Banca de DEFESA: MARIA ISABELA FERREIRA DE ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA ISABELA FERREIRA DE ARAÚJO
DATA : 29/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do PPGCB
TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DA MUCILAGEM DO FRUTO DE Cordia africana


PALAVRAS-CHAVES:

Cordia africana. Colite Ulcerativa. Digestão gastrointestinal. Microbiota. Mucilagem. Toxicidade. Prebiótico.


PÁGINAS: 251
RESUMO:

A Cordia africana é uma espécie vegetal distribuída em áreas de clima tropical e subtropical, amplamente utilizada na medicina popular como anti-inflamatória, antiparasitária e para aliviar desordens gástricas. A polpa mucilaginosa do fruto é rica em polissacarídeos e polifenóis com características químicas e efeitos biológicos pouco explorados. Diante disso, este estudo teve como objetivo extrair e caracterizar estruturalmente os polissacarídeos e polifénois presentes na mucilagem de C. Africana e avaliar seu potencial biotecnológico como fonte de prebióticos. A mucilagem (MUC) foi obtida por extração aquosa à quente (100 °C por 20 min) e concentrado por precipitação etanólica (1:3 v/v). Espectroscopia de infravermelho, cromatografia por exclusão de tamanho, cromatografia gasosa, HPLC-DAD/ESI-MS e microscopia eletrônica foram empregados para a caracterização da MUC. Além disso, MUC foi avaliada quanto a sua natureza toxicológica in vivo, efeito protetor na colite ulcerativa induzida por dextrano sulfato sódico (DSS) in vivo, efeito prebiótico, atividade antioxidante, bioacessibilidade gastrointestinal e modulação da microbiota intestinal humana in vitro. A extração promoveu um rendimento de 7,2 % de MUC, contendo 192 mg/g de carboidratos, 43,7 mg/g de acido uronico, 61,09 mg GAE/g de polifenois totais e 40,2 mg GAE/g de polifenois conjugados. A MUC apresentou massa molar de 6,53 x 104 g/mol e sua análise FT-IR mostrou bandas de absorção típicas de polissacarídeos (C-O-C e C-C) e polifenóis conjugados com espectros de absorção em torno de 1400 a 1600 cm-1. O perfil polifenólico demonstrou presença de ácido cítrico, ácido seríngico, ácido hidroxibenzóico e acido dihidrocafeico. A MUC se mostrou atóxica na dose de 2000 mg/kg e exerceu um efeito protetor significativo na colite induzida por DSS, aliviando a redução do peso corporal e encurtamento do cólon, além de promover efeitos anti-inflamatórios inibindo enzimas oxidantes. A MUC estimulou o crescimento de estipes de Lactobacillus, Bifidobactérias adolescentes e Akkermansia muciniphila em cultura in vitro, e a fermentação dessa última culminou na produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs). A digestão gastrointestinal da MUC alterou o perfil fenólico da amostra (antes da digestão: 61,09 ± 2,42 mg GAE/g; após a digestão: 26,82 ± 0,36 mg GAE/g), resulatando em uma bioacessibilidade de 43,90 %. A fração não-digerível da MUC submetida a fermentação fecal in vitro produziu AGCCs e promoveu um aumento do gênero Bacteroides. Em conclusão, a mucilagem de C. Africana pode ser uma fonte promissora de prebióticos, exercendo efeitos ao modular positivamente a microbiota intestinal.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANDREIA FILIPA FERREIRA SALVADOR - UMinho
Interna - 1169175 - LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
Presidente - 1134040 - MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
Interna - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Externa à Instituição - PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE - UPE
Notícia cadastrada em: 18/01/2024 17:24
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07.ufpe.br.sigaa07