) e são
responsáveis pelos maiores gastos com internamentos e gastos com saúde. Essas
doenças foram responsáveis, em 2018, por mais de 560.411 internações no Sistema
Único de Saúde (SUS), representando um gasto de R$ 1.104.707.722,68 (BARRETO et
al., 2020).
Entre as DCV estão as Doenças Isquêmicas do Coração (DIC) que em 2017 afetaram
cerca de 126 milhões de indivíduos em todo o mundo, e teve prevalência de 1.685 por
100.000 habitantes no Brasil neste mesmo ano. (KHAN et al., 2020).
Políticas públicas de promoção da saúde têm se configurado como importante
alternativa para o enfrentamento das DCNT. Em 2011 as Secretarias de Atenção à Saúde
(SAS) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do MS estavam trabalhando na
construção de um programa nacional de promoção da atividade física no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). Surge então o Programa Academia da Saúde (PAS) que
configura-se como uma das principais estratégias para a promoção da saúde e produção
do cuidado, com alto investimento financeiro para o gestor federal do SUS (DA SILVA,
2020). Alguns estudos demonstraram apontam o potencial do PAS em aumentar os
níveis de atividade física da população (SIMÕES et al., 2017). Outros estudos também
demonstram que os municípios que implantaram essa intervenção tiveram menores
gastos com internações hospitalares por doenças crônicas relacionadas à inatividade
física (LIMA et al., 2020; GUARDA, 2022), porém esses se limitaram a investigar esse
impacto em apenas uma Unidade da Federação. O objetivo desse projeto é analisar o
impacto do PAS sobre os gastos com internações hospitalares por DIC no Brasil. Este
estudo caracteriza-se como uma avaliação de impacto de políticas públicas, a qual
utilizará uma estratégia empírica que combina o estimador de diferenças-em-diferenças
(DID) com o Propensity Score Matching (PSM) também conhecido como Double
Difference Matching (DDM).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2938618 - FLAVIO RENATO BARROS DA GUARDA
Externo ao Programa - 1121325 - RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO - nullInterno - 1999436 - TONY MEIRELES DOS SANTOS