Dissertações/Teses

Clique aqui para acessar os arquivos diretamente da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPE

2024
Dissertações
1
  • BÁRBARA SILVA LIMA
  • IMUNOENSAIO DE FLUXO LATERAL BASEADO EM NANOTUBOS DE CARBONO PARA DIAGNÓSTICO DE COVID-19

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTA CLÁUDIA SANTOS NEVES
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 31/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • O teste rápido descrito é baseado em um imunossensor de fluxo lateral que utiliza matrizes de fragmentos de nanotubos de carbono de paredes múltiplas (NTC) conjugados à anticorpos para detectar biomarcadores em baixas concentrações (nanogramas/mililitro). Essa plataforma pode ser usada para detectar vários biomarcadores, exigindo concentrações mínimas de anticorpos ou antígenos conjugados e imobilizados na membrana do imunoensaio. Considerando que a infecção pelo coronavírus resultou em uma grave doença pandêmica devido à rápida transmissão, a detecção do vírus para isolar indivíduos contaminados tem sido uma estratégia recomendada para evitar a transmissão. IgY anti-SARS-CoV-2 foi usado como sonda, devido à sua capacidade de detecção de múltiplos epítopos, apoiando a detecção de mutações virais e vacinação. Amostras de soro infectado foram usadas para confirmar a capacidade de detecção específica do vírus. Este dispositivo proposto tem a vantagem de usar NTC em vez de nanopartículas fluorescentes, de ouro ou magnéticas, que são mais estáveis e mais fáceis de funcionalizar para imobilizar proteínas.


  • Mostrar Abstract
  • O teste rápido descrito é baseado em um imunossensor de fluxo lateral que utiliza matrizes de fragmentos de nanotubos de carbono de paredes múltiplas (NTC) conjugados à anticorpos para detectar biomarcadores em baixas concentrações (nanogramas/mililitro). Essa plataforma pode ser usada para detectar vários biomarcadores, exigindo concentrações mínimas de anticorpos ou antígenos conjugados e imobilizados na membrana do imunoensaio. Considerando que a infecção pelo coronavírus resultou em uma grave doença pandêmica devido à rápida transmissão, a detecção do vírus para isolar indivíduos contaminados tem sido uma estratégia recomendada para evitar a transmissão. IgY anti-SARS-CoV-2 foi usado como sonda, devido à sua capacidade de detecção de múltiplos epítopos, apoiando a detecção de mutações virais e vacinação. Amostras de soro infectado foram usadas para confirmar a capacidade de detecção específica do vírus. Este dispositivo proposto tem a vantagem de usar NTC em vez de nanopartículas fluorescentes, de ouro ou magnéticas, que são mais estáveis e mais fáceis de funcionalizar para imobilizar proteínas.

2
  • TAINARA FERNANDES DANTAS
  • Composição química, potencial antimicrobiano e modulador do óleo essencial de Eugenia pohliana DC. frente a isolados clínicos bacterianos do grupo ESKAPE

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • BRUNO OLIVEIRA DE VERAS
  • Data: 06/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A resistência antimicrobiana (RAM) continua sendo um grande problema para a saúde pública mundial. Dentre as bactérias críticas, estão as do grupo ESKAPE, que incluem as Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter cloacae Além da resistência, essas bactérias podem formar biofilme, o que dificulta o tratamento dos pacientes com os antibióticos. Dentre as alternativas terapêuticas destaca-se o estudo com Óleos Essenciais (OEs). O objetivo desse trabalho foi analisar a composição dos OEs de E. pohliana DC. de dois locais do Vale do Catimbau e avaliar suas atividades de Concentração Mínima Inibitória e Bactericida (CMI e CMB), antibiofilme e sinérgica contra isolados ESKAPEs Multidroga e Extensivamente Droga Resistentes (MDRs e XDRs). A análise da composição dos OEs foi feita por GC-MS. Os OEs apresentaram compostos majoritários diferentes: OE II - δ-cadineno (18,82%), Globulol (15,54%), Viridiflorol (11,29%); OE IV - Limoneno (10,79%), γ-cadineno (9,87%) e epi-α-muurolol (9,28%). Em ambos os OEs também foram encontrados (E)-cariofileno (OE II – 9,95% e OE IV – 9,21%) e o Biociclogermacreno (OE II – 9,47% e OE IV – 9,76%). Os OEs apresentaram ação antimicrobiana semelhante, mas com atuações diferentes. Na curva de crescimento, o destaque foi o OE IV. O OE II apresentou melhor ação inibitória para as bactérias MDRs E. faecium (512 µg/mL), S. aureus (2048 µg/mL), e P. aeruginosa (2048 µg/mL) no teste de CMI. O CMB foi de 4096 µg/mL para a maioria dos isolados; no entanto, não houve CMB para K. pneumoniae e E. claoacae. com ambos OEs. Por outro lado, o OE IV apresentou melhor atividade antibiofilme para as Gram-negativas, principalmente E. cloacae com 87,39% de inibição. Em geral, os OEs E. pohliana apresentaram melhor ação antimicrobiana para as bactérias MDRs, com destaque para P. aeruginosa, apresentando ação antimicrobiana em todos os testes realizados. Dessa forma, a E. pohliana poderia ser considera uma planta promissora para futuras aplicações medicinais. Demonstrando também, o potencial biotecnológico de plantas do vale do Catimbau e da Caatinga.



  • Mostrar Abstract
  • A resistência antimicrobiana (RAM) continua sendo um grande problema para a saúde pública mundial. Dentre as bactérias críticas, estão as do grupo ESKAPE, que incluem as Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter cloacae Além da resistência, essas bactérias podem formar biofilme, o que dificulta o tratamento dos pacientes com os antibióticos. Dentre as alternativas terapêuticas destaca-se o estudo com Óleos Essenciais (OEs). O objetivo desse trabalho foi analisar a composição dos OEs de E. pohliana DC. de dois locais do Vale do Catimbau e avaliar suas atividades de Concentração Mínima Inibitória e Bactericida (CMI e CMB), antibiofilme e sinérgica contra isolados ESKAPEs Multidroga e Extensivamente Droga Resistentes (MDRs e XDRs). A análise da composição dos OEs foi feita por GC-MS. Os OEs apresentaram compostos majoritários diferentes: OE II - δ-cadineno (18,82%), Globulol (15,54%), Viridiflorol (11,29%); OE IV - Limoneno (10,79%), γ-cadineno (9,87%) e epi-α-muurolol (9,28%). Em ambos os OEs também foram encontrados (E)-cariofileno (OE II – 9,95% e OE IV – 9,21%) e o Biociclogermacreno (OE II – 9,47% e OE IV – 9,76%). Os OEs apresentaram ação antimicrobiana semelhante, mas com atuações diferentes. Na curva de crescimento, o destaque foi o OE IV. O OE II apresentou melhor ação inibitória para as bactérias MDRs E. faecium (512 µg/mL), S. aureus (2048 µg/mL), e P. aeruginosa (2048 µg/mL) no teste de CMI. O CMB foi de 4096 µg/mL para a maioria dos isolados; no entanto, não houve CMB para K. pneumoniae e E. claoacae. com ambos OEs. Por outro lado, o OE IV apresentou melhor atividade antibiofilme para as Gram-negativas, principalmente E. cloacae com 87,39% de inibição. Em geral, os OEs E. pohliana apresentaram melhor ação antimicrobiana para as bactérias MDRs, com destaque para P. aeruginosa, apresentando ação antimicrobiana em todos os testes realizados. Dessa forma, a E. pohliana poderia ser considera uma planta promissora para futuras aplicações medicinais. Demonstrando também, o potencial biotecnológico de plantas do vale do Catimbau e da Caatinga.


3
  • JAQUELINE INEZ DE SANTANA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE ORAL AGUDA, CITOTOXICIDADE E DAS ATIVIDADES GENOTÓXICA E MUTAGÊNICA DA XILOGLUCANA EXTRAÍDA DAS SEMENTES DA Hymenaea courbaril L. var. courbaril.

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
  • Data: 20/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Hymenaea courbaril L. var. courbaril, popularmente chamada de jatobá, é uma planta nativa com grande importância econômica e medicinal. Além disso, a xiloglucana, polissacarídeo de reserva presente nas suas sementes, possui propriedades físico-químicas importantes que possibilitam sua possível aplicação nas indústrias alimentícias, biomédicas e farmacêuticas. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a citotoxicidade, toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade da xiloglucana extraída das sementes da H. courbaril var. courbaril (XGHc). Para avaliar a citotoxicidade, foi realizado o ensaio de MTT com as linhagens VERO e L929. As células foram expostas a diferentes concentrações da XGHc (6,25, 12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) por 48 e 72h. Para a toxicidade oral aguda, os animais receberam a dose limite de 2.000 mg/kg da XGHc v.o. e foram acompanhados por 14 dias, onde foi verificado a existência de possíveis mudanças comportamentais ou sinais clínicos, e monitorado o peso corporal dos animais. Após isso, o sangue foi coletado para a análise de parâmetros bioquímicos, e os órgãos foram pesados e avaliados macroscopicamente. Para a genotoxicidade e mutagenicidade, foram realizados o ensaio cometa e o teste de micronúcleo, onde os animais receberam 500, 1.000 e 2.000 mg/kg da XGHc v.o. No ensaio cometa, foi calculado o índice de dano (ID) e frequência de dano (FD); no teste de micronúcleo, foi visto a frequência de células sanguíneas micronucleadas. Os dados obtidos foram expressos em média e desvio padrão, e, para as análises estatísticas foi adotado o nível de significância de p < 0,05. A XGHc não apresentou atividade citotóxica nas linhagens celulares utilizadas, mas em algumas concentrações houve um aumento da viabilidade celular. Na toxicidade oral aguda, os animais não apresentaram alterações comportamentais e não tiveram alterações no peso corporal. Também não houve alterações nos parâmetros bioquímicos analisados, nem nos aspectos macroscópicos e no peso dos órgãos avaliados. No ensaio cometa, não houve diferenças significativas entre o ID e FD dos grupos tratados quando comparados ao controle. No teste de micronúcleo, não foi observado o aumento de células micronucleadas em comparação com o grupo controle. Dessa forma, nas condições experimentais utilizadas no presente trabalho, a XGHcnão foi considerada citotóxica e não apresentou toxicidade, genotoxicidade e mutagenicidade in vivo. No entanto, mais estudos são necessários para investigar outros aspectos relacionados aos parâmetros toxicológicos da XGHc e garantir o uso seguro. 



  • Mostrar Abstract
  • Hymenaea courbaril L. var. courbaril, popularmente chamada de jatobá, é uma planta nativa com grande importância econômica e medicinal. Além disso, a xiloglucana, polissacarídeo de reserva presente nas suas sementes, possui propriedades físico-químicas importantes que possibilitam sua possível aplicação nas indústrias alimentícias, biomédicas e farmacêuticas. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a citotoxicidade, toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade da xiloglucana extraída das sementes da H. courbaril var. courbaril (XGHc). Para avaliar a citotoxicidade, foi realizado o ensaio de MTT com as linhagens VERO e L929. As células foram expostas a diferentes concentrações da XGHc (6,25, 12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) por 48 e 72h. Para a toxicidade oral aguda, os animais receberam a dose limite de 2.000 mg/kg da XGHc v.o. e foram acompanhados por 14 dias, onde foi verificado a existência de possíveis mudanças comportamentais ou sinais clínicos, e monitorado o peso corporal dos animais. Após isso, o sangue foi coletado para a análise de parâmetros bioquímicos, e os órgãos foram pesados e avaliados macroscopicamente. Para a genotoxicidade e mutagenicidade, foram realizados o ensaio cometa e o teste de micronúcleo, onde os animais receberam 500, 1.000 e 2.000 mg/kg da XGHc v.o. No ensaio cometa, foi calculado o índice de dano (ID) e frequência de dano (FD); no teste de micronúcleo, foi visto a frequência de células sanguíneas micronucleadas. Os dados obtidos foram expressos em média e desvio padrão, e, para as análises estatísticas foi adotado o nível de significância de p < 0,05. A XGHc não apresentou atividade citotóxica nas linhagens celulares utilizadas, mas em algumas concentrações houve um aumento da viabilidade celular. Na toxicidade oral aguda, os animais não apresentaram alterações comportamentais e não tiveram alterações no peso corporal. Também não houve alterações nos parâmetros bioquímicos analisados, nem nos aspectos macroscópicos e no peso dos órgãos avaliados. No ensaio cometa, não houve diferenças significativas entre o ID e FD dos grupos tratados quando comparados ao controle. No teste de micronúcleo, não foi observado o aumento de células micronucleadas em comparação com o grupo controle. Dessa forma, nas condições experimentais utilizadas no presente trabalho, a XGHcnão foi considerada citotóxica e não apresentou toxicidade, genotoxicidade e mutagenicidade in vivo. No entanto, mais estudos são necessários para investigar outros aspectos relacionados aos parâmetros toxicológicos da XGHc e garantir o uso seguro. 


4
  • JOÃO VICTOR ARAÚJO DE LIMA
  • Desenvolvimento de nanobiossensor óptico baseado em ácido fenilborônico para detecção de carboidratos

  • Orientador : PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
  • MARIANA PAOLA CABRERA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • Data: 29/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Os pontos quânticos (PQs) podem ser utilizados como nanossondas fluorescentes com especificidade bioquímica, devido a possibilidade de conjugação com diversos tipos de biomoléculas. Dentre estas, a conjugação com o ácido 3-mercaptofenilborônico (AMFB), um organoborano que se liga à dióis, pode resultar em uma nanoferramenta capaz de reconhecer e identificar carboidratos de relevância biológica e industrial. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a interação de PQs@AMFB com diferentes carboidratos, bem como explorar o potencial de sensoriamento desse nanossistema. Para isto, PQs de CdTe funcionalizados com ácido mercaptosuccínico (AMS) foram sintetizados e conjugados de forma simples e direta com o AMFB. O êxito da conjugação foi avaliado por citometria de fluxo através da capacidade de ligação do PQs@AMFB ao ácido siálico (AS), presentes na superfície de eritrócitos com 0, 7, 15 e 21 dias, após coleta em EDTA e armazenados à 4 ºC. Após confirmar a conjugação, o nanosistema foi incubado com 200 mM de diferentes carboidratos (glicose, galactose, xilose e sacarose) por 30 min em pH 7.4. Em seguida, a nanoplataforma foi incubada com diferentes concentrações de galactose (100 - 600 mM). As flutuações na intensidade de fluorescência foram avaliadas por espectroscopia de emissão e por leitura da emissão em microplaca. Os eritrócitos recém coletados apresentaram marcação de 99,8 ± 0,17%, indicando que o conjugado era capaz de reconhecer o AS. Por outro lado, as células armazenadas por mais de 15 dias apresentaram uma porcentagem inferior, sugerindo que a nanoplataforma PQs@AMFB foi capaz de reconhecer e quantificar o AS. Na presença dos diferentes carboidratos, a galactose promoveu uma supressão da fluorescência maior (~25%) em relação aos outros carboidratos, indicando uma maior afinidade/especificidade da nanossonda por esse monossacarídeo. O LOD e LOQ estimado foram de 51 e 170 mM, respectivamente. Além disso, através do modelo proposto por Stern-Volmer foi possível inferir que a supressão ocorreu linearmente com o aumento da concentração de galactose, sendo considerada dinâmica e resultante das colisões entre a nanossonda fluorescente e o supressor (galactose). Portanto, o PQs@AMFB apresentam um grande potencial biotecnológico, como sondas analítica para detecção rápida e simples de galactose, bem como para outros estudos glicobiológicos.



  • Mostrar Abstract
  • Os pontos quânticos (PQs) podem ser utilizados como nanossondas fluorescentes com especificidade bioquímica, devido a possibilidade de conjugação com diversos tipos de biomoléculas. Dentre estas, a conjugação com o ácido 3-mercaptofenilborônico (AMFB), um organoborano que se liga à dióis, pode resultar em uma nanoferramenta capaz de reconhecer e identificar carboidratos de relevância biológica e industrial. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a interação de PQs@AMFB com diferentes carboidratos, bem como explorar o potencial de sensoriamento desse nanossistema. Para isto, PQs de CdTe funcionalizados com ácido mercaptosuccínico (AMS) foram sintetizados e conjugados de forma simples e direta com o AMFB. O êxito da conjugação foi avaliado por citometria de fluxo através da capacidade de ligação do PQs@AMFB ao ácido siálico (AS), presentes na superfície de eritrócitos com 0, 7, 15 e 21 dias, após coleta em EDTA e armazenados à 4 ºC. Após confirmar a conjugação, o nanosistema foi incubado com 200 mM de diferentes carboidratos (glicose, galactose, xilose e sacarose) por 30 min em pH 7.4. Em seguida, a nanoplataforma foi incubada com diferentes concentrações de galactose (100 - 600 mM). As flutuações na intensidade de fluorescência foram avaliadas por espectroscopia de emissão e por leitura da emissão em microplaca. Os eritrócitos recém coletados apresentaram marcação de 99,8 ± 0,17%, indicando que o conjugado era capaz de reconhecer o AS. Por outro lado, as células armazenadas por mais de 15 dias apresentaram uma porcentagem inferior, sugerindo que a nanoplataforma PQs@AMFB foi capaz de reconhecer e quantificar o AS. Na presença dos diferentes carboidratos, a galactose promoveu uma supressão da fluorescência maior (~25%) em relação aos outros carboidratos, indicando uma maior afinidade/especificidade da nanossonda por esse monossacarídeo. O LOD e LOQ estimado foram de 51 e 170 mM, respectivamente. Além disso, através do modelo proposto por Stern-Volmer foi possível inferir que a supressão ocorreu linearmente com o aumento da concentração de galactose, sendo considerada dinâmica e resultante das colisões entre a nanossonda fluorescente e o supressor (galactose). Portanto, o PQs@AMFB apresentam um grande potencial biotecnológico, como sondas analítica para detecção rápida e simples de galactose, bem como para outros estudos glicobiológicos.


5
  • GABRYELLA BORGES DOS PRAZERES
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E POTENCIAL ANTICÂNCER DA LECTINA DAS FOLHAS DE Myracrodruon urundeuva (MuLL)

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • RAQUEL CORDEIRO DE OLIVEIRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 29/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • O câncer corresponde ao crescimento celular desordenado que pode resultar na invasão de tecidos ou órgãos adjacentes. A busca por novos agentes terapêuticos é intensa devido aos altos índices de rejeição aos tratamentos convencionais. As plantas contêm proteínas bioativas, como as lectinas, que se ligam de forma específica e reversível a carboidratos e glicoconjugados. Estudos anteriores desenvolvidos por nosso grupo de pesquisa, relataram que as lectinas são promissoras no combate ao sarcoma 180. A Myracrodruon urundeuva apresenta diversas atividades biológicas como anti-inflamatória, neuroprotetora e citotóxica para células cancerígenas. Uma lectina bioativa foi isolada das folhas de M. urundeuva e denominada MuLL. Este estudo determinou a toxicidade aguda e em doses repetidas da MuLL, bem como sua atividade frente ao sarcoma 180. Farinha das folhas de M. urundeuva (10 g) foi suspensa em NaCl 0,15 M (100 mL) e após extração sob agitação, filtração e centrifugação (3.000 × g,15 min), o sobrenadante coletado correspondeu ao extrato. A fração 60-80 obtida após o tratamento do extrato com sulfato de amônio (60-80% de saturação) foi cromatografada em coluna de quitina. MuLL foi recuperada da coluna com ácido acético a 1,0 M, dialisada em água destilada e, posteriormente, seca em liofilizador. Foram determinadas a concentração proteica (2,5 mg/mL) e a atividade hemaglutinante específica (12,8 título-1/mg/mL). Ensaios para a avaliação de toxicidade aguda (200 mg/kg; n = 3 animais) e em doses repetidas (10,0 e 1,0 mg/kg/dia; n = 10 animais) da lectina foram realizados e os animais foram avaliados quanto a parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos. MuLL não desencadeou mudanças comportamentais e não foi agente antinutricional. Não foram observadas alterações hematológicas e bioquímicas. Apenas os animais tratados com doses repetidas da lectina apresentaram alterações histológicas, incluindo a presença de infiltrados inflamatórios e obstrução/congestão tubular. MuLL apresentou atividade antitumoral desde que o peso do tumor dos animais do grupo tratado foi menor do que aquele do grupo não tratado (controle). O estudo revelou que a administração de MuLL na dose única de 200 mg/kg não foi tóxica, mas  a lectina promoveu alterações histológicas quando administrada em doses repetidas.



  • Mostrar Abstract
  • O câncer corresponde ao crescimento celular desordenado que pode resultar na invasão de tecidos ou órgãos adjacentes. A busca por novos agentes terapêuticos é intensa devido aos altos índices de rejeição aos tratamentos convencionais. As plantas contêm proteínas bioativas, como as lectinas, que se ligam de forma específica e reversível a carboidratos e glicoconjugados. Estudos anteriores desenvolvidos por nosso grupo de pesquisa, relataram que as lectinas são promissoras no combate ao sarcoma 180. A Myracrodruon urundeuva apresenta diversas atividades biológicas como anti-inflamatória, neuroprotetora e citotóxica para células cancerígenas. Uma lectina bioativa foi isolada das folhas de M. urundeuva e denominada MuLL. Este estudo determinou a toxicidade aguda e em doses repetidas da MuLL, bem como sua atividade frente ao sarcoma 180. Farinha das folhas de M. urundeuva (10 g) foi suspensa em NaCl 0,15 M (100 mL) e após extração sob agitação, filtração e centrifugação (3.000 × g,15 min), o sobrenadante coletado correspondeu ao extrato. A fração 60-80 obtida após o tratamento do extrato com sulfato de amônio (60-80% de saturação) foi cromatografada em coluna de quitina. MuLL foi recuperada da coluna com ácido acético a 1,0 M, dialisada em água destilada e, posteriormente, seca em liofilizador. Foram determinadas a concentração proteica (2,5 mg/mL) e a atividade hemaglutinante específica (12,8 título-1/mg/mL). Ensaios para a avaliação de toxicidade aguda (200 mg/kg; n = 3 animais) e em doses repetidas (10,0 e 1,0 mg/kg/dia; n = 10 animais) da lectina foram realizados e os animais foram avaliados quanto a parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos. MuLL não desencadeou mudanças comportamentais e não foi agente antinutricional. Não foram observadas alterações hematológicas e bioquímicas. Apenas os animais tratados com doses repetidas da lectina apresentaram alterações histológicas, incluindo a presença de infiltrados inflamatórios e obstrução/congestão tubular. MuLL apresentou atividade antitumoral desde que o peso do tumor dos animais do grupo tratado foi menor do que aquele do grupo não tratado (controle). O estudo revelou que a administração de MuLL na dose única de 200 mg/kg não foi tóxica, mas  a lectina promoveu alterações histológicas quando administrada em doses repetidas.


6
  • VANESSA SOUSA DA COSTA
  • ANÁLISE DO POTENCIAL DA MICROALGA Tetradesmus obliquus (Turpin) M. J. Wynne NA BIORREMOÇÃO DO FUNGICIDA TIOFANATO-METÍLICO

  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LIVIA SENO FERREIRA CARMAGO
  • Data: 08/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A utilização intensiva de pesticidas vem gerando impactos ambientais e toxicidade em organismo não alvos. O tiofanato-metílico é um fungicida sistêmico de amplo espectro, cujos resíduos podem ser encontrados no solo, na água e em produtos agrícolas, representando ameaças aos ecossistemas e à saúde humana. Portanto, a contaminação por tiofanato-metílico requer o desenvolvimento de alternativas para reduzir/remover contaminantes ambientais. O presente estudo visou avaliar a eficiência da microalga Tetrademus obliquus na biorremoção do fungicida tiofanato-metílico e na redução da toxicidade mediante o sistema-teste Allium cepa L. O experimento de biorremediação consistiu em cinco tratamentos acompanhados por 12 dias, visando investigar as possíveis vias de remoção do tiofanato-metílico: (1) meio de cultura + T. obliquus; (2) meio + T. obliquus + tiofanato-metílico; (3) meio + T. obliquus inativada + tiofanato-metílico; (4) meio + tiofanato-metílico (claro); (5) meio + tiofanato-metílico (escuro). O tiofanato-metílico foi utilizado na concentração inicial de 240 µg/L e T. obliquus na concentração inicial de 100 mg/L. A microalga conseguiu se adaptar e crescer mesmo na presença do tiofanato-metílico, com valores de 629,02 mg/L, na ausência do fungicida, e de 566,85 mg/L na sua presença. Em relação ao processo de remoção do tiofanato-metílico, após um dia de experimento, constatou-se uma remoção de 85,41% no tratamento com a microalga ativa; 50,41% com microalga inativa e 17,08% e 20,00%, nos tratamentos sem a presença da microalga, em condições de claro e escuro respectivamente. Após 12 dias, o tiofanato-metílico foi removido de todos os tratamentos analisados. Contudo, ao final do experimento foi observada a presença do subproduto carbendazim variando de 55 µg/L, no tratamento com a microalga ativa, a 120 e 125 µg/L, na ausência da microalga no escuro e no claro, respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que a biodegradação parece ter sido um dos mecanismos usados por T. obliquus na remoção do tiofanato-metílico. Adicionalmente, a biossorção parece ter contribuído, considerando que o tratamento com biomassa inativa foi segundo maior na remoção do carbendazim (78 µg/L). Por outro lado, a fotodegradação parece não ter influenciado na remoção do fungicida em questão, ao comparar os valores do carbendazim na ausência de microalgas no claro e no escuro (120 e 125 µg/L, respectivamente). Em seguida, o sistema-teste Allium cepa foi utilizado para avaliar a toxicidade, a citotoxicidade e a genotoxicidade do subproduto carbendazim nas concentrações 55 e 125 µg/L. As referidas concentrações foram encontradas ao final do experimento nos tratamentos com a microalga ativa e na ausência da microalga no claro, respectivamente. Ambas as concentrações apresentaram ausência de toxicidade e citotoxicidade. Por outro lado, a concentração 125 µg/L resultante do tratamento sem a presença da microalga, mostrou efeito genotóxico apenas para as células meristemáticas de A. cepa. Os dados obtidos demonstram que a microalga T. obliquus foi eficiente para remoção do fungicida tiofanato-metílico e para eliminação da genotoxicidade do subproduto carbendazim, apresentando potencial biorremediador promissor para tratamentos de locais contaminados com o referido fungicida.



  • Mostrar Abstract
  • A utilização intensiva de pesticidas vem gerando impactos ambientais e toxicidade em organismo não alvos. O tiofanato-metílico é um fungicida sistêmico de amplo espectro, cujos resíduos podem ser encontrados no solo, na água e em produtos agrícolas, representando ameaças aos ecossistemas e à saúde humana. Portanto, a contaminação por tiofanato-metílico requer o desenvolvimento de alternativas para reduzir/remover contaminantes ambientais. O presente estudo visou avaliar a eficiência da microalga Tetrademus obliquus na biorremoção do fungicida tiofanato-metílico e na redução da toxicidade mediante o sistema-teste Allium cepa L. O experimento de biorremediação consistiu em cinco tratamentos acompanhados por 12 dias, visando investigar as possíveis vias de remoção do tiofanato-metílico: (1) meio de cultura + T. obliquus; (2) meio + T. obliquus + tiofanato-metílico; (3) meio + T. obliquus inativada + tiofanato-metílico; (4) meio + tiofanato-metílico (claro); (5) meio + tiofanato-metílico (escuro). O tiofanato-metílico foi utilizado na concentração inicial de 240 µg/L e T. obliquus na concentração inicial de 100 mg/L. A microalga conseguiu se adaptar e crescer mesmo na presença do tiofanato-metílico, com valores de 629,02 mg/L, na ausência do fungicida, e de 566,85 mg/L na sua presença. Em relação ao processo de remoção do tiofanato-metílico, após um dia de experimento, constatou-se uma remoção de 85,41% no tratamento com a microalga ativa; 50,41% com microalga inativa e 17,08% e 20,00%, nos tratamentos sem a presença da microalga, em condições de claro e escuro respectivamente. Após 12 dias, o tiofanato-metílico foi removido de todos os tratamentos analisados. Contudo, ao final do experimento foi observada a presença do subproduto carbendazim variando de 55 µg/L, no tratamento com a microalga ativa, a 120 e 125 µg/L, na ausência da microalga no escuro e no claro, respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que a biodegradação parece ter sido um dos mecanismos usados por T. obliquus na remoção do tiofanato-metílico. Adicionalmente, a biossorção parece ter contribuído, considerando que o tratamento com biomassa inativa foi segundo maior na remoção do carbendazim (78 µg/L). Por outro lado, a fotodegradação parece não ter influenciado na remoção do fungicida em questão, ao comparar os valores do carbendazim na ausência de microalgas no claro e no escuro (120 e 125 µg/L, respectivamente). Em seguida, o sistema-teste Allium cepa foi utilizado para avaliar a toxicidade, a citotoxicidade e a genotoxicidade do subproduto carbendazim nas concentrações 55 e 125 µg/L. As referidas concentrações foram encontradas ao final do experimento nos tratamentos com a microalga ativa e na ausência da microalga no claro, respectivamente. Ambas as concentrações apresentaram ausência de toxicidade e citotoxicidade. Por outro lado, a concentração 125 µg/L resultante do tratamento sem a presença da microalga, mostrou efeito genotóxico apenas para as células meristemáticas de A. cepa. Os dados obtidos demonstram que a microalga T. obliquus foi eficiente para remoção do fungicida tiofanato-metílico e para eliminação da genotoxicidade do subproduto carbendazim, apresentando potencial biorremediador promissor para tratamentos de locais contaminados com o referido fungicida.


7
  • LIVIA VICENTE DE OLIVEIRA
  • Caracterização e avaliação das atividades antioxidante e anticâncer do extrato etanólico e frações de Jatropha mutabilis (Pohl) Baill

  • Orientador : JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERWELLY BARROS DE OLIVEIRA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • Data: 26/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O câncer representa um dos desafios críticos para a saúde mundial, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. Nesse contexto, a vasta gama de compostos químicos encontrados na natureza oferece uma fonte rica de agentes potencialmente anticancerígenos, muitos dos quais têm demonstrado menor toxicidade em comparação com medicamentos sintéticos. Na Caatinga, a Jatropha mutabilis, conhecida como pinhão-de-seda, destaca-se como uma planta endêmica cujo perfil químico e propriedades biológicas foram pouco estudados. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o extrato etanólico e as frações derivadas do caule de Jatropha mutabilis (Pohl) Baill, além de avaliar suas atividades anticancerígena, antioxidante e antimicrobiana. Para isso, foi coletado o caule de J. mutabilis e preparado o extrato etanólico através de maceração exaustiva. Além disso, foram obtidas frações, separadas através de partição utilizando diferentes solventes. A análise fitoquímica foi conduzida por técnicas cromatográficas, como os métodos em camada delgada (CCD) e líquida de alta eficiência (CLAE). O potencial antioxidante foi avaliado através do sequestro de radicais como o ABTS e o DPPH, enquanto a citotoxicidade foi investigada em células tumorais (HeLa, HL-60, HT-29 e MCF-7) e não tumorais (Raw 264.7 e Vero CCL-81) pelo método do MTT. A atividade hemolítica foi analisada para determinar o potencial de toxicidade para eritrócitos humanos. A verificação do tipo de morte celular foi realizada por citometria de fluxo, utilizando a dupla marcação com anexina V e iodeto de propídeo. Para a atividade antibacteriana, foram testadas cepas de S. aureus, E. faecalis, E. coli e P. aeruginosa. A triagem fitoquímica por CCD evidenciou a presença de derivados cinâmicos, cumarinas, flavonoides, esteroides, terpenos e taninos. Esses resultados foram confirmados pelos perfis cromatográficos, os quais apontaram a presença de flavonoides, taninos condensados e taninos hidrolisáveis. No ensaio do DPPH, a fração metanol-água (FMA) demonstrou a menor IC50 (concentração inibitória para reduzir em 50% do radical), registrando 24,49 µg/mL, valor inferior ao do ácido ascórbico utilizado como padrão. Da mesma forma, a FMA também apresentou a menor concentração para o método do ABTS, com 378,31 µg/mL. Dentre as amostras testadas, as frações hexânica (FH) e diclorometano (FDCM) demonstraram alta citotoxicidade para as células HeLa e HL-60, com valores de CI50 (concentração inibitória média) variando entre 13,44 e 31,85 µg/mL. Notavelmente, a FDCM apresentou a menor CI50, mesmo em um período de exposição menor frente a linhagem HL-60. Além disso, FDCM foi capaz de induzir apoptose na linhagem HL-60, evidenciado pelo aumento das células  em apoptose ou apoptose tardia, identificadas por citometria, corroborando com os achados morfológicos atípicos observados na linhagem HL-60. Adicionalmente, as frações acetato de etila e diclorometano exibiram atividade antimicrobiana moderada frente a S. aureus. Os dados obtidos revelaram que os produtos derivados do caule de J. mutabilis exibiram propriedades antioxidantes e anticancerígenas, ressaltando seu potencial como fonte de novos compostos bioativos.



  • Mostrar Abstract
  • O câncer representa um dos desafios críticos para a saúde mundial, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. Nesse contexto, a vasta gama de compostos químicos encontrados na natureza oferece uma fonte rica de agentes potencialmente anticancerígenos, muitos dos quais têm demonstrado menor toxicidade em comparação com medicamentos sintéticos. Na Caatinga, a Jatropha mutabilis, conhecida como pinhão-de-seda, destaca-se como uma planta endêmica cujo perfil químico e propriedades biológicas foram pouco estudados. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o extrato etanólico e as frações derivadas do caule de Jatropha mutabilis (Pohl) Baill, além de avaliar suas atividades anticancerígena, antioxidante e antimicrobiana. Para isso, foi coletado o caule de J. mutabilis e preparado o extrato etanólico através de maceração exaustiva. Além disso, foram obtidas frações, separadas através de partição utilizando diferentes solventes. A análise fitoquímica foi conduzida por técnicas cromatográficas, como os métodos em camada delgada (CCD) e líquida de alta eficiência (CLAE). O potencial antioxidante foi avaliado através do sequestro de radicais como o ABTS e o DPPH, enquanto a citotoxicidade foi investigada em células tumorais (HeLa, HL-60, HT-29 e MCF-7) e não tumorais (Raw 264.7 e Vero CCL-81) pelo método do MTT. A atividade hemolítica foi analisada para determinar o potencial de toxicidade para eritrócitos humanos. A verificação do tipo de morte celular foi realizada por citometria de fluxo, utilizando a dupla marcação com anexina V e iodeto de propídeo. Para a atividade antibacteriana, foram testadas cepas de S. aureus, E. faecalis, E. coli e P. aeruginosa. A triagem fitoquímica por CCD evidenciou a presença de derivados cinâmicos, cumarinas, flavonoides, esteroides, terpenos e taninos. Esses resultados foram confirmados pelos perfis cromatográficos, os quais apontaram a presença de flavonoides, taninos condensados e taninos hidrolisáveis. No ensaio do DPPH, a fração metanol-água (FMA) demonstrou a menor IC50 (concentração inibitória para reduzir em 50% do radical), registrando 24,49 µg/mL, valor inferior ao do ácido ascórbico utilizado como padrão. Da mesma forma, a FMA também apresentou a menor concentração para o método do ABTS, com 378,31 µg/mL. Dentre as amostras testadas, as frações hexânica (FH) e diclorometano (FDCM) demonstraram alta citotoxicidade para as células HeLa e HL-60, com valores de CI50 (concentração inibitória média) variando entre 13,44 e 31,85 µg/mL. Notavelmente, a FDCM apresentou a menor CI50, mesmo em um período de exposição menor frente a linhagem HL-60. Além disso, FDCM foi capaz de induzir apoptose na linhagem HL-60, evidenciado pelo aumento das células  em apoptose ou apoptose tardia, identificadas por citometria, corroborando com os achados morfológicos atípicos observados na linhagem HL-60. Adicionalmente, as frações acetato de etila e diclorometano exibiram atividade antimicrobiana moderada frente a S. aureus. Os dados obtidos revelaram que os produtos derivados do caule de J. mutabilis exibiram propriedades antioxidantes e anticancerígenas, ressaltando seu potencial como fonte de novos compostos bioativos.


8
  • CAMILLA EMANUELLA BORBA PEREIRA
  • Desenvolvimento de nanofertilizantes baseados em quitosana e macronutrientes para aplicação em Eruca sativa L.

