Banca de QUALIFICAÇÃO: MYLA LÔBO DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MYLA LÔBO DE SOUZA
DATA : 15/06/2022
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL DE CARREADOR LIPÍDICO NANOESTRUTURADO PARA OBTENÇÃO DE UM SISTEMA DE ENTREGA DE FÁRMACOS ORAL ANTILEISHMANIA


PALAVRAS-CHAVES:

leishmaniose; administração oral; sistema de entrega de fármacos; nanocarreador; liberação modificada.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por protozoários Leishmania spp.,
prevalente em 98 países no mundo, principalmente nas regiões pobres. Entre 2018 e 2020, o
Brasil ficou entre os três primeiros países com maior número de casos. No Brasil, os
medicamentos disponíveis não são totalmente eficazes, possuem uso parenteral e exibem vários
efeitos adversos graves e muito frequentes, resultando em má adesão ao tratamento. Entre as
alternativas que podem contornar esses problemas estão os Carreadores lipídicos
nanoestruturados (CLN), que podem conferir aumento da solubilidade e permeabilidade de
fármacos, liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade
oral. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver CLNs contendo antimoniato de meglumina
(AM) como alternativa terapêutica de uso oral para a leishmaniose. Ensaios de compatibilidade
entre os insumos e o fármaco foram realizados. Otimizações de formulação e de processo foram
feitas através de planejamento experimental, que possibilitou a escolha do CLN com melhor
tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE).
Os CLNs escolhidos também foram caracterizados por valor de pH, Calorimetria Exploratória
Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR),
Difração de raios-X (DRX), estabilidade simulando condições gastrointestinais, estabilidade de
armazenamento, e testes in vitro de cinética de liberação e viabilidade celular. Não houve
incompatibilidade entre o fármaco e os excipientes. O planejamento experimental resultou em
um CLN com tamanho de 41,13 nm, PdI de 0,227, PZ de -27,9 mV, EE de 62,43% e pH 5,23. O
FTIR confirmou a incorporação do AM no CLN, o DSC mostrou redução de cristalinidade da
matriz da nanopartícula, que foi ratificado no DRX. O CLN foi estável simulando pH do trato
gastrointestinal e também durante armazenamento sob refrigeração. A liberação do AM no CLN
foi adequada ao modelo Peppas-Sahlin, com cinética de liberação por transporte anômalo. Não
houve citotoxicidade em células Vero nas concentrações estudadas. Portanto, foi possível obter
CLNs com propriedades físico-químicas e estabilidade adequadas e cinética de liberação
prolongada, resultados encorajadores quanto ao potencial do sistema para uso oral. Mais estudos
são necessários quanto à eficácia e toxicidade apropriados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOÃO AUGUSTO OSHIRO JUNIOR - UEPB
Externo à Instituição - FABIO ROCHA FORMIGA - Fiocruz - PE
Presidente - 2218937 - PEDRO JOSE ROLIM NETO
Notícia cadastrada em: 31/05/2022 10:58
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