Banca de QUALIFICAÇÃO: WANIA BELO MAIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WANIA BELO MAIA
DATA : 20/04/2022
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Correlaçðes entre Quimiocinas e Hipovitaminose D na Sindrome de Sjögren Primária. Hipovitaminose D: Conexões com Doenças Autoimunes Conveniencia Econômica da Prevenção


PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome de Sjogren Primária, quimiocinas, hipovitaminose D, doenças autoimunes, economia da saúde


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A Síndrome de Sjögren Primária (SSp) é uma doença autoimune com incidência estimada em
1/1000. Esta doença exibe amplas manifestações que vão desde os primeiros sinais: fadiga
crônica, fraqueza e mialgia; aos sintomas mais específicos, como Sicca (secura ocular e
bucal); e o envolvimento de múltiplos órgãos, com complicações neurológicas, pulmonares,
cardiovasculares, renais, e um risco de 5% do desenvolvimento de linfoma não Hodgkin.
Evidências indicam que as quimiocinas são capazes de direcionar essa e outras
imunopatologias, estando envolvidas com o desenvolvimento e a progressão de lesões na
SSp. Do mesmo modo, estudos adicionais revelam a importância da vitamina D no sistema
imunológico e demonstram suas funções no aprimoramento da resposta imunológica, na
regulação, na tolerância e na diminuição da probabilidade do desenvolvimento de muitas
enfermidades, inclusive de doenças autoimunes. O primeiro capítulo da tese “Correlações
entre Quimiocinas e Hipovitaminose D na Síndrome de Sjögren Primária” elucida os
papeis das quimiocinas CCL2, IP10, IL-8 e da vitamina D na SSp; e ao mesmo tempo, é
coadjuvante de pesquisas que esclarecem melhor a doença. Nessa pesquisa, foi realizado um
estudo de coorte com pacientes SSp e controles, em que as quimiocinas CCL2, IP10, IL8 e a
vitamina D foram correlacionadas, levando em consideração alguns fatores, como a idade do
paciente, tempo de diagnóstico da doença, complicações da doença (linfoma, artralgia,
distúrbios neurológicos e dispneia), medicamentos em uso (metrotexato, corticoide,
rituximabe e azatioprina) e ausência ou existência de comorbidades. Além disso, foram
realizadas as dosagens sorológicas das quimiocinas e vitamina D das amostras (n=86). Os
resultados estatísticos das comparações e cruzamentos deste capítulo estão sendo processados
no momento. O segundo capítulo, “Hipovitaminose D: Conexões com Doenças
Autoimunes e Conveniência Econômica da Prevenção”, assevera a gravidade da
hipovitaminose D em uma população feminina, verificando sua correlação com as doenças
autoimunes e buscando advertir sobre os benefícios econômicos da prevenção deste distúrbio.
Este capítulo surgiu da premissa de que a deficiência ou insuficiência de vitamina D tem sido
um sério problema de saúde pública, particularmente pela sua relação com os processos
imunes. Sob outra perspectiva, as doenças autoimunes vêm se expandindo na população,
elevando os custos em saúde e diminuindo os recursos para o controle das demais doenças.
Este capítulo foi dividido em três instâncias: a primeira, incluiu um estudo de coorte analítico
para verificar o perfil de vitamina D de uma população feminina (ANOVA); a segunda,
procurou apreender correlações entre a hipovitaminose D e doenças autoimunes; e a terceira,
explorou a conveniência econômica da prevenção da hipovitaminose D como um fator de
risco para doenças autoimunes. A priori foram obtidos os resultados das dosagens de
vitamina D de pacientes do sexo feminino na faixa etária de 0 a 75 anos (n=1651). A
deficiência de vitamina D (≤20 ng/mL) foi identificada em 20,3% dos pacientes e 79,7%,
apresentaram insuficiência de vitamina D (≥ 20ng/mL e < 30ng/mL). Toda a população
analisada apresentou hipovitaminose D (< 30ng/mL), independentemente da idade. O nível
de significância foi de p < 0.0001 (Tukey). Na pesquisa bibliográfica sobre as conexões entre
a hipovitaminose D e as doenças autoimunes foram encontrados 19 artigos científicos de

cinco doenças autoimunes: Sìndrome de Sjogren primária, Artrite Reumatóide, Diabetes
Mellitus tipo 1, Lupus Eritematoso Sistêmico e Doença autoimune da Tireóide, que incluíam
três correspondências - hipovitaminose D como fator de risco da doença; prevalência da
hipovitaminose D na doença; e hipovitaminose D como fator ativador da doença. Houve
controvérsias nos desfechos dos autores sobre estas conexões e, para diminuir os pontos
discordantes, foi realizada uma avaliação do grau de evidência científica dos artigos
encontrados para a excisão daqueles com o maior risco de viés. Os novos resultados
apresentaram menores discordâncias. No que se refere ao risco de doença na hipovitaminose
D, 100% dos artigos consideraram positiva esta conexão. Sobre a prevalência da
hipovitaminose D na doença, 93% consideraram a conexão positiva e 7%, negativa (produto
de viés). Quanto ao envolvimento da hipovitaminose D com a atividade da doença, 63,6%
dos artigos consideraram positiva, 27,3% negativa e 9,1% controversa. As duas últimas
correlações continuaram controversas, requerendo maiores estudos para elucidação. A
correlação entre o risco da doença autoimune na hipovitaminose D foi confirmada por todos
os autores. Sob outra ótica, os artigos encontrados na pesquisa literária em economia da
saúde, afirmaram que as expensas médicas por paciente estão aumentando significativamente,
com alta prevalência de doenças autoimunes. As avaliações econômicas revelaram resultados
promissores na prevenção de fatores de risco para doenças e evidenciaram os inúmeros
benefícios destas ações. A hipovitaminose D está se agravando progressivamente na
população como um fator de risco para doenças autoimunes e para outras doenças graves. É
importante que se invista em abordagens preventivas, direcionadas a esse e outros fatores de
risco controláveis. Esse caminho pode ser eficaz na redução dos custos e sustentabilidade
em saúde. Em suma, é importante reverter o quadro da prevalência das doenças autoimunes
para aprimorar a economia e melhorar a qualidade de vida da população.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA - UFPE
Presidente - 1796964 - MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
Externa à Instituição - SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES - UFPE
Notícia cadastrada em: 11/04/2022 08:27
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