  • Orientador : VALESCA PANDOLFI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • VALESCA PANDOLFI
  • Data: 15/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • O uso excessivo de fertilizantes na agricultura pode resultar em diversos impactos ambientais, incluindo eutrofização do solo, compactação e emissão de gases de efeito estufa. Uma estratégia bastante promissora é o desenvolvimento de nanofertilizantes (NFs) biodegradáveis na otimização da entrega de nutrientes às plantas e, portanto, minimizar os riscos ambientais. Este estudo teve como objetivo sintetizar e caracterizar nanofertilizantes à base de quitosana para entrega de macronutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) às plantas, utilizando como modelo a rúcula (Eruca sativa L.). Nanopartículas de quitosana foram sintetizadas usando o método de gelificação ionotrópica, e sua caracterização foi realizada utilizando várias técnicas analíticas. Para determinar a formulação mais eficaz, foram examinadas várias concentrações de nutrientes nos nanofertilizantes (NF1, NF2, NF3 e NF4), sendo NF1 a formulação com maior teor de NPK e NF4, a menor. Análises de Espalhamento Dinâmico de Luz revelaram diâmetros hidrodinâmicos adequados de nanopartículas de quitosana, enquanto o Potencial Zeta mostrou variações nas cargas dos diferentes tratamentos. A Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e a Análise Termogravimétrica (TGA) forneceram informações sobre grupos funcionais e estabilidade térmica dos nanofertilizantes, respectivamente. Os resultados do FTIR elucidaram os grupos funcionais da quitosana e indicaram a ligação entre quitosana e o tripolifosfato de sódio (TPP). Os termogramas indicaram que os nanofertilizantes apresentaram maior estabilidade térmica em comparação com a quitosana pura e nanopartículas de quitosana. A estrutura das nanopartículas foi investigada por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), revelando tamanhos distintos, variando de 6 nm a 1,2 µm. Essas variações foram atribuídas ao processo de síntese e concentração de quitosana/TPP. Mapas espectrais de Espectroscopia de Raios-X por Dispersão de Energia (EDS) revelaram distinções entre os tratamentos de nanofertilizantes e nanopartículas de quitosana não carregadas. Para avaliar o impacto dos nanofertilizantes no crescimento das plantas, foram analisados parâmetros fisiológicos como altura, número de folhas e teor de clorofila ao longo dos tratamentos. O conteúdo de NPK foi quantificado pelo método Kjeldahl e ICP-OES. Além disso, amostras das folhas foram examinadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para investigar possíveis diferenças na estrutura da superfície. Os nanofertilizantes demonstraram desempenho satisfatório em comparação com fertilizante químico (CF). A taxa de crescimento das plantas tratadas com fertilizante químico foi notavelmente menor em comparação com as tratadas com nanofertilizantes, diferença que foi particularmente evidente no tratamento NF1, o qual foi 92% superior ao CF. O número médio de folhas (fase final do tratamento) desenvolvidas em plantas tratadas com NFs foi de 8 folhas/ planta, sendo que as plantas tratadas com CF apresentaram cerca de 6 folhas. Todos os níveis de NFs promoveram aumentos significativos no conteúdo de clorofila, com uma faixa de 8 a 29% superior ao CF.  Em relação à absorção de NPK, plantas tratadas com NFs mostraram resultados muito semelhantes às tratadas com CF. No entanto, CF apresentou conteúdo superior de N e K. A análise de fósforo revelou que tanto NF1 quanto CF apresentaram resultados inferiores em comparação com os tratamentos de NF2, NF3 e NF4. As nanopartículas de quitosana se destacaram como o tratamento mais eficaz em relação ao teor de fósforo nas plantas, registrando aproximadamente 30 mg/L de P. O estudo destaca a importância da aplicação equilibrada de NPK e sugere que as plantas não necessitam de quantidades excessivas de nutrientes para o seu desenvolvimento.



  • Mostrar Abstract
  • O uso excessivo de fertilizantes na agricultura pode resultar em diversos impactos ambientais, incluindo eutrofização do solo, compactação e emissão de gases de efeito estufa. Uma estratégia bastante promissora é o desenvolvimento de nanofertilizantes (NFs) biodegradáveis na otimização da entrega de nutrientes às plantas e, portanto, minimizar os riscos ambientais. Este estudo teve como objetivo sintetizar e caracterizar nanofertilizantes à base de quitosana para entrega de macronutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) às plantas, utilizando como modelo a rúcula (Eruca sativa L.). Nanopartículas de quitosana foram sintetizadas usando o método de gelificação ionotrópica, e sua caracterização foi realizada utilizando várias técnicas analíticas. Para determinar a formulação mais eficaz, foram examinadas várias concentrações de nutrientes nos nanofertilizantes (NF1, NF2, NF3 e NF4), sendo NF1 a formulação com maior teor de NPK e NF4, a menor. Análises de Espalhamento Dinâmico de Luz revelaram diâmetros hidrodinâmicos adequados de nanopartículas de quitosana, enquanto o Potencial Zeta mostrou variações nas cargas dos diferentes tratamentos. A Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e a Análise Termogravimétrica (TGA) forneceram informações sobre grupos funcionais e estabilidade térmica dos nanofertilizantes, respectivamente. Os resultados do FTIR elucidaram os grupos funcionais da quitosana e indicaram a ligação entre quitosana e o tripolifosfato de sódio (TPP). Os termogramas indicaram que os nanofertilizantes apresentaram maior estabilidade térmica em comparação com a quitosana pura e nanopartículas de quitosana. A estrutura das nanopartículas foi investigada por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), revelando tamanhos distintos, variando de 6 nm a 1,2 µm. Essas variações foram atribuídas ao processo de síntese e concentração de quitosana/TPP. Mapas espectrais de Espectroscopia de Raios-X por Dispersão de Energia (EDS) revelaram distinções entre os tratamentos de nanofertilizantes e nanopartículas de quitosana não carregadas. Para avaliar o impacto dos nanofertilizantes no crescimento das plantas, foram analisados parâmetros fisiológicos como altura, número de folhas e teor de clorofila ao longo dos tratamentos. O conteúdo de NPK foi quantificado pelo método Kjeldahl e ICP-OES. Além disso, amostras das folhas foram examinadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para investigar possíveis diferenças na estrutura da superfície. Os nanofertilizantes demonstraram desempenho satisfatório em comparação com fertilizante químico (CF). A taxa de crescimento das plantas tratadas com fertilizante químico foi notavelmente menor em comparação com as tratadas com nanofertilizantes, diferença que foi particularmente evidente no tratamento NF1, o qual foi 92% superior ao CF. O número médio de folhas (fase final do tratamento) desenvolvidas em plantas tratadas com NFs foi de 8 folhas/ planta, sendo que as plantas tratadas com CF apresentaram cerca de 6 folhas. Todos os níveis de NFs promoveram aumentos significativos no conteúdo de clorofila, com uma faixa de 8 a 29% superior ao CF.  Em relação à absorção de NPK, plantas tratadas com NFs mostraram resultados muito semelhantes às tratadas com CF. No entanto, CF apresentou conteúdo superior de N e K. A análise de fósforo revelou que tanto NF1 quanto CF apresentaram resultados inferiores em comparação com os tratamentos de NF2, NF3 e NF4. As nanopartículas de quitosana se destacaram como o tratamento mais eficaz em relação ao teor de fósforo nas plantas, registrando aproximadamente 30 mg/L de P. O estudo destaca a importância da aplicação equilibrada de NPK e sugere que as plantas não necessitam de quantidades excessivas de nutrientes para o seu desenvolvimento.


Teses
1
  • MARIA ISABELA FERREIRA DE ARAUJO
  • CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DA MUCILAGEM DO FRUTO DE Cordia africana

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREIA FILIPA FERREIRA SALVADOR
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • Data: 29/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Cordia africana é uma espécie vegetal distribuída em áreas de clima tropical e subtropical, amplamente utilizada na medicina popular como anti-inflamatória, antiparasitária e para aliviar desordens gástricas. A polpa mucilaginosa do fruto é rica em polissacarídeos e polifenóis com características químicas e efeitos biológicos pouco explorados. Diante disso, este estudo teve como objetivo extrair e caracterizar estruturalmente os polissacarídeos e polifénois presentes na mucilagem de C. Africana e avaliar seu potencial biotecnológico como fonte de prebióticos. A mucilagem (MUC) foi obtida por extração aquosa à quente (100 °C por 20 min) e concentrado por precipitação etanólica (1:3 v/v). Espectroscopia de infravermelho, cromatografia por exclusão de tamanho, cromatografia gasosa, HPLC-DAD/ESI-MS e microscopia eletrônica foram empregados para a caracterização da MUC. Além disso, MUC foi avaliada quanto a sua natureza toxicológica in vivo, efeito protetor na colite ulcerativa induzida por dextrano sulfato sódico (DSS) in vivo, efeito prebiótico, atividade antioxidante, bioacessibilidade gastrointestinal e modulação da microbiota intestinal humana in vitro. A extração promoveu um rendimento de 7,2 % de MUC, contendo 192 mg/g de carboidratos, 43,7 mg/g de acido uronico, 61,09 mg GAE/g de polifenois totais e 40,2 mg GAE/g de polifenois conjugados. A MUC apresentou massa molar de 6,53 x 104 g/mol e sua análise FT-IR mostrou bandas de absorção típicas de polissacarídeos (C-O-C e C-C) e polifenóis conjugados com espectros de absorção em torno de 1400 a 1600 cm-1. O perfil polifenólico demonstrou presença de ácido cítrico, ácido seríngico, ácido hidroxibenzóico e acido dihidrocafeico. A MUC se mostrou atóxica na dose de 2000 mg/kg e exerceu um efeito protetor significativo na colite induzida por DSS, aliviando a redução do peso corporal e encurtamento do cólon, além de promover efeitos anti-inflamatórios inibindo enzimas oxidantes. A MUC estimulou o crescimento de estipes de Lactobacillus, Bifidobactérias adolescentes e Akkermansia muciniphila em cultura in vitro, e a fermentação dessa última culminou na produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs). A digestão gastrointestinal da MUC alterou o perfil fenólico da amostra (antes da digestão: 61,09 ± 2,42 mg GAE/g; após a digestão: 26,82 ± 0,36 mg GAE/g), resulatando em uma bioacessibilidade de 43,90 %. A fração não-digerível da MUC submetida a fermentação fecal in vitro produziu AGCCs e promoveu um aumento do gênero Bacteroides. Em conclusão, a mucilagem de C. Africana pode ser uma fonte promissora de prebióticos, exercendo efeitos ao modular positivamente a microbiota intestinal.



  • Mostrar Abstract
  • A Cordia africana é uma espécie vegetal distribuída em áreas de clima tropical e subtropical. Suas cascas e folhas são utilizadas na medicina popular como anti-inflamatória e antiparasitária, e o fruto é tido como excelente antibacteriano e inibidor de apetite. A polpa mucilagenosa do fruto é rica em carboidrato. Apesar da mucilagem ser o grande alvo das pesquisas, a casca, muitas vezes considerada resíduo de processamento, também é rica em carboidratos, cujas atividades biológicas ainda são desconhecidas.  O presente estudo objetivou purificar, caracterizar estruturalmente e avaliar o potencial biotecnológico dos polissacarídeos extraídos da mucilagem e da casca de C. africana. O polissacarídeo solúvel da casca de C. africana (PCCa) foi extraído à quente (80 ºC por 2 h) utilizando solução de ácido cítrico pH 2,0 [1:15 m/v], enquanto o polissacarídeo da mucilagem de C. africana (PMCa) foi extraído à quente (100 °C por 20 min) utilizando água destilada. Ambos PCCa e PMCa foram isolados da solução de extração utilizando soluções concentradas [1:3 e 1:5 (v/v), respectivamente) de etanol absoluto. O PCCa e PMCa foram caracterizados quanto ao conteúdo de carboidratos totais, ácido urônico e proteínas, e a carga elétrica de superfície. A identificação de grupamentos químicos funcionais de ambos os polissacarídeos foi realizada através de espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). O PCCa ainda foi avaliado quanto o seu potencial gastroprotetor em modelos in vivo de úlcera gástrica agudo induzida por etanol e etanol/ácido clorídrico (etanol/HCl). O rendimento de extração de PMCa foi 7,2±0,1 % enquanto o o PCCa foi de 1,1±0,1 %. Apesar de menor um rendimento de extração, PCCa apresentou um conteúdo de carboidratos totais de 86,9±0,01 % e ácidos urônicos 38,1±0,1 %, enquanto o PMCa apresentou 54,9±0,01 % e 12,1±0,01 %, respectivamente. Ambos os polissacarídeos apresentaram carga negativa de superfície de -29,5±0.25 mV (PCCa) e -73,5±8.3 mV (PMCa). A análise por FTIR revelou a presença de estiramentos correspondentes à grupos –COO- (1737 cm-1 e 1600 cm-1) e –OH (3325 cm-1 e 3224 cm-1), assim como estiramentos –COC–, típicos dos anéis de açúcar, na região de 1200 cm-1 e 950 cm-1. O pré-tratamento oral com PCCa (25, 50 e 100 mg/kg) apresentou efeito gastroprotetor dose dependente ao apresentar menor área ulcerada (69,19±6,0 %, 79,88±5,9 % e 85,62±4,5 %, respectivamente) comparado ao controle negativo. O PCCa (25, 50 e 100 mg/kg) também apresentou efeito gastroprotetor protegento a mucosa contra as lesões induzidas pelo etanol/HCl (67,37±3,3 %, 77,22±4.2 % e 78,79±3,2 %, respectivamente), quando comparado ao grupo controle. Ainda que preliminares, os resultados obtidos até o momento, permitiram a caracterização parcial de dois polissacarídeos que foram extraídos do fruto de C. afrinaca, e que pela suas composições química e características estruturais, apresentam potencial biotecnologico promissor na área da saúde para o tratamento de úlceras gástricas, que devem ser melhores investigados.


2
  • ISABELLA COIMBRA VILA NOVA
  • AVALIAÇÃO DE COMPONENTES DE FLORES DE Moringa oleifera QUANTO À ATIVIDADE ANTIPARASITÁRIA CONTRA Trypanosoma cruzi E Leishmania spp. E À AÇÃO IMUNOMODULADORA EM CÉLULAS INFECTADAS

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • SUÉLLEN PEDROSA DA SILVA
  • Data: 22/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, ocorre principalmente na América Latina e é potencialmente letal. Estima-se que 6 a 7 milhões de indivíduos estejam infectados por T. cruzi em todo o mundo. Por sua vez, a leishmaniose é uma doença infecciosa causada por mais de 20 espécies de protozoários do gênero Leishmania. Cerca de 1 milhão de novos casos ocorrem anualmente, com 26.000 a 65.000 mortes. A busca por novos antiparasitários mais seletivos e que causem menos efeitos adversos é urgente. Este trabalho avaliou o inibidor de tripsina (MoFTI) e frações ricas em metabólitos secundários obtidas de flores de Moringa oleifera quanto ao potencial antiparasitário contra T. cruzi, Leishmaniabraziliensis e Leishmaniainfantum, bem como quanto ao efeito imunomodulador sobre células mononucleares de sangue periférico humanas (PBMCs) infectadas pelos parasitas. Flores frescas foram homogeneizadas com água destilada para obtenção do extrato aquoso (EA), a partir do qual MoFTI foi isolado por cromatografia de afinidade em coluna Tripsina-Agarose. Já as frações ricas em metabólitos (F1 a F4) foram obtidas a partir de EA por extração em fase sólida SPE-C18, utilizando soluções com diferentes polaridades. Análise por HPLC revelou a presença de flavonoides apenas em F3 e F4. Dessa forma, MoFTI, F3 e F4 foram avaliados quanto ao efeito na sobrevivência de tripomastigotas de T. cruzi, acarretando lise com CL50 (concentração letal para 50% dos parasitas) de 43,5, 358,38 e 248,73 µg/mL, respectivamente.  Não foi detectada citotoxicidade para PBMCs de MoFTI (CC50 >500 µg/mL), F3 e F4 (CC50 > 2000 µg/mL), sendo obtidos, respectivamente, índices de seletividade (IS) de >11,48, >5,58 e >8,04 para tripomastigotas de T. cruzi. PBMCs infectadas por T. cruzi tratadas com MoFTI (43,5 ou 87,0 µg/mL), F3 (358 ou 716 µg/mL) e F4 (248 ou 497 µg/mL) mostraram secreção aumentada das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IFN-γ. Adicionalmente, houve estímulo da liberação de IL-10 por células tratadas com MoFTI, de IL-17 por células tratadas com F3 ou F4, e de IL-2 por células tratadas com F4. Ação leishmanicida foi detectada para promastigotas de L. braziliensis com CL50 de 138,82 (IS= >3,60), 177,77 (IS= > 11,25) e 175,75 µg/mL (IS= >11,37) para MoFTI, F3 e F4, respectivamente. Para promastigotas de L. infantum, MoFTI e F3 apresentaram ação leishmanicida com CL50 de 268,6 µg/mL (IS>1,86) e 1347,61 µg/mL (>1,48), respectivamente, enquanto F4 (2000 µg/mL) não afetou a sobrevivência dos parasitas. PBMCs infectadas por L. brasiliensis tratadas com MoFTI (138,82 µg/mL) apresentaram aumento na liberação de IFN-γ, enquanto F3 (177,77 µg/mL) e F4 (175,75 µg/mL) não alteraram os níveis de liberação das citocinas. Os dados revelados neste trabalho apontam MoFTI, F3 e F4 como agentes antiparasitários contra T. cruzi, L. braziliensis e L. infantum com baixa toxicidade para células humanas, bem como potencial imunomodulador sobre a infecção de PBMCs por T. cruzi e por L. braziliensis.

     



  • Mostrar Abstract
  • As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são enfermidades cuja ocorrência reflete o quadro de desigualdade social nos países, destacando-se a doença de Chagas e a leishmaniose. Anualmente, os gastos com prevenção e tratamento das DTNs custam bilhões de dólares aos países em desenvolvimento. A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, ocorre principalmente na América Latina e é potencialmente letal. Estima-se que o número de infectados por T. cruzi seja 6 a 7 milhões em todo o mundo. A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por mais de 20 espécies de protozoários do gênero Leishmania. Cerca de 1 milhão de novos casos ocorrem anualmente com 26.000 a 65.000 mortes. A busca de novos fármacos para compor o tratamento da doença de Chagas e da leishmaniose que sejam mais seletivos para os parasitas e causem menos efeitos adversos é urgente. Moringa oleifera é uma planta pantropical cujas flores contém um inibidor de tripsina proteico (MoFTI, do inglês M. oleífera flower trypsin inhibitor) e metabólitos secundários, incluindo flavonoides. O objetivo deste trabalho é avaliar MoFTI e frações ricas em metabólitos secundários (FRMS) quanto ao potencial antiparasitário contra T. cruzi e Leishmaniabraziliensis, bem como seu efeito imunomodulador sobre células mononucleares de sangue periférico humanas (PBMCs) infectadas. Flores frescas foram homogeneizadas com água destilada para obtenção do extrato, a partir do qual MoFTI foi isolado por cromatografia de afinidade em coluna Tripsina-Agarose. FRMS foram obtidas a partir do extrato de flores por extração em fase sólida SPE- C18, utilizando soluções de diferentes polaridades para obtenção das frações F1 a F4, sendo a última a menos polar. Análise das FRMS por HPLC revelou a presença de flavonoides apenas em F3 e F4. Em seguida, MoFTI, F3 e F4 foram avaliados quanto ao efeito na sobrevivência de tripomastigotas de T. cruzi e promastigotas de L. braziliensis. F3 e F4 causaram lise de tripomastigotas com valores de CL50 (Concentração letal para 50% dos parasitas) de 358,38 e 248,73 µg/mL respectivamente. As preparações de flores de M. oleifera apresentaram ação leishmanicida para promastigotas e os valores de CL50 foram 138,82, 177,77 e 175,75 µg/mL para MoFTI, F3 e F4, respectivamente. A citotoxicidade para PBMCs foi determinada como parâmetro para estimar a seletividade das preparações para os parasitas em relação a células de potenciais hospedeiros. F3 e F4 não interferiram na viabilidade de PBMCs até a concentração de 2000 µg/mL. Com base nesse resultado, os índices de seletividade (IS) para tripomastigotas de T. cruzi foram > 5,58 e > 8,04 para F3 e F4, respectivamente. Para promastigotas de L. brasiliensis,F3 e F4 mostraram IS> 11,25 e > 11,37, respectivamente. Em conclusão, os dados revelados neste trabalho apontam MoFTI, F3 e F4 como biomateriais com ação antiparasitária contra T. cruzi e L. braziliensis com baixa ou nenhuma toxicidade para células humanas. A avaliação do potencial imunomodulador das preparações sobre PBMCs infectadas por T. cruzi ou L. brasiliensis está em andamento.


     


3
  • MILENA MAIA DANTAS DOS SANTOS
  • POTENCIAL NUTRICIONAL E SUSTENTABILIDADE DO LICURI NA CAATINGA: CONHECENDO SEUS SUBPRODUTOS PARA DESENVOLVIMENTO E SEGURANÇA ALIMENTAR

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HAYANNA ADLLEY SANTOS DE ARRUDA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • NATALIA CARVALHO MONTENEGRO DE VASCONCELOS
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 22/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro, é reconhecida por sua riqueza em plantas adaptadas às condições climáticas únicas da região. Além de desempenharem papéis essenciais na economia regional e na medicina tradicional das comunidades locais, as plantas caatingueiras têm despertado interesse na pesquisa científica por seu potencial biológico. Embora a medicina popular baseada no uso de partes das plantas para tratar diversas condições de saúde seja uma tradição enraizada, a conscientização sobre esses recursos naturais e seu potencial terapêutico ainda é limitada. Uma revisão sistemática sobre 26 espécies endêmicas da Caatinga revelou um foco predominante em estudos sobre atividades antioxidantes e imunomoduladoras, relacionadas à saúde humana. Esses estudos refletem a crescente preocupação com o acúmulo de espécies reativas de oxigênio (ROS) e seu impacto em doenças imunológicas. Paralelamente, a preocupação com o desperdício de alimentos tem impulsionado a busca por soluções inovadoras, como o aproveitamento da torta de licuri na produção de alimentos, como pães. A substituição parcial da farinha de trigo pela farinha da torta de licuri mostrou-se viável em termos nutricionais e sensoriais, além de contribuir para a redução do desperdício e promover a economia local. As análises microbiológicas e sensoriais destacaram a segurança e aceitabilidade dessas formulações, enquanto as análises físico-químicas ressaltaram seu teor rico em fibras e em nutrientes essenciais. O perfil de aminoácidos encontrado na farinha de licuri reforça seu valor nutricional. Esses estudos corroboram o potencial biotecnológico da Caatinga e da torta de licuri, não apenas para a saúde, mas também para a economia e o combate ao desperdício de alimentos, demonstrando a importância de explorar e valorizar os recursos naturais de forma sustentável.



  • Mostrar Abstract
  • A espécie Syagrus coronata (família Arecaceae), amplamente encontrada na Caatinga, recebe esse nome devido a forma em que são dispostas suas folhas, em forma de coroa. Essa espécie vem sendo utilizada como ração animal, biocombustível e na alimentação humana. Sobre a utilização como alimento, o licuri possui grande potencial devido suas características nutricionais, sensoriais e funcionais. Dentre os aspectos se pode destacar o elevado teor de lipídeos e perfil de ácidos graxos, melhora dos atributos sensoriais e os efeitos antimicrobiano e antioxidante devido aos seus compostos bioativos. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos sensoriais e intenção de compra de produtos vegetarianos utilizando o licuri (Syagrus coronata). Para isso, serão desenvolvidas formulações de pão e manteiga vegetariana com a finalidade de avaliar a influência da utilização do licuri e seus subprodutos sobre os atributos sensoriais (aroma, cor, textura, sabor e avaliação global) e sobre a intenção de compra. Espera-se com esse trabalho que o licuri possa ser incluído na alimentação humana.

4
  • IAGO DILLION LIMA CAVALCANTI
  • NANOPARTÍCULAS DE PIBCA REVESTIDAS COM POLISSACARÍDEOS CONTENDO ONCOCALIXONA A: ATIVIDADE FRENTE A CÉLULAS MDA-MB-231, INTERAÇÃO COM ALBUMINA E ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO

  • Orientador : NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • ADRIANA FONTES
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • ELOISA BERBEL MANAIA
  • FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
  • Data: 23/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A oncocalixona (oncoA) é uma quinona isolada principalmente do cerne do caule da Cordia oncocalyx que apresenta propriedades terapêuticas, como atividades citotóxicas, antioxidantes, antiplaquetária, analgésica e anti-inflamatória, porém apresenta efeitos toxicológicos a nível renal, pulmonar e cardíaco. Buscando aprimorar a estabilidade de moléculas em meio biológico e reduzir sua toxicidade, a encapsulação de fármacos em nanocarreadores tem sido cada vez mais frequente, possibilitando a liberação controlada do fármaco, com seu direcionamento a sítios-alvo, aumentando a sua atividade terapêutico e consequentemente reduzindo a sua toxicidade. Apesar dos benefícios, entender o comportamento dos nanossistema no organismo permite assegurar que o nanocarreador irá permanecer por tempo apropriado para liberação controlada do fármaco, melhorando seu perfil farmacocinético, sem ativar o sistema complemento. Com isso, este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento biológico das nanopartículas de PIBCA revestidas com fucana contendo oncoA (oncoA-NP-Fuc) encapsulada. Para isso, avaliamos a atividade citotóxica, inibição da migração celular e captura celular das nanopartículas frente a células MDA-MB-231, como também foi avaliado a toxicidade in vitro frente a macrófagos J774A.1. Avaliamos também o perfil de interação das nanopartículas de fucana (NP-Fuc) com a albumina, assim como investigamos a autofluorescência da oncoA. Além disso, avaliamos a ativação do sistema complemento de nanopartículas de PIBCA obtidas por técnica de polimerização por emulsão aniônica (AEP) e polimerização por emulsão em radicais redox (RREP) revestidas com diferentes polissacarídeos (fucana, quitosana e levana). Como resultados, observamos que as NP-fuc e oncoA-NP-Fuc apresentaram tamanhos de 316 ± 1.33 nm e 305 ± 6.49 nm respectivamente, com ambas as nanoparticulas com carga negativa (-38.50 ± 1.95 mV e -38.90 ± 2.00 mV respectivamente). As nanopartículas apresentaram atividade antiproliferativa contra células MDA-MB-231, sendo capturas pelas células cancerígenas nos primeiros 15 minutos após exposição, e inibindo a migração celular, destacando a atividade da oncoA, assim como também de uma possível atuação sinérgica com a fucana. A oncoA também demonstrou ser uma molécula que apresenta autofluorescência, podendo ser utilizada como um marcador fluorescente em estudos de captura celular. Quanto a interação com a albumina, as NP-Fuc interagem com a albumina através dos grupos sulfatos presentes na fucana com a porção amina e amida da albumina, mostrando que a interação ocorre de forma imediata. Com relação a ativação do sistema complemento, as nanoparticulas contendo fucana e levana na superfície ativam o sistema complemento, enquanto as nanopartículas de quitosana não são fortes ativadoras do sistema complemento. Em que a adsorção da albumina na superfície das nanopartículas reduz a ativação do sistema complemento, provavelmente por inibir a presença de grupos químicos que tem afinidade com as proteínas opsoninas C3 e C3b. Esses dados são importantes, pois podem servir como base para uma futura aplicação clínica dessas nanopartículas.


  • Mostrar Abstract
  • A oncocalixona (oncoA) é uma quinona isolada principalmente do cerne do caule da Cordia oncocalyx que apresenta propriedades terapêuticas, como atividades citotóxicas, antioxidantes, antiplaquetária, analgésica e anti-inflamatória, porém também tem apresentado perfil toxicológico (renal, pulmonar e cardíaco). Buscando aprimorar a estabilidade de moléculas em meio biológico e reduzir sua toxicidade, a encapsulação de fármacos em nanocarreadores tem sido cada vez mais frequente, possibilitando a liberação controlada do fármaco, com seu direcionamento a sítios-alvo, aumentando a sua atividade terapêutico e consequentemente reduzindo a sua toxicidade. O avanço na área de nanotecnologia ganhou destaque recentemente no desenvolvimento de vacinas contendo material genético encapsulado para a prevenção da COVID-19, com eficácia de mais de 90%. Apesar dos benefícios da nanotecnologia farmacêutica, é de fundamental importância garantir a segurança na aplicação desses nanossistemas no organismo, com isso os estudos nanotoxicológicos vem ganhando destaque, além dos estudos que permitam entender o comportamento das nanopartículas após aplicação in vivo. Com isso, este estudo tem como objetivo avaliar a atividade antiproliferativa, os parâmetros farmacocinéticos e a toxicidade da oncoA encapsulada em nanopartículas de PIBCA revestidas com fucana. O estudo de nanotoxicologia em modelos de zebrafish irá definir o perfil de toxicidade, definição de doses da segurança, entendendo qual a janela terapêutica e qual o limite tóxico de concentração das NP-Fuc com resultados robustos que podem ser escalonados para estudos clínicos em humanos. Além disso, a técnica de avaliação da ativação do sistema complemente irá permitir identificar se as nanopartículas conseguem driblar o sistema imunológico permanecendo no organismo por mais tempo, com isso complementando os estudos de interação das nanoparticulas com proteínas, assim como os estudos farmacocinéticos e de biodisponibilidade, possibilitando o entendimento do comportamento biológico após aplicação das nanoparticulas no organismo. Como resultados obtidos até o momento, observamos que as nanoparticulas interagem com a albumina, sendo identificado pelo aumento de tamanho (349,5 ± 4,34 nm para tamanhos maiores que 2000 nm). Além disso, as nanopartículas contendo oncoA apresentaram atividade antiproliferativa frente as células MDA-MB-231, além de inibir a migração celular. A oncoA também apresentou fluorescência intrínseca, podendo ser utilizada como marcador fluorescência em estudos de captura celular. Esses dados são importantes, pois podem servir como base para uma futura aplicação clínica dessas nanopartículas.


5
  • PALOMA MARIA DA SILVA
  • NANOFORMULAÇÕES CONTENDO ÓLEO DE LICURI E SEU POTENCIAL PARA USO COSMÉTICO E TRATAMENTO DA ACNE

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA GRANJA DA SILVA OLIVEIRA
  • FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
  • KARINA PAESE
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 23/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Syagrus coronata, pertencente à família Arecaceae, é conhecido tradicionalmente por licuri, é descrito na literatura como sendo antimicrobiano, tem ação hidratante e antioxidante. Essas atividades se dão pela presença de ácidos graxos em sua constituição química, indicando potencialidade médica para tratamento de doenças e trazendo benefícios para a saúde humana. Os ácidos graxos são os principais componentes dos óleos vegetais e que são aplicados nos setores de consumo humano e que podem ser utilizados em nanoformulações fitocosméticas. A nanotecnologia tem se tornando uma grande aliada nas áreas cientificas porque evidencia o desenvolvimento de novas formulações que potencializam os produtos naturais e conferem benefícios em diversas esferas da atividade humana. Essa tecnologia proporciona a oportunidade de incluir de forma viável compostos naturais em produtos farmacêuticos e cosméticos com base em seu perfil lipídico. Diante do exposto, o objetivo da pesquisa foi desenvolver nanoformulações contendo óleo de Syagrus coronata como suporte para uso cosmético. Para isso, foi necessário obter o óleo de licuri, caracterizá-lo físico-quimicamente, desenvolver as nanoemulsões e nanocápsulas contendo óleo de licuri, caracterizar essas nanoformulações, realizar ensaios in vitro de permeação cutânea, realizar teste de citotoxicidade in vitro em fibroblastos mr-5 e ensaios de crescimento bacteriano das nanoformulações frente as bactérias envolvidas no processo inflamatório da acne. Os resultados obtidos na caracterização química corroboraram na identificação de ácidos graxos como: ácido dodecanoico com 43,06%, ácido tetradecanoico com 14,34%, ácido octadec-9-noico 12,03% e ácido octanoico com 9,46%. As nanoformulações foram compostas com óleo de licuri, ácido láurico, acetona, tween água e Eudragit, componente exclusivo das nanocápsulas. A caracterização das nanoformulações foram expressas por PDI que variaram de 0,160 a 0,089nn, com potencial zeta que variou de -12,2 a 7,8 e pH que variou de 3,6 a 4,5. Na permeação cutânea foi percebido que as nanoformulações atingiram a camadas desde o estrato córneo a derme. E sobre citotoxicidade em fibroblastos as amostras não se mostraram tóxicas. Para os ensaios de crescimento antimicrobiano os MIC variaram entre 500 a 250 ug/mL.



  • Mostrar Abstract
  • As formulações cosméticas têm sido baseadas em ingredientes com especíes
    vegetais desde a antiguidade, e os óleos vegetais mantêm um papel importante na
    indústria cosmética contemporânea. Os meios atuais de tratamento da pele tornaram-se
    mais tecnológicos e mais invasivos; no entanto, os produtos naturais, incluindo os
    fitocosméticos, ainda são relevantes e podem ser altamente eficazes. A pesquisa
    científica continua a corroborar com os usos tradicionais de muitas plantas para
    cuidados com a pele e elucidar os mecanismos bioquímicos de ação para um número
    crescente de fitoquímicos.  Sendo uma alternativa vantajosa para tratamento de doenças
    inflamatória da pele. A acne por exemplo, é uma doença inflamatória crônica da
    unidade pilosebácea que afeta principalmente a região facial, causada especialmente por
    inflamação local de origem bacteriana. Por isso, é necessário um estudo amplo do óleo
    das sementes do Syagrus coronata (licuri) que é um vegetal que apresenta ação
    antimicrobiana, cicatrizante e anti-inflamatória podendo ser útil no tratamento da acne.
    Justamente pela presença de ácidos graxos em sua constituição química, que indicam
    potencialidade médica para tratamento de doenças. Diante do exposto, o objetivo do
    trabalho é desenvolver nanoemulsões contendo óleo fixo da família Arecaceae e
    avaliação da atividade fotoprotetora e citotóxica para aplicação cutânea que auxiliem no
    tratamento da acne.

6
  • THALES HENRIQUE BARBOSA DE OLIVEIRA
  • Avaliação de Proteases de Actinobactérias com potencial na Indústria de Detergentes e Farmacêutica

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO BARBOSA CAHU
  • Data: 26/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • As queratinases são um grupo de proteases capazes de reduzir a queratina em oligopeptídeos assimiláveis. Streptomyces sp. 8F um endófito das folhas de Bauhinia monandra produziu proteases com capacidade queratinolítica. Os ensaios de otimização mostraram 48 horas como melhor tempo de incubação e 7,5% como o mais adequado volume de inóculo para a produção de queratinases. Vários fatores como: temperatura, concentração de penas de frango e aeração por agitação orbital foram investigados por planejamento fatorial 23. A temperatura demonstrou ser o fator dentre as variáveis com efeitos significativos na produção de queratinases. Além disso, os ensaios de caracterização apresentaram o pH 7,0 como pH ótimo e temperatura ótima em 70ºC, para a queratinase. A atividade enzimática foi fortemente inibida na presença de EDTA e íons metálicos Cu2+, Hg2+, Fe3+, Cob2+ e Zn2+, sugerindo a classificação da queratinase como uma metaloprotease. Comparativamente, a atividade enzimática não foi afetada pelos tensoativos Tween-80 e Triton X-100, além do aumento da atividade na presença dos solventes orgânicos H2O2, metanol, propanol e etanol. A compatibilidade das queratinases com detergentes para roupas foi avaliada e retornou atividade residual de 96,48% para o detergente Ariel e 74,62% para o Guarani. A queratinase foi purificada por coluna cromatográfica Sephadex A-50 sendo o peso molecular estimado entre 50 e 55 KDa por SDS-PAGE e Zimograma de Azocaseína. A aplicação da enzima purificada revelou potencial de degradação de biofilmes e penas de galinha. Em relação a degradação das penas, os hidrolisados apresentaram atividade antioxidante revelando uma possível atratividade para aplicação industrial. 


     







  • Mostrar Abstract
  • As queratinases são um grupo de proteases capazes de reduzir a queratina em oligopeptídeos assimiláveis ou aminoácidos. Streptomyces sp. 8F um endófito das folhas de Bauhinia monandra produziu proteases com capacidade queratinolítica. O tempo de incubação com produção máxima atingida foi de 48 h. No estudo de concentração, o inóculo de 7,5% demonstrou ser o volume de inóculo adequado para a produção de queratinases. Vários fatores como: temperatura, concentração de penas de frango e aeração por agitação orbital foram investigados por planejamento fatorial 23. A temperatura a 30ºC, a concentração de penas de frango de 2% e a velocidade de agitação orbital de 180 RPM demonstraram ser as variáveis com efeitos significativos na produção de queratinases. Além disso, as queratinases apresentaram o pH 7,0 como pH ótimo e temperatura ótima em 70ºC. A atividade enzimática foi fortemente inibida na presença de EDTA e íons metálicos Cu2+, Hg2+, Fe3+, Cob2+ e Zn2+. Comparativamente, a atividade enzimática não foi afetada pelos tensoativos Tween-80 e Triton X-100, além do aumento da atividade na presença dos solventes orgânicos H2O2, metanol, propanol e etanol. Adicionalmente, não houve efeito inibitório frente aos inibidores de protease: PMSF e IAA. A compatibilidade das queratinases com detergentes para roupas foi avaliada e retornou atividade residual de 96,48% para o detergente A e 74,62% para o B. Em conjunto, esses achados sugerem que as queratinases produzidas por Streptomyces sp. 8F são promissoras para aplicações industriais e incorporação em formulações de detergentes comerciais.


