Planejamento, Síntese e Avaliação de Citotoxicidade e Atividade Antiviral de Novos Derivados Imidazolidínicos
COVID-19 ; Imidazolidinas ; Hidantoína ; Docking Molecular
A coronavirus disease (COVID-19), enfermidade respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, alcançou uma
pandemia sem precedentes. Em quadros graves, pacientes podem desenvolver pneumonia, síndrome respiratória aguda
grave (SRAG), além de falha de órgãos. A ausência de um tratamento específico e padronizado sugere a necessidade
de novas abordagens terapêuticas, como o planejamento de fármacos com estudos in vitro e técnicas computacionais.
Apresentando importantes atividades biológicas, as imidazolidinas são moléculas com uma porção heterocíclica
nitrogenada, destacando-se entre elas a hidantoína, componente de diversos fármacos de uso na clínica. Utilizando
como alvos terapêuticos proteases típicas de coronavírus, foi planejada uma série de novos derivados imidazolidínicos,
visando a síntese, elucidação estrutural e avaliação de seu potencial antiviral. Após a obtenção do composto
intermediário AV-1, não foi possível obter os produtos finais seguindo a rota originalmente construída. Houve então
uma mudança de planejamento sintético, com as seguintes etapas reacionais: 1) produção de compostos JMs por
condensação de Knoevenagel, utilizando hidantoína e respectivos aldeídos; 2) adição de Michael dos JMs ao composto
halogenado para formação dos produtos finais. Foram sintetizados nove produtos com graus de pureza entre 95-100%
(pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência), dos quais oito receberam confirmação estrutural por
ressonância magnética nuclear de 1H e 13C. Estudos de docagem molecular indicaram que todos os produtos finais
têm afinidade, e interagem bem, com as proteases virais MPRO e PLPRO, sendo enfim indicados para testes de
citotoxicidade.