AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SINVASTATINA NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA NA ESCLEROSE SISTÊMICA: um ensaio clínico randomizado
Esclerose Sistêmica; Estatinas; Sinvastatina; Citocinas; Quimiocinas
A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença reumatológica autoimune, progressiva, que se
caracteriza pelo comprometimento vascular, pela produção de auto anticorpos com inflamação, e
fibrose. Atualmente dada a sua variabilidade clínica e fenotípica não possui um tratamento
eficaz, capaz de promover o controle da doença, o que atualmente dispomos, visa diminuir o
impacto na qualidade de vida desses pacientes, visando uma maior e melhor sobrevida. As
estatinas, substâncias utilizadas há décadas na prevenção e tratamento das doenças
cardiovasculares, através de estudos in vitro, têm sido observado um possível perfil
imunomodulador dessas substâncias na ES. Esse ensaio clínico randomizado, triplo cego,
placebo controlado, avaliou o efeito nos níveis séricos das citocinas IL-4, IL-6, IL-8, IL-13, IL-
17A, CCL-2, IL-29 e IP-10, nos desfechos clínicos utilizados, o health assessment questionnaire
(HAQ), o scleroderma health assessment questionnaire (S-HAQ), e o modified Rodnan skin
score (mRSS), em 32 pacientes portadores de ES, sendo 16 do grupo da intervenção, que
utilizaram a sinvastatina 20 mg ao dia, e 16 pacientes do grupo placebo por um período de 180
dias. A quantificação da expressão das citocinas no soro desses pacientes, foi realizada através
da técnica enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). Dentre as citocinas e quimiocinas
investigadas, constatamos que a sinvastatina foi capaz de diminuir significativamente os níveis
séricos da IL-6 (p=0,009) de oito dos pacientes (50%) do grupo de intervenção ao compará-los
com dois do grupo placebo (12,5%), conforme a categorização dos pacientes que apresentaram
diminuição da secreção de acordo com os valores da mediana durante o tempo do estudo. As
análises estatísticas do grupo que apresentou a redução, demostraram que, esse resultado pode
estar relacionado ao uso da sinvastatina por esses pacientes. O ensaio clínico randomizado
avaliando o uso da sinvastatina em pacientes ES demostrou que, essa intervenção precisa ser
mais profundamente investigada para melhor compreender esse efeito. Além disso, novos
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multicêntricas que possibilitem incluir um maior número de pacientes, além de outros desfechos.