     






7
  • TIAGO HENRIQUE DOS SANTOS SOUZA
  • 2-N-ALQUILPIRIDINIOPORFIRINAS DE Zn(II) E Mn(III) CONTRA A LEISHMANIOSE: DA TERAPIA FOTODINÂMICA AO TRATAMENTO REDOX-ATIVO

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • CAMILA GALVÃO DE ANDRADE
  • JÚLIO SANTOS REBOUÇAS
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 27/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • O tratamento da leishmaniose enfrenta desafios quanto a efeitos adversos e resistência medicamentosa, instigando a busca por alternativas terapêuticas. Este estudo objetivou investigar duas 2-N-alquilpiridinioporfirinas contra a leishmaniose: ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP hexil) e MnTE-2-PyP5+ (MnP etil), explorando seus distintos mecanismos de atuação. Enquanto a ZnP hexil é um fotossensibilizador (FS) e exerce efeito fotodinâmico, a MnP etil possui ação redox-ativa na presença de ascorbato (Asc). A terapia fotodinâmica (TFD) mediada por ZnP hexil em promastigotas foi avaliada por ensaios de viabilidade e potencial de membrana mitocondrial, estudo da interação FS–parasita e análise morfológica. A ação fotodinâmica em amastigotas e a citotoxicidade em macrófagos também foram investigadas. A TFD-(ZnP hexil) foi aplicada emcamundongos BALB/cinfectados com Leishmania amazonensis, os quais foram distribuídos em 3 grupos (1, 2 ou 3 sessões de TFD), sendo avaliados o número e o intervalo das sessões. A 2ª sessão foi aplicada após 3 ou 7 dias da 1ª. A carga parasitária foi quantificada por bioluminescência, e a espessura da pata infectada e a análise nociceptiva foram monitoradas. Para MnP etil/Asc, a proliferação das promastigotas, a toxicidade em células de mamífero e o envolvimento de H2O2 na ação redox-ativa foram analisados. Houve inativação fotodinâmica total e imediata mediada por ZnP hexil das promastigotas e potencial acúmulo do FS na mitocôndria. Os efeitos fotodinâmicos observados incluíram despolarização mitocondrial, alterações morfológicas e reduções significativas no número de amastigotas L. amazonensis/macrófago (64%) e índice de infecção (70%), sem toxicidade para os macrófagos. Nos ensaios in vivo, o protocolo com 3 sessões semanais se mostrou mais promissor quanto aos parâmetros analisados. Houve diminuição significativa (ca. 1 log10) da carga parasitária em um modelo murino com alta susceptibilidade à progressão da doença. Não foram observadas mudanças na sensibilidade nociceptiva e na espessura da pata infectada, com potencial relação com uma resposta Th1, estimulando novos estudos. Por fim, L. amazonensis foi a espécie mais sensível à MnP etil/Asc, com redução da proliferação celular em 88%. Não foi observada toxicidade para células de mamífero. O uso de catalase reduziu a proliferação celular em apenas 14%, sugerindo que o efeito leishmanicida de MnP etil/Asc foi primariamente mediado por H2O2. Assim, a TFD mediada por ZnP hexil e o tratamento redox-ativo com MnP etil/Asc, propostos neste estudo, destacam a versatilidade dessas metaloporfirinas e o potencial das abordagens desenvolvidas como alternativas terapêuticas inovadoras contra a leishmaniose.



  • Mostrar Abstract
  • A inativação fotodinâmica (IF) vem chamando a atenção como uma tecnologia promissora e inovadora para o tratamento de doenças tópicas como a Leishmaniose Cutânea (LC). A LC é a forma mais comum de Leishmaniose, uma doença infecciosa que pode ser causada por várias espécies de protozoários, incluindo a Leishmaniaamazonensis e a L.braziliensis. Esta doença causa intensa segregação social, com perdas socioeconômicas, nas populações afetadas devido à gravidade das lesões provocadas. A quimioterapia utilizada atualmente apresenta efeitos adversos e casos de resistência aos medicamentos têm sido relatados. Nesse contexto, neste projeto de doutorado objetiva-se avaliar os efeitos da IF mediada por Zn(II) porfirinas sobre a L. amazonensis. Assim, nesta qualificação serão apresentados os resultados obtidos com a porfirina ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP hexil). Essa porfirina tem alto potencial como fotossensibilizador (FS) para IF, devido as suas propriedades fotofísicas e caráter catiônico/anfifílico que pode potencializar a sua interação com as células. A estabilidade do FS foi avaliada usando condições de solvólise acelerada. A IF sobre promastigotas foi avaliada por (i) ensaios de viabilidade analisando a integridade da membrana celular, (ii) avaliação do potencial de membrana mitocondrial e (iii) análise morfológica. As formas promastigotas de L. amazonensis foram incubadas com a ZnP hexil por 5 min a 0,62 e 1,25 μM e irradiadas por um LED (410 nm) por 1 ou 3 min (2,3 e 3,4 J/cm2, respectivamente). A interação FS-parasito foi estudada por microscopia de fluorescência. A IF de amastigotas intracelulares e a fototoxicidade do tratamento em macrófagos também foram analisadas (3,4 J/cm2). A ZnP hexil, sob concentração submicromolar, levou à IF imediata de mais de 95% das promastigotas. Resultados semelhantes foram obtidos para promastigotas de L. braziliensis. A microscopia de fluorescência revelou que os parasitas internalizaram eficientemente o FS, exibindo um padrão de marcação pontilhado no citoplasma do parasita. A IF promoveu intensa despolarização mitocondrial, a qual associada aos resultados da microscopia de fluorescência, sugere que a ZnP hexil pode se acumular na mitocôndria. Foram também observados a perda da forma fusiforme e enrugamento da membrana plasmática em promastigotas. A IF levou a reduções de ca. 64% no número de amastigotas/macrófagos e 70% no índice de infecção. Nenhuma toxicidade notável foi observada em macrófagos. A ZnP hexil se mostrou estável contra desmetalação e um FS mais eficiente do que o análogo ZnTE-2-PyP4+ (ZnP etil). Assim, a IF de parasitas do gênero Leishmania mostrou eficiência in vitro na concentração submicromolar de ZnTnHex-2-PyP4+, com curto tempos de pré-incubação e irradiação. Os resultados encorajam a avaliação pré-clínica da IF mediada por ZnP hexil para LC, bem como para outros microrganismos.


8
  • KAROLINE MIRELLA SOARES DE SOUZA
  • INVESTIGAÇÃO DAS PROPRIEDADES BIOATIVAS DE PEPTÍDEOS EXTRAÍDOS DE MICRORGANISMOS FOTOSSINTETIZANTES

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • DANIELA DE ARAUJO VIANA MARQUES
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • TATIANA SOUZA PORTO
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • Data: 29/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • As microalgas são microrganismos foto autotróficos, e destacam-se devido a biomassa rica em proteínas e peptídeos bioativos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar peptídeos obtidos de microalgas após extração e avaliar seu potencial anti-hipertensivo, antioxidante e antimicrobiano. Foi realizado o cultivo autotrófico das microalgas Chlorella vulgaris, Tetradesmus obliquus e Dunaliella tertiolecta que ao atingir a fase estacionária de crescimento, tiveram as biomassas liofilizadas e submetidas à hidrolise enzimática, física e química. O extrato resultante foi ultrafiltrado em membranas de 3 kDa e os peptídeos permeados foram analisados frente a inibição da enzima conversora de angiotensina (iECA). Adicionalmente foram realizadas o ensaio antioxidante, determinada pelos métodos ABTS, DPPH, O2 e OH e o ensaio antimicrobiana por meio do método CIM (concentração inibitória mínima) frente às bactérias patogênicas Gram positivas e negativas. Os peptídeos com melhor bioatividade foram analisados por LC-MS/MS. Dentre os métodos utilizados a os peptídeos obtidos através do método enzimático apresentou melhores resultados. Os peptídeos da C. vulgaris demonstraram melhor atividade de inibição da ECA com 88,18±0,16% com 1 mg/mL. Comprovado pela IC50 da Chlorella vulgaris 0.563± 0,29. Para atividade antioxidante, pelo método ABTS, a C. vulgaris apresentou atividade antioxidante com menores concentrações peptídicas IC50 0.477 ± 0,07, enquanto o T. obliquus registra IC50 0.618 ± 0,11, seguido da D. tertiolecta com necessidade de maior quantidade de peptídeos.  O DPPH, peptídeos obtidos da T. obliquus apresenta a menor IC50 0.511 ± 0,09, seguido da C. vulgaris 0.783 ± 0,23, e D. tertiolecta IC50 1.551 ± 0,05. Em relação aos radicais OH e O2-, a C. vulgaris mostrou uma menor IC50 para o radical OH IC501.092 ± 0,02, enquanto o radical O2-, tanto C. vulgaris quanto T. obliquus apresentaram valores próximos, e para a D. tertiolecta sendo necessário concentrações mais elevada de peptídeos. A microalga C. vulgaris destacou-se, mediante sua estabilidade e baixa redução na atividade mediante sua concentração. No contexto da atividade antimicrobiana, as microalgas inibiram cepas patogênicas, com destaque para T. obliquus, que apresentou consistentemente resultados elevados em diferentes concentrações e frente a diferentes bactérias gram-positivas. A C. vulgaris mostrou eficácia, principalmente em concentrações contendo 2mg/mL. Em contrapartida, D. tertiolecta exibiu atividade antimicrobiana moderada, com melhor inibição para L. monocitogenes.Para o perfil químico, utilizou-se as amostras com melhor bioatividade, referentes a C. vulgaris. De acordo com a análise via LC-MS/MS, tanto no modo positivo quanto negativo, pode-se inferir em 2 picos principais referentes à peptídeos nas amostras menor que 3 kDa. Os resultados demonstram que as os peptídeos < 3 kDa obtidos das microalgas após a hidrólise enzimática, podem ser consideradas uma fonte em potencial de peptídeos bioativos com propriedades antimicrobiana, antioxidante e anti-hipertensivo. Tais descobertas permitem agregar valor aos peptídeos de microalgas com perspectivas promissoras referentes ao seu uso na indústria alimentícia e farmacêutica, visando à promoção da saúde.




  • Mostrar Abstract
  • A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados da pressão arterial sanguínea com valores iguais ou que ultrapassam 140/90 mmHg. Embora existam fármacos sintéticos que auxiliam na regulação da HA, estes apresentam efeitos colaterais havendo a necessidade em se obter novos agentes terapêuticos. As microalgas são microrganismos fotoautotróficos, e destacam-se devido a biomassa rica em bioativos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar peptídeos obtidos de microalgas durante a simulação da digestão gastrointestinal in vitro e avaliar seu potencial anti-hipertensivo, antioxidante e antimicrobiano. Foi realizado o cultivo autotrófico das microalgas Chlorella vulgaris, Tetradesmus obliquus e Dunaliella tertiolecta que ao atingir a fase estacionária de crescimento, tiveram as biomassas liofilizadas e submetidas à digestão in vitro (fase gástrica e fase gastrointestinal). O produto da digestão foi ultrafiltrado em membranas de 3 kDa e os peptídeos permeados foram analisados por LC-MS/MS. A atividade anti-hipertensiva foi mensurada através da inibição da enzima conversora de angiotensina (iECA). A estimativa dos parâmetros cinéticos Km e Vmax foi determinada pela equação de Michaelis-Menten, representado pelo gráfico de Lineweaver Burk. Além da atividade antioxidante determinada pelos métodos ABTS e DPPH. Além disso, a atividade antimicrobiana foi realizada pelo método CIM (concentração inibitória mínima) frente às bactérias patogênicas Gram positivas e negativas. Na atividade anti-hipertensiva as microalgas apresentaram inibição em ambas as fases da digestão, com melhores resultados após completa digestão, destacando a menor IC50 para microalga C. vulgaris, com valores de IC50 1.251 mg/mL e 0.563 mg/mL, respectivamente. Para cinética enzimática as três espécies atuam como inibidores não competitivos da ECA. A ação antioxidante por ABTS dos extratos peptídicos demonstraram elevada atividade na fase gastrointestinal com melhor captura do radical pelos peptídeos produzidos por C. vulgaris IC50 0.702 mg/mL, diminuindo após completa digestão para 0.477mg/mL. O mesmo comportamento foi observado nas demais microalgas com o método antioxidante por DPPH, com destaque para microalga T. obliquus durante a fase gástrica com IC50 1,557 mg/mL e 0,511 mg/mL. Seguindo da C. vulgaris e D. tertiolecta. Quanto à atividade antimicrobiana, as microalgas inibiram todas as cepas patogênicas testadas, a depender da concentração utilizada, com superior inibição frente às cepas gram positivas quando comparadas às gram negativas. Para as bactérias Gram positivas as microalgas apresentaram comportamento similar com relevância para C. vulgaris com inibição frente a E. faecalis em 0.250 mg/mL, L. monocytogenesS. aureus a partir de 0.125 mg/mL e Bacillus cereus e Bacillus subtilis iniciando inibição a partir de 0.500 mg/mL. Para Gram negativas, houve resistência frente a inibição devido a espessa camada de peptidoglicano. A T. obliquus apresentou inibição em menores concentrações frente a Escherichia coli e Salmonella typhimurium com 0.125 mg/mL. A C. vulgarispara as mesmas cepas patogênicas apresentou inibição em 0.250mg/mL. Frente a Klebsiella pneumoniae necessitou-se de maiores concentrações entre 0.250 e 0.500 mg/mL, respectivamente utilizando peptídeos extraídos da T. obliquuse C. vulgaris. Para o perfil químico, utilizou-se as amostras com melhor bioatividade, neste caso àqueles referentes a C. vulgaris. De acordo com a análise dos cromatogramas dos íons pico base obtidos tanto no modo positivo quanto negativo, pode-se inferir em 2 picos principais peptídeos nas amostras menor que 3 kDa após digestão in vitro. Os resultados do presente trabalho indicam que as microalgas durante o processo digestivo in vitro com frações abaixo de 3 kDa, podem ser consideradas uma fonte em potencial de peptídeos bioativos com propriedades antimicrobiana, antioxidante e anti-hipertensivo. Tais descobertas permitem agregar valor aos peptídeos de microalgas trazendo perspectivas promissoras referentes à promoção da boa saúde dado seu uso pela indústria alimentícia e farmacêutica.


9
  • LARISSA SILVA DE MACEDO
  • AVALIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS VACINAIS PROFILÁTICAS BASEADAS EM PLATAFORMA DE ÁCIDO NUCLEICO E YEAST SURFACE DISPLAY UTILIZANDO A INFECÇÃO PELO SARS-CoV-2 COMO MODELO

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • FERNANDA CRISTINA BEZERRA LEITE
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • VALESCA PANDOLFI
  • Data: 20/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus - 2) é considerado um vírus emergente de importância mundial, sendo causador da doença do coronavírus 2019 (COVID-19). Assim, diferentes estratégias vacinais foram desenvolvidas e licenciadas para uso em humanos. Contudo, o surgimento de novas variantes e a possibilidade de novos surtos têm causado questionamentos acerca da eficácia das vacinas formuladas com a sequência de referência isoladas no início do surto. Por outro lado, estudos que abrangem plataformas vacinais de fácil edição e baixo custo combinando eficácia e segurança mostram-se alternativas promissoras, como as vacinas baseadas em antígenos sintéticos. Neste contexto, se propõe o uso de antígeno sintético desenvolvido como base para a construção de vacina de DNA com intuito de avaliar a capacidade imune do antígeno, e também a construção de vacina baseada em levedura recombinante como forma alternativa de apresentação do multi-epítopo. A partir da síntese do antígeno sintético (Scov2-Sint1), composto por epítopos das proteínas Spike e Nucleocapsídeo do SARS-CoV-2), foram realizadas etapas de digestão enzimática e subclonagem nos vetores de expressão pVAX (para as vacinas de DNA; estratégia 1) e pPGK_Agα (para as estratégias de ancoragem de proteínas na levedura; estratégia 2). A inserção correta do antígeno aos respectivos vetores foi confirmada por meio de PCR e análise de restrição. O gene RBD também foi clonado no vetor pVAX1 para ser usado com antígeno controle nos ensaios de imunização para a estratégia de DNA. Para estratégia 1, os plasmídeos contendo a sequência de interesse e o vetor vazio (controle negativo) foram preparados e ajustados para uma concentração final de 50 μg em 30 μl. Os grupos experimentais testados foram: I) pVAX; II) Scov2-Sint1; III) RBD; IV) RBD/ Scov2-Sint1. Já para a estratégia 2, as células de Pichia pastoris (GS115) foram transformadas com as construções para o vetor pPGK_Agα de modo integrativo. Os transformantes foram analisados quanto à expressão da proteína por meio de Western-blot, e a ancoragem verificada por meio de Yeast-ELISA. As leveduras foram preparadas e ajustadas para uma concentração final de 10 YU (unidades de leveduras) em 50 µL, inativadas por meio de aquecimento a 60 ºC durante 1 hora. Os grupos experimentais foram: G1) P. pastoris GS115; G2) P. pastoris - Scov2-Sint1; e G3) P. pastoris – Spike. Ambas estratégias foram executadas com aplicação de duas doses com intervalo de 7 dias, por via intramuscular em camundongos BALB/c fêmeas (6-8 semanas). Após 14 dias da segunda dose, os animais foram anestesiados e eutanasiados, seguido da condução das análises imunológicas utilizando amostras de sangue e baço dos animais, sendo parte da amostra sanguínea direcionada para a análise hematológica. Fragmentos do músculo das patas inoculadas na vacinação foram coletados para análise histopatológica. De maneira geral, as análises hematológicas e histopatológicas demonstraram ausência de danos. A vacinação com Scov2-Sint1 demonstrou um perfil de resposta predominantemente celular comparada a outros grupos, o que corrobora com os epítopos escolhidos. Além disso, os antígenos vacinais, sobretudo o gene sintético, levou a ativação de células TCD4+ e TCD8+, representando estratégia promissora contra o SARS-CoV-2.




  • Mostrar Abstract
  • O SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus - 2) é considerado um dos vírus emergentes de importância mundial, representando risco à população humana como agente causador da doença do coronavírus 2019 (COVID-19). Embora, até o momento, exista vacinas consolidadas para uso emergencial em humanos contra essa infecção, outras abordagens continuam em desenvolvimento na busca por melhores profilaxias frente as diferentes variantes virais em surgimento e como medida de contenção da infecção. Dentre os antígenos alvo para vacinas, a proteína do nucleocapsídeo (N) é reconhecida como efetiva na indução da produção de anticorpos neutralizantes pelo hospedeiro atuando de maneira protetiva. Ademais, abordagens com base na predição de epitopos dominantes também se apresentam como estratégias promissoras, conhecidas como vacinas baseadas em antígenos sintéticos. Neste contexto, uma das principais leveduras utilizadas na construção de vacinas, é a Pichia pastoris, que permite a ancoragem e exposição de proteínas heterólogas em sua superfície, e também o carreamento antigênico de modo seguro. Além disso, P. pastoris possui atuação como adjuvante natural por apresentar propriedades imunoestimulatórias devido a sua estrutura celular, o que possibilita uma resposta imune potencializada por mecanismos de fagocitose ao antígeno-alvo apresentado. Desse modo, o presente estudo objetivou a elaboração de construções vacinais a partir da produção e ancoragem da proteína N e do antígeno sintético multiepítopo (com e sem adjuvantes) do SARS-CoV-2 em P. pastoris; e também a construção de vacinas de DNA com base nos mesmos antígenos da construção anterior, carreadas por P. pastoris. Os genes alvos foram digeridos e subclonados no vetor de expressão pPGK_Agα (para as estratégias de ancoragem de proteínas a levedura) e ao vetor  pVAX (para as vacinas de DNA carreadas por levedura). A inserção correta dos antígenos foi confirmada por meio de PCR e análise de restrição. As células de Pichia pastoris (GS115) foram transformadas com as construções para o vetor pPGK_Agα de modo integrativo no genoma da levedura. O transformante pPGKΔ3-Scov2-SintΔ_Agα foi analisado quanto a expressão da proteína por meio de Western-blot, demonstrando a banda correspondente a proteína de interesse. De maneira geral, o presente trabalho conseguiu obter construções vacinais para serem avaliadas como profilaxia contra COVID-19. Os demais experimentos para transformação na levedura, avaliação da expressão e ensaios pré-clínicos para as vacinas de DNA encontram-se em andamento.

     


10
  • MEYKSON ALEXANDRE DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO FARMACOLÓGICO DO ÓLEO DE Syagrus coronata NA REATIVIDADE VASCULAR E PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 02/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • O óleo extraído da Syagrus coronata, espécie de palmeira popularmente conhecida como licuri, é amplamente empregado na medicina tradicional devido às suas variadas propriedades terapêuticas. Sua composição rica em ácidos graxos de cadeia média tem sido associada a efeitos biológicos benéficos, incluindo o relaxamento vascular. Este estudo teve como objetivo principal investigar os efeitos desse óleo na resposta dos vasos sanguíneos, na pressão arterial e na estrutura das artérias em ratos, além de elucidar os mecanismos subjacentes e eventuais mudanças no perfil bioquímico do sangue. Utilizando a técnica de Docking molecular, analisou-se a interação entre os ácidos graxos do óleo e os canais de cálcio presentes nos vasos sanguíneos. Experimentos com anéis de aorta de ratos Wistar e ratos SHR foram conduzidos para avaliar a resposta dos vasos sanguíneos, enquanto análises morfométricas das camadas das artérias foram realizadas para investigar possíveis alterações estruturais. Além disso, o perfil bioquímico do sangue foi examinado para avaliar os efeitos do óleo sobre os parâmetros metabólicos dos animais. Os resultados indicaram que o óleo de S. coronata tem a capacidade de dilatar os vasos sanguíneos de forma independente do endotélio, influenciando nos canais de potássio e cálcio das células vasculares, sendo sua participação nesses processos possivelmente mediada pelos receptores IP3. Embora não tenham sido observadas mudanças significativas na pressão arterial, o óleo demonstrou reduzir os níveis de glicose no sangue e aumentar a espessura da túnica média das artérias, sugerindo efeitos metabólicos e estruturais. Portanto, o óleo de licuri exibe propriedades vasorrelaxantes que podem ser mediadas por canais de potássio e cálcio, mostrando potencial terapêutico em condições cardiovasculares. Contudo, a ausência de efeito na pressão arterial pode ser atribuída à dosagem utilizada nos animais a qual novos estudos são encorajados. Esses achados contribuem significativamente para a compreensão dos benefícios e dos mecanismos de ação do óleo de licuri, destacando sua importância na medicina alternativa e justificando pesquisas futuras para aprimorar sua aplicação clínica e farmacológica.



  • Mostrar Abstract
  • O óleo de Syagrus coronata comumente conhecido por licuri é amplamente utilizado na medicina popular como tratamento para diversas patologias. Contudo, estudos apontam que este óleo possui diversos efeitos biológicos importantes que vão desde atividades antimicrobianas, antifúngicas até atividades anti-inflamatória, antioxidante e cicatrizante. A composição lipídica deste óleo apresenta altas quantidades de ácidos graxos de cadeia média, sendo o ácido láurico responsável por 45% da composição deste óleo. Diversos estudos com este ácido graxo vêm sendo desenvolvidos, haja visto sua principal característica antioxidante e fácil absorção por não precisar de transportadores para transpassar as membranas. Alguns estudos evidenciaram o efeito vaso relaxador do ácido láurico em modelos de aorta de coelho e ratos, bem como, visualizaram a capacidade redutora de pressão em ratos hipertensos. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a ação do óleo de S. coronata na proteção renal, alterações vasculares e pressão arterial de ratos Wistar, bem como elucidar seus mecanismos de ação. Para a verificação das alterações na contratilidade ou relaxamento vasculares foi utilizada a metodologia de banho de órgãos isolados, especificamente com a aorta mesentérica toráxica e bloqueadores específicos foram testados para identificação do mecanismo de ação dos óleos, também foi utilizada a metodologia de HETCAM para a verificação em tempo real da ação do óleo nos vasos da membrana corioalantóica. Foram observadas diferenças significativas na alteração vascular dos grupos testados, o óleo de licuri causa vaso dilatação na artéria aorta na presença ou ausência de endotélio, mostrando que seu mecanismo de ação é endotélio independente, em adição, o bloqueador não seletivo de canais de potássio, Tetraetilamonio (TEA) causou a inibição parcial do efeito vasodilatador dos óleos. Contudo, o óleo da amêndoa crua e torrada do licuri possuem efeito vasodilatador em artéria mesentérica toráxica de ratos Wistar e os canais iônicos de potássio (K+) podem ser os responsáveis por parte deste efeito.

11
  • VINICIUS COSTA AMADOR
  • Análises in silico e in vitro de Peptídeos Bioinspirados de Plantas com Atividade Antimicrobiana Contra Patógenos de Interesse à Saúde Pública

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • MARCELO ZALDINI HERNANDES
  • RONALD RODRIGUES DE MOURA
  • THAÍS GAUDENCIO DO RÊGO
  • Data: 03/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • A resistência antimicrobiana (AMR) é um grande problema frente ao uso indevido de antibióticos, especialmente no cenário pós-pandêmico, onde a pressão seletiva aumentou a prevalência de patógenos resistentes. Peptídeos antimicrobianos (AMPs) emergem como alternativas promissoras a resistência antimicrobiana especialmente devido ao seu potencial de amplo espectro contra uma variedade de microrganismos. Neste cenário, a bioinformática, utilizando métodos probabilísticos, aprendizado de máquina (ML), desempenha um papel crucial no design de novos fármacos, incluindo peptídeos antimicrobianos, ao facilitar a identificação de alvos terapêuticos e otimizar o perfil de eficácia e segurança dos candidatos a medicamentos como peptídeos bioinspirados (BSAMPs, Bioinspired Short AntiMicrobial Peptides). A flora brasileira é rica em espécies com significativo valor etnobotânico, em vista das práticas tradicionais e medicinais. A espécie Calotropis procera é reconhecida por seu potencial farmacológico, incluindo propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, evidenciando o potencial de novos fármacos. Neste sentido, o objetivo do presente estudo, focou no desenvolvimento de peptídeos antimicrobianos de amplo espectro contra patógenos de interesse a saúde pública. Para esta finalidade foram mineradas, preditas e caracterizadas, sequências de defensinas e proteínas transferidoras de lipídios, em um banco de dados local cedido pelo Laboratório de Genética e Biotecnologia Vegetal (LGBV) de transcriptoma de Calotropis procera sob estresse salino. BSAMPs (20-Mer) com maior atividade predita foram caracterizados in silico. Os modelos selecionados foram avaliados in vitro quanto à concentração mínima inibitória (MIC) e mínima bactericida/fungicida (MBC/MFC) para S. aureus, A. baumanni, C. gattii e C. albicans, além da citotoxicidade pelo método do MTT. Foram caracterizadas cinco defensin-like putativas com domínio γ-thionin completo como cis em transcriptoma de C. procera sob estresse salino. Seis BSAMPs otimizados quanto à relação atividade-toxicidade foram otimizados pelas métricas de predição, estas, covalidadas por ML. Os BSAMPs apresentaram estruturas tridimensionais diversas, entretanto CpDef1 e CpDef3 se mostraram mais estáveis (RMSD<2Å). Além de estabilidade estrutural, o candidato CpDef1 se mostrou o candidato mais promissor com eficácia em amplo espectro, com ação bactericida/fungicida para S. aureus, A. baumanni, C. gattii e C. albicans em concentrações não citotóxicas considerando o teste de MTT. O presente estudo remontou a eficácia de BSAMPs contra patógenos de interesse a saúde pública e a importância da biodiversidade com vista para bioprospecção de novos peptídeos valorizando a ótica trazida por abordagens in silico como ML no design de novos agentes biotecnológicos. 



  • Mostrar Abstract
  • Peptídeos antimicrobianos (AMPs) são amplamente distribuídos nos reinos vegetal, animal e fúngico, além de serem amplamente utilizados na biotecnologia aplicada. No entanto, sua relação estrutura-função é pouco compreendida. Nesse sentido, nossa abordagem objetivou identificar e caracterizar peptídeos antimicrobianos em C. procera, bem como analisar suas estruturas tridimensionais e investigar seu respectivo comportamento dinâmico para prospecção de peptídeos bioinspirados (BSAMPs) a paritr de técnicas de desenho de peptídeos. Para tal, um banco de sequências modelo foi compilado a partir de consultas obtidas nos bancos de dados Pfam, Uniprot e PhytAMP usando a stringplant AND defensin. Os algoritmos de mineração escolhidos foram BLAST, HMMER e expressão regular contra o transcriptoma de C. procerasob estresse salino. Os domínios de sequência foram preditos com Interposcan e CDSearch, e curados os hits com domínio gamma-tionina. As sequências candidatas selecionadas foram caracterizadas quanto aos sítios de clivagem com Signal-P e padrão de conectividade DiANNA. A predição de atividade antimicrobiana foi feita por diferentes algoritmos (CAMPR3, MLAMP e ADM). Foram realizadas modelagem comparativa para as sequências candidatas, onde foram gerados pelo menos  100 modelos téoricos para cada sequência mediante amostragem de paisagem energética pela satisfação das restrições de espaciais e selecionada como solução consenso de energia livre de Gibbs (ΔG). Os critérios para design de peptídeos consideraram comprimento de 20 aminoácidos; atividade antimicrobiana predita pelos algoritmos anteriormente utilizados ; penetração na barreira hematoencefálica (B3Pred), predição para ausência de alergenicidade (Allercatpro), toxicidade (Toxinpred) e atividade hemolítica (Happenn). Para a construção dos modelos téoricos dos BSAMPs foi utilizado o método ab-initiodo ROSETTA script. Todos os modelos teóricos tiveram sua estereoquímica e enovelamento validados por Ramachandran e Z-score. A dinâmica molecular foi simulada no sistema de computação petaflopica SINAPAD com GROMACS 2019.4. A temperatura e a pressão do sistema foram ajustadas para 300K, 1bar, respectivamente. Foi realizada simulação atomística com campo de força GROMOS 53a6 em uma caixa de 4nm³, solvatada com água (SPC) e cargas pontuais assimiladas em concentração fisiológica (0,15M) pela adição de íons Na+ e Cl-, e condições periódicas de contorno em três eixos. A otimização de energia do sistema ocorreu em 50.000 passos por steepest descentpor 100 ns. Seis BSAMPs projetados foram avaliados in vitroquanto à concentração mínima inibitória (MIC) e mínima bactericida/fungicida (MBC/MFC) para Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumanni, Cryptococcus gattii e Candida albicans, além da citotoxicidade pelo método do MTT. Considerando o grande número de candidatos disponíveis, as plantas revelam-se uma fonte abundante de peptídeos com amplo espectro de atividade antimicrobiana. Nesse contexto, as ferramentas in silico têm se mostrado eficazes na predição do potencial antimicrobiano, o que possibilita o design de BSAMPs com base em critérios preditivos.

12
  • ANNA PAULA DE OLIVEIRA SOUZA
  • PROPOSTA DE NANOBIOSSENSORES PARA O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ENSAIOS IN VITRO PARA DETECÇÃO DO P16 EM LISADO CERVICAL

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERIKA KETLEM GOMES TRINDADE
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • PATRICIA MUNIZ MENDES FREIRE DE MOURA
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 11/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • O câncer cervical é classificado como a quarta principal causa de morte relacionada ao câncer na população feminina global e o segundo tumor maligno mais comum em mulheres em idade reprodutiva. Apesar de prevenível e passível à erradicação, as limitações nos métodos de diagnóstico atuais, consistem em importante barreira para redução de casos da doença. Onde as dificuldade no acesso aos serviços de saúde de alta complexidade impulsiona o diagnóstico tardio e complicações associadas. Desta forma, o conceito de diagnóstico tardio se tornou um tema central na prevenção e tratamento do CC onde a elaboração de estratégias de diagnóstico rápido pode promover uma abordagem satisfatória de enfrentamento ao CC, colaborando para redução de 30% do número de casos da doença, como estabelecido pela OMS na agenda 2030. Os biossensores surgem como uma alternativa viável para cumprir com as exigências de demanda elevada de testes de diagnóstico rápidos, simples e com custos compatíveis a ampla disseminação, com redução da necessidade do prazo para liberação dos resultados, assim como dispensando equipamentos, infraestrutura sofisticada e equipe técnica especializada; compatível com as necessidades para detecção do CC. Desta forma, é apresentado aqui um novo sensor eletroquímico exibindo atividade eletrocatalítica para a detecção do peptídeo p16INK4A, um biomarcador precoce do câncer cervical. Neste estudo, um novo imunossensor eletroquímico empregando fulereno de Buckminster (C60) foi desenvolvido para a detecção do peptídeo p16INK4A em células cervicovaginais. A montagem do imunossensor foi meticulosamente caracterizada através de técnicas de voltametria cíclica, FTIR-ATR e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Curvas analíticas foram construídas via voltametria de onda quadrada (SWV) na presença de sonda redox de ferri/ferrocianeto. Este imunossensor exibiu a capacidade de discernir amostras de células de câncer cervical com lesões cervicais distintas, afirmando assim sua confiabilidade e especificidade na detecção de p16 em amostras do mundo real. Esta inovação é promissora para facilitar avaliações diagnósticas in situ do câncer cervical. A mudança na corrente foi facilitada por espécies eletroativas confinadas à superfície de uma plataforma composta por um nanofilme de PEI@TCNQ modificado com fulereno C60, juntamente com anticorpos monoclonais anti-p16 servindo como biorreceptor. A imobilização dos anticorpos anti-p16 ocorreu através da porção Fc, formando uma ligação covalente com o grupo amino do PEI e C60, garantindo parâmetros aceitáveis de sensibilidade e reprodutibilidade. Todas as etapas de modificação do sensor foram caracterizadas utilizando técnicas eletroquímicas. A Microscopia Eletrônica de Varredura confirmou a adesão PEI@TCNQ e adição de C60 na superfície do eletrodo. A plataforma C60/PEI@TCNQ apresentou faixa linear de 10 e 100 ng·mL−1. Esta plataforma apresenta-se como uma testagem rápida, de passos mínimos e de utilização simples, características compatíveis com as necessidades de diagnóstico no local de atendimento. Desta forma, o imunossensor PEI/TCNQ@C60 pode contribuir para a detecção precoce do cancro do colo do útero, um problema de saúde pública global com elevada incidência na população feminina e que acarreta custos económicos e custos humanos.



  • Mostrar Abstract
  • O câncer do colo do útero (CCU) é um problema de saúde pública global e o quarto tipo de câncer mais incidente na população feminina mundial, com taxas de incidência ainda mais elevadas em países com recursos escassos. Esse câncer é caracterizado pela replicação desordenada das células do epitélio que reveste o colo uterino, em consequência da inativação de proteínas-chave do controle do ciclo celular, em resposta a ação das oncoproteínas virais. Dentre essas, a proteína p16INK4a envolvida na regulação negativa do ciclo celular apresenta sua expressão alterada já nos eventos iniciais do câncer, sendo um potencial biomarcador para detecção precoce do CCU e lesões malignas de alto grau. Os biossensores atendem demandas associadas a dificuldades de disseminação de testes de rastreamento ao reduzirem os volumes de amostras necessárias para obtenção de resultados, assim como a dispensa de equipamentos elaborados e equipe técnica altamente especializada, preservando a sensibilidade e a especificidade dos testes tradicionais. O desenvolvimento de plataformas eletrocatalíticas nanoestruturadas contribuem para a construção de dispositivos com respostas mais rápidas e sensíveis ao ampliarem a área eletroativa dos sistemas. Neste trabalho, filmes eletrocatalíticos baseados em nanoestruturas de carbono funcionalizadas e polímeros condutores dopados são desenvolvidos com o objetivo de contribuir para o diagnóstico específico, sensível e em tempo oportuno do CCU. A plataforma elaborada foi desenvolvida a partir da modificação de um filme baseado em polímero aminado modificado por adição de semicondutor orgânico e nanoestrutura de carbono e desenvolvida em eletrodos de carbono vítreo. O filme nanoestruturado desenvolvido apresentou estabilidade e reprodutibilidade. Anticorpos anti-p16 foram imobilizados nas plataformas e respostas específicas foram obtidas para o imunossensor quando submetido a solução onde a proteína estava presente quando comparada a solução onde p16 estava ausente. Técnicas eletroquímicas e topográficas para caracterização de plataformas estão sendo utilizadas. 

2023
Dissertações
1
  • BÁRBARA RAÍSSA FERREIRA DE LIMA
  • Avaliação dos efeitos da lectina de folhas de Schinus terebinthifolia sobre o transtorno depressivo e de ansiedade em camundongos

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os transtornos de ansiedade e depressão afetam cada vez mais uma parcela considerável da população e os índices de sucesso no tratamento são bem inferiores ao desejado. As farmacoterapias atuais incluem agonistas dos receptores benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de monoaminas. Contudo, seu uso costuma provocar efeitos colaterais significativos, além de resistência com o uso prolongado. A lectina (proteína ligadora de carboidratos) da folha de Schinus terebinthifolia (SteLL) já demonstrou atividades biológicas como efeitos antimicrobianos e imunomoduladores in vitro e atividades antitumoral, antiangiogênica e antinociceptiva in vivo. No entanto, efeitos de SteLL na modulação do sistema nervoso central (SNC), especialmente quando relacionado a distúrbios neuropsicológicos, ainda não tinham sido estudados. Inicialmente, investigamos os efeitos ansiolítico e antidepressivo agudos de SteLL (1, 2 e 4 mg/kg, i.p.) em camundongos Swiss. Trinta minutos após a administração, a ação ansiolítica foi avaliada usando os testes de campo aberto (TCA) e labirinto em cruz elevado (TLCE). Para avaliar sintomas de depressão, foi utilizado o teste de suspensão da cauda (TSC). As combinações SteLL + diazepam (1 mg/kg + 0,5 mg/kg) e SteLL + fluoxetina (1 mg/kg + 5 mg/kg) também foram avaliadas quanto aos efeitos ansiolítico e antidepressivo, respectivamente. A fim de investigar o envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) nos efeitos de SteLL, um grupo de animais recebeu solução da lectina previamente incubada com caseína (inibidor da propriedade ligadora de carboidratos de SteLL). Possível modulação da sinalização monoaminérgica foi avaliada através do pré-tratamento dos animais com antagonistas do adrenoceptor α2 (ioimbina), do receptor de serotonina 5-HT2A/2C (quetanserina) e do receptor de dopamina D1 (SCH 23390). No caso do efeito antidepressivo, também foi avaliada a interferência na sinalização do óxido nítrico (NO) por meio do pré-tratamento com aminoguanidina, inibidor da via de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), e com L-arginina (precursor do NO). Ação antidepressiva subaguda também foi avaliada por meio do tratamento com SteLL durante 7 dias. No TCA, SteLL (todas as doses) reduziu significativamente o número de rearings. No TLCE, SteLL a 4 mg/kg e a combinação SteLL + diazepam aumentaram o tempo que os animais passaram nos braços abertos e reduziram o tempo nos braços fechados. Não houve alteração dessas respostas quando a solução de lectina e caseína foi administrada. Ação antidepressiva de SteLL, em todas as doses, e da combinação SteLL + fluoxetina foi indicada pela redução no tempo de imobilidade no TSC. Nesse caso, a ação parece ser dependente do DRC, já que a incubação prévia de SteLL com caseína bloqueou o efeito. Os efeitos de SteLL no TLCE e no TSC foram inibidos pelo pré-tratamento com ioimbina, quetanserina e SCH 23390. Aminoguadinina inibiu os efeitos de SteLL no TSC, enquanto L-arginina os potencializou. Na avaliação subaguda, o efeito anti-imobilidade do SteLL persistiu após sete dias de tratamento. Em conclusão, SteLL apresentou efeito ansiolítico por atuar sobre a sinalização monoaminérgica, enquanto o efeito antidepressivo, além de envolver a modulação dessa via, também envolve o DRC da lectina e alterações na sinalização do óxido nítrico.



  • Mostrar Abstract
  • Os transtornos de ansiedade e depressão afetam cada vez mais uma parcela considerável da população e os índices de sucesso no tratamento são bem inferiores ao desejado. As farmacoterapias atuais incluem agonistas dos receptores benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de monoaminas. Contudo, seu uso costuma provocar efeitos colaterais significativos, além de resistência com o uso prolongado. A lectina (proteína ligadora de carboidratos) da folha de Schinus terebinthifolia (SteLL) já demonstrou atividades biológicas como efeitos antimicrobianos e imunomoduladores in vitro e atividades antitumoral, antiangiogênica e antinociceptiva in vivo. No entanto, efeitos de SteLL na modulação do sistema nervoso central (SNC), especialmente quando relacionado a distúrbios neuropsicológicos, ainda não tinham sido estudados. Inicialmente, investigamos os efeitos ansiolítico e antidepressivo agudos de SteLL (1, 2 e 4 mg/kg, i.p.) em camundongos Swiss. Trinta minutos após a administração, a ação ansiolítica foi avaliada usando os testes de campo aberto (TCA) e labirinto em cruz elevado (TLCE). Para avaliar sintomas de depressão, foi utilizado o teste de suspensão da cauda (TSC). As combinações SteLL + diazepam (1 mg/kg + 0,5 mg/kg) e SteLL + fluoxetina (1 mg/kg + 5 mg/kg) também foram avaliadas quanto aos efeitos ansiolítico e antidepressivo, respectivamente. A fim de investigar o envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) nos efeitos de SteLL, um grupo de animais recebeu solução da lectina previamente incubada com caseína (inibidor da propriedade ligadora de carboidratos de SteLL). Possível modulação da sinalização monoaminérgica foi avaliada através do pré-tratamento dos animais com antagonistas do adrenoceptor α2 (ioimbina), do receptor de serotonina 5-HT2A/2C (quetanserina) e do receptor de dopamina D1 (SCH 23390). No caso do efeito antidepressivo, também foi avaliada a interferência na sinalização do óxido nítrico (NO) por meio do pré-tratamento com aminoguanidina, inibidor da via de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), e com L-arginina (precursor do NO). Ação antidepressiva subaguda também foi avaliada por meio do tratamento com SteLL durante 7 dias. No TCA, SteLL (todas as doses) reduziu significativamente o número de rearings. No TLCE, SteLL a 4 mg/kg e a combinação SteLL + diazepam aumentaram o tempo que os animais passaram nos braços abertos e reduziram o tempo nos braços fechados. Não houve alteração dessas respostas quando a solução de lectina e caseína foi administrada. Ação antidepressiva de SteLL, em todas as doses, e da combinação SteLL + fluoxetina foi indicada pela redução no tempo de imobilidade no TSC. Nesse caso, a ação parece ser dependente do DRC, já que a incubação prévia de SteLL com caseína bloqueou o efeito. Os efeitos de SteLL no TLCE e no TSC foram inibidos pelo pré-tratamento com ioimbina, quetanserina e SCH 23390. Aminoguadinina inibiu os efeitos de SteLL no TSC, enquanto L-arginina os potencializou. Na avaliação subaguda, o efeito anti-imobilidade do SteLL persistiu após sete dias de tratamento. Em conclusão, SteLL apresentou efeito ansiolítico por atuar sobre a sinalização monoaminérgica, enquanto o efeito antidepressivo, além de envolver a modulação dessa via, também envolve o DRC da lectina e alterações na sinalização do óxido nítrico.


2
  • RAYSSA KARLA SILVA
  • Caracterização e otimização do processo fermentativo de leveduras comerciais na produção de hidromel

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Hidromel é uma bebida alcoólica milenar, obtida através da fermentação de uma solução de mel de abelha. O ressurgimento da procura pela bebida impulsionado principalmente devido as recentes aparições na indústria cinematográfica, tem se mostrado cada mais crescente. No Brasil, a bebida apresenta um grande potencial de produção por apresentar uma produção de mel, principal matéria-prima, expressa e um consumo per capita desse mel relativamente baixo, fazendo com que o escoamento desse mel seja principalmente realizado através da exportação. Portanto, a necessidade de fontes alternativa vem se tornando cada vez mais necessária. Nesse contexto, a produção de hidromel tem se mostrado cada vez mais atraente, não apenas para dar destino a produção de mel, mas também como forma de agregar valor a matéria-prima. Porém apesar de simples, a produção de hidromel enfrenta alguns gargalos que vão desde as características intrínsecas do mel, quem podem variar drasticamente de acordo com a região, espécie de abelha e origem botânica, como também a ausência de um protocolo adequado de produção, a inexistência de uma linhagem de levedura adequada, entre outros fatores. O que ocasiona fermentações muito longas e muitas vezes incompletas. Portanto, o presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um protocolo de produção adequado de hidromel, avaliando as necessidades inerentes ao processo e também avaliando as diferentes linhagens comerciais vendidas como produtoras de hidromel para pôr fim otimizar o processo.



  • Mostrar Abstract
  • Hidromel é uma bebida alcoólica milenar, obtida através da fermentação de uma solução de mel de abelha. O ressurgimento da procura pela bebida impulsionado principalmente devido as recentes aparições na indústria cinematográfica, tem se mostrado cada mais crescente. No Brasil, a bebida apresenta um grande potencial de produção por apresentar uma produção de mel, principal matéria-prima, expressa e um consumo per capita desse mel relativamente baixo, fazendo com que o escoamento desse mel seja principalmente realizado através da exportação. Portanto, a necessidade de fontes alternativa vem se tornando cada vez mais necessária. Nesse contexto, a produção de hidromel tem se mostrado cada vez mais atraente, não apenas para dar destino a produção de mel, mas também como forma de agregar valor a matéria-prima. Porém apesar de simples, a produção de hidromel enfrenta alguns gargalos que vão desde as características intrínsecas do mel, quem podem variar drasticamente de acordo com a região, espécie de abelha e origem botânica, como também a ausência de um protocolo adequado de produção, a inexistência de uma linhagem de levedura adequada, entre outros fatores. O que ocasiona fermentações muito longas e muitas vezes incompletas. Portanto, o presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um protocolo de produção adequado de hidromel, avaliando as necessidades inerentes ao processo e também avaliando as diferentes linhagens comerciais vendidas como produtoras de hidromel para pôr fim otimizar o processo.


3
  • PEDRO THIAGO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA TOXICOLÓGICA DO ÓLEO FIXO DAS AMÊNDOAS DE Syagrus schizophylla (MART.) GLASSMAN

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
  • Data: 01/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Objetivou-se com essa pesquisa investigar parâmetros relacionados a toxicidade do óleo das amêndoas de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman (OAS). Para isso, foram realizados ensaios de citotoxicidade em linhagens celulares de Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDB-MB-231) e macrófagos (J744A.1) com o uso de concentrações crescentes do OAS. Também foram realizados ensaio de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos tratados com 2000 mg/kg do óleo por via oral (V.O). Para a toxicidade oral aguda os animais foram observados quanto ao comportamento, peso corpóreo, consumo de ração, análise bioquímica do sangue, peso de órgãos e avaliações macroscópicas e microscópicas. As análises estatísticas dos dados coletados foram feitas considerando a média e desvio padrão dos valores, adotando o nível de significância de P≤0,05. No geral o OAS não apresentou citotoxicidade às linhagens celulares, exceto para a concentração de 200 µg/ml na qual causou citotoxicidade a linhagem de macrófagos J774A.1. Em relação aos aspectos genotóxicos não se verificaram alterações nas frequências de eritrócitos policromáticos no teste micronúcleo, bem como também não houve alteração nas frequências de danos e índices de dano em células sanguíneas nucleadas. Já para os aspectos relacionados a toxicidade oral aguda, não houve alterações comportamentais dos animais tratados com o óleo, não se verificaram alterações no consumo de ração e na variação do peso dos animais durante os 14 dias de observação. Os parâmetros bioquímicos do sangue ficaram dentro da normalidade e não foram vistas alterações nos pesos do fígado, rim e baço, bem como não foram observadas alterações patológicas quando os órgãos foram submetidos a análise macroscópica e microscópica. Conclui-se que o OAS não apresentou toxicidade in vivo e possui baixa citotoxicidade quando testado in vitro. Esse estudo traz informações relevantes à luz do método científico quanto a alguns aspectos relacionados a segurança para o uso do OAS e constitui uma base para futuras pesquisas relacionadas à elucidação do seu perfil toxicológico.


  • Mostrar Abstract
  • Objetivou-se com essa pesquisa investigar parâmetros relacionados a toxicidade do óleo das amêndoas de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman (OAS). Para isso, foram realizados ensaios de citotoxicidade em linhagens celulares de Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDB-MB-231) e macrófagos (J744A.1) com o uso de concentrações crescentes do OAS. Também foram realizados ensaio de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos tratados com 2000 mg/kg do óleo por via oral (V.O). Para a toxicidade oral aguda os animais foram observados quanto ao comportamento, peso corpóreo, consumo de ração, análise bioquímica do sangue, peso de órgãos e avaliações macroscópicas e microscópicas. As análises estatísticas dos dados coletados foram feitas considerando a média e desvio padrão dos valores, adotando o nível de significância de P≤0,05. No geral o OAS não apresentou citotoxicidade às linhagens celulares, exceto para a concentração de 200 µg/ml na qual causou citotoxicidade a linhagem de macrófagos J774A.1. Em relação aos aspectos genotóxicos não se verificaram alterações nas frequências de eritrócitos policromáticos no teste micronúcleo, bem como também não houve alteração nas frequências de danos e índices de dano em células sanguíneas nucleadas. Já para os aspectos relacionados a toxicidade oral aguda, não houve alterações comportamentais dos animais tratados com o óleo, não se verificaram alterações no consumo de ração e na variação do peso dos animais durante os 14 dias de observação. Os parâmetros bioquímicos do sangue ficaram dentro da normalidade e não foram vistas alterações nos pesos do fígado, rim e baço, bem como não foram observadas alterações patológicas quando os órgãos foram submetidos a análise macroscópica e microscópica. Conclui-se que o OAS não apresentou toxicidade in vivo e possui baixa citotoxicidade quando testado in vitro. Esse estudo traz informações relevantes à luz do método científico quanto a alguns aspectos relacionados a segurança para o uso do OAS e constitui uma base para futuras pesquisas relacionadas à elucidação do seu perfil toxicológico.

4
  • MARIA NAYARA DE LIMA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL TOXICOLÓGICO DO ÓLEO FIXO DAS AMÊNDOAS DE Syagrus werdermannii BURRET

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
  • Data: 01/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Desde os primórdios a humanidade faz o uso de plantas com fins alucinógenos, ritualísticos e terapêuticos, sempre atravessando a linha tênue entre os benefícios e os riscos tóxicologicos que os vegetais podem oferecer. Com o intuito de abranger mais espécies de um gênero promissor ao desenvolvimento de fármacos, esse trabalho propôs elucidar o perfil toxicológico do óleo fixo das amêndoas de Syagrus werdermannii Burret por meio de testes in vitro e in vivo. Foi realizada uma análise cromatográfica dos ésteres metílicos de ácidos graxos. A citotoxicidade de diferentes concentrações do óleo (12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) foi avaliada usando o ensaio de redução MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina] em duas linhagens celulares: Macrófagos J774.A1 e Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDA-MB-231). Foram realizados testes de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos, aos quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg de óleo via gavagem. Para a toxicidade aguda, foram analisadas alterações nos parâmetros bioquímicos do sangue, comportamento, peso e consumo de ração, assim como também foram realizadas análises histomorfométricas do fígado, rim e baço. O ensaio cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram executados para analisar o perfil genotóxico e mutagênico desse produto. Os resultados apontam para um produto com baixa toxicidade para os modelos testados. O óleo de S. werdermannii é composto predominantemente por ácidos graxos saturados, sendo o ácido láurico o composto em maior proporção. Em relação aos níveis de viabilidade celular houve uma redução significativa apenas para a maior concentração do óleo 200 µg/mL na linhagem de macrófagos J774.A1. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos comportamentais adversos, além de demonstrar que a DL50 é superior à dosagem que foi utilizada. A análise bioquímica do sangue mostrou um aumento nas concentrações de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gamma-glutamil transferase (GGT) e bilirubina quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros histológicos avaliados houve alteração apenas na redução da área nuclear dos hepatócitos, enquanto que o rim e o baço não apresentaram indicações morfológicas de processo patológico. Não foi detectada atividade mutagênica ou genotóxica tanto pelo ensaio cometa quanto pelo teste de micronucleo. O óleo de S. werdermannii mostrou-se viável ao uso e promissor ao desenvolvimento de novos fármacos devido à sua rica composição lipídica e seus baixos índices de toxicidade. Não obstante, faz-se necessário a realização de novos estudos que ampliem a investigação acerca dos potenciais envolvendo esse produto.


  • Mostrar Abstract
  • Desde os primórdios a humanidade faz o uso de plantas com fins alucinógenos, ritualísticos e terapêuticos, sempre atravessando a linha tênue entre os benefícios e os riscos tóxicologicos que os vegetais podem oferecer. Com o intuito de abranger mais espécies de um gênero promissor ao desenvolvimento de fármacos, esse trabalho propôs elucidar o perfil toxicológico do óleo fixo das amêndoas de Syagrus werdermannii Burret por meio de testes in vitro e in vivo. Foi realizada uma análise cromatográfica dos ésteres metílicos de ácidos graxos. A citotoxicidade de diferentes concentrações do óleo (12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) foi avaliada usando o ensaio de redução MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina] em duas linhagens celulares: Macrófagos J774.A1 e Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDA-MB-231). Foram realizados testes de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos, aos quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg de óleo via gavagem. Para a toxicidade aguda, foram analisadas alterações nos parâmetros bioquímicos do sangue, comportamento, peso e consumo de ração, assim como também foram realizadas análises histomorfométricas do fígado, rim e baço. O ensaio cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram executados para analisar o perfil genotóxico e mutagênico desse produto. Os resultados apontam para um produto com baixa toxicidade para os modelos testados. O óleo de S. werdermannii é composto predominantemente por ácidos graxos saturados, sendo o ácido láurico o composto em maior proporção. Em relação aos níveis de viabilidade celular houve uma redução significativa apenas para a maior concentração do óleo 200 µg/mL na linhagem de macrófagos J774.A1. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos comportamentais adversos, além de demonstrar que a DL50 é superior à dosagem que foi utilizada. A análise bioquímica do sangue mostrou um aumento nas concentrações de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gamma-glutamil transferase (GGT) e bilirubina quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros histológicos avaliados houve alteração apenas na redução da área nuclear dos hepatócitos, enquanto que o rim e o baço não apresentaram indicações morfológicas de processo patológico. Não foi detectada atividade mutagênica ou genotóxica tanto pelo ensaio cometa quanto pelo teste de micronucleo. O óleo de S. werdermannii mostrou-se viável ao uso e promissor ao desenvolvimento de novos fármacos devido à sua rica composição lipídica e seus baixos índices de toxicidade. Não obstante, faz-se necessário a realização de novos estudos que ampliem a investigação acerca dos potenciais envolvendo esse produto.

5
  • RODRIGO SOARES DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DOS PREBIÓTICOS (FRUTO-OLIGOSSACARÍDEOS E GALACTO-OLIGOSSACARÍDEOS) SOBRE A DOENÇA DO FÍGADO GORDUROSO NÃO-ALCOÓLICO (NAFLD) EM MODELO ANIMAL DE OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA

  • Orientador : CHRISTINA ALVES PEIXOTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CHRISTINA ALVES PEIXOTO
  • SURA WANESSA NOGUEIRA SANTOS ROCHA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 03/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A obesidade e outros distúrbios metabólicos são fatores de risco para a doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), que por sua vez, pode levar à cirrose e ao carcinoma hepatocelular e atualmente é reconhecida como a hepatopatia mais comum em todo o mundo, acometendo em torno de 30,05% da população. A fisiopatologia da NAFLD está amplamente relacionada aos distúrbios lipídicos e inflamatório. Evidências crescentes sugerem que o eixo intestino-microbiota-fígado desempenha um papel central nas doenças metabólicas, e a disbiose intestinal tem sido associada à NAFLD e sua gravidade. No presente estudo, foi avaliado os efeitos de dois prebióticos disponíveis comercialmente (frutooligossacarídeos [FOS] e galactooligossacarídeos [GOS]) na inflamação hepática, sobre a via metabólica de lipídios e na microbiota intestinal em modelo de NAFLD induzida por dieta rica em gordura. Utilizamos 45 camundongos C57BL6 wild-type que foram distribuídos nos seguintes grupos: (A) dieta padrão controle (n=15) e (B) HFD por 18 semanas (n=30). Na 13ª semana, os camundongos foram posteriormente divididos nos seguintes grupos experimentais: (A) Controle (n=15); (B) HFD (n=14); e (C) HFD+Prebióticos (n=14). O grupo HFD+Prebióticos recebeu uma dieta rica em gordura e uma combinação de FOS e GOS (0,3g e 0,4g/camundongo/dia de FOS e GOS, respectivamente). Os resultados indicaram que FOS e GOS efetivamente reduziram a resistência à insulina, hiperglicemia, trigliceridemia e colesterolemia. Além disso, FOS e GOS melhoraram a arquitetura hepática e o acúmulo de gordura hepática modulando as vias lipogênica (SREBP-1c, ACC e FAS) e lipolítica (ATGL). O tratamento com FOS e GOS também reduziu marcadores inflamatórios como p-NFκB-65, IL-6, iNOS, COX-2, TNF-α e IL-1β. Além disso, FOS e GOS atenuaram o NAFLD modulando a composição da microbiota intestinal e fortalecendo a integridade da barreira intestinal, melhorando assim a via intestino-fígado e o metabolismo lipídico hepático. Sendo assim, nossos dados demonstram que FOS e GOS apresentam propriedades anti-inflamatórias e hipolipemiante, e indicam o potencial terapêutico desta fibras no tratamento da NAFLD. 



  • Mostrar Abstract
  • A obesidade e outros distúrbios metabólicos são fatores de risco para a doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), que por sua vez, pode levar à cirrose e ao carcinoma hepatocelular e atualmente é reconhecida como a hepatopatia mais comum em todo o mundo, acometendo em torno de 30,05% da população. A fisiopatologia da NAFLD está amplamente relacionada aos distúrbios lipídicos e inflamatório. Evidências crescentes sugerem que o eixo intestino-microbiota-fígado desempenha um papel central nas doenças metabólicas, e a disbiose intestinal tem sido associada à NAFLD e sua gravidade. No presente estudo, foi avaliado os efeitos de dois prebióticos disponíveis comercialmente (frutooligossacarídeos [FOS] e galactooligossacarídeos [GOS]) na inflamação hepática, sobre a via metabólica de lipídios e na microbiota intestinal em modelo de NAFLD induzida por dieta rica em gordura. Utilizamos 45 camundongos C57BL6 wild-type que foram distribuídos nos seguintes grupos: (A) dieta padrão controle (n=15) e (B) HFD por 18 semanas (n=30). Na 13ª semana, os camundongos foram posteriormente divididos nos seguintes grupos experimentais: (A) Controle (n=15); (B) HFD (n=14); e (C) HFD+Prebióticos (n=14). O grupo HFD+Prebióticos recebeu uma dieta rica em gordura e uma combinação de FOS e GOS (0,3g e 0,4g/camundongo/dia de FOS e GOS, respectivamente). Os resultados indicaram que FOS e GOS efetivamente reduziram a resistência à insulina, hiperglicemia, trigliceridemia e colesterolemia. Além disso, FOS e GOS melhoraram a arquitetura hepática e o acúmulo de gordura hepática modulando as vias lipogênica (SREBP-1c, ACC e FAS) e lipolítica (ATGL). O tratamento com FOS e GOS também reduziu marcadores inflamatórios como p-NFκB-65, IL-6, iNOS, COX-2, TNF-α e IL-1β. Além disso, FOS e GOS atenuaram o NAFLD modulando a composição da microbiota intestinal e fortalecendo a integridade da barreira intestinal, melhorando assim a via intestino-fígado e o metabolismo lipídico hepático. Sendo assim, nossos dados demonstram que FOS e GOS apresentam propriedades anti-inflamatórias e hipolipemiante, e indicam o potencial terapêutico desta fibras no tratamento da NAFLD. 


6
  • MARIA SAN MIRIS LOPES DE OLIVEIRA
  • Desenvolvimento de plataforma genossensora baseada em polímero condutor para detecção da esquistossomose.
  • Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • Data: 14/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A esquistossomose é uma enfermidade causada pelo helminto Schistosoma mansoni, sendo de grande importância no contexto da saúde pública. Esta infecção pode causar importantes alterações vasculares no sistema porta do aparelho digestivo gastrointestinal ou apresentar formas ectópicas que ocorrem quando os ovos do parasita ou formas adultas estão localizados longe do seu local normal, como o sistema urogenital e sistema nervoso central. Para o diagnóstico da esquistossomose em geral, o método utilizado é o exame parasitológico de fezes pela técnica de Kato-Katz. Outros exames subsidiários podem auxiliar na investigação diagnóstica. Sendo assim, o emprego de novas metodologias diagnósticas poderá contribuir para o controle desta doença. A determinação eletroquímica tem atraído bastante atenção, pois os métodos eletroquímicos têm as vantagens de baixo custo, alta sensibilidade e ser de fácil manuseio. Diante disto, o trabalho possui como objetivo a avaliação do processo de interação do filme de poli (ácido-3-tiofeno acético) (PTAA) na superfície do eletrodo de ouro com a sonda de S. mansoni no desenvolvimento de um genossensor para o uso na detecção de diferentes concentrações do genoma do S. mansoni e de amostras de pacientes infectados. Técnicas eletroquímicas como a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e voltametria cíclica (VC) são ferramentas úteis para o desenvolvimento destes dispositivos. Foram avaliadas as perturbações amperométricas e impedimétricas do dispositivo desenvolvido através de VC e EIE, respectivamente. O filme de PTAA foi obtido após eletrodeposição, em seguida os grupos funcionais foram ativados após a formação do filme de PTAA, foi ativado por ação de EDC (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida) e NHS (N-hidroxissuccinimida) (EDC/NHS) para promover a imobilização covalente da sonda de DNA. Após ativação a sonda foi imobilizada e o sistema sensor PTAA-ssondaS.mansoni foi obtido. A bioatividade e a sensibilidade do sistema sensor PTAA-sondaS.mansoni foram testados através da exposição inicial ao DNA genômico do Schistosoma nas concentrações de 0.65pg.μL-1, 2.6pg.μL-1, 5.2pg.μL-1, 10.4pg.μL-1, 20.9pg.μL-1, 41pg.μL-1 e 83,95pg.μL-1. Posteriormente, foram realizados testes frente a diferentes diluições de 1:10, 1:20, 1:30, 1:40 e 1:50 para detecção de Schistosoma em amostras de plasma, urina e líquido cefalorraquidiano (LCR) que foram previamente aquecidas em uma temperatura de 90°C. O sistema sensor foi capaz de detectar o genoma de S. mansoni em diferentes concentrações, processo este identificado pela diminuição gradativa das correntes de pico anódicas e catódicas, assim como pelo aumento na resistência à transferência de carga (RCT).  Em adição, o sistema mostrou-se ser útil na identificação genômica do verme seja em plasma, urina ou LCR. O processo de hibridização foi mais proemimente na avaliação da amostra de plasma, refletindo um elevado RCT para a diluição de 1:10. O genossensor aqui exposto apresenta-se como uma ferramenta promissora para o diagnostico clínico eficiente da esquistossomose.




  • Mostrar Abstract
  • A esquistossomose é uma enfermidade causada pelo helminto Schistosoma mansoni, sendo de grande importância no contexto da saúde pública. Esta infecção pode causar importantes alterações vasculares no sistema porta do aparelho digestivo gastrointestinal ou apresentar formas ectópicas que ocorrem quando os ovos do parasita ou formas adultas estão localizados longe do seu local normal, como o sistema urogenital e sistema nervoso central. Para o diagnóstico da esquistossomose em geral, o método utilizado é o exame parasitológico de fezes pela técnica de Kato-Katz. Outros exames subsidiários podem auxiliar na investigação diagnóstica. Sendo assim, o emprego de novas metodologias diagnósticas poderá contribuir para o controle desta doença. A determinação eletroquímica tem atraído bastante atenção, pois os métodos eletroquímicos têm as vantagens de baixo custo, alta sensibilidade e ser de fácil manuseio. Diante disto, o trabalho possui como objetivo a avaliação do processo de interação do filme de poli (ácido-3-tiofeno acético) (PTAA) na superfície do eletrodo de ouro com a sonda de S. mansoni no desenvolvimento de um genossensor para o uso na detecção de diferentes concentrações do genoma do S. mansoni e de amostras de pacientes infectados. Técnicas eletroquímicas como a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e voltametria cíclica (VC) são ferramentas úteis para o desenvolvimento destes dispositivos. Foram avaliadas as perturbações amperométricas e impedimétricas do dispositivo desenvolvido através de VC e EIE, respectivamente. O filme de PTAA foi obtido após eletrodeposição, em seguida os grupos funcionais foram ativados após a formação do filme de PTAA, foi ativado por ação de EDC (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida) e NHS (N-hidroxissuccinimida) (EDC/NHS) para promover a imobilização covalente da sonda de DNA. Após ativação a sonda foi imobilizada e o sistema sensor PTAA-ssondaS.mansoni foi obtido. A bioatividade e a sensibilidade do sistema sensor PTAA-sondaS.mansoni foram testados através da exposição inicial ao DNA genômico do Schistosoma nas concentrações de 0.65pg.μL-1, 2.6pg.μL-1, 5.2pg.μL-1, 10.4pg.μL-1, 20.9pg.μL-1, 41pg.μL-1 e 83,95pg.μL-1. Posteriormente, foram realizados testes frente a diferentes diluições de 1:10, 1:20, 1:30, 1:40 e 1:50 para detecção de Schistosoma em amostras de plasma, urina e líquido cefalorraquidiano (LCR) que foram previamente aquecidas em uma temperatura de 90°C. O sistema sensor foi capaz de detectar o genoma de S. mansoni em diferentes concentrações, processo este identificado pela diminuição gradativa das correntes de pico anódicas e catódicas, assim como pelo aumento na resistência à transferência de carga (RCT).  Em adição, o sistema mostrou-se ser útil na identificação genômica do verme seja em plasma, urina ou LCR. O processo de hibridização foi mais proemimente na avaliação da amostra de plasma, refletindo um elevado RCT para a diluição de 1:10. O genossensor aqui exposto apresenta-se como uma ferramenta promissora para o diagnostico clínico eficiente da esquistossomose.



7
  • BRUNO LUIS RAPOSO
  • Estratégia Biofotônica Mediada por Zincoporfirinas e Nanopartículas Metálicas para a Inativação de Candida albicans

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • JAQUELINE CRISTINA BUENO JANICE DE JESUS
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 29/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Candida albicans é a principal espécie correlacionada a infecções fúngicas no mundo. A inativação fotodinâmica (PDI) vem sendo abordada como uma tecnologia promissora para o tratamento de infecções por C. albicans,principalmenteconsiderando a disseminação de cepas resistentes suportada pelo uso indiscriminado de antifúngicos. Na PDI, a luz excita um fotossensibilizador (FS) levando as células à morte por estresse oxidativo. As Zn(II) porfirinas (ZnPs) catiônicas apresentam alta eficiência na geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) como FSs e versatilidade estrutural que pode modular sua biodisponibilidade e interação com estruturas celulares. Ademais, o efeito plasmônico das nanopartículas de prata (AgNPs) apresenta potencial para aprimorar a PDI. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação da PDI em C. albicans usando ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP-hexil) ou ZnTE-2-PyP4+ (ZnP-etil) associadas a AgNPs ou não. As AgNPs estabilizadas com polivinilpirrolidona foram sintetizadas para favorecer seu contato com as ZnPs e a sobreposição espectral entre a banda de plasmon das NPs e de absorção das ZnPs. Análises espectroscópicas e potencial zeta (ζ) foram realizadas para caracterizar a interação AgNPs-ZnPs. A geração de ROS pelos sistemas foi mensurada usando a sonda DCFH-DA. Foram avaliadas várias concentrações de ZnPs e duas proporções de AgNPs (v:v – 1:4 ou 4:1; AgNPs:ZnPs), na PDI mediada por LED azul. As interações entre as leveduras e as ZnPs ou AgNPs-ZnPs foram analisadas por microscopia de fluorescência. Alterações espectroscópicas sutis na emissão das ZnPs foram observadas após associação com AgNPs. As análises de ζ confirmaram a interação AgNPs-ZnPs. A PDI usando ZnP-hexil (0,8 µM) e ZnP-etil (5,0 µM) promoveu uma redução de 3 e 2 log10 na viabilidade das leveduras, respectivamente. Por outro lado, os sistemas AgNPs-ZnP-hexil e AgNPs-ZnP-etil levaram à completa erradicação fúngica sob os mesmos parâmetros de irradiação, mas com concentrações de porfirina de ca. 4 e 8 × menores, respectivamente. Houve aumento de ROS quando as ZnPs foram associadas a AgNPs. Pelas micrografias, houve marcação das leveduras pela ZnP-hexil, mas não pela ZnP-etil. Observou-se uma maior interação por ambas ZnPs quando os sistemas AgNPs-ZnPs foram utilizados. Acreditamos que o aprimoramento da PDI observado para os sistemas AgNPs-ZnPs pode estar relacionado a uma maior produção de ROS e melhor interação dos FSs com as leveduras


  • Mostrar Abstract
  • A Candida albicans é a principal espécie correlacionada a infecções fúngicas no mundo. A inativação fotodinâmica (PDI) vem sendo abordada como uma tecnologia promissora para o tratamento de infecções por C. albicans,principalmenteconsiderando a disseminação de cepas resistentes suportada pelo uso indiscriminado de antifúngicos. Na PDI, a luz excita um fotossensibilizador (FS) levando as células à morte por estresse oxidativo. As Zn(II) porfirinas (ZnPs) catiônicas apresentam alta eficiência na geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) como FSs e versatilidade estrutural que pode modular sua biodisponibilidade e interação com estruturas celulares. Ademais, o efeito plasmônico das nanopartículas de prata (AgNPs) apresenta potencial para aprimorar a PDI. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação da PDI em C. albicans usando ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP-hexil) ou ZnTE-2-PyP4+ (ZnP-etil) associadas a AgNPs ou não. As AgNPs estabilizadas com polivinilpirrolidona foram sintetizadas para favorecer seu contato com as ZnPs e a sobreposição espectral entre a banda de plasmon das NPs e de absorção das ZnPs. Análises espectroscópicas e potencial zeta (ζ) foram realizadas para caracterizar a interação AgNPs-ZnPs. A geração de ROS pelos sistemas foi mensurada usando a sonda DCFH-DA. Foram avaliadas várias concentrações de ZnPs e duas proporções de AgNPs (v:v – 1:4 ou 4:1; AgNPs:ZnPs), na PDI mediada por LED azul. As interações entre as leveduras e as ZnPs ou AgNPs-ZnPs foram analisadas por microscopia de fluorescência. Alterações espectroscópicas sutis na emissão das ZnPs foram observadas após associação com AgNPs. As análises de ζ confirmaram a interação AgNPs-ZnPs. A PDI usando ZnP-hexil (0,8 µM) e ZnP-etil (5,0 µM) promoveu uma redução de 3 e 2 log10 na viabilidade das leveduras, respectivamente. Por outro lado, os sistemas AgNPs-ZnP-hexil e AgNPs-ZnP-etil levaram à completa erradicação fúngica sob os mesmos parâmetros de irradiação, mas com concentrações de porfirina de ca. 4 e 8 × menores, respectivamente. Houve aumento de ROS quando as ZnPs foram associadas a AgNPs. Pelas micrografias, houve marcação das leveduras pela ZnP-hexil, mas não pela ZnP-etil. Observou-se uma maior interação por ambas ZnPs quando os sistemas AgNPs-ZnPs foram utilizados. Acreditamos que o aprimoramento da PDI observado para os sistemas AgNPs-ZnPs pode estar relacionado a uma maior produção de ROS e melhor interação dos FSs com as leveduras

8
  • BRUNO VINICIUS SOUZA DA SILVA
  • PERFIL FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, TOXICIDADE AGUDA E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO AQUOSO FOLHAS DE Psidium guineense SW.

  • Orientador : ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
  • ROBSON RAION DE VASCONCELOS ALVES
  • Data: 14/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • Nativa da América tropical, Psidium guineense Sw. (Myrtaceae) é um arbusto ou pequena árvore com propriedades medicinais, incluindo tratamento de infecções, feridas, diarreia e ação diurética. Devido a ausência de estudos de toxicidade de extrato aquoso de folhas de P. guineense, o presente estudo teve como objetivo avaliar a segurança de uso em camundongos. Folhas de P. guineense foram pulverizadas e homogeneizada com água destilada (1:10 p/v) e obtendo um extrato aquoso a 10% por turbólise (EAPg). O extrato foi caracterizado por cromatografia em camada delgada e por cromatografia líquida de alta eficiência. Eritrócitos murinos foram usados para avaliar a citotoxicidade, enquanto camundongos Swiss albinos foram utilizados para avaliar a toxicidade aguda, genotoxicidade (ensaio do cometa) e mutagenicidade (teste do micronúcleo). Os resultados do ensaio de citotoxicidade revelaram a baixa capacidade do EAPg em causar lise celular com uma taxa de hemólise variando de 0,35% a 13%. No estudo de toxicidade oral aguda em camundongos, nenhum camundongo apresentou qualquer alteração comportamental ou mortalidade após a administração de 2.000 mg/kg de EAPg por 14 dias. Os parâmetros hematológicos não apresentaram diferença significativa em relação aos animais do grupo controle. Já na avaliação dos parâmetros bioquímicos o tratamento com EAPg promoveu uma redução dos parâmetros lipídicos (p<0.05). O teste do micronúcleo e o índice de danos (DI) da avaliação genotóxica não indicou diferença significativa quando comparado ao controle.  Porém, foi observada um aumento na frequência de dano (DF) dos animais tratados com 2000 mg/k de EAPg. Com isso, foi evidenciado que o extrato apresenta flavonoides, taninos hidrolisáveis, terpenos, esteroides e açúcares redutores. Na avaliação de toxicidade, o tratamento com 2000 mg/kg de EAPg reduziu parâmetros lipídicos e mostrou-se ser bem tolerado sem apresentar alterações comportamentais, bem como não promoveu dano ao DNA.



  • Mostrar Abstract
  • Nativa da América tropical, Psidium guineense Sw. (Myrtaceae) é um arbusto ou pequena árvore com propriedades medicinais, incluindo tratamento de infecções, feridas, diarreia e ação diurética. Devido a ausência de estudos de toxicidade de extrato aquoso de folhas de P. guineense, o presente estudo teve como objetivo avaliar a segurança de uso em camundongos. Folhas de P. guineense foram pulverizadas e homogeneizada com água destilada (1:10 p/v) e obtendo um extrato aquoso a 10% por turbólise (EAPg). O extrato foi caracterizado por cromatografia em camada delgada e por cromatografia líquida de alta eficiência. Eritrócitos murinos foram usados para avaliar a citotoxicidade, enquanto camundongos Swiss albinos foram utilizados para avaliar a toxicidade aguda, genotoxicidade (ensaio do cometa) e mutagenicidade (teste do micronúcleo). Os resultados do ensaio de citotoxicidade revelaram a baixa capacidade do EAPg em causar lise celular com uma taxa de hemólise variando de 0,35% a 13%. No estudo de toxicidade oral aguda em camundongos, nenhum camundongo apresentou qualquer alteração comportamental ou mortalidade após a administração de 2.000 mg/kg de EAPg por 14 dias. Os parâmetros hematológicos não apresentaram diferença significativa em relação aos animais do grupo controle. Já na avaliação dos parâmetros bioquímicos o tratamento com EAPg promoveu uma redução dos parâmetros lipídicos (p<0.05). O teste do micronúcleo e o índice de danos (DI) da avaliação genotóxica não indicou diferença significativa quando comparado ao controle.  Porém, foi observada um aumento na frequência de dano (DF) dos animais tratados com 2000 mg/k de EAPg. Com isso, foi evidenciado que o extrato apresenta flavonoides, taninos hidrolisáveis, terpenos, esteroides e açúcares redutores. Na avaliação de toxicidade, o tratamento com 2000 mg/kg de EAPg reduziu parâmetros lipídicos e mostrou-se ser bem tolerado sem apresentar alterações comportamentais, bem como não promoveu dano ao DNA.


9
  • ELINALDO FRANCISCO DE LIMA BENTO
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE Anacardium occidentale

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 26/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • As plantas são extremante importantes na alimentação humana, quanto no combate a diversas enfermidades. Entretanto, contrapondo os benefícios nutricionais e medicinais, as plantas também estão entre as principais causas de envenenamento. Anacardium occidentale, pertencente à família Anacardiaceae e conhecida popularmente como cajueiro, é uma planta nativa do nordeste do Brasil cujas folhas, casca, caule e raízes têm sido usadas para tratamento de inúmeras enfermidades. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente e avaliar a segurança de extrato aquoso de folhas de A. occidentale através de ensaios de toxicidade aguda e genotoxicidade in vivo. Condições otimizadas para extração de polifenóis foram determinadas através de planejamento fatorial variando o método de extração (maceração ou turbólise) e proporção de droga vegetal (5% ou 10%, p/v) em relação ao volume de solvente (água destilada). ET10% (extrato obtido por turbólise e usando 10%, p/v de material vegetal) foi avaliado quanto às concentrações de taninos e proteínas e realizada análise em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Presença de lectinas em ET10% foi avaliada através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH) e de inibição da AH. Toxicidade aguda e genotoxicidade (ensaios cometa e de micronúcleo) de ET10% em camundongos foram investigadas utilizando uma dose de 2000 mg/kg por via oral. ET10% apresentou maior teor (26,61 ± 0,080 %g) de polifenóis e gráficos de Pareto e de resposta de superfície evidenciaram uma correlação positiva deste método de extração com a maior presença destes metabólitos. O rendimento da extração foi de 24,6 ± 0,82%, e o teor de taninos foi de 32,2 mg EAT/g. A análise por CLAE evidenciou a presença de diversos picos em ET10% que apresentam características de taninos hidrolisáveis e flavonoides, bem como indicou teores de ácido gálico e rutina de 0,61 ± 0,0096% (1,57%) e 0,22 ± 0,0001% (0,52%), respectivamente. A concentração de proteínas foi de 14,58 mg/mL e foi detectada uma atividade hemaglutinante específica de 8989,84, que foi inibida por azocaseína, caseína, albumina, N-acetilglicosamina e metil manopiranosideo. No ensaio de toxicidade aguda, não foram observadas alterações comportamentais, no consumo de água e ração, no peso dos animais e nem em parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com ET10% em comparação com o controle negativo. Análise histológica demonstrou fígado, rins e baço dos animais tratados e do controle. Nenhum dos animais morreu durante o experimento, indicando uma DL50 acima de 2000 mg/kg (baixa ou nenhuma toxicidade). Nos ensaios cometa e de micronúcleo, também não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo tratado com ET10% e o controle. Em conclusão, extrato aquoso de A. occidentale obtido através de turboextração e usando uma proporção de 10% (p/v) de droga vegetal apresentou maior teor de fenóis totais. Ainda, elevadas quantidades de proteínas e taninos foram detectadas, bem como a presença de lectinas, resultados semelhantes aos obtidos para outras plantas anacardiáceas. ET10% não apresentou toxicidade aguda oral e nem genotoxicidade, sugerindo o uso seguro das folhas desta planta nas condições de extração usadas e indicando o potencial para futuras avaliações de atividades farmacológicas.

     


  • Mostrar Abstract
  • As plantas são extremante importantes na alimentação humana, quanto no combate a diversas enfermidades. Entretanto, contrapondo os benefícios nutricionais e medicinais, as plantas também estão entre as principais causas de envenenamento. Anacardium occidentale, pertencente à família Anacardiaceae e conhecida popularmente como cajueiro, é uma planta nativa do nordeste do Brasil cujas folhas, casca, caule e raízes têm sido usadas para tratamento de inúmeras enfermidades. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente e avaliar a segurança de extrato aquoso de folhas de A. occidentale através de ensaios de toxicidade aguda e genotoxicidade in vivo. Condições otimizadas para extração de polifenóis foram determinadas através de planejamento fatorial variando o método de extração (maceração ou turbólise) e proporção de droga vegetal (5% ou 10%, p/v) em relação ao volume de solvente (água destilada). ET10% (extrato obtido por turbólise e usando 10%, p/v de material vegetal) foi avaliado quanto às concentrações de taninos e proteínas e realizada análise em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Presença de lectinas em ET10% foi avaliada através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH) e de inibição da AH. Toxicidade aguda e genotoxicidade (ensaios cometa e de micronúcleo) de ET10% em camundongos foram investigadas utilizando uma dose de 2000 mg/kg por via oral. ET10% apresentou maior teor (26,61 ± 0,080 %g) de polifenóis e gráficos de Pareto e de resposta de superfície evidenciaram uma correlação positiva deste método de extração com a maior presença destes metabólitos. O rendimento da extração foi de 24,6 ± 0,82%, e o teor de taninos foi de 32,2 mg EAT/g. A análise por CLAE evidenciou a presença de diversos picos em ET10% que apresentam características de taninos hidrolisáveis e flavonoides, bem como indicou teores de ácido gálico e rutina de 0,61 ± 0,0096% (1,57%) e 0,22 ± 0,0001% (0,52%), respectivamente. A concentração de proteínas foi de 14,58 mg/mL e foi detectada uma atividade hemaglutinante específica de 8989,84, que foi inibida por azocaseína, caseína, albumina, N-acetilglicosamina e metil manopiranosideo. No ensaio de toxicidade aguda, não foram observadas alterações comportamentais, no consumo de água e ração, no peso dos animais e nem em parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com ET10% em comparação com o controle negativo. Análise histológica demonstrou fígado, rins e baço dos animais tratados e do controle. Nenhum dos animais morreu durante o experimento, indicando uma DL50 acima de 2000 mg/kg (baixa ou nenhuma toxicidade). Nos ensaios cometa e de micronúcleo, também não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo tratado com ET10% e o controle. Em conclusão, extrato aquoso de A. occidentale obtido através de turboextração e usando uma proporção de 10% (p/v) de droga vegetal apresentou maior teor de fenóis totais. Ainda, elevadas quantidades de proteínas e taninos foram detectadas, bem como a presença de lectinas, resultados semelhantes aos obtidos para outras plantas anacardiáceas. ET10% não apresentou toxicidade aguda oral e nem genotoxicidade, sugerindo o uso seguro das folhas desta planta nas condições de extração usadas e indicando o potencial para futuras avaliações de atividades farmacológicas.

     

10
  • GABRIEL DA SILVA FERREIRA
  • Diversidade fungica em tartarugas marinhas com ênfase em Caretta caretta Linnaeus, 1758 no litoral de Ipojuca- Pernambuco, Nordeste do Brasil"

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • EDNILZA MARANHAO DOS SANTOS
  • Data: 31/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • As tartarugas marinhas são dependentes de suas rotas migratórias e de ambientes costeiros para alimentação e reprodução, mantendo contato frequente com diversos organismos fúngicos. No entanto, a escassez de estudos micológicos ressalta a necessidade de pesquisas adicionais para a compreensão dessas interações e a conservação das espécies ameaçadas. Este estudo possui duas abordagens: 1. Levantamento bibliográfico sobre a interação de fungos em tartarugas marinhas em escala global e 2. Investigação da diversidade fúngica em ninhos e ovos de tartarugas da espécie Carettacaretta ao longo da costa litorânea do município de Ipojuca-PE, nordeste do Brasil. Para atender a primeira abordagem foram realizadas buscas na literatura por meio de bases de dados como BVS, SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionados 27 artigos, os quais revelaram a ocorrência de 29 gêneros fungicos nas tartarugas marinhas, sendo os gêneros: Fusarium (21%), Aspergillus (11%) e Cladosporium (11%) os mais frequentes presentes em todas as fases de desenvolvimento, desde ovos até animais adultos. Apesar de esclarecedores, esses dados ainda são insuficientes para compreender a interação destas comunidades com estes animais marinhos. Sendo assim, esta dissertação realizou sua segunda abordagem com coletas de ovos e areia em ninhos de tartaruga da espécie C. caretta ocorrente nas praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe, localizadas no litoral pernambucano. Os fungos foram isolados por meio de diluição das amostras em meios de cultura específicos e identificados morfologica e molecularmente por meio do sequenciamento do gene β-tubulina. No total foram obtidos 207 isolados, 104 (50,2%) pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Talaromyces. O mais prevalente foi Penicillium representado por 11 espécies (P. allii-sativi, P. brocae, P. citreosulfuratum, P. citrinum, P. coffae, P. mallochii, P. meliponae, P. oxalicum, P. steckii, P. sp. Nov. 1 e P. sp. Nov. 2.); seguido do Aspergillus  oito espécies (A. flavus, A. hortae, A. insulicola, A. niger, A. sidowii, A. tamarii, A. terreus e A. unguis)e Talaromyces quatro espécies (T. albobiverticillius, T. alveolaris, T. pigmentosus e T. wortmannii).  A. sidowii e P. citrinum foram encontradas em abundância tanto dentro dos ovos quanto na areia, enquanto os isolados de Talaromyces foram identificados exclusivamente no conteúdo interno dos ovos. Esses resultados sugerem a existência de interações ecológicas específicas ainda não completamente compreendidas e contribuem para ampliar nosso conhecimento sobre a ecologia das tartarugas marinhas e o potencial impacto dos fungos em sua reprodução. Dessa forma, são necessários estudos adicionais para aprofundar nosso entendimento em relação ao potencial benéfico, neutro ou maléfico das espécies encontradas.



  • Mostrar Abstract
  • As tartarugas marinhas são dependentes de suas rotas migratórias e de ambientes costeiros para alimentação e reprodução, mantendo contato frequente com diversos organismos fúngicos. No entanto, a escassez de estudos micológicos ressalta a necessidade de pesquisas adicionais para a compreensão dessas interações e a conservação das espécies ameaçadas. Este estudo possui duas abordagens: 1. Levantamento bibliográfico sobre a interação de fungos em tartarugas marinhas em escala global e 2. Investigação da diversidade fúngica em ninhos e ovos de tartarugas da espécie Carettacaretta ao longo da costa litorânea do município de Ipojuca-PE, nordeste do Brasil. Para atender a primeira abordagem foram realizadas buscas na literatura por meio de bases de dados como BVS, SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionados 27 artigos, os quais revelaram a ocorrência de 29 gêneros fungicos nas tartarugas marinhas, sendo os gêneros: Fusarium (21%), Aspergillus (11%) e Cladosporium (11%) os mais frequentes presentes em todas as fases de desenvolvimento, desde ovos até animais adultos. Apesar de esclarecedores, esses dados ainda são insuficientes para compreender a interação destas comunidades com estes animais marinhos. Sendo assim, esta dissertação realizou sua segunda abordagem com coletas de ovos e areia em ninhos de tartaruga da espécie C. caretta ocorrente nas praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe, localizadas no litoral pernambucano. Os fungos foram isolados por meio de diluição das amostras em meios de cultura específicos e identificados morfologica e molecularmente por meio do sequenciamento do gene β-tubulina. No total foram obtidos 207 isolados, 104 (50,2%) pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Talaromyces. O mais prevalente foi Penicillium representado por 11 espécies (P. allii-sativi, P. brocae, P. citreosulfuratum, P. citrinum, P. coffae, P. mallochii, P. meliponae, P. oxalicum, P. steckii, P. sp. Nov. 1 e P. sp. Nov. 2.); seguido do Aspergillus  oito espécies (A. flavus, A. hortae, A. insulicola, A. niger, A. sidowii, A. tamarii, A. terreus e A. unguis)e Talaromyces quatro espécies (T. albobiverticillius, T. alveolaris, T. pigmentosus e T. wortmannii).  A. sidowii e P. citrinum foram encontradas em abundância tanto dentro dos ovos quanto na areia, enquanto os isolados de Talaromyces foram identificados exclusivamente no conteúdo interno dos ovos. Esses resultados sugerem a existência de interações ecológicas específicas ainda não completamente compreendidas e contribuem para ampliar nosso conhecimento sobre a ecologia das tartarugas marinhas e o potencial impacto dos fungos em sua reprodução. Dessa forma, são necessários estudos adicionais para aprofundar nosso entendimento em relação ao potencial benéfico, neutro ou maléfico das espécies encontradas.


11
  • BRUNO JOSÉ DA SILVA BEZERRA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eugenia uniflora FRENTE A MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 31/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • A resistência dos microrganismos aos fármacos é um dos maiores desafios da saúde pública enfrentados na contemporaneidade. No ambiente hospitalar, as Unidades de Terapia Intensiva são os setores com maiores riscos de infecções por patógenos resistentes, as chamadas infecções nosocomiais que são aquelas que acometem os indivíduos hospitalizados poucas horas a partir da internação. Dessa forma, tendo em vista o aumento do desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microrganismos aos antibióticos atuais, é explicita a necessidade de novos agentes com potencial antimicrobiano; surgindo os óleos essenciais, a partir das plantas medicinais, como um recurso que pode ser empregado no combate a esse problema de saúde pública. A espécie Eugenia uniflora L., conhecida como pitangueira, é uma arbórea pertencente a família Myrtaceae, e trata-se de uma frutífera nativa da região desde o Brasil central até o norte da Argentina. As folhas dessa espécie são fortemente utilizadas na medicina popular para o tratamento da hipertensão, febre, diarreia e reumatismo. Além disso, estudos apontam que E. uniflora tem potencial antibacteriano, antioxidante e diurético. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antibacteriano e antifúngico do óleo essencial de E. uniflora frente a Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae,Staphylococcus aureus e Candida albicans, microrganismos patogênicos. Após a coleta e identificação do material vegetal, o óleo essencial das folhas de E. uniflora foi obtido através do método de hidrodestilação. A Concentração Inibitória Média foi determinada pela técnica de microdiluição. A cada um dos 6 poços de uma das linhas da placa foi inicialmente adicionado 100 µL de meio de cultura e suspensão fúngica seguido de 100 µL do produto natural na concentração de 2.000 µg/mL. O último poço da placa foi utilizado como controle de crescimento. Ainda foram utilizados os fármacos Cetoconazol® para fungos, e Eritromicina®, para bactérias como controles positivos. Todos os testes e controles foram realizados em triplicata para cada microrganismo. A leitura da absorbância dos poços foi executada em aparelho de espectrofotometria de ELISA (Termoplate®). Observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresentou ação sobre todos os microrganismos, com dosagens relativamente baixas sobre as bactérias, destacando-se sua atividade perante C. albicans, no qual a CI50 foi constatada com dosagens 44,72% menores que do fármaco de controle. Todas as cepas testadas mostraram inibição de acordo com sua curva de crescimento, no entanto o resultado se mostrou melhor para o antibiótico usado nas bactérias. Para o fungo, o óleo essencial promoveu maior acentuação da curva de crescimento em relação ao antifúngico padrão. Dessa forma, observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresenta potencial antibacteriano e antifúngico, podendo ser um produto promissor no combate a resistência microbiana. 



  • Mostrar Abstract
  • A resistência dos microrganismos aos fármacos é um dos maiores desafios da saúde pública enfrentados na contemporaneidade. No ambiente hospitalar, as Unidades de Terapia Intensiva são os setores com maiores riscos de infecções por patógenos resistentes, as chamadas infecções nosocomiais que são aquelas que acometem os indivíduos hospitalizados poucas horas a partir da internação. Dessa forma, tendo em vista o aumento do desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microrganismos aos antibióticos atuais, é explicita a necessidade de novos agentes com potencial antimicrobiano; surgindo os óleos essenciais, a partir das plantas medicinais, como um recurso que pode ser empregado no combate a esse problema de saúde pública. A espécie Eugenia uniflora L., conhecida como pitangueira, é uma arbórea pertencente a família Myrtaceae, e trata-se de uma frutífera nativa da região desde o Brasil central até o norte da Argentina. As folhas dessa espécie são fortemente utilizadas na medicina popular para o tratamento da hipertensão, febre, diarreia e reumatismo. Além disso, estudos apontam que E. uniflora tem potencial antibacteriano, antioxidante e diurético. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antibacteriano e antifúngico do óleo essencial de E. uniflora frente a Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae,Staphylococcus aureus e Candida albicans, microrganismos patogênicos. Após a coleta e identificação do material vegetal, o óleo essencial das folhas de E. uniflora foi obtido através do método de hidrodestilação. A Concentração Inibitória Média foi determinada pela técnica de microdiluição. A cada um dos 6 poços de uma das linhas da placa foi inicialmente adicionado 100 µL de meio de cultura e suspensão fúngica seguido de 100 µL do produto natural na concentração de 2.000 µg/mL. O último poço da placa foi utilizado como controle de crescimento. Ainda foram utilizados os fármacos Cetoconazol® para fungos, e Eritromicina®, para bactérias como controles positivos. Todos os testes e controles foram realizados em triplicata para cada microrganismo. A leitura da absorbância dos poços foi executada em aparelho de espectrofotometria de ELISA (Termoplate®). Observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresentou ação sobre todos os microrganismos, com dosagens relativamente baixas sobre as bactérias, destacando-se sua atividade perante C. albicans, no qual a CI50 foi constatada com dosagens 44,72% menores que do fármaco de controle. Todas as cepas testadas mostraram inibição de acordo com sua curva de crescimento, no entanto o resultado se mostrou melhor para o antibiótico usado nas bactérias. Para o fungo, o óleo essencial promoveu maior acentuação da curva de crescimento em relação ao antifúngico padrão. Dessa forma, observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresenta potencial antibacteriano e antifúngico, podendo ser um produto promissor no combate a resistência microbiana. 


12
  • MARIA GABRIELLA DA SILVA ALBUQUERQUE BORGES OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANTIBACTERIANA, ANTI-FORMAÇÃO DE BIOFILME E CITOTOXICIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO DE GEOPRÓPOLIS FRENTE CEPAS DE Staphylococcus aureus

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LAÍSA VILAR CORDEIRO
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 31/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • As resinas de geoprópolis são produzidas por abelhas sem ferrão (Meliponinae), desenvolvidas a partir da coleta de materiais resinosos, ceras e exsudatos, da flora da região onde estas abelhas estão presentes, além da adição de argila ou terra em sua composição. Várias atividades biológicas são atribuídas aos Extratos Etanol de Geoprópolis (EEGP). As propriedades bioativas estão associadas a composição química complexa que estas possuem. Este trabalho apresenta duas abordagens: 1. Revisao bibliográfica sobre as Propriedades Antibacterianas e Antioxidantes de Extratos de Geoprópolis de Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae) ocorrentes no território brasileiro e 2. Avaliação das atividades biológicas do EEGP, como uma alternativa terapêutica natural para o enfrentamento de infecções causadas por cepas resistentes de Staphylococcus aures. Em relação a primeira abordagem o estudo revelou que a busca pelos produtos naturais (EEGP), sua composição química e potencial bioativo aumentou substancialmente nos últimos anos e que a geoprópolis produzidas no Brasil possuem uma elevada variabilidade de constituintes químicos em sua composição, em consequência da diversidade vegetal encontrada no território brasileiro.Já em relação a segunda abordagem, os testes demostraram que o EEGP apresenta atividade antibacteriana e bacteriostática nos isolados de S. aureus testados. Adicionalmente, foi observado inibição do biofilme destes patogenos com valor médio superior a 65% na concentração mais alta e potencial antioxidante (CI50) de 11,05 ± 1,55 µg/mL. Os teste de citotoxicidade, revelaram que o EEGP reduziu significativamente a viabilidade celular nas três concentrações testadas (550 µg/mL: 81,68 ± 3,79%; 1100 µg/mL: 67,10 ± 3,76 %; 2200 µg/mL: 67,40 ± 1,86%). Diante do exposto, o uso seguro do EEGP proveniente do Nordeste brasileiro, pôde ser comprovado pelo teste de citotoxicidade, e seu uso como agente antioxidante e antibacteriano mostrou-se eficaz, sendo este uma alternativa viável no combate ao estresse oxidativo e na disseminação e evolução contínua da resistência em S. aureus.



  • Mostrar Abstract
  • As resinas de geoprópolis são produzidas por abelhas sem ferrão (Meliponinae), desenvolvidas a partir da coleta de materiais resinosos, ceras e exsudatos, da flora da região onde estas abelhas estão presentes, além da adição de argila ou terra em sua composição. Várias atividades biológicas são atribuídas aos Extratos Etanol de Geoprópolis (EEGP). As propriedades bioativas estão associadas a composição química complexa que estas possuem. Este trabalho apresenta duas abordagens: 1. Revisao bibliográfica sobre as Propriedades Antibacterianas e Antioxidantes de Extratos de Geoprópolis de Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae) ocorrentes no território brasileiro e 2. Avaliação das atividades biológicas do EEGP, como uma alternativa terapêutica natural para o enfrentamento de infecções causadas por cepas resistentes de Staphylococcus aures. Em relação a primeira abordagem o estudo revelou que a busca pelos produtos naturais (EEGP), sua composição química e potencial bioativo aumentou substancialmente nos últimos anos e que a geoprópolis produzidas no Brasil possuem uma elevada variabilidade de constituintes químicos em sua composição, em consequência da diversidade vegetal encontrada no território brasileiro.Já em relação a segunda abordagem, os testes demostraram que o EEGP apresenta atividade antibacteriana e bacteriostática nos isolados de S. aureus testados. Adicionalmente, foi observado inibição do biofilme destes patogenos com valor médio superior a 65% na concentração mais alta e potencial antioxidante (CI50) de 11,05 ± 1,55 µg/mL. Os teste de citotoxicidade, revelaram que o EEGP reduziu significativamente a viabilidade celular nas três concentrações testadas (550 µg/mL: 81,68 ± 3,79%; 1100 µg/mL: 67,10 ± 3,76 %; 2200 µg/mL: 67,40 ± 1,86%). Diante do exposto, o uso seguro do EEGP proveniente do Nordeste brasileiro, pôde ser comprovado pelo teste de citotoxicidade, e seu uso como agente antioxidante e antibacteriano mostrou-se eficaz, sendo este uma alternativa viável no combate ao estresse oxidativo e na disseminação e evolução contínua da resistência em S. aureus.


13
  • PRISCILLA GLAZIELLY DOS SANTOS DE MORAES
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA E ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg


  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • Data: 27/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • Myrciaria floribunda é uma planta amplamente distribuída em diferentes biomas brasileiros, como a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Além disso, ela apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anticancerígenas. Neste estudo, foram examinadas as propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias do óleo essencial das folhas de M. floribunda (MfEO), bem como a sua segurança de uso, por meio da realização de testes em modelos de camundongos. Para descrever o óleo essencial, utilizou-se a técnica de cromatografia gasosa-espectrometria de massa, cujos resultados revelaram que componentes como o δ-cadineno, biciclogermacreno, α-cadinol e epi-α-muurolol predominaram no perfil químico do óleo. Ao administrar uma dose de 2.000 mg/kg de peso corporal em animais para testes de toxicidade aguda, não foram observados sinais de mortalidade ou alterações fisiológicas, assim como nenhuma mudança nos parâmetros hematológicos, bioquímicos ou histológicos. O óleo essencial estimulou uma redução na nocicepção nos modelos químicos e térmicos utilizados para avaliar a atividade antinociceptiva aguda. Além disso, os resultados obtidos ao utilizar bloqueadores da via da dor para investigar o mecanismo subjacente indicaram uma atividade da via opioide. Ainda, foram observados efeitos anti-edematogênicos, redução na migração celular e inibição da geração de citocinas pró-inflamatórias, o que forneceu evidências do potencial anti-inflamatório do óleo essencial de M. floribunda. Com base nessa pesquisa, concluiu-se que o óleo essencial de M. floribunda pode aliviar efetivamente a dor aguda e a inflamação, sem causar sinais de toxicidade. Portanto, esses resultados destacam a promissora aplicação deste óleo como uma opção terapêutica no tratamento de dor e inflamação aguda.



  • Mostrar Abstract
  • Myrciaria floribunda é uma planta amplamente distribuída em diferentes biomas brasileiros, como a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Além disso, ela apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anticancerígenas. Neste estudo, foram examinadas as propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias do óleo essencial das folhas de M. floribunda (MfEO), bem como a sua segurança de uso, por meio da realização de testes em modelos de camundongos. Para descrever o óleo essencial, utilizou-se a técnica de cromatografia gasosa-espectrometria de massa, cujos resultados revelaram que componentes como o δ-cadineno, biciclogermacreno, α-cadinol e epi-α-muurolol predominaram no perfil químico do óleo. Ao administrar uma dose de 2.000 mg/kg de peso corporal em animais para testes de toxicidade aguda, não foram observados sinais de mortalidade ou alterações fisiológicas, assim como nenhuma mudança nos parâmetros hematológicos, bioquímicos ou histológicos. O óleo essencial estimulou uma redução na nocicepção nos modelos químicos e térmicos utilizados para avaliar a atividade antinociceptiva aguda. Além disso, os resultados obtidos ao utilizar bloqueadores da via da dor para investigar o mecanismo subjacente indicaram uma atividade da via opioide. Ainda, foram observados efeitos anti-edematogênicos, redução na migração celular e inibição da geração de citocinas pró-inflamatórias, o que forneceu evidências do potencial anti-inflamatório do óleo essencial de M. floribunda. Com base nessa pesquisa, concluiu-se que o óleo essencial de M. floribunda pode aliviar efetivamente a dor aguda e a inflamação, sem causar sinais de toxicidade. Portanto, esses resultados destacam a promissora aplicação deste óleo como uma opção terapêutica no tratamento de dor e inflamação aguda.


14
  • LAYSLA DOS SANTOS MOTTA
  • ANÁLISE DO USO DA CIANOBACTÉRIA Arthrospira platensis (Spirulina platensis) NA ATENUAÇÃO DA TOXICIDADE DO CORANTE REACTIVE BLACK 5

  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • FABIO HENRIQUE PORTELLA CORREA DE OLIVEIRA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • Data: 30/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste Pernambucano (APLCAPE) tem se destacado nacionalmente no setor têxtil. No entanto, o desenvolvimento têxtil na região tem causado impactos ambientais, devido à geração e lançamento de efluentes sem tratamento adequado, afetando a qualidade da água do rio Ipojuca. Dentre os constituintes dos efluentes lançados, destacam-se os corantes tipo azo e seus subprodutos, os quais são considerados tóxicos para o meio ambiente. Visando encontrar tratamentos alternativos para os efluentes têxteis, presente trabalho objetivou avaliar a eficiência da cianobactéria Arthrospira platensis na remoção do corante azo Reactive Black 5 (RB5) e na redução de sua toxicidade. Foram analisados cinco tratamentos durante 15 dias, visando investigar possíveis vias de remoção do corante: (1) A. platensis (300 mg/L) e meio de cultura Schlösser (AM; controle); (2) A. platensis, meio de cultura Schlösser e corante RB5 (32,5 mg/L) (AMR; via de biodegradação); (3) A. platensis inativada, meio de cultura Schlösser e RB5 (AiMR; via de adsorção); (4) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de claro (MRc; via de fotodegradação); (5) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de escuro (MRe; possível adsorção ao frasco e influência do meio de cultura). Em relação ao crescimento de A. platensis, nos tratamentos contendo a cianobactéria, foi notado um crescimento máximo de 509,89 mg/L na presença do corante (AMR), comparado a 1060,14 mg/L na ausência de RB5 (AM), ambos no dia 13. No tratamento AiMR, foi comprovada a eficiência da inativação de A. platensis. O dia 12 foi o último dia de crescimento da fase exponencial. Por esta razão, foi utilizado para as análises de remoção, observando-se valores de remoção de RB5: 33,13% (AMR); 60,7% (AiMR); 35,6% (MRc), e 25,51% (MRe). Os dados do dia 12 indicam que houve uma remoção de 25,51% relacionada à adsorção ao frasco ou devido a constituintes do meio de cultura, considerando MRe; de 10,09% de remoção por fotodegradação, comparando MRc e MRe; e 25,10% por adsorção à cianobactéria, comparando AiMR e MRc. Por outro lado, os valores indicam ausência de biodegradação pela cianobactéria, considerando AMR e MRc, que foi corroborada pela ausência dos subprodutos de biodegradação anilina e catecol nas amostras analisadas. A atenuação da toxicidade de RB5 nos diferentes tratamentos foi investigada usando o sistema teste Allium cepa L., mediante o índice da germinação de sementes e comprimento médio das raízes. Com relação à toxicidade, observou-se que RB5 foi altamente tóxico no tratamento controle (RB5 em água), com apenas 1,5% de germinação. De modo geral, houve uma atenuação da toxicidade em todos os tratamentos analisados no dia 12 do experimento de remoção, porém considerada baixa, com valores de germinação variando de 10,5% a 14,5%. Dessa forma, conclui-se que A. platensis contribui para a remoção de RB5 pelo processo de adsorção e para uma baixa atenuação da toxicidade.  



  • Mostrar Abstract
  • O Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste Pernambucano (APLCAPE) tem se destacado nacionalmente no setor têxtil. No entanto, o desenvolvimento têxtil na região tem causado impactos ambientais, devido à geração e lançamento de efluentes sem tratamento adequado, afetando a qualidade da água do rio Ipojuca. Dentre os constituintes dos efluentes lançados, destacam-se os corantes tipo azo e seus subprodutos, os quais são considerados tóxicos para o meio ambiente. Visando encontrar tratamentos alternativos para os efluentes têxteis, presente trabalho objetivou avaliar a eficiência da cianobactéria Arthrospira platensis na remoção do corante azo Reactive Black 5 (RB5) e na redução de sua toxicidade. Foram analisados cinco tratamentos durante 15 dias, visando investigar possíveis vias de remoção do corante: (1) A. platensis (300 mg/L) e meio de cultura Schlösser (AM; controle); (2) A. platensis, meio de cultura Schlösser e corante RB5 (32,5 mg/L) (AMR; via de biodegradação); (3) A. platensis inativada, meio de cultura Schlösser e RB5 (AiMR; via de adsorção); (4) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de claro (MRc; via de fotodegradação); (5) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de escuro (MRe; possível adsorção ao frasco e influência do meio de cultura). Em relação ao crescimento de A. platensis, nos tratamentos contendo a cianobactéria, foi notado um crescimento máximo de 509,89 mg/L na presença do corante (AMR), comparado a 1060,14 mg/L na ausência de RB5 (AM), ambos no dia 13. No tratamento AiMR, foi comprovada a eficiência da inativação de A. platensis. O dia 12 foi o último dia de crescimento da fase exponencial. Por esta razão, foi utilizado para as análises de remoção, observando-se valores de remoção de RB5: 33,13% (AMR); 60,7% (AiMR); 35,6% (MRc), e 25,51% (MRe). Os dados do dia 12 indicam que houve uma remoção de 25,51% relacionada à adsorção ao frasco ou devido a constituintes do meio de cultura, considerando MRe; de 10,09% de remoção por fotodegradação, comparando MRc e MRe; e 25,10% por adsorção à cianobactéria, comparando AiMR e MRc. Por outro lado, os valores indicam ausência de biodegradação pela cianobactéria, considerando AMR e MRc, que foi corroborada pela ausência dos subprodutos de biodegradação anilina e catecol nas amostras analisadas. A atenuação da toxicidade de RB5 nos diferentes tratamentos foi investigada usando o sistema teste Allium cepa L., mediante o índice da germinação de sementes e comprimento médio das raízes. Com relação à toxicidade, observou-se que RB5 foi altamente tóxico no tratamento controle (RB5 em água), com apenas 1,5% de germinação. De modo geral, houve uma atenuação da toxicidade em todos os tratamentos analisados no dia 12 do experimento de remoção, porém considerada baixa, com valores de germinação variando de 10,5% a 14,5%. Dessa forma, conclui-se que A. platensis contribui para a remoção de RB5 pelo processo de adsorção e para uma baixa atenuação da toxicidade.  


15
  • BRUNA MENDES DUARTE
  • DINÂMICA DA SOROPREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ANTICORPOS PARA Yersinia pestis EM ROEDORES E CARNÍVOROS DOMÉSTICOS (CÃES E GATOS) NOS FOCOS DE PESTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
  • IGOR VASCONCELOS ROCHA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 30/06/2023

  • Mostrar Resumo
  •  peste é uma zoonose focal de roedores, transmitida por pulgas, que infecta humanos e outros mamíferos. Introduzida no Brasil por via marítima em 1899, durante a última pandemia, a infecção atingiu Pernambuco em 1902 e estabeleceu focos naturais em regiões favoráveis à sua permanência: Planalto da Borborema, Chapada do Araripe e maciço de Triunfo localizados nas regiões Agreste e Sertão pernambucanos. Para obter dados básicos para as ações preventivas contra a peste nas áreas focais de transmissão do estado, foi realizado um estudo descritivo por meio de dados secundários obtidos pelo Programa de Controle da Peste a partir de informações disponíveis no acervo do Serviço de Referência Nacional em Peste do Instituto Aggeu Magalhães, FIOCRUZ PE. O estudo retrospectivo referente ao período de 1980 a 2018 revelou a circulação da infecção na natureza muitos anos depois das últimas ocorrências dos casos humanos. A vigilância sorológica detectou a ocorrência de 1.165 (0,6%) animais positivos para anticorpos antipestosos específicos: 09 roedores (04 Rattus rattus e 05 Galea spixxi), 114 gatos, 1.006 cães e 36 não especificados (cães+gatos). As amostras positivas foram originadas de 70 municípios das três áreas focais de transmissão: 52 municípios do Planalto da Borborema (295 animais), 13 da Chapada do Araripe (288 animais) e cinco municípios do maciço de Triunfo (334 animais). Foram observados três picos de positividade relacionados principalmente aos cães, em 1990, 2001 e 2007 e a partir daí a positividade passou a declinar. No geral houve uma tendência decrescente do número de animais positivos, com as últimas positivações sorológicas em 2004 entre os gatos e 2012 entre os cães. Apesar dessa tendência a manutenção da vigilância em todos os focos é imprescindível para conhecer as atividades da infecção e obter informações essenciais para um controle eficaz. As análises espaciais da distribuição de anticorpos antipestosos nas áreas focais de transmissão revelaram diferentes clusters para cães e gatos. As taxas de positividade sorológica encontradas sejam por ano ou por município foram na maioria, abaixo de 0,1% caracterizando situações de risco quase nulo de transmissão. Por outro lado, alguns municípios em alguns períodos apresentaram taxas elevadas de positividade caracterizando situações potencialmente perigosas com risco aumentado para as comunidades da área e a necessidade de intervenção de controle. 


  • Mostrar Abstract
  •  peste é uma zoonose focal de roedores, transmitida por pulgas, que infecta humanos e outros mamíferos. Introduzida no Brasil por via marítima em 1899, durante a última pandemia, a infecção atingiu Pernambuco em 1902 e estabeleceu focos naturais em regiões favoráveis à sua permanência: Planalto da Borborema, Chapada do Araripe e maciço de Triunfo localizados nas regiões Agreste e Sertão pernambucanos. Para obter dados básicos para as ações preventivas contra a peste nas áreas focais de transmissão do estado, foi realizado um estudo descritivo por meio de dados secundários obtidos pelo Programa de Controle da Peste a partir de informações disponíveis no acervo do Serviço de Referência Nacional em Peste do Instituto Aggeu Magalhães, FIOCRUZ PE. O estudo retrospectivo referente ao período de 1980 a 2018 revelou a circulação da infecção na natureza muitos anos depois das últimas ocorrências dos casos humanos. A vigilância sorológica detectou a ocorrência de 1.165 (0,6%) animais positivos para anticorpos antipestosos específicos: 09 roedores (04 Rattus rattus e 05 Galea spixxi), 114 gatos, 1.006 cães e 36 não especificados (cães+gatos). As amostras positivas foram originadas de 70 municípios das três áreas focais de transmissão: 52 municípios do Planalto da Borborema (295 animais), 13 da Chapada do Araripe (288 animais) e cinco municípios do maciço de Triunfo (334 animais). Foram observados três picos de positividade relacionados principalmente aos cães, em 1990, 2001 e 2007 e a partir daí a positividade passou a declinar. No geral houve uma tendência decrescente do número de animais positivos, com as últimas positivações sorológicas em 2004 entre os gatos e 2012 entre os cães. Apesar dessa tendência a manutenção da vigilância em todos os focos é imprescindível para conhecer as atividades da infecção e obter informações essenciais para um controle eficaz. As análises espaciais da distribuição de anticorpos antipestosos nas áreas focais de transmissão revelaram diferentes clusters para cães e gatos. As taxas de positividade sorológica encontradas sejam por ano ou por município foram na maioria, abaixo de 0,1% caracterizando situações de risco quase nulo de transmissão. Por outro lado, alguns municípios em alguns períodos apresentaram taxas elevadas de positividade caracterizando situações potencialmente perigosas com risco aumentado para as comunidades da área e a necessidade de intervenção de controle. 

16
  • JOSE RIVALDO DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICÂNCER E SEGURANÇA TOXICOGENÉTICA DE DERIVADOS DA β-LAPACHONA

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 03/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • O desenho de novos derivados da  β-lapachona pode levar ao desenvolvimento de moléculas menos tóxicas, com atividade anticâncer e alta seletividade. Neste sentido, este trabalho objetivou investigar a atividade anticâncer, mecanismo de ação e seguridade toxicogenética dos derivados naftoquinônicos 2-(2,2-dimetill-5oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(4ntrofenil)hidrazinacarbotio- amida (BV3) e 2-(2,2-dimetil-5-oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(p-toluiu)hidrazinacarbotioamida (BV5). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética para uso de animais sob o protocolo de nº 004/2023. Para isso, foi verificada a citotoxicidade dos compostos em L-929 (fibroblasto murino), HeLa (adenocarcinoma cervical humano), HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HepG2 (carcinoma hepatocelular humano) e MDA (adenocarcinoma de glândula mamária) pelo método do MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-brometo de difeniltetrazólio). As alterações morfológicas e o mecanismo de morte celular causados pelo tratamento com BV3 e BV5 foram realizadas na linhagem HeLa. Além disso, foi analisada a segurança biológica pelo teste cometa e o ensaio de micronúcleo. Os resultados obtidos apontam que os derivados BV3 e BV5 apresentam atividade anticâncer frente às linhagens HCT-116, HepG2 e MDA, com valores de IC50 menores que 15 μg/mL. A IC50 da BV3 para a linhagem L-929 foi de 19,19 μg/mL com índice de seletividade de 15. Para a linhagem HeLa, os compostos BV3 e BV5 apresentaram IC50 de 1,21 μg/mL e 7,21 μg/mL, respectivamente. A partir da IC50, foi observado através de microscopia óptica que estes derivados causam alterações morfológicas típicas de apoptose. Nas análises por citometria de fluxo, foi confirmada a ação destes derivados sobre as células HeLa na indução de morte por apoptose/necrose. Ademais, o composto BV3 não causou danos mutagênicos e genotóxicos, entretanto, o derivado BV5 na concentração de 2000 mg/kg apresentou um leve aumento no dano indexado em relação ao controle negativo. Em conclusão, o derivado BV3 apresentou atividade antineoplásica para as linhagens testadas, com alta seletividade para linhagem HeLa e foi considerado de uso seguro para a continuidade dos estudos não clínicos direcionados a tumores cervicais.



  • Mostrar Abstract
  • O desenho de novos derivados da  β-lapachona pode levar ao desenvolvimento de moléculas menos tóxicas, com atividade anticâncer e alta seletividade. Neste sentido, este trabalho objetivou investigar a atividade anticâncer, mecanismo de ação e seguridade toxicogenética dos derivados naftoquinônicos 2-(2,2-dimetill-5oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(4ntrofenil)hidrazinacarbotio- amida (BV3) e 2-(2,2-dimetil-5-oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(p-toluiu)hidrazinacarbotioamida (BV5). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética para uso de animais sob o protocolo de nº 004/2023. Para isso, foi verificada a citotoxicidade dos compostos em L-929 (fibroblasto murino), HeLa (adenocarcinoma cervical humano), HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HepG2 (carcinoma hepatocelular humano) e MDA (adenocarcinoma de glândula mamária) pelo método do MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-brometo de difeniltetrazólio). As alterações morfológicas e o mecanismo de morte celular causados pelo tratamento com BV3 e BV5 foram realizadas na linhagem HeLa. Além disso, foi analisada a segurança biológica pelo teste cometa e o ensaio de micronúcleo. Os resultados obtidos apontam que os derivados BV3 e BV5 apresentam atividade anticâncer frente às linhagens HCT-116, HepG2 e MDA, com valores de IC50 menores que 15 μg/mL. A IC50 da BV3 para a linhagem L-929 foi de 19,19 μg/mL com índice de seletividade de 15. Para a linhagem HeLa, os compostos BV3 e BV5 apresentaram IC50 de 1,21 μg/mL e 7,21 μg/mL, respectivamente. A partir da IC50, foi observado através de microscopia óptica que estes derivados causam alterações morfológicas típicas de apoptose. Nas análises por citometria de fluxo, foi confirmada a ação destes derivados sobre as células HeLa na indução de morte por apoptose/necrose. Ademais, o composto BV3 não causou danos mutagênicos e genotóxicos, entretanto, o derivado BV5 na concentração de 2000 mg/kg apresentou um leve aumento no dano indexado em relação ao controle negativo. Em conclusão, o derivado BV3 apresentou atividade antineoplásica para as linhagens testadas, com alta seletividade para linhagem HeLa e foi considerado de uso seguro para a continuidade dos estudos não clínicos direcionados a tumores cervicais.


17
  • RAFAEL THIAGO PEREIRA DA SILVA
  • PERFIL DE RESISTÊNCIA, VIRULÊNCIA E CLONALIDADE EM ISOLADOS DE Acinetobacter baumannii ASSOCIADOS A PACIENTES DE UTI SRAG/COVID-19 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IGOR VASCONCELOS ROCHA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 28/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detectada em dezembro de 2019, trouxe consigo várias problemáticas. Durante seu acontecimento houve aumento significativo pela demanda de leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Muitos desses pacientes foram colonizados e desenvolveram co-infecções oriundas do ambiente hospitalar. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de β–lactamases e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos (EMA’s), além da capacidade para formação de biofilmes em isolados de Acinetobacter baumannii provenientes de um surto ocorrido em uma UTI-COVID de um hospital público em Recife-PE, durante os anos de 2020 a 2021. Foram analisados 36 isolados de A. baumanii, identificados inicialmente pelo equipamento Phoenix-BDTM M50 e confirmados pela Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight Mass Spectrometryv (MALDi-TOF-MS). Estes, foram analisados quanto ao seu perfil de resistência fenotípico através do Phoenix-BDTM M50 e submetidos à reação em Cadeia da Polimerase – PCR para detecção de genes β-lactâmicos (blaKPC, blaIMP, blaVIM e blaSHV) e aminoglicosídeos (aac (6’)-Ib-cr, ant (3’’)-Ia e aph (3’’)-Ia). Todos os genes tiveram amostras purificadas e sequenciadas para confirmação da região amplificada. Adicionalmente, foi avaliado o potencial para formação de biofilme por meio do método Cristal Violeta e, por fim, foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) do consenso repetitivo intergênico enterobacteriano (ERIC-PCR) para avaliar a relação clonal dos isolados. Os dados confirmaram que os isolados correspondem a A. baumanii, e apresentam perfis de resistência/suscetibilidade distintos. Foi observada a disseminação de 5,4% (n=2) bactérias Multidroga-Resistentes (MDR); 75,67% (n=28) Extensivamente-Resistentes (XDR) e 18,9% (n=7) N-MDR. Ainda em relação ao perfil fenotipico de resistência, dois isolados (AB21; AB30) foram resistentes à colistina. Em relação às analises moleculares dos β-lactâmicos, foi observada a incidência do gene blaVIM 18,91% (n=7), seguido do blaSHV: 16,21% (n=6), blaKPC: 10,81% (n=4) e blaIMP 8,10% (n=3). Já em relação aos aminoglicosídeos, houve uma predominância do aac (6’)-Ib-cr 25% (n=9), seguido do ant (3’’)-Ia, 13,88% (n=5), e do aph (3’’)-Ia 5,33% (n=2). Todos os isolados formaram biofilme, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes.   Pela técnica de ERIC-PCR foram encontrados, 22 perfis genéticos indicando uma disseminação clonal nos ambientes investigados. Os dados encontrados são alarmantes e revelam a crescente capacidade adaptativa da espécie A. baumannii no ambiente hospitalar, o que dificulta e retarda seu tratamento. A presença de clones dessa espécie enfatiza a necessidade de monitoramento constante e vigilância epidemiológica para combater essas infecções hospitalares.



  • Mostrar Abstract
  • A pandemia causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detectada em dezembro de 2019, trouxe consigo várias problemáticas. Durante seu acontecimento houve aumento significativo pela demanda de leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Muitos desses pacientes foram colonizados e desenvolveram co-infecções oriundas do ambiente hospitalar. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de β–lactamases e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos (EMA’s), além da capacidade para formação de biofilmes em isolados de Acinetobacter baumannii provenientes de um surto ocorrido em uma UTI-COVID de um hospital público em Recife-PE, durante os anos de 2020 a 2021. Foram analisados 36 isolados de A. baumanii, identificados inicialmente pelo equipamento Phoenix-BDTM M50 e confirmados pela Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight Mass Spectrometryv (MALDi-TOF-MS). Estes, foram analisados quanto ao seu perfil de resistência fenotípico através do Phoenix-BDTM M50 e submetidos à reação em Cadeia da Polimerase – PCR para detecção de genes β-lactâmicos (blaKPC, blaIMP, blaVIM e blaSHV) e aminoglicosídeos (aac (6’)-Ib-cr, ant (3’’)-Ia e aph (3’’)-Ia). Todos os genes tiveram amostras purificadas e sequenciadas para confirmação da região amplificada. Adicionalmente, foi avaliado o potencial para formação de biofilme por meio do método Cristal Violeta e, por fim, foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) do consenso repetitivo intergênico enterobacteriano (ERIC-PCR) para avaliar a relação clonal dos isolados. Os dados confirmaram que os isolados correspondem a A. baumanii, e apresentam perfis de resistência/suscetibilidade distintos. Foi observada a disseminação de 5,4% (n=2) bactérias Multidroga-Resistentes (MDR); 75,67% (n=28) Extensivamente-Resistentes (XDR) e 18,9% (n=7) N-MDR. Ainda em relação ao perfil fenotipico de resistência, dois isolados (AB21; AB30) foram resistentes à colistina. Em relação às analises moleculares dos β-lactâmicos, foi observada a incidência do gene blaVIM 18,91% (n=7), seguido do blaSHV: 16,21% (n=6), blaKPC: 10,81% (n=4) e blaIMP 8,10% (n=3). Já em relação aos aminoglicosídeos, houve uma predominância do aac (6’)-Ib-cr 25% (n=9), seguido do ant (3’’)-Ia, 13,88% (n=5), e do aph (3’’)-Ia 5,33% (n=2). Todos os isolados formaram biofilme, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes.   Pela técnica de ERIC-PCR foram encontrados, 22 perfis genéticos indicando uma disseminação clonal nos ambientes investigados. Os dados encontrados são alarmantes e revelam a crescente capacidade adaptativa da espécie A. baumannii no ambiente hospitalar, o que dificulta e retarda seu tratamento. A presença de clones dessa espécie enfatiza a necessidade de monitoramento constante e vigilância epidemiológica para combater essas infecções hospitalares.


18
  • PAULO VITOR GALDINO DA SILVA
  • Respostas bioquímicas, fisiológicas e moleculares em sementes e plântulas de Cenostigma pyramidale após hidratação descontínua

  • Orientador : VALESCA PANDOLFI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALESCA PANDOLFI
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • ELIZAMAR CIRÍACO DA SILVA
  • Data: 01/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • A germinação é um dos estágios mais críticos para o desenvolvimento inicial de plântulas, uma vez que estas estão sob constante exposição à múltiplos estresses ambientais. Em ambientes semiáridos, como a Caatinga, a escassez hídrica recorrente é prejudicial para algumas espécies, ao passo que para outras, ciclos intermitentes de seca favorecem tanto os parâmetros de germinação, como estabelecem uma “memória hídrica”, resultando em maior tolerância. Tal fenômeno promove modificações fisiológicas, bioquímicos e moleculares na planta. Estas últimas, por sua vez, envolvem respostas transcricionais e/ou epigenéticas associadas ao mecanismo de memória do estresse anterior.O presente estudo avaliou os efeitos de memória hídrica nos ciclos HD e ciclos intermitentes de seca, assim como seus efeitos, sobre aspectos fisiológicos, bioquímicos e moleculares em Cenostigma Pyramidale, umaespécie nativa da Caatinga, com considerável tolerância à seca e salinidade. Sementes de C. pyramidale foram submetidas a diferentes ciclos de HD com germinação subsequente em condições de déficit hídrico simulado (PEG 6000) em 6 potenciais osmóticos (0,0 -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 Mpa). Os parâmetros de germinação avaliados foram: porcentagem (%), Sincronia, Tempo Médio de Germinação (TMG) e Velocidade Média de Germinação (VMG). Para a análise de planta jovem, sementes foram divididas em dois grupos, sendo: GI_SCIS (sem HD e sem CIS); GI_CIS (sem HD e com CIS); GII_SCIS (com HD e sem CIS); GII_CIS (com HD e com CIS). Após 6 meses de cultivo, um grupo de plantas foi submetido à 4 ciclos intermitentes de seca, contendo grupo controle (com irrigação). Aos 7 meses, as plantas foram avaliadas quanto ao conteúdo hídrico relativo foliar (CRA) e acúmulo de carboidratos não estruturais (CNEs) na folha, caule e raiz. As sementes não condicionadas de C. Pyramidale mostraram tolerância a seca em potenciais de até -0,6 MPa. Aos serem expostas aos ciclos de HD todos os parâmetros de germinação foram favorecidos, além de aumentar a tolerância ao déficit hídrico. Na fase jovem, em ambos os grupos (GI e GII), as plantas que receberam ciclos intermitentes de seca apresentaram maior acúmulo (29-32 %) de açúcares solúveis na folha. Plantas do grupo GII_CCIS também mostraram aumento na concentração de amido (76 %) nas raízes, quando comparadas ao GI_SCIS. Sob seca contínua, todos os tratamentos apresentaram uma eficiente distribuição dos CNEs, em ambos os tecidos analisados. Esses dados sugerem que as plantas submetidas à ciclos intermitentes de secaapresentam uma adaptação em sua arquitetura fotossintética, provavelmente devido à imposição dos estresses subsequentes (adquirindo memória ao referido estresse). Além disso, a raiz de C. pyramidale mostrou ser o órgão predominante no armazenamento de amido desta espécie, o que corrobora com a eficiência do condicionamento no processo de memória hídrica nos tratamentos GII_CCIS, contribuindo para sua “tolerância” à futuros enfrentamentos à estresses por secas eminentes. Desta forma, os ciclos de HD, além de contribuir na eficiência da germinação de sementes, quando combinados com os CIS parecem potencializar também as respostas bioquímicas da catingueira, a qual adquire certa “plasticidade” para enfrentar períodos de HD. Para uma melhor elucidação das respostas moleculares da memória à seca, faz-se necessária uma análise do perfil de expressão de genes comprovadamente identificados como responsivos à memória a esse tipo de estresse.



  • Mostrar Abstract
  • A germinação é um dos estágios mais críticos para o desenvolvimento inicial de plântulas, uma vez que estas estão sob constante exposição à múltiplos estresses ambientais. Em ambientes semiáridos, como a Caatinga, a escassez hídrica recorrente é prejudicial para algumas espécies, ao passo que para outras, ciclos intermitentes de seca favorecem tanto os parâmetros de germinação, como estabelecem uma “memória hídrica”, resultando em maior tolerância. Tal fenômeno promove modificações fisiológicas, bioquímicos e moleculares na planta. Estas últimas, por sua vez, envolvem respostas transcricionais e/ou epigenéticas associadas ao mecanismo de memória do estresse anterior.O presente estudo avaliou os efeitos de memória hídrica nos ciclos HD e ciclos intermitentes de seca, assim como seus efeitos, sobre aspectos fisiológicos, bioquímicos e moleculares em Cenostigma Pyramidale, umaespécie nativa da Caatinga, com considerável tolerância à seca e salinidade. Sementes de C. pyramidale foram submetidas a diferentes ciclos de HD com germinação subsequente em condições de déficit hídrico simulado (PEG 6000) em 6 potenciais osmóticos (0,0 -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 Mpa). Os parâmetros de germinação avaliados foram: porcentagem (%), Sincronia, Tempo Médio de Germinação (TMG) e Velocidade Média de Germinação (VMG). Para a análise de planta jovem, sementes foram divididas em dois grupos, sendo: GI_SCIS (sem HD e sem CIS); GI_CIS (sem HD e com CIS); GII_SCIS (com HD e sem CIS); GII_CIS (com HD e com CIS). Após 6 meses de cultivo, um grupo de plantas foi submetido à 4 ciclos intermitentes de seca, contendo grupo controle (com irrigação). Aos 7 meses, as plantas foram avaliadas quanto ao conteúdo hídrico relativo foliar (CRA) e acúmulo de carboidratos não estruturais (CNEs) na folha, caule e raiz. As sementes não condicionadas de C. Pyramidale mostraram tolerância a seca em potenciais de até -0,6 MPa. Aos serem expostas aos ciclos de HD todos os parâmetros de germinação foram favorecidos, além de aumentar a tolerância ao déficit hídrico. Na fase jovem, em ambos os grupos (GI e GII), as plantas que receberam ciclos intermitentes de seca apresentaram maior acúmulo (29-32 %) de açúcares solúveis na folha. Plantas do grupo GII_CCIS também mostraram aumento na concentração de amido (76 %) nas raízes, quando comparadas ao GI_SCIS. Sob seca contínua, todos os tratamentos apresentaram uma eficiente distribuição dos CNEs, em ambos os tecidos analisados. Esses dados sugerem que as plantas submetidas à ciclos intermitentes de secaapresentam uma adaptação em sua arquitetura fotossintética, provavelmente devido à imposição dos estresses subsequentes (adquirindo memória ao referido estresse). Além disso, a raiz de C. pyramidale mostrou ser o órgão predominante no armazenamento de amido desta espécie, o que corrobora com a eficiência do condicionamento no processo de memória hídrica nos tratamentos GII_CCIS, contribuindo para sua “tolerância” à futuros enfrentamentos à estresses por secas eminentes. Desta forma, os ciclos de HD, além de contribuir na eficiência da germinação de sementes, quando combinados com os CIS parecem potencializar também as respostas bioquímicas da catingueira, a qual adquire certa “plasticidade” para enfrentar períodos de HD. Para uma melhor elucidação das respostas moleculares da memória à seca, faz-se necessária uma análise do perfil de expressão de genes comprovadamente identificados como responsivos à memória a esse tipo de estresse.


19
  • HÉVELLIN TALITA SOUSA LINS
  • ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DE BACTÉRIAS MULTI-DROGA RESISTENTES- MDR E EXTENSIVAMENTE MULTI-DROGA RESISTENTE ORIUNDAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS IMPACTADOS E AMBIENTES CLÍNICOS.

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • SIVONEIDE MARIA DA SILVA
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • Data: 04/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • O desenvolvimento da resistência bacteriana a várias classes de antibióticos torna-se cada vez mais comum, uma vez que em vários ambientes elas são expostas a esses medicamentos e seus metabólitos. Dessa forma, a resistência é considerada atualmente um problema que compromete a saúde pública mundial. Por conta disso, existe uma corrida científica para o desenvolvimento de novos fármacos ou métodos que sejam eficientes contra as infecções causadas por essas bactérias. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar alternativas que contribuam para o enfrentamento de patógenos resistentes. Para isso, foram utilizadas duas abordagens: 1. Capítulos de revisão abordando o estado da arte: atividade antimicrobiana de nanopartículas e lipossomas como carreadores de fármacose 2. artigo experimental investigando a ação antimicrobiana do óleo essencial de Myrciaria tenella (OEMT) e seu composto majoritário, isolados ou em associação com a Ampicilina (AMP). Para os trabalhos de revisão, foram realizadas pesquisas em seguintes portais de periódicos: PubMed, SciELO, Science Direct e NCBI, disponibilizados nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Já para o trabalho experimental, foram selecionados 14 isolados da bacterioteca de microrganismos do Laboratório de Biologia Molecular (BioMol) da UFPE, 12 oriundos de um ambiente aquático impactado e dois de um ambiente hospitalar. Estes foram previamente identificados quanto sua taxonomia e classificados quanto seu perfil de resistência. A atividade antimicrobiana do OEMT foi verificada, assim como do seu composto majoritário 1,8-cineol em isolados XDR e MDR por meio de testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM), modulação (MOD) com o antibiótico AMP, curva de crescimento, curva de morte microbiana e testes de toxicidade in vivo com larvas de Tenebrio molitor. Como resultados destes trabalhos foram obtidos dois capítulos de revisão e um artigo experimental. Os dados experimentais revelaram que o OEMT, bem como do 1,8-cineol, quando associado a AMP,  inibiram o crescimento de todos os isolados. Os resultados de curva de morte e curva de crescimento demonstraram redução da carga bacteriana apenas para os tratamentos de modulação. Já para os testes in vivo, foi possível observar que não houve toxicidade quando utilizadas as menores concentrações dos tratamentos de MOD. O trabalho apresentado corresponde a uma coletânea de alternativas a serem utilizadas e aprimoradas para o combate a Resistência Antimicrobiana (RAM) e a escolha de cada método a ser utilizado dependerá de fatores associados à pesquisa e as condições e experiências dos grupos de pesquisa.


  • Mostrar Abstract
  • O desenvolvimento da resistência bacteriana a várias classes de antibióticos torna-se cada vez mais comum, uma vez que em vários ambientes elas são expostas a esses medicamentos e seus metabólitos. Dessa forma, a resistência é considerada atualmente um problema que compromete a saúde pública mundial. Por conta disso, existe uma corrida científica para o desenvolvimento de novos fármacos ou métodos que sejam eficientes contra as infecções causadas por essas bactérias. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar alternativas que contribuam para o enfrentamento de patógenos resistentes. Para isso, foram utilizadas duas abordagens: 1. Capítulos de revisão abordando o estado da arte: atividade antimicrobiana de nanopartículas e lipossomas como carreadores de fármacose 2. artigo experimental investigando a ação antimicrobiana do óleo essencial de Myrciaria tenella (OEMT) e seu composto majoritário, isolados ou em associação com a Ampicilina (AMP). Para os trabalhos de revisão, foram realizadas pesquisas em seguintes portais de periódicos: PubMed, SciELO, Science Direct e NCBI, disponibilizados nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Já para o trabalho experimental, foram selecionados 14 isolados da bacterioteca de microrganismos do Laboratório de Biologia Molecular (BioMol) da UFPE, 12 oriundos de um ambiente aquático impactado e dois de um ambiente hospitalar. Estes foram previamente identificados quanto sua taxonomia e classificados quanto seu perfil de resistência. A atividade antimicrobiana do OEMT foi verificada, assim como do seu composto majoritário 1,8-cineol em isolados XDR e MDR por meio de testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM), modulação (MOD) com o antibiótico AMP, curva de crescimento, curva de morte microbiana e testes de toxicidade in vivo com larvas de Tenebrio molitor. Como resultados destes trabalhos foram obtidos dois capítulos de revisão e um artigo experimental. Os dados experimentais revelaram que o OEMT, bem como do 1,8-cineol, quando associado a AMP,  inibiram o crescimento de todos os isolados. Os resultados de curva de morte e curva de crescimento demonstraram redução da carga bacteriana apenas para os tratamentos de modulação. Já para os testes in vivo, foi possível observar que não houve toxicidade quando utilizadas as menores concentrações dos tratamentos de MOD. O trabalho apresentado corresponde a uma coletânea de alternativas a serem utilizadas e aprimoradas para o combate a Resistência Antimicrobiana (RAM) e a escolha de cada método a ser utilizado dependerá de fatores associados à pesquisa e as condições e experiências dos grupos de pesquisa.

20
  • ANA LUÍZA TRAJANO MANGUEIRA DE MELO
  • GENÔMICA ESTRUTURAL E PERFIL DE EXPRESSÃO DA FAMÍLIA GÊNICA PR-1 EM FEIJÃO-COMUM SUBMETIDO À INFECÇÃO POR Colletotrichum lindemuthianum

  • Orientador : JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • Data: 20/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • As plantas desenvolveram múltiplos e complexos mecanismos de defesa contra patógenos. Dentre esses, a família gênica Pathogenesis-related Protein 1 (PR-1), pertencente a superfamília das PRs, destaca-se pela sua atuação na resposta de defesa vegetal contra fitopatógenos, especialmente organismos fúngicos. Apesar de sua importância, estudos que caracterizem tal família e investiguem sua participação na resposta de defesa do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) são inexistentes. Dessa forma, o presente estudo visou realizar a mineração e caracterização genômica estrutural da família gênica PR-1 em feijão-comum, além de avaliar, em tecidos foliares de uma variedade sensível e de uma variedade resistente, o perfil de expressão de suas isoformas transcricionais durante a infecção pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum – em períodos de 24hpi (hours post inoculation), 48hpi e 96hpi. Ao total, foram identificados 13 genes PvPR-1 associados ao genoma de referência de P. vulgaris, os quais clusterizaram em dois diferentes grupos fenéticos, compartilhando padrões de motivos em comum. A maioria das proteínas PvPR-1 apresentaram o caráter básico e majoritariamente hidrofílico. Foi reportado que os genes PvPR-1 apresentaram em seus promotores elementos cis-regulatórios responsivos a diferentes hormônios vegetais envolvidos na reposta a estresses bióticos e abióticos. Dados da plataforma STRING sugeriram co-expressão e elevada interação entre os produtos proteicos de alguns genes PvPR-1 – encontrados induzidos em ao menos um dos tratamentos adotados no ensaio de expressão realizado – e enzimas do tipo Chitinase II (pertencentes ao grupo PR-3 e com forte atividade antimicrobiana). Foram encontradas diferenças temporais no perfil de expressão dos genes PvPR-1 nas variedades resistente e sensível de feijão-comum a C. lindemuthianum. A variedade sensível (Rosinha) apresentou a indução de poucos transcritos PvPR-1, em especial a partir do período de 48h após a aplicação do estresse. Em contraste, a variedade resistente (Africano 4), apresentou maior número de transcritos induzidos no período de 48hpi e 96hpi. Nossos resultados contribuem para a melhor compreensão dos genes PvPR-1, sugerindo seu potencial envolvimento na resposta de defesa do feijão-comum, além de auxiliar na identificação de genes PR-1 candidatos para o desenvolvimento de linhagens de feijão-comum transgênicas potencialmente resistentes a estresses bióticos.



  • Mostrar Abstract
  • As plantas desenvolveram múltiplos e complexos mecanismos de defesa contra patógenos. Dentre esses, a família gênica Pathogenesis-related Protein 1 (PR-1), pertencente a superfamília das PRs, destaca-se pela sua atuação na resposta de defesa vegetal contra fitopatógenos, especialmente organismos fúngicos. Apesar de sua importância, estudos que caracterizem tal família e investiguem sua participação na resposta de defesa do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) são inexistentes. Dessa forma, o presente estudo visou realizar a mineração e caracterização genômica estrutural da família gênica PR-1 em feijão-comum, além de avaliar, em tecidos foliares de uma variedade sensível e de uma variedade resistente, o perfil de expressão de suas isoformas transcricionais durante a infecção pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum – em períodos de 24hpi (hours post inoculation), 48hpi e 96hpi. Ao total, foram identificados 13 genes PvPR-1 associados ao genoma de referência de P. vulgaris, os quais clusterizaram em dois diferentes grupos fenéticos, compartilhando padrões de motivos em comum. A maioria das proteínas PvPR-1 apresentaram o caráter básico e majoritariamente hidrofílico. Foi reportado que os genes PvPR-1 apresentaram em seus promotores elementos cis-regulatórios responsivos a diferentes hormônios vegetais envolvidos na reposta a estresses bióticos e abióticos. Dados da plataforma STRING sugeriram co-expressão e elevada interação entre os produtos proteicos de alguns genes PvPR-1 – encontrados induzidos em ao menos um dos tratamentos adotados no ensaio de expressão realizado – e enzimas do tipo Chitinase II (pertencentes ao grupo PR-3 e com forte atividade antimicrobiana). Foram encontradas diferenças temporais no perfil de expressão dos genes PvPR-1 nas variedades resistente e sensível de feijão-comum a C. lindemuthianum. A variedade sensível (Rosinha) apresentou a indução de poucos transcritos PvPR-1, em especial a partir do período de 48h após a aplicação do estresse. Em contraste, a variedade resistente (Africano 4), apresentou maior número de transcritos induzidos no período de 48hpi e 96hpi. Nossos resultados contribuem para a melhor compreensão dos genes PvPR-1, sugerindo seu potencial envolvimento na resposta de defesa do feijão-comum, além de auxiliar na identificação de genes PR-1 candidatos para o desenvolvimento de linhagens de feijão-comum transgênicas potencialmente resistentes a estresses bióticos.


Teses
1
  • ÉRICK CAÍQUE SANTOS COSTA
  • ESTUDOS COMPUTACIONAIS E SINTÉTICOS DE DERIVADOS PIRIMIDINÔNICOS POTENCIALMENTE BIOATIVOS

  • Orientador : SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARCUS TULLIUS SCOTTI
  • ZENAIDE SEVERINA DO MONTE
  • Data: 10/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Compostos heterocíclicos nitrogenados são amplamente encontrados na natureza e se destacam devido ao seu largo espectro de aplicação biológica. As pirimidinas e seus derivados, especialmente as pirimidinonas, são os compostos heterocíclicos nitrogenados mais importantes encontrados na natureza, pois compõe fundamentalmente a estrutura dos ácidos nucléicos. Em decorrência disso, uma grande parte da P&D de medicamentos tem sido voltada para os estudos sintéticos e biológicos dessa classe de compostos.  Deste modo, diante do potencial farmacológico dos derivados de pirimidinas e do grande desafio mundial em combater as doenças infecciosas, o presente trabalho realizou um amplo estudo com ênfase em antivirais que contempla a revisão e a análise de artigos científicos e banco de dados de medicamentos e patentes, bem como, a triagem virtual de 119 compostos pirimidínicos/pirimidinônicos provenientes de uma biblioteca interna contra os alvos Mpro e RdRp do SARS-CoV-2. Também realizou-se a síntese e o estudo reacional de novos derivados pirimidinônicos e seus intermediários por meio de uma metodologia sustentável. Realizamos também a triagem virtual de mais de 27 mil amidas obtidas do banco de dados ChemBL através de docking e dinâmica molecular contra alvos importantes do Aedes aegypti. Os resultados obtidos evidenciaram a grande importância dos derivados pirimidínicos/pirimidinônicos na P&D de medicamentos antivirais. No seu amplo espectro de atividades antivirais encontram-se relatadas, por exemplo, aplicações anti-HIV, anti-influenza, anti-arboviral e anti-SARS-CoV-2. Esses compostos compõem cerca de 23% de todos os antivirais aprovados pelas agências reguladoras dos EUA, UE e Canadá, e são parte importante nos interesses estratégicos, científicos e tecnológicos de países desenvolvidos. A triagem virtual encontrou 17 derivados pirimidínicos/pirimidinônicos com alta probabilidade de interação com as proteínas Mpro e RdRp do SARS-CoV-2, além de boa predição ADMET, sendo candidatos promissores para posteriores testes in vitro. Oito compostos pirimidinônicos 9a-h foram sintetizados utilizando um sistema binário de solventes sustentáveis (água/etanol), método inédito para a obtenção de 4-hidróxi-2,6-dissubstituído-pirimidina-5-carbonitrilas. Os rendimentos variaram entre 52-80%, sendo quatro compostos 9e-h inéditos. Os acrilatos intermediários 7a-h também foram obtidos por métodos sustentáveis, livres de solventes, utilizando-se o líquido iônico DIPEAc como meio reacional, sendo os composto 7e, 7f e 7h inéditos. Os estudos de reatividade mostraram a influência do solvente, da quantidade de base e dos efeitos eletrônicos dos substituintes, levando a proposição de um mecanismo simultâneo que dificulta a formação dos compostos pirimidinônicos. Por fim, obtivemos através de triagem virtual ,13 amidas que apresentaram baixa ou nenhuma probabilidade de interação com a AaGST, podendo escapar do mecanismo de resistência a inseticidas associado a essa enzima, sendo a Amida 6 um forte e seletivo candidato a testes biológicos contra o Aedes aegypti. Sendo assim, o presente estudo contribui para a P&D de derivados pirimidínicos/pirimidinônicos com aplicações antivirais e contra Dengue, bem como, para a otimização de rotas sintéticas sustentáveis na obtenção desses compostos.



  • Mostrar Abstract
  • As pirimidinonas são compostos que ocorrem na natureza ou sinteticamente com grande aplicação terapêutica, desempenhando um papel vital em numerosas atividades biológicas como, por exemplo, antiviral, antifúngica, anti-inflamatória, diurética, antitumoral, etc. O presente trabalho tem como objetivo contribuir relevantemente para a triagem, o design e a síntese de novas pirimidinonas potencialmente bioativas. Um estudo de revisão da literatura e triagem molecular in silico com pirimidinas (onas) com potencial antiviral contra alvos do SARS-Cov-2 foi realizado. Um total de 1594 artigos fora recuperados da plataforma SciFinder® utilizando os termos de busca “pyrimidines antivirals” e “pyrimidinones antivirals”. Além disso, 141 compostos pirimidínicos (ônicos) foram triados por docking molecular em dois alvos importantes do SARS-Cov-2 (Mpro e a RdRp) recuperados do Protein Data Bank – PDB. Os sítios ativos das respectivas enzimas foram definidos pela interação entre os resíduos de aminoácidos e seus ligantes co-cristalizados. Um ranking dos compostos foi estabelecido em função dos scores obtidos em kcal/mol. Novas pirimidinonas (5a-h) potencialmente bioativas foram sintetizadas a partir de acrilatos. Os acrilatos (13a-h) foram obtidos reagindo os aldeídos aromáticos e heteroaromáticos (1a-h) correspondentes com o cianoacetato de etila (2) e o líquido iônico acetato de diisopropiletilamônio (DIPEAc) à temperatura ambiente. Os compostos pirimidinônicos (5a-h) foram obtidas através da reação entre os acrilatos (13a-h) e cloridrato de benzamidina sob refluxo. As análises espectroscópicas de todos os compostos foram realizadas por RMN e LC/MS. Os resultados obtidos no estudo de revisão mostram o grande potencial antiviral das pirimidinas (onas). Diversos estudos mostram as atividades micro e nanomolares desses compostos contra vírus de grande relevância como SARS-CoV-2, HIV, dengue, ZINKV, dentre outros. Esse potencial também foi evidenciado no estudo in sílico contra alvos moleculares do SARS-CoV-2, onde 10 compostos pirimidinônicos foram altamente predispostos a se ligar ao sítio ativo da Mpro e a RdRp. Análises ADMET desses compostos mostraram boa biodisponibilidade oral e baixa toxicidade. Novos acrilatos foram obtidos utilizando o DIPEAc em 4 horas de reação. Os acrilatos (13a-h) tiveram rendimentos que variaram de 85-98%. As pirimidinonas (5a-h) correspondentes foram obtidas de forma pura, utilizando solventes que vão de encontro com a química verde, com rendimentos entre 52-80% e tempo de 10-20 minutos.


2
  • KÍVIA VANESSA GOMES FALCÃO
  • ZEBRAFISH (Danio rerio) COMO NOVO MODELO PARA PANCREATITE AGUDA INDUZIDA POR CAERULEÍNA

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • ANA PAULA FERNANDES DA SILVA
  • IAN PORTO GURGEL DO AMARAL
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • Data: 14/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pancreatite aguda é um processo inflamatório no pâncreas com crescente aumentou no número de casos e taxa de mortalidade em casos graves que pode chegar até 17%. Por não possui nenhum tratamento específico para a doença, nos últimos anos foi observado uma demanda de pesquisas que se concentraram principalmente na busca por novas estratégias terapêuticas. Os modelos experimentais para pancreatite aguda usualmente são roedores,
    contudo apresentam respostas fisiológicas divergentes entre si, após o estabelecimento da PA. Dessa forma, é imprescindível estudar o comportamento e evolução da PA em modelos animais alternativos como o zebrafish, que vem se destacando na comunidade científica. Os experimentos realizados objetivaram padronizar um novo modelo da pancreatite aguda em zebrafish e validá-lo.


  • Mostrar Abstract
  • A pancreatite aguda é um processo inflamatório no pâncreas com envolvimento variável de outros tecidos regionais ou sistemas orgânicos e tem sido alvo de discussões sobre o entendimento da fisiopatologia e sobre o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Apesar dos avanços tecnológicos em seu estudo, a pancreatite permanece como um desafio, especialmente quando se considera os mecanismos envolvidos em sua fisiopatologia. Torna-se fundamental destacar que as vias fisiológicas envolvidas na evolução e estabelecimento da pancreatite aguda variam entre os animais estudados, até mesmo no modelo consagrado como os roedores. Por isso, estudos da pancreatite aguda em novos modelos animais como zebrafish representam uma ponte entre a ciência básica e a clínica. Dessa forma, o presente trabalho pretende estabelecer o zebrafish como um novo modelo animal para estudos com pancreatite aguda induzida por caeruleína e estudar a patogênese e fisiopatologia da referida doença, além de identificar como a inflamação no pâncreas afeta a bioenergética mitocondrial e a capacidade de induzir doenças secundárias. 


3
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Psidium glaziovianum Kiaersk

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIS CLAUDIO NASCIMENTO DA SILVA
  • MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 14/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Psidium glaziovianum Kiaersk, espécie endêmica do Brasil, apresenta ampla distribuição nos biomas Caatinga e Mata atlântica, entretanto não há relatos sobre o potencial medicinal nem a segurança de uso. Diante disso, foi extraído um óleo essencial de folhas de P. glaziovianum (PgEO), realizada a caracterização química e avaliado o potencial hemolítico, toxicidade aguda, subaguda e genotoxicidade, bem como os efeitos antinociceptivo, anti-inflamatório aguda e crônico, antimicrobiano e cicatrizante. A caracterização química de PgEO foi realizada por Cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas e demonstrou que o óleo era dominado por 1,8-cineole (24,29%), α-pinene (19,73%) e β-pinene (17,31%). PgEO apresentou baixa ação hemolítica (0,33% a 1,78%) para eritrócitos de camundongos. Na toxicidade oral aguda, o tratamento na concentração de 2000 mg/kg não promoveu alteração nos parâmetros fisiológicos, enquanto a concentração de 5000 mg/kg promoveu alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas. A avaliação de genotoxicidade demonstrou, que a concentração de 5000 mg/kg promoveu aumento nos índices e frequência de danos de células sanguíneas nucleadas, enquanto a o tratamento de 2000 mg/kg mostrou-se seguro. No ensaio de toxicidade subaguda os animais tratados por 28 dias com PgEO (250, 500 ou 1000 mg/kg pc vo) não apresentaram alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, histopatológicas e temperatura retal em ambos sexos quando comparados aos controles. Já na mensuração da glicemia, os animais apresentaram uma redução significativa, além de aumento da concentração de SOD e CAT no baço e fígado de maneira dependente de dose, quando comparados aos controles. Adicionalmente, ao longo de 28 dias de tratamento as diferentes concentrações do PgEO não promoveu alterações nas atividades motora e exploratória dos camundongos. Na avaliação da atividade antinociceptiva o tratamento com PgEO (25, 50 e 100 mg/kg) reduziu as contorções abdominais induzida por ácido acético, o tempo de lambedura em ambas as fases do teste de formalina, além de promover aumento do tempo de latência em testes térmicos. Na investigação do mecanismo analgésico revelou uma ação combinada das vias opioidérgica e muscarínica. A ação anti-inflamatório (PgEO 25, 50 e 100 mg/kg), no ensaio de edema de pata o PgEO foi capaz de reduzir o edema em até 89,23%. Já no teste de peritonite o tratamento com PgEO reduziu o influxo leucócitos e neutrófilos, bem como a produção de TNF-α e IL-1β. No ensaio de granuloma o tratamento com PgEO reduziu o peso do granuloma. Na atividade antiartrítica o tratamento com PgEO (50 e 100 mg/kg) reduziu alterações osteoarticulares e edema, além dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e o estresse oxidativo. Adicionalmente, um gel contendo PgEO (1%) apresentou atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas, gram-negativas e fungos. Além disso, o gel foi eficaz na redução de feridas experimentais em camundongos com participação do sistema redox e citocinas inflamatórias. Este estudo fornece evidências que o PgEO apresenta baixa toxicidade quando administrado em alta concentração em dose única e quando administrado diariamente por até 28 dias. O tratamento com PgEO apresentou efeito no tratamento da dor e da inflamação aguda e crônica, além de apresentar atividade antimicrobiana e cicatrizante, podendo ter aplicações futuras farmacêutica.


  • Mostrar Abstract
  • O gênero Psidium L. apresenta diversas espécies com importância econômica e medicinal, entretanto várias espécies desse gênero ainda não foram avaliadas quanto ao seu potencial medicinal e nem a segurança de uso, entre essas espécies encontramos Psidium glaziovianum Kiaersk, que é uma espécie endêmica do Brasil, com distribuição na Caatinga e Mata atlântica. Diante disso, foi extraído um óleo essencial das folhas de P. glaziovinaum (PgEO) e foram avaliados as toxicidades aguda e subaguda e os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório. A caracterização química do óleo por Cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas demonstrou que o óleo era dominado por sesquiterpenos, sendo os compostos majoritários 1,8-cineole (24,29%), α-pinene (19,73%) e β-pinene (17,31%). PgEO foi então usando no teste de hemólise, onde apresentou baixa toxicidade para eritrócitos de camundongos com capacidade de hemólise variando entre 0,33% a 1,78%. Já no teste de toxicidade oral aguda nas concentrações de 2.000 e 5.000 mg/kg os dados não revelaram efeitos tóxicos, foram observadas diferença no ganho de peso e alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas apenas nos animais tratados com a concentração de 5.000 mg/kg. No ensaio de toxicidade subaguda os animais machos e fêmeas receberam PgEO durante 28 dias nas concentrações de 250, 500 ou 1000 mg/kg e foi possível observar que o tratamento apresentou baixa ou nenhuma toxicidade, pois não foram observadas alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, histopatológicas e temperatura retal em nenhuma concentração testadas, já a glicemia dos animais apresentou leve redução e houve produção de SOD e CAT no baço e fígado. Adicionalmente foi possível observar que o tratamento durante 28 dias com as diferentes concentrações do PgEO não foi capaz de alterar as atividades motoras, exploratória e comportamental dos animais nos testes de campo aberto, rota-rod e labirinto em cruz elevada. Na avaliação da atividade antinociceptiva o PgEO nas concentrações de 25, 50 e 100 mg/kg se mostrou eficiente na redução das contorções abdominais induzida por ácido acético, no tempo de lambedura no teste de formalina na primeira e segunda fase, além de ser eficiente aumentando o tempo de latência nos testes térmicos que avaliam a ação central. Além disso, o potencial mecanismo subjacente foi investigado com bloqueadores das vias da dor e os resultados revelaram uma ação combinada das vias opioidérgica e muscarínica. O potencial anti-inflamatório foi confirmado em testes agudos utilizando diferentes concentrações de PgEO (25, 50 e 100 mg/kg). No ensaio de edema de pata que o PgEO foi capaz de reduzir o edema em todas as concentrações testadas, no teste de peritonite o PgEO também foi capaz de reduzir o influxo de células envolvidas no processo inflamatório, bem como reduzir a produção de TNF-α e IL-1β, importantes mediadores pró-inflamatórios. No ensaio de granuloma o PgEO também foi capaz de reduzir a formação do granuloma. Este estudo fornece evidências que o PgEO apresenta baixa toxicidade quando administrado em alta concentração uma única vez e quando administrado diariamente durante 28 dias em concentração de até 1000 mg/kg. Além disso o PgEO pode ser eficaz no tratamento da dor e da inflamação, podendo ter aplicações futuras como um possível fitoterápico. 


4
  • CAIO CÉSAR DA SILVA GUEDES
  • ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PREPARAÇÕES DE SEMENTES DE Moringa oleifera E EXTRATO DE PERICARPO DE Punica granatum

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 24/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os produtos naturais são tradicionalmente utilizados pela população no controle de doenças e pragas. O surgimento de fungos dermatófitos resistentes à tratamentos convencionais, como os do gênero Tricophyton estimula a busca por novos agentes anti-tricophyton. As sementes de Moringa oleifera são dotadas de moléculas bioativas tais como proteínas e ácidos graxos que já foram descritos por apresentarem potencial antimicrobiano. Sitophilus zeamais e Nasutitermes corniger são insetos pragas cujo controle tem sido bastante estudado. O fruto da Punica granatum, conhecido como Romã, é utilizado na alimentação e na medicina popular, e estudos recentes têm identificado moléculas com propriedades inseticidas presentes nesse fruto. Este determinou o potencial antifúngico da fração protéica (FP) e do óleo fixo (OF) obtidos das sementes de M. oleifera contra T. tonsurans. O potencial sinérgico das duas preparações e sua sinergia com antifúngicos comerciais também foram avaliados. Os possíveis mecanismos de ação foram avaliados através do ensaio de proteção do sorbitol e citometria de fluxo usando sondas para determinar a morte celular, integridade lisossômica e potencial de membrana mitocondrial. O trabalho também avaliou extrato do pericarpo da P. granatum (EP) quanto ao efeito inseticida do contra S. zeamais e N. corniger, toxicidade oral aguda e genoxicidade in vivo. FP contém 72,24 mg/mL de proteínas e lectinas (atividade hemaglutinante específica de 113,24). Além disso, OF contém ácidos oleico (66%), palmítico (9,25%) e elaídico (9,06%) como compostos principais. FP e OF foram identificados como agentes fungistáticos (concentração mínima inibitória de 1024 mg/mL), mas não eram fungicidas. Um efeito aditivo foi encontrado para as combinações FP+OF e FP+cetoconazol, enquanto um efeito sinérgico foi detectado para FP+itraconazol e OF+itraconazol. Ao avaliar o crescimento de T. tonsurans na presença de sorbitol, verificou-se um impedimento na ação fungistática do OF, indicando que o óleo interfere em vias de biossíntese da parede celular. O número de células em apoptose e necrose aumentou quando os fungos foram tratados com FP e OF. Além disso, a hiperpolarização mitocondrial aumentou nas células expostas ao óleo. Não houve alterações na integridade lisossômica.  EP contém flavonóides, derivados cinâmicos, taninos hidrolisáveis e açúcares. O efeito de EP na sobrevivência de adultos de S. zeamais e operários e soldados de N. corniger,bem como o efeito dele nas enzimas digestivas dos insetos foi avaliado.  EP apresentou fraco efeito deterrente e foi tóxico para S. zeamais na concentração de 7,5% e 10% ao induzir mortalidade em 36%, e reduzir a taxa de ganho de biomassa e de consumo relativo. EP foi termiticida para soldados (CL50 5,9%) e operários (CL50 2,1%) Todas as concentrações de EP estimularam a atividade da amilase em S. zeamais, porém, menores concentrações de EP (0,31% e 0,62%) reduziram a atividade de endoglucanase e exoglucanase enquanto maiores concentrações apresentaram efeito contrário para as duas enzimas. EP também promoveu mortalidade de N. corniger e estimulou a atividade de  exoglucanase e endoglucanase do inseto. Os ensaios in vivo revelaram que EP na dose de 2.000 mg/kg não promoveu toxicidade e genotoxicidade. Em conclusão, FP e OF de sementes de M. oleifera foram identificados como agentes fungistáticos contra T. tonsurans, sendo assim promissores no combate às dermatofitoses causadas por esse fungo. EPfoi inseticida e interferiu na digestão de nutrientes de S. zeamais e N. corniger. A ausência de toxicidade e promoção de redução da sobrevivência dos insetos indicam que EP tem potencial uso inseticida.


  • Mostrar Abstract
  • As plantas são fontes de metabólitos secundários, ácidos graxos e proteínas que interferem no crescimento e sobrevivência de microrganismos e insetos. Moringa oleifera e Punica granatum são utilizadas na medicina popular e a literatura relata diversas atividades biológicas para essas plantas. Tricophyton tonsurans é um fungo dermatófito causador de doenças que afetam tecidos queratinizados como pele e couro cabeludo e o surgimento de espécies resistentes dificulta o tratamento utilizado antifúngico convencionais. Nasutitermes corniger e Sitophilus zeamaissão insetos pragas que causam prejuízos econômicos para a sociedade. O presente trabalho avaliou o potencial antifúngico de preparações de sementes de M. oleifera (fração proteica contendo lectina, proteína hemaglutinante que reconhece seletivamente carboidratos, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo) contra T. tonsurans e atividade inseticida do extrato de pericarpo de P. granatum contra N. corniger e S. zeamais. O óleo fixo foi extraído em soxhlet e caracterizado por GC-MS, apresentando como principais constituintes os ácidos oleico (66%), palmítico (9,25%) e elágico (9,06%). A fração proteica (72,24 mg de proteína/mL) foi obtida através de precipitação com sulfato de amônio e apresentou atividade hemaglutinante (8192-1). Fração proteica e óleo fixo apresentaram efeito fungiostático com concentração mínima inibitória (CMI) de 1024 μg/mL. O efeito da combinação fração proteica/óleo fixo e destes com antifúngicos comerciais revelou efeito aditivo da combinação fração proteica/óleo fixo (ICIF de 0,507) e da fração proteica com cetoconazol (ICIF de 1,0) e efeito sinérgico nas combinações de fração proteica e do óleo fixo com itraconazol (ICIF de 0,12 e 0,25, respectivamente). O crescimento de T. tonsurans tratados com fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo em presença de sorbitol (0,8 M) revelou que o osmoprotetor não interferiu na ação da fração proteica, mas protegeu as células da ação do óleo fixo e da combinação fração proteica/óleo fixo até a concentração de 2 x CMI. Redução no crescimento fúngico e no número de células viáveis foi detectado após o tratamento do fungo com fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo. O extrato salino de pericarpo de P. granatum foi obtido e análise do perfil fitoquímico identificou a flavonoides, derivados cinâmicos, taninos hidrolisáveis e açúcares, onde o maior constituinte foi ácido elágico (3,66%). A atividade antioxidante do extrato contendo 315,5 mgQE/g de flavonoides foi detectada pelos métodos ABTS (IC50 de 238,5 mg/mL), DPPH (19,77 mg/mL) e fosfomolibdênio (84,41 mg/mL). O extrato de P. granatum foi termiticida contra as duas castas de N. corniger com concentração necessária para matar 50% (CL50) de 5,9% para soldados e 2,1% para operários e modulou enzimas intestinais aumentando a atividade de endoglucanase e exoglucanase. O extrato causou morte de S. zeamais após 07 dias sendo detectada redução da sobrevivência de 64±6,5% no fim do experimento. Avaliação de parâmetros nutricionais de S. zeamais mostrou redução de ganho de biomassa nas concentrações de 10% e 7,5%, na taxa de consumo relativo na concentração testada de 10% e na eficiência de conversão do alimento ingerido na concentração de 7,5%. O extrato foi deterrente (47,6%) na concentração de 10% e estimulou a atividade de amilase do intestino de S. zeamais nas concentrações de 1,25-5%. Em conclusão, a fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo obtidas de sementes de M. oleifera foram antifúngicos contra T. tonsurans e o extrato salino de pericarpo de P. grantum foi inseticida contra N. corniger e S. zeamais. 

5
  • PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DE MIRANDA
  • Atividade cicatrizante do óleo fixo de Syagrus coronata (Mart.) Becc. em feridas cutâneas em modelo in vivo

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROGÉRIO DE AQUINO SARAIVA
  • MARIA ANGÉLICA OLIVEIRA MARINHO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Syagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) é uma espécie de palmeira endêmica do Brasil e ocorrência exclusiva no bioma Caatinga. Popularmente conhecida como Licuri, de seus frutos se extrai um óleo rico em ácidos graxos que é bastante apreciado por habitantes da Caatinga, sendo empregado na gastronomia, medicina popular e artesanato. O óleo inclusive já foi objeto de estudos, tendo sido comprovado sua ação antimicrobiana e ausência de efeitos tóxicos decorrentes de sua ingestão. Com base nessas informações, a presente pesquisa teve como objetivo comprovar a ação cicatrizante do óleo fixo de S. coronata (OFSC), bem como a formulação de nanocápsulas poliméricas produzidas com o óleo. Para alcançar esse objetivo, o óleo foi obtido comercialmente diretamente de uma das cooperativas que comercializam o óleo, a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COPES), e foi caracterizado utilizando cromatografia gasosa acoplado a espectrômetro de massas. Uma alíquota do óleo foi utilizada para formulação das nanocápsulas por meio da metodologia da deposição do óleo em polímero pré-formado (Eudagrit RS100®). A atividade cicatrizante foi avaliada em feridas cutâneas em camundongos Swiss, com aplicação tópica e diária das nanocápsulas em diferentes concentrações do OFSC, a loção comercial Dersani como controle positivo, o controle negativo consistiu no solvente DMSO 2%, utilizado para diluir o OFSC em diferentes concentrações. Por 15 dias as feridas foram avaliadas quanto a parâmetros macroscópicos (formação de edema, exsudato, vermelhidão, presença de casca e necrose) e ao final do 15º dia, o tecido cicatrizado foi coletado para avaliação histológica. A caracterização química do OFSC indicou a presença de 8 compostos, sendo o ácido láurico o composto majoritário. As nanocápsulas obtidas apresentaram um tamanho uniforme (135 nm) e carga superficial positiva (+4,42 ± 0,44 mV). Quanto a cicatrização, o OFSC foi capaz de induzir uma aceleração no processo de cicatrização, induzido o fechamento completo da ferida já no 10º dia após o início do experimento em 3 dos tratamentos aplicado (OFSC 25%, 100% e nanocápsulas), ao passo que demais grupos atingiram esse marco entre o 12º e 13º dia. Além disso, as análises histológicas dos animais tratados com OFSC 25%, 100%, nanocápsulas e Derssani apresentaram maior adensamento de fibras colágenas e maior vascularização quando comparado ao grupo OFSC 10%, ao passo que o grupo controle negativo, do ponto de vista microscópico, não apresentou fechamento completo a ferida. Com os dados obtidos foi possível comprovar, a utilização na medicina popular do OFSC para cicatrização de feridas cutâneas. 



  • Mostrar Abstract
  • Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram positiva, que ocorre naturalmente no corpo humano, e seu crescimento desregulado pode causar sérias complicações. Uma destas complicações é a infecção de feridas. O uso de compostos bioativos é uma alternativa promissora para o tratamento de feridas infeccionadas com S. aureus, principalmente no que diz respeito a feridas infeccionadas com linhagem bacterianas resistentes a antibióticos. A espécie Syagrus coronata (Arecaceae), uma palmeira endêmica do Brasil, é amplamente utilizada por comunidades tradicionais na região Nordeste como agente cicatrizante, e estudos prévios demonstraram atividade antibacteriana e autobiofilme frente a diversas linhagens de S. aureus. O óleo fixo de S. coronata apresenta o ácido láurico apresenta-se como majoritário, correspondendo a quase 50% do óleo, com concentrações menores de ácido mirístico, oleico e ocatnóico. Portanto o objetivo do presente projeto é testar o óleo de S. coronata, como agente cicatrizante, em modelos de feridas contaminadas com S. aureusin vivo.


6
  • DANIELA BOMFIM DE BARROS
  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE ALFA-PINENO FRENTE CEPAS DE Candida albicans

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CAROLINE DE LIMA SILVA
  • BRUNO SEVERO GOMES
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A candidíase, doença causada por fungos do gênero Candida spp., tem sido relatada como um grave problema de saúde pública, ocasionando até mesmo infecções sistêmicas em indivíduos. Os fármacos utilizados no tratamento da candidíase são escassos e possuem elevada toxicidade, o que leva a busca por substâncias advindas de produtos naturais, com destaque para os terpenos. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade antifúngica de um monoterpeno, o α- pineno, frente cepas de Candida albicans. Os ensaios utilizados para o referido estudo foram: teste de determinação concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), através da técnica de microdiluição em caldo do terpeno isolado; Ensaio de associação (checkerboard) entre o o α- pineno e os antifúngicos fluconazol e anfotericina B; Ensaio de cinética de morte (time kill); Mecanismo de ação usando testes in silico e in vitro; Atividade antibiofilme contra Candida albicans e toxicidade contra células humanas (HaCat). O α- pineno apresentou uma CIM entre 128 e 512 ug/mL e a CFM teve os mesmos valores de CIM frente às 8 cepas ensaiadas. As demais concentrações não foram possíveis de determinar a CFM, devido ao crescimento ser maior ou igual a CIMx4 (limite do teste). No ensaio de associação, a interação do α- pineno e fluconazol foi indiferente, já combinações entre α- pineno com a anfotericina B e a nistatina obtiveram efeitos sinérgicos.  Os resultados da simulação de docking molecular demonstraram que a timidilato sintase (−52 kcal mol−1) e a δ-14-sterol redutase (−44 kcal mol−1) apresentaram as melhores interações. Os resultados in vitro sugerem que a atividade antifúngica do α-pineno envolve a ligação ao ergosterol na membrana celular. No ensaio de time kill, a atividade antifúngica não foi dependente do tempo e também inibiu a formação de biofilme ao romper até 88% do biofilme existente. Não foi citotóxico para os queratinócitos humanos. Assim sendo, o presente estudo apóia o α-pineno como um candidato para tratar infecções fúngicas causadas por C. albicans.



  • Mostrar Abstract
  • A candidíase, doença causada por fungos do gênero Candida spp., tem sido relatada como um grave problema de saúde pública, ocasionando até mesmo infecções sistêmicas em indivíduos. Os fármacos utilizados no tratamento da candidíase são escassos e possuem elevada toxicidade, o que leva a busca por substâncias advindas de produtos naturais, com destaque para os terpenos. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade antifúngica de terpenos isolados e em associação com antifúngicos convencionais frente cepas de Candida albicans. Os ensaios utilizados para o referido estudo foram: teste de determinação concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), através da técnica de microdiluição em caldo; Estudo da ação do fitoconstituinte com menor CIM sobre a micromorfologia fúngica; Mecanismo de ação do terpeno com melhor atividade antifúngica, com ênfase nos seus efeitos sobre a parede celular e membrana plasmática fúngica; Ensaio de associação entre o terpeno de maior destaque e o antifúngico padrão (anfotericina B). Foi realizada uma triagem inicial,testando 24 terpenos frente a 8 cepas de Candida albicans, sendo elas ATCC 76485 e ATCC 90028 (cepas padrão); LM- 587 e LM- 616 (cepas sistêmicas); A- 011, A- 05, A-15 e A-20 (cepas provenientes de amostras bucais). Após realização da triagem, o α-pineno destacou-se quanto a sua atividade antifúngica, apresentando CIM a uma concentração de 32 ug/mL frente a cepa ATCC 76485 e de 64ug/ mL frente a cepa LM- 587, sendo as demais cepas inibidas em concentrações acima de 128ug/mL. Quanto ao ensaio de Concentração fungicida mínima (CFM), o terpeno causou a morte dos microrganismos na mesma concentração CIM, para todas as cepas fúngicas. A substância teste apresentou perfil relevante de inibição quando comparada à anfotericina B. Estudos futuros de análise de biofilme, efeito do terpeno teste sobre a cinética de morte microbiana (Time kill), docking molecular, método de modulação e ensaios de citotoxicidade serão conduzidos, com o intuito de aprofundar o perfil antifúngico e, desse modo, investigar e potencializar sua atividade.


7
  • JESSICA BARBOZA DA SILVA
  • FOSFATOMA DE Vigna unguiculata E Vitis vinifera SOB ESTRESSE BIÓTICO: CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA E PERFIL TRANSCRICIONAL

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • MANASSES DANIEL DA SILVA
  • NATONIEL FRANKLIN DE MELO
  • REGINALDO DE CARVALHO
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • As proteínas fosfatases (PPs) compreendem uma superfamília de enzimas que
    estão envolvidas em uma ampla gama de processos metabólicos por meio da
    desfosforilação de fosfoproteínas, incluindo processos envolvidos na resposta a
    estresses. As PPs são classificadas em quatro famílias gênicas: PPP
    (Fosfoproteína fosfatase), PPM (Proteína fosfatase metalo-dependente), PTP
    (proteína tirosina fosfatase) e AspPP (Aspartato (Asp)-fosfatases
    dependentes). Dessas, a família PPM (PP2C) é a mais estudada e relatada por
    seu papel em mecanismos de defesa vegetal. O presente estudo objetivou
    analisar essa superfamília de proteínas de forma ampla, por meio de
    abordagens genômicas, transcriptômicas e moleculares utilizando duas
    espécies de interesse agronômico (feijão-caupi e videira). As PPs foram
    investigadas quanto as suas características estruturais, distribuição genômica,
    mecanismos de expansão genômica, conservação entre outras espécies
    vegetais, sítios de ligação a fatores de transcrição (TFBSs), e padrões de
    expressão frente ao estresse biótico. Foram contruídas bibliotecas de RNA-Seq
    utilizando cultivares contrastantes de feijão-caupi (IT85F-2687 e BR-14 Mulato)
    quanto a tolerância ao Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV) e Cowpea
    severe mosaic virus (CPSMV) e de videira (IAC-572 e Red Globe)inoculadas
    com a bactéria Xanthomonas citri pv. víticola (Xcpv). As PPs identificadas nos
    genomas do feijão-caupi e da videira apresentaram, em sua maioria,
    conservação de suas sequências proteicas. Além disso, relatamos, pela
    primeira vez, PPs possívelmente associadas a membrana em organismos
    vegetais. O mecanismo expansor das PPs nos genomas do feijão-caupi e da
    videira foi, majoritariamente, a duplicação segmental, além disso, essas
    proteínas apresentaram um alto grau de conservação com outras espécies
    vegetais. Os FTs C2H2 e DOF foram os TFBSs mais enriquecidos em feijão-
    caupi e videira, respectivamente, estando diretamente relacionados à resposta
    vegetal sob as condições de estresse avaliadas. Os dados de RNA-Seq
    indicaram que a maioria das PPs de feijão-caupi estavam moduladas
    (induzidas ou reprimidas) em ambas as bibliotecas (CABMV e CPSMV). Além
    disso, identificamos que cerca de 24% das PPs estavam induzidas e eram
    específicas para cada um dos estresses aplicados. Em videira, os dados de
    expressão gênica via qPCR, apontaram a indução de seis genes PPs, em 48

    horas de estresse, apontando o envolvimento dessa classe de genes no
    mecanismos de defesa contra a X citri. Diante disso, nosso estudo disponibiliza
    dados inovadores sobre o envolvimento das PPs nos mecanismos de
    resistência vegetal.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

8
  • PEDRO PAULO MARCELINO NETO
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DOS EXTRATOS DE Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn EM MODELO DE LESÃO PULMONAR AGUDA INDUZIDA POR LIPOPOLISSACARÍDEO EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MARIA VARELA DE ARAUJO DE CASTRO
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • NATALIE EMANUELLE RIBEIRO E SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 03/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia de Covid-19 intensificou as buscas por novos agentes terapêuticos para doenças respiratórias visto o aumento da lesão pulmonar aguda (LPA) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como “mangue branco”, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarréia, feridas bucais e febre. Neste contexo, o objetivo desse trabalho foi avaliar a segurança de uso e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa relacionadas a síndrome respiratória aguda grave induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e o seu perfil fitoquímico analisado por cromatografia em camada delgada (CCD), cromatogragia gasosa acoplada à espectrofotômetro de massas (GC-MS) e cromatografia líquida de alta eficiêcia acoplada à detector de arranjo fotodiodo (CLAE-DAD). A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos métodos de DPPH, ABTS e fosfomolibdênio, e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A toxicidade in vitro dos extratos foi avaliada frente a células mononucleares de sangue periférico (PBMC) e pela atividade hemolítica. A atividade anti-inflamatória in vitro dos extratos foi avaliada pela quantificação de óxido nítrico (NO) produzido por macrófagos intraperitoneais. Os testes in vivo foram realizados com o extrato mais ativo de acordo com o perfil fitoquímico e os testes antioxidantes. Foi realizado o ensaio toxicológico agudo em camundongos com o EELr na dose de 2.000 mg/kg. O ensaio de LPA induzida por LPS foi realizado com o EELr nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg e foram analisados a quantidade de leucóticos totais e diferenciada, além da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), níveis de óxido nítrico e citocinas, e análise histopatológica e histoquímica do colágeno nos pulmões. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr (241,77 ± 3,6 mg EAG/g) quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr (39,88 ± 12,57 mg EC/g). Na atividade antioxidante, do EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 178,8 ± 0,8 µg/mL e 275,5 ± 0,9 µg/mL para ABTS em relação ao padrão trolox (56,56 ± 0,5 µg/mL e 36,7 ± 0,6 µg/mL, respectivamente), enquanto que os demais extratos nesses métodos e do fosfomolibdênio não apresentaram atividade. Na avaliação da viabilidade em PBMC os extratos apresenteraram CI50 superior a 100 µg/mL e na atividade hemolítica os não foram capazes de induzir hemólise. O EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, no consumo de água e ração nos camundongos, e sua DL50 foi superior a 2.000 mg/kg de massa corporal. No ensaio de LPA, o EELr reduziu significativamente o número de leucócitos totais, neutrófilos, eosinófilos, macrófagos e células mononucleares sanguíneas presentes no lavado broncoalveolar dos camundongos inflamados. Reduziu, ainda, a atividade da MPO, os níveis de NO, IL-6, TNF-α e INF-γ, além das análises histológicas revelarem a manutenção da integridade pulmonar e a diminuição da fibrose. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de atividade antioxidante e anti-inflamatória relevante do EELr, provavelmente associadas ao teor de compostos fenólicos em sua composição.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia de Covid-19 apresentou o vírus Sars-Cov-2 como um grande responsável pelo aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), antes relacionada as infecções hospitalares por bactérias gram-negativas. Nas últimas décadas, as atividades farmacológicas das plantas no tratamento das doenças respiratórias têm sido investigadas, e as espécies do ecossistema manguezal se mostraram promissoras por suas atividades farmacológicas comprovadas. A Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como mangue branco, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarreia, feridas bucais e febre. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa na lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A atividade antioxidante da L. racemosa foi avaliada pelos métodos do fosfomolibdênio e do sequestro de radicais livres DPPH. A citotoxicidade dos extratos foi avaliada frente a célula mononuclear de sangue periférico (PBMC) e hemácias. Na avaliação in vivo, foi realizado o ensaio toxicológico não clínico agudo com o extrato mais ativo nos experimentos in vitro na dose de 2.000 mg/kg. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr. Na atividade antioxidante, EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 636,7 ± 94,98 µg/mL, enquanto que os demais extratos nesse teste e no método do fosfomolibdênio não diferiram estatisticamente do controle ácido ascórbico. Na atividade citotóxica, os extratos apresentaram IC50 superior a 100 µg/mL. Na avaliação do potencial hemolítico, os extratos não foram capazes de induzir hemólise. A administração de 2.000 mg/kg do EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, nem no consumo de água e ração dos camundongos. A DL50 do extrato foi superior a 2000 mg/kg de massa corporal. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos brutos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de potencial antioxidante provavelmente associado ao teor de fenóis totais, flavonóis e protocianidinas em sua composição.

     



9
  • JESSICA COSTA DA SILVA
  • Obtenção de enzima colagenolítica, colágeno e hidrolisado protéico a partir de resíduos de robalo-flexa (Centropomus undecimalis)

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MARCIA NIEVES CARNEIRO DA CUNHA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • VAGNE DE MELO OLIVEIRA
  • Data: 07/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os peixes têm se tornado um produto de grande valia para os consumidores  em geral, isto, devido ao seu alto consumo e  demanda na produção por ser um alimento saudável e bastante recomendado em dietas nutricionais, onde pode-se encontrar grandes fontes de proteínas, vitaminas e ômega3. Em consequência desse alto consumo, surge um aumento significante da quantidade de resíduos sólidos gerados pela população, pescadores artesanais e indústrias pesqueiras, que por sua vez, são descartados de maneira inadequada ao meio ambiente. O objetivo desse trabalho foi obter a colagenase, colágeno e peptídeos bioativos de colágeno a partir de resíduos do robalo-flexa (Centropomus undecimalis). Utilizou-se vísceras intestinais para obtenção de amostra enzimática (extrato bruto) e com Sistema de Duas fases Aquosas (SDFA),  obteve o extrato bruto parcialmente purificado. A partir da pele foi obtido o colágeno ácido-solúvel (ASC) e colágeno pepsino-solúvel (PSC). O colágeno foi hidrolisado e sua caracterização realizada através da técnica eletroforese. No processo de purificação por SDFA, a enzima ficou concentrada no polietilenoglicol (PEG). Na hidrólise, os peptídeos tiveram maior produção após o período de 36 horas. Na eletroforese, foi possível verificar o perfil de peptídeos dos colágenos ASC e PSC. Diante desse estudo, foi possível verificar a importância do reaproveitamento dos subprodutos de peixes e sua capacidade para a produção de peptídeos.


  • Mostrar Abstract
  • A extração das enzimas a partir de resíduos do processamento de peixes é uma alternativa viável para reutilização dos mesmos, pois minimiza o impacto ambiental do descarte inadequado destes resíduos e proporciona a melhoria do peixe para a indústria, além de obter uma fonte renovável de enzimas úteis. Os avanços biotecnológicos buscam melhorar a qualidade e minimizar os custos para obtenção de fontes alternativas de enzimas com propriedades colagenolíticas. Um dos principais grupos de proteases que podem ser obtidas através das vísceras dos peixes são as colagenases, que são um conjunto de enzimas capazes de degradar a região helicoidal do colágeno em pequenos fragmentos. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da colagenase na aplicação biotecnológica sobre o processamento de resíduos de peixe.  Uma possibilidade de técnica de separação destas colagenases é através do emprego do sistema de duas fases aquosas (SDFA), um método de purificação de proteínas em larga escala (“scale-up”) que possibilita separação seletiva, uma baixa tensão superficial, biocompatibilidade, bem como boa relação custo-benefício minimizando o custo de processamento do material biológico. As enzimas colagenolíticas que apresentam elevada atividade, especificidade e são estáveis, são as preferidas para a produção desses peptídeos visando aplicações industriais, com destaque para as áreas alimentícia e biomédica. Sendo assim, recentemente, procedimentos de extração e isolamento de enzimas digestivas visando aplicação biotecnológica na formação de peptídeos bioativos de colágeno, vem sendo testados. Estudos que descrevam as enzimas isoladas a partir destes animais representam o primeiro passo para avaliar o seu potencial para aplicações biotecnológicas, principalmente pela necessidade de fontes alternativas para suprir a carência voltada para a área da saúde animal. Portanto, leva-se em consideração que a costa brasileira e, sobretudo, a pernambucana, apresenta grande diversidade de espécies de peixes, que possuem algum valor comercial, dos quais também possuem um processamento sanitário oneroso.


10
  • MICHEL GOMES DE MELO
  • Ação da metformina e de sua associação com o escitalopram sobre a neuroplasticidade e a sinalização da insulina na depressão comórbida a modelo experimental de hiperglicemia sustentada

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • Data: 24/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Diabetes Mellitus (DM) é um dos principais problemas de saúde em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Devido ao processo inflamatório crônico subagudo, o DM está associado com diversas comorbidades, dentre elas o Transtorno Depressivo Maior (TDM). Estudos clínicos indicam uma ligação bidirecional entre DM e TDM, sendo a resistência à insulina cerebral o principal elo para a estimulação de processos inflamatórios e, consequentemente, de sintomas depressivos. O tratamento medicamentoso do TDM, atualmente, se dá através do uso de medicamentos que agem modulando neurotransmissores, chamados antidepressivos. No entanto, aproximadamente um terço dos indivíduos que fazem uso dessa classe de medicamentos não apresentam remissão dos sintomas. Atualmente, não existem drogas seguras e eficazes que atuem no tratamento dessa comorbidade, de forma que sejam capazes de melhorar o quadro clínico dos pacientes refratários. Neste estudo, avaliamos os efeitos da metformina, do escitaloram e da associação dessas drogas no comportamento depressivo. O DM foi induzido em camundongos C57BL/6 com estreptozotocina (STZ) (150 mg/kg) em dose única e os animais foram tratados com metformina (200 mg/kg/dia), escitalopram (4 mg/kg/dia) e metformina associada com escitalopram, na mesma dosagem, por 21 dias, a partir do quarto dia de indução do modelo. Os animais passaram por teste de suspensão da cauda (TST) e pelo teste de labirinto em cruz elevado (EPM, do inglês elevated plus maze). Após a eutanásia, o giro dentiado (GD) do hipocampo e o córtex pré- frontal (CPF) foram dissecados para análise da expressão de proteínas de vias de inflamatórias e de neuroplasticidade, utilizando as técnicas de Imuno-histoquímica, Imunofluorescência e Western blot. A análise estatística foi realizada por meio do programa Graphpad Prism na versão 9. O STZ foi capaz de induzir o modelo DM, mantendo glicemia ≤ 250mg/dL e baixo peso durante as três semanas de tratamento. A metformina isolada e associada ao escitalopram mostrou capacidade de reverter sintomas depressivos, com a redução no tempo de imobilidade dos animais tratados no TST e maior número de entradas nos braços abertos do EPM. A melhora pode ser explicada pela redução significativa na expressão de marcadores inflamatórios na DG e PFC, como Interleucina (IL) 1β, fator de necrose tumoral (TNF-α), receptor de glicocorticóide (GR) fosforilado, proteína glial  fibrilar ácida (GFAP), molécula 1 adaptadora de ligação ao cálcio ionizado (Iba-1) associada ao aumento da expressão de fatores neurotróficos, como proteína de ligação do elemento de resposta cAMP (CREB), fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e proteínas associadas à sinapse 102 (SAP 102). A metformina também foi capaz de modular a via de sinalização da insulina na GD e CPF, para reduzir a inflamação, através da redução da fosfoinositídeo 3-quinase (PI3K) e c-Jun N- terminal quinase fosforilada 1 (JKN-p) e aumento de PI3K-p, fósforo SerinaTreonina Quinase (AKT-p) e JNK, em GD e CPF. Assim, concluímos que a  metformina possui ação neuroprotetora e antidepressiva, devido ao seu efeito anti-inflamatório, neuroprotetor e  neuroplástico.


  • Mostrar Abstract
  • O TDM afeta cerca de 350 milhões de pessoas e é a principais causa de incapacidade para o trabalho, segundo a Organização Mundial de Saúde. Recentes estudos têm relacionado o processo inflamatório e a disfunção do sistema serotoninérgico na TDM. Estudos clínicos têm indicado a correlação entre DM e TDM, e a resistência à insulina cerebral tem sido proposta como uma possível ligação entre a ação aumentada de glicocorticoides e os sintomas da depressão. Tanto na TDM como no DM, ocorre distúrbios cognitivos, redução da neurogênese e plasticidade sináptica. Drogas moduladoras da inflamação são potencialmente úteis e podem ser identificadas como novos medicamentos para adicionar efeitos benéficos aos tratamentos de eleição utilizados na depressão.
    Recentemente, a metformina tem recebido atenção por sua capacidade em promover a neurogênese. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a ação da metformina com o escitalopram sobre o metabolismo do triptofano, neuroplasticidade e sinalização da insulina e n depressão associado ao diabetes induzido por estreptozotocina. O estudo foi realizado com 80 camundongos isogênicos C57bl/6 machos. O diabetes foi induzido com uma dose única de STZ de 150mg/kg, administrada por injeção intraperitoneal após jejum noturno. O tratamento foi realizado através de gavagem intragástrica. No último dia de tratamento, os camundongos foram submetidos a testes comportamentais. Todos os animais foram anestesiados e sacrificados no 27o dia do experimento, onde foi retirado o as regiões do hipocampo, córtex pré-frontal e estriado do encéfalo para realização de imuno-histoquímica e imunofluorescência. No início do experimento, os animais não apresentaram diferença no peso e na glicemia. Os animais foram divididos em cinco grupos, apresentando diferenças significativas entre o peso e a glicemia, quando comparado antes e após a indução do DM. Os grupos que receberam o STZ apresentaram maior tempo de imobilidade quando comparados aos animais do grupo controle (p <0,05). A metformina reduziu o tempo de imobilidade quando comparada ao grupo controle (p <0,01), apresentando efeito antidepressivo semelhante ao escitalopram. No teste de campo aberto, os grupos que receberam o STZ atravessam menos o quadrante central e a periferia, quando comparados aos animais do grupo controle (p <0,05). No entanto, os tratamentos com metformina e escitalopram não foram capazes de reverter esses parâmetros. Observamos que os animais do grupo controle apresentam maior frequência de micção, quando comparados aos demais grupos (p <0,05), demonstrando comportamento menos ansioso quando comparados aos grupos diabéticos. As análises moleculares dos tecidos coletados estão em processamento, assim como um novo experimento comportamental, com previsão para término aindaneste semestre. Tais dados irão ajudar a entender melhor os resultados encontrados nos testes de comportamento.

11
  • GESSICA GOMES BARBOSA
  • CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E BIOATIVIDADES DE SECREÇÕES CUTÂNEAS DE ANFÍBIOS (Rhinella crucifer e Lithobates palmipes) DE MATA ATLÂNTICA

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • POLLYANNA MICHELLE DA SILVA
  • Data: 29/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Anfíbios apresentam uma maior vulnerabilidade a infecções por microorganismos como consequência da sua pele muito permeável. Em vista disso, esse tegumento desenvolveu mecanismos de defesa antimicrobiana, incluindo um arsenal de substâncias produzidas por glândulas cutâneas. Esse trabalho objetivou realizar a caracterização bioquímica e avaliar bioatividades da secreção das glândulas cutâneas de duas espécies de anuros da Mata Atlântica, Rhinella crucifer e Lithobates palmipes. Coleta dos espécimes foram feitas na cidade de Gravatá (PE), Brasil. A extração da secreção se deu por eletroestimulação para as glândulas do corpo (para R. crucifer e L. palmipes) e compressão manual para nas glândulas paratoides presentes em R. crucifer. Ainda, R. crucifer foi avaliado quanto a sua morfologia glandular.  Asecreção cutânea das glândulas do corpo e as glândulas paratoides de R. crucifer foram analisadas por SDS-PAGE, RP-HPLC e espectrometria de massas, sendo feita comparação entre machos e fêmeas e indivíduos coletados em áreas com diferentes graus de perturbação antrópica. Foi também avaliada presença de tripsina, lectina, inibidores de tripsina, atividade hemolítica e efeitos sobre a cascata de coagulação existentes. Já para L. palmipes, as secreções cutâneas foram submetidas a RP-HPLC e peptídeos foram purificados e avaliados quanto às suas massas moleculares (MALDI-TOF). As frações foram avaliadas contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativa. Quand possível, a estrutura primária por determinada por degradação de Edman e a ferramenta BLAST foi empregada para avaliar similaridades com outros peptídeos de anfíbios. Os dados para R. crucifer mostraram que as secreções de glândulas do corpo e paratoides apresentaram concentração proteica com diferença significativa entre as áreas perturbadas e não perturbadas. O perfil eletroforético mostrou a presença de oito bandas proteicas na amostra das glândulas paratoides e seis bandas para a amostra das glândulas do corpo. Até o momento foram identificadas duas proteínas: uma catalase similar a encontrada em Glandirana rugosa e uma proteína ribossomal (fator de alongamento 1-alfa) similar a identificada em Xenopus laevis. Foi encontrada diferença entre na intensidade das bandas e picos entre machos e fêmeas e entre as diferentes localidades estudadas. As secreções de R. crucifer  não apresentaram atividade proteolítica para tripsina, atividade hemaglutinante ou atividade inibidora de tripsina. Ainda, apresentaram baixa atividade hemolítica, sendo maior grau de hemólise detectado de apenas 1,4%. Por outro lado, foi identificado efeito da secreção das glândulas do corpo sobre a cascata de coagulação sanguínea. As secreções de glândulas do corpo e paratoides foram capazes de inibir o crescimento de cepas de Enterococcus faecalis e Escherichia coli, com uma CMI de 0,2 mg/mL e 0,95 mg/mL, respectivamente. No entanto, não foi observado nenhum tipo de atividade contra os fungos testados. Para a secreção de L. palmipes, foram obtidas diversas frações cromatográficas, sendo 11 frações submetidas ao ensaio de atividade antimicrobiana, tendo se encontrado alta atividade nas frações 1 a 9; na fração 5 foi identificado um peptídeo antimicrobiana do grupo das temporinas. As outras duas frações avaliadas corresponderam a dois inibidores de proteases do tipo Bowman-Birk, apresentando entre eles diferença em apenas 1 aminoácido (posição nove da sequência), porém um deles sem e outro com moderada atividade antimicrobiana. Em conclusão, secreções de glândulas cutâneas de R. crucifer e L. palmipes coletados em Mata Atlântica são fontes de compostos bioativos de interesse biomédico, resultados que reforçam a importância da conservação dessas espécies e a utilidade de seus arsenais bioquímicos para a melhoria da qualidade de vida humana.


  • Mostrar Abstract
  • Anfíbios apresentam uma maior vulnerabilidade a infecções por microorganismos como consequência da sua pele apresentar-se como um substrato muito permeável. Em vista disso, esse tegumento desenvolveu, através de pressões evolutivas, mecanismos de defesa antimicrobiana que incluem um arsenal de substâncias produzidas por glândulas cutâneas. As secreções das glândulas cutâneas desses organismos são compostas por diversas moléculas, dentre elas aminas biogênicas, esteroides, alcaloides, peptídeos e proteínas. Rhinella crucifer (Wied-Neuwied, 1821) é uma espécie restrita ao bioma Mata Atlântica, que ocorre em folhas de serapilheira de fragmentos florestais e em habitats perturbados, reproduzindo-se em riachos de fluxo rápido e poças temporárias. O gênero destaca-se por fazer parte de um grupo de anuros de interesse farmacológico. Diversas pesquisas na literatura relatam composição química, bem como as bioatividades encontradas na secreção das glândulas cutâneas de anuros, tais como efeitos citotóxico, cardiotóxico, neurotóxico, miotóxico, anestésico, cicatrizante, hemolítico, alucinógeno, antitumoral e imunossupressor. A presente tese em desenvolvimento tem como objetivo investigar o perfil proteico/peptídico de secreções glândulas cutâneas (paratoide e mucosas) de Rhinella crucifer e avaliar as atividades hemolítica, antimicrobiana e citotóxica. Os resultados obtidos até o momento mostram que as secreções de glândulas paratoides (SGP) apresentaram concentração proteica entre 1,43 a 2,38 mg/mL e a secreção das glândulas mucosas (SGM) entre 0,27 e 0,52 mg/mL. O perfil eletroforético mostrou a presença de oito bandas proteicas na amostra das glândulas paratoides e seis bandas para a amostra das glândulas do corpo coletadas de machos da área agrícola. O perfil proteico foi similar nas secreções de machos coletados na área preservada.  Todas as bandas detectadas foram encaminhadas para análise por espectrometria de massas. Até o momento foram identificadas duas proteínas: uma catalase similar a encontrada em Glandirana rugosa e uma proteína ribossomal (fator de alongamento 1-alfa) similar a identificada em Xenopus laevis. As secreções de R. crucifer  não apresentaram atividade proteolítica de tripsina (serino protease), atividade hemaglutinante (lectina) e atividade inibidora de tripsina. SGP e SGM apresentaram baixa atividade hemolítica, sendo maior grau de hemolise detectado de apenas 1,4%. SGM foi capaz de inibir o crescimento da cepas de Enterococcus faecalis e Escherichia coli, com uma CMI de 0,2 mg/mL.

12
  • THAMARA DE MEDEIROS AZEVEDO
  • Microbioma de Calotropis procera: uma abordagem metagenômica

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • ARISTOTELES GOES NETO
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • ROMMEL THIAGO JUCA RAMOS
  • Data: 25/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • As plantas interagem com uma série de microrganismos em seus habitats naturais. Membros benéficos do 

    O microbioma vegetal representa um importante componente no estabelecimento e desenvolvimento vegetal, desempenhando atividades capazes de influenciar a sobrevivência e aptidão das plantas. Calotropis procera (Aiton) W. T. Aiton ocorreem regiões áridas e semiáridas do mundo. No Brasil é considerada como exótica invasora, ocorrendo em várias formações fitogeográficas, incluindo a Caatinga, Restinga, Cerrado, e áreas urbanas degradadas. Apesar de sua impressionante capacidade de tolerância a ambientes salinos e a baixa disponibilidade hídrica e nutricional, o conhecimento acerca do microbioma associado a esta espécie é pouco explorado. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar a diversidade do microbioma das raízes e rizosfera de C. procera em dois ecossistemas do Nordeste brasileiro: Caatinga e Restinga, visando investigar sua composição frente a ambientes adversos e contrastantes. Para tanto, foram aplicadas duas abordagens metagenômicas: sequenciamento de amplicon 16S rRNA e shotgun para amostras da rizosfera e das raízes, respectivamente. Com relação à análise metagenômica de amplicon foi observado que, apesar das diferenças significativas encontradas em parâmetros químicos dos solos, a composição e diversidade da comunidade bacteriana do solo rizosférico de C. procera e solo adjacente não diferiu significativamente entre os dois ecossistemas. Em consistência com este resultado, por meio da metagenômica de shotgun, identificou-se o mesmo padrão na estrutura taxonômica do microbioma da endosfera radicular de C. procera, indicando forte influência da planta na determinação do perfil microbiano associado aos dois nichos. Baixos índices de uniformidade no microbioma das raízes sugerem que a colonização neste nicho é limitada a dominância de poucos táxons, inclusive alguns deles ainda não reportados como endofíticos em plantas. Além disso, redes bacterianas foram mais complexas na rizosfera comparada ao solo adjacente e táxons identificados com abundância no solo rizosférico e raízes de C. procera são descritos como habitantes dos mesmos nichos em outras plantas. Parte destes são relatados com contribuições benéficas em diferentes hospedeiros vegetais, sugerindo uma possível seleção de comunidades potencialmente benéficas no estabelecimento bem-sucedido de C. procera em ambientes adversos. O presente estudo fornece uma análise abrangente das comunidades microbianas associadas a C. procera em ambientes contrastantes e disponibiliza informações que podem contribuir para o conhecimento acerca das interações planta-microbioma em condições adversas.



  • Mostrar Abstract
  • As plantas interagem com uma série de microrganismos em seus habitats naturais. Membros benéficos do microbioma vegetal desempenham importantes papeis na sanidade, desenvolvimento e adaptabilidade das plantas, seja auxiliando no crescimento ou protegendo o hospedeiro vegetal contra a ação de estresses bióticos e abióticos. O Nordeste brasileiro contém uma ampla biodiversidade de plantas nativas e exóticas. Essa região semiárida compreende o Domínio das Caatingas, abrangendo uma vegetação adaptada às condições adversas resultantes do regime de chuvas desiguais. Dentre as espécies de plantas que se destacam em ambientes extremos do Nordeste está a Calotropis procera (Aiton) W. T. Aiton. Dotada de uma extrema capacidade de sobrevivência em ambientes desertos e áridos, no Brasil C. procera ocorre especialmente em condições salinas próximo a costa e em solos semiáridos da Caatinga. Diante do sucesso adaptativo dessa espécie frente a tais ecossistemas, o presente trabalho objetivou analisar o microbioma de C. procera em dois ambientes distintos (semiárido e litoral pernambucano) por meio da metagenômica, a fim de compreender a diversidade bem como o potencial de sua microbiota associado na adaptabilidade a ambientes adversos. Para tanto, foram realizadas amostragens em populações naturais de C. procera localizadas em área litorânea e semiárida nos municípios de Paulista e Petrolina, respectivamente. Foram obtidas amostras de raízes e rizosfera para análise molecular e de solo adjacente às plantas de C. procera para análises moleculares e químicas. A análise química dos solos coletados demonstrou que houve diferenças significativas para a maioria das propriedades químicas entre as amostras das duas áreas, com destaque para a presença de solos predominantemente ácidos e com maior teor de nutrientes no ambiente semiárido. As amostras de DNA total foram conduzidas ao sequenciamento metagenômico shotgun na plataforma HiSeq2500. Os dados gerados a partir do sequenciamento foram submetidos a análise de controle de qualidade e demonstraram ótima qualidade para o prosseguimento com as demais análises previstas para o estudo. A partir dos dados obtidos foi possível identificar o perfil taxonômico dos principais grupos bacterianos nas amostras sequenciadas. Pretende-se a partir dos dados do sequenciamento avaliar, além da composição, o potencial funcional do microbioma de C. procera em diferentes condições ambientais¸ visando ampliar o conhecimento da microbiota dessa espécie, ainda pouco explorada na literatura, e associar os dados com a sua sobrevivência diante ambientes extremos.


13
  • JOANA SUASSUNA DA NÓBREGA VERAS
  • FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES E ATIVIDADE MICROBIANA EM FLORESTA MADURA E SECUNDÁRIA NO NORDESTE DO BRASIL

  • Orientador : LEONOR COSTA MAIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELE MAGNA AZEVEDO DE ASSIS ARAUJO
  • EVERARDO VALADARES DE SA BARRETTO SAMPAIO
  • LEONOR COSTA MAIA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 04/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Mata Atlântica brasileira é considerada a segunda maior floresta tropical da América do Sul. Devido à sua extensão, apresenta-se como um mosaico de variáveis ambientais (solo, clima e vegetação) e pela riqueza de espécies, com elevada taxa  de endemismo, é considerada um hotspot da biodiversidade mundial. Apesar da importância ecológica, a Mata Atlântica sofre contínua exploração de modo que hoje é representada por fragmentos florestais em diferentes estágios de regeneração. No solo, os microrganismos participam de processos fundamentais, como a ciclagem de nutrientes, com produção de enzimas extracelulares, e a transferência de nutrientes pelos fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Ainda não está claro como o processo de regeneração espontânea reflete na microbiota edáfica. Por isso, investigamos a distribuição de FMA e as mudanças decorrentes da regeneração espontânea sobre algumas atividades microbianas do solo em área de  Mata Atlântica, em um estudo de meta-análise e a partir de coleta na Reserva Biológica Pedra Talhada, respectivamente. Nossos resultados sugerem que o pH do solo, a temperatura e a vegetação influenciam a distribuição dos FMA, enquanto a atividade biológica do solo é influenciada pela altitude. A perturbação antrópica interfere na distribuição dos FMA, mas o processo de regeneração espontânea tem pouco efeito nas atividades enzimáticas extracelulares do solo e na produção de proteínas do solo relacionadas à glomalina. 


  • Mostrar Abstract
  • A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical da América do Sul, no Brasil abrange uma área de 1.107.419 km2. Devido à grande extensão geográfica, a Mata Atlântica tenha uma variedade de fitofisionomias, geomorfologia, condições micro e mesoclimáticas e compreenda uma das maiores diversidades biológica, considerada um dos hotspots da diversidade mundial. Em virtude da grande diversidade e intensa perturbação que ocorre na Mata Atlântica, a criação de áreas protegidas tem sido utilizada como uma ferramenta para conservar in situ a biodiversidade e tentar conter o aumento das pressões antrópicas sobre os remanescentes florestais. No entanto, o simples estabelecimento de unidades de conservação (UC) seja de uso sustentável ou de proteção integral, não garante a proteção dos recursos naturais. Estudos têm mostrado que entre os micro-organismos do solo, os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são considerados como um grupo funcionalmente importante de ecossistemas terrestres, uma vez que formam associação simbiótica mutualística com a maioria das espécies vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade, a estrutura, a composição e a diâmica dos FMA e a qualidade do solo em ambientes naturais e antropizados na REBIO Pedra Talhada. Quatro coletas de solo e raízes, foram realizadas no período seco e chuvoso em áreas naturais e antropizadas na Reserva Biológica de Pedra Talhada PE/AL. Em cada área foi traçado um transecto, com cinco parcelas, coletando-se três amostras simples em cada parcela, totalizando 90 amostras por coleta. Foram analisados: número de glomerosporos, a riqueza, a colonização, a produção da glomalina pelos FMA e as propriedades químicas e as atividades da b-glicosidase e da urease do solo de cada área. Foram registrados 42 táxons de FMA. Acaulospora e Glomus foram os gêneros mais representativos. Maior riqueza e maior números de espécies foi registrada na área natural. Em contrapartida, maior densidade de esporos e maior atividade da urease foram observadas nas áreas antropizadas. Não houve diferença entre as áreas para a b-glicosidade, a colonização e a proteína do solo relacionada à glomalina. O modelo atual de implantação e gerenciamento de UCs não é eficiente para conter a pressão exercida por agentes antrópicos na Mata Atlântica, levando a uma menor riqueza dos FMA com a perda de espécies exclusivas em função da prevalência de espécies mais generalistas.

14
  • MARIA ISABEL DE ASSIS LIMA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE EXTRATOS DE PLANTAS DA CAATINGA

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
  • Data: 30/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • As leishmanioses é uma parasitose de importante espectro clínico, causada por protozoário do gênero Leishmania, que por muito tempo esteve no grupo de doenças tropical negligenciadas e necessita de novas alternativas para o seu tratamento, pois, ainda não possui vacinas disponíveis para humanosos, os medicamentos empregados possuem uma elevada toxicidade, apresentam vários efeitos colaterais, requerem longos períodos de administração e são administrados em sua maioria por via parenteral. Nessa perspectiva, os produtos naturais são uma fonte rica de substâncias bioativas e a Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil com grande diversidade de espécies vegetais e muitas delas utilizadas na medicina popular, o que configura um grande potencial para a descoberta e formulação de novos medicamentos. Neste trabalho, investigou-se a atividade antileishmania In vitro de extratos de plantas da Caatinga frente à Leishamania infatum e Leishmania amazonensis. As espécies vegetais foram coletadas na área de reserva da Caatinga localizada no Instituto nacional do Semi-árido (INSA) em Campina Grande. Os extratos foram obtidos por meio do Extrator Acelerado por Solvente (ASE) e a atividade antileishamnia foi realizada a partir do método colorimétrico do MTT (brometo de 3-metil [4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5 difeniltetrazólio). Foi investigada a atividade antileishmania de 13 espécies de planta e da maioria foram obtidos extratos das folhas e do caule, totalizando 20 extratos avaliados. Sete espécies apresentaram atividade: três, baixa atividade (Ocotea duckei, Commphora Leptoleos e Hymeneae cangaceira); quatro, moderada atividade (Hymeneae rinoflora, Mimosa tenuiflora, Ziziphus joazeiro) eu uma, alta atividade (Croton  sonderianus). O extrato com alta atividade antileishmania foi obtido do caule de Croton sonderianus e apresentou ICs50 de 7,5 e 8,8 µg/mL para L. infantum e L. amazonensis, respectivamente. Os extratos das espécies com moderada e alta atividade antileishmania tiveram sua atividade citotóxica avaliada em linhagens de células Vero, macrófago RAW 264. e fibroblastos de linhagem 2979. Apenas os extratos do caule de Z. joazeiro e de C. sonderianus mostrou atividade citotóxica, contudo o índice de seletividade dos dois extratos foi maior que o dos fármacos padrões utilizados para o tratamento da leishmaniose. A análise por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e varredura (MEV) revelou alterações causadas nos promastigotas de L. infantum e L. amazonensis após tratamento com a IC50 do extrato etanólico do caule de C. sonderianus, como: surgimento de vacúolos e desintegração das membranas celular e nuclear, bem como aglutinação celular e perda do material citoplasmático. Esses resultados apontam diferentes espécies vegetais cujos metabólitos possuem efeito leishmanicida promissor, especialmente a espécie Croton sonderianus. É necessário o fracionamento do extrato e isolamento de metabólitos secundários a fim identificar os componentes ativos responsáveis pela ação encontradas.




  • Mostrar Abstract
  • As leishmanioses são um complexo de doenças parasitárias causadas por protozoário do genero Leishmania, inseridas no grupo de doenças tropicais negligenciadas. Os principais medicamentos utilizados no tratamento das leishmanioses são antimoniais pentavalentes e anfotericina B. Contudo, esses medicamentos estão associados a sérios efeitos colaterais devido à toxicidade elevada. Portanto, é necessária a busca de novas drogas leishmanicidas. Nesse contexto, os produtos naturais são uma fonte de novas moléculas ativas. Neste trabalho, investigou-se a atividade antileishmania dos extratos hexânicos, acetato de etila, etanólicos e metanólicos de Ocotea fasciculata e Ocotea glomerata. A obtenção da IC50 (concentração da amostra teste que inibi 50% do crescimento dos parasitas em relação ao controle) foi realizada a partir do método colorimétrico do MTT (brometo de 3-metil [4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5 difeniltetrazólio). O MTT avalia a atividade metabólica das células com base na redução desse sal por desidrogenases, que resulta na produção de cristais de formazan intensamente corados no interior das células. A avaliação dos extratos mostrou que apenas a espécie O. fasciculata apresenta interessante potencial leishmanicida sobre formas promastigotas de L. amazonensis e infantum. Os três extratos mais ativos foram: o Extrato Etanólico Bruto, o extrato hexânico e o Extrato de Acetato de Etila, sendo este último o de maior eficácia. A partir de análises cromatográficas dos extratos, sugere-se que o ativo responsável por tal atividade esteja em maior concentração no extrato acetato de etila. Para identificação da substância ativa será necessário realizar, numa próxima etapa, processos de fracionamento, purificação, isolamento e caracterização.


15
  • RITA SANTANA DOS REIS
  • Mastócitos na dura-máter e no pericrânio de ratos wistar: ação da melatonina e da capsaicina na degranulação.

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • MARIA ROSANA DE SOUZA FERREIRA
  • JULIANA RAMOS DE ANDRADE
  • Data: 13/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os mastócitos são células inflamatórias de ação neuroimunomoduladoras, que atuam na integração dos sistemas imunológico e nervoso. A dura-máter é a camada mais externa das meninges cranianas, responsável por proteger o encéfalo. Na face externa dos ossos do crânio e aderido a ele está o pericrânio, mais uma camada protetora da região craniana. Uma molécula capaz de interferir na formação e o desencadeamento dos processos doloros, é a melatonina, o hormônio do controle do ciclo circadiano. O presente trabalho buscou avaliar a atividade dos mastócitos da dura-máter de ratos Wistar frente ao uso de melatonina in vivo, analisando sua taxa de degranulação, frente à estimulação com capsaícina, SIF e melatoninae, correlacionar os resultados obtidos com a migrânea, bem como, investigar a existência de mastócitos residentes no pericrânio e se estes interferem na atividade funcional dos mastócitos da dura-máter. Para tal, foram utilizados ratos Wistar que foram separados em três experimentos: Experimento I: pré-tratamento com melatonina. Experimento II: Estimulação in situ da dura-máter. Experimento III: Análise do pericrânio. Após experimentação, todos os animais foram eutanasiados, as amostras de dura-mater e pericrânio foram conservadas e posteriormente, processadas histologicamente para identificação dos mastócitos granulados e degranulados. No experimento I, o pré-tratamento com melatonina nos machos demonstrou diminuição da taxa de degranulação dos mastócitos quando a dura-máter foi estimulada com SIF (p=0,05) e nesse mesmo grupo, as fêmeas apresentaram uma maior atividade de degranulação (p≤0,001). Para o experimento II, o estimulo in situ não evidenciou alterações em nenhuma das observações realizadas. E, no experimento III, foi constatada a presença de mastócitos residentes no pericrânio. Também foi identificado nos machos do grupo que sofreu estímulo mecânico, que quando o pericrânio é estimulado localmente com capsaícina, ele apresenta uma maior degranulação em relação ao estimulo com NaCl a 0,9% (p=0,03). Há uma diferença na taxa de degranulação entre machos e fêmeas deste grupo, quando estimulados in situ com NaCl a 0,9% (p=0,0002). E, na comparação dos hemipericrânios entre os grupos estimulados e não estimulados, há uma maior taxa de degranulação celular no grupo estimulado, apresentando bilateralmente, respectivamente, p=0,008 e p=0,001. Por fim, foi identificado que a atividade dos mastócitos do pericrânio não altera o comportamento dos mastócitos encontrados na dura-máter subjacente. Diante dos achados entendemos que a melatonina é uma molécula com potencial de ação nos mastócitos durais, o pericrânio possui sua própria população de mastócitos e que respondem aos estímulos mecânicos e químicos do ambiente, porém, sua ativação não interfere na ativação dos mastócitos durais.


     



  • Mostrar Abstract
  • A migrânea é um dos tipos de cefaléias mais comuns. É considerada como um distúrbio neurológico incapacitante e causador de comorbidades, resultando em graves prejuízos funcionais durante os anos produtivos dos indivíduos que possuem essa condição. A migrânea estimula a dura-máter a partir do sistema trigeminovascular com a liberação de grandes concentrações de CGRP, bem como, aumenta a atividade dos mastócitos, que respondem ao estímulo sintetizando citocinas e outras moléculas inflamatórias, como a histamina. Uma molécula envolvida nos surtos migranosos é a melatonina, que atua de forma preventiva, diminuindo os gatilhos indutores da migrânea. Porém, muitos são os caminhos pelos quais um surto podem ser desencadeado, e, nem todos os tratamentos são eficazes, além de  alguns causarem efeitos adversos. Desta forma, o presente trabalho objetivou avaliar a degranulação dos mastócitos da dura-máter de ratos Wistars estimulados In situ com a utilização de capsaícina como parámetro de observação e a resposta a um tratamento prévio com melatonina In vivo.


     


16
  • SUÉLLEN PEDROSA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS E TOXICIDADE DE EXTRATO SALINO E LECTINA DE FOLHAS DE Portulaca elatior Mart. ex Rohrb.

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • CAIO CÉSAR DA SILVA GUEDES
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 27/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • O presente trabalho teve como objetivos avaliar atividades biológicas e a toxicidade de extratos salinos de folhas e caule de Portulaca elatior, bem como de uma lectina (PeLL) isolada de suas folhas. As folhas ou caules de P. elatior foram secos, triturados e homogeneizados em NaCl 0,15 M para obtenção dos extratos, os quais foram submetidos à caracterização química por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os extratos salinos foram avaliados quanto à atividade antioxidante e fotoprotetora in vitro. Por fim, o extrato de folhas, com atividades biológicas mais significativas, foi selecionado para os testes de toxicidade in vivo (toxicidade aguda oral e toxicidade dérmica; 1000 e 2000 mg/kg) e in vitro (atividade hemolítica; 7,81–1.000 µg/mL). Para purificação de PeLL, o extrato de folhas foi submetido à cromatografia em coluna de quitina. PeLL foi então submetida a avaliações de sua atividade hemaglutinante (AH) na presença de íons, carboidratos e diferentes valores de pH e temperatura. Foram determinados ainda ponto isoelétrico (pI), massa molecular e estabilidade frente à agentes desnaturantes (por análises fluorimétricas). PeLL foi avaliada quanto à atividade antimicrobiana contra espécies de Pectobacterium e Candida, toxicidade oral aguda in vivo (5 e 10 mg/kg) e atividade hemolítica. Os resultados mostraram que os extratos de folhas e caules de P. elatior possuem em sua composição fenóis, flavonoides, açúcares redutores, terpenos e esteroides. Na atividade antioxidante, o extrato de folhas demonstrou maior eficácia em capturar os radicais livres ABTS+ (CI50: 34,15 µg/mL) e DPPH (CI50: 55,44 µg/mL), bem como maior CAT (CI50: 413,3 µg/mL) quando comparado ao extrato de caule. O extrato de folhas apresentou fator de proteção solar (FPS) > 6 nas concentrações de 50 e 100 µg/mL, enquanto o extrato de caule apresentou FPS < 6 em todas as concentrações testadas. Os ensaios de toxicidade in vivo e in vitro apontaram que o extrato de folhas não causou alterações nos parâmetros fisiológicos, hematológicos e bioquímicos dos camundongos, bem como apresentou baixa ação hemolítica. No que concerne à purificação de PeLL, a cromatografia do extrato de folhas em coluna de quitina resultou em um único pico de proteínas adsorvidas e eluídas com ácido acético. PeLL apresentou AH específica de 744,2 (fator de purificação de 1.695 vezes), uma única banda polipeptídica em eletroforerse para proteínas nativas ácidas, pI 5,4 e massa molecular de 20 kDa. A lectina teve sua AH inibida por manose, galactose, Ca2+, Mg2+ e Mn2+. A AH de PeLL se manteve estável mesmo diante do aquecimento a 100 °C, embora tenham sido detectadas alterações conformacionais através das análises fluorimétricas das amostras após aquecimento. PeLL apresentou AH mais expressiva na faixa de pH ácido (3,0–6,0). A lectina apresentou concentração mínima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CMB) de 0,185 e 0,74 μg/mL, respectivamente, para todas as cepas de Pectobacterium avaliadas. Além disso, PeLL apresentou CMI e concentração mínima fungicida (CMF) de 1,48 μg/mL para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei; e CMI e CMF de 0,74 e 2,96 μg/mL, respectivamente, para C. parapsilosis. Nenhuma atividade hemolítica in vitro ou sinais de toxicidade aguda in vivo em camundongos foram observados. 


  • Mostrar Abstract
  • A biodiversidade brasileira inclui uma gama de espécies vegetais que produzem moléculas com atividades antimicrobiana, antioxidante e fotoprotetora, entre outras. Essas propriedades estão diretamente relacionadas à presença de compostos bioativos, como metabólitos secundários, proteínas e polissacarídeos. Dentre as proteínas, destacam-se as lectinas, proteínas capazes de se ligar de forma seletiva e reversível a carboidratos, possuindo diversas atividades biológicas. O presente trabalho teve como objetivos avaliar atividades biológicas e a toxicidade de extratos salinos de folhas e caule de Portulaca elatior, bem como de uma lectina (PeLL) isolada de suas folhas. As folhas ou caules de P. elatior foram secos, triturados e homogeneizados em NaCl 0,15 M para obtenção dos extratos salinos, os quais foram submetidos à caracterização química por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os extratos salinos foram avaliados quanto à atividade antioxidante pelos métodos de sequestro dos radicais DPPH e ABTS+ e determinação de capacidade antioxidante total (CAT), sendo determinados os valores de CI50 (concentração responsável pela redução de 50% da presença do agente oxidante). A atividade fotoprotetora dos extratos foi mensurada por meio da determinação do fator de proteção solar (FPS) in vitro. Por fim, o extrato de folhas, com atividades biológicas mais significativas, foi selecionado para os testes de toxicidade in vivo (toxicidade aguda oral e toxicidade dérmica; 1000 e 2000 mg/kg) e in vitro (atividade hemolítica; 7,81–1.000 µg/mL). Para purificação de PeLL, o extrato de folhas foi submetido à cromatografia em coluna de quitina. PeLL foi então submetida a avaliações de sua atividade hemaglutinante (AH) na presença de íons, carboidratos e diferentes valores de pH e temperatura. Foram determinados ainda ponto isoelétrico (pI), massa molecular e estabilidade frente a agentes desnaturantes (por análises fluorimétricas). Por fim, PeLL foi avaliada quanto à atividade antimicrobiana contra espécies de Pectobacterium e Candida, toxicidade oral aguda in vivo (5 e 10 mg/kg) e atividade hemolítica. Os resultados mostraram que os extratos de folhas e caules de P. elatior possuem em sua composição fenóis, flavonoides, açúcares redutores, terpenos e esteroides. Na atividade antioxidante, o extrato de folhas demonstrou maior eficácia em capturar os radicais livres ABTS+ (CI50: 34,15 µg/mL) e DPPH (CI50: 55,44 µg/mL), bem como maior CAT (CI50: 413,3 µg/mL) quando comparado ao extrato de caule (CI50 de 628,80, 2.499 e 9.475 µg/mL nos ensaios de ABTS+, DPPH e CAT, respectivamente). Isso também foi observado para a atividade fotoprotetora, com o extrato de folhas apresentando FPS > 6 nas concentrações de 50 e 100 µg/mL, enquanto o extrato de caule apresentou FPS < 6 em todas as concentrações testadas. Os ensaios de toxicidade in vivo e in vitro apontaram que o extrato de folhas não causou alterações letais nos parâmetros fisiológicos, hematológicos e bioquímicos dos camundongos, bem como apresentou baixa ação hemolítica. No que concerne à purificação de PeLL, a cromatografia do extrato de folhas em coluna de quitina resultoi em um único pico de proteínas adsorvidas e eluídas com ácido acético. PeLL apresentou AH específica de 744,2 (fator de purificação de 1.695 vezes), uma única banda polipeptídica em eletroforerse para proteínas nativas ácidas, pI 5,4 e massa molecular de 20 kDa. A lectina teve sua AH inibida por manose, galactose, Ca2+, Mg2+ e Mn2+. A AH de PeLL se manteve estável mesmo diante do aquecimento a 100 °C, embora tenham sido detectadas alterações conformacionais através das análises fluorimétricas das amostras após aquecimento. PeLL apresentou AH mais expressiva na faixa de pH ácido (3,0–6,0). A lectina apresentou concentração mínima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CMB) de 0,185 e 0,74 μg/mL, respectivamente, para todas as cepas de Pectobacterium avaliadas. Além disso, PeLL apresentou CMI e concentração mínima fungicida (CMF) de 1,48 μg/mL para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei; e CMI e CMF de 0,74 e 2,96 μg/mL, respectivamente, para C. parapsilosis. Nenhuma atividade hemolítica in vitro ou sinais de toxicidade aguda in vivo em camundongos foram observados.

17
  • RUANA CAROLINA CABRAL DA SILVA
  • PROSPECÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E PREDIÇÃO IN SILICO DE LECTINAS DE FEIJÃO-CAUPI VISANDO À SELEÇÃO DE UM NOVO COMPOSTO ANTIMICROBIANO

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • KATIA CASTANHO SCORTECCI
  • Data: 31/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • As lectinas têm despertado atenção por seu potencial biotecnológico e no melhoramento de plantas. O feijão-caupi apresenta importância econômica, bem como disponibilidade de recursos genômicos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e caracterizar lectinas no genoma e transcriptoma do feijão-caupi, avaliando sua estrutura e função através de abordagens bioinformáticas. Bibliotecas de RNA-Seq foram geradas a partir de tecidos radiculares e foliares, coletados nos tempos de 25 e 150 minutos para desidratação radicular e 60 minutos e 16 horas após injúria e inoculação viral com vírus fitopatogênicos (CABMV ou CPSMV). Sequências-sonda de lectinas foram recuperadas em bancos de dados específicos e alinhadas contra o genoma e transcriptoma da espécie. Foram identificadas 246 lectinas candidatas no genoma da espécie. Desse total, 76 com regiões de peptídeo sinal e pontes de dissulfeto identificadas. A expressão diferencial apontou 13 transcritos induzidos e três reprimidos no tempo de 60 minutos, bem como oito candidatos induzidos e dois reprimidos com 16 horas para o CABMV. Por sua vez, 14 candidatos foram induzidos e 11 reprimidos com 60 minutos enquanto para o CPSMV no tempo de 16 horasum transcrito mostrou-se induzido e dois foram reprimidos. Sob desidratação radicular foram identificados seis transcritos induzidos e dez reprimidos com 25 minutos, além de 28 induzidos e cinco reprimidos com 150 minutos. A an´lise de Neighbor Joining demonstrou a formação de três grupamentos no transcriptoma e dois no genoma. A atividade antimicrobiana revelou 35 lectinas que apresentaram atividade antifúngica e três antibacteriana. Dos alvos, 12 sequências foram modeladas, revelando certa conservação, principalmente das folhas beta. Na dinâmica em meio aquoso algumas estruturas se mantiveram estáveis ao longo da análise, enquanto outras apresentaram pontos de oscilação. Os candidatos identificados foram promissores, onde realizou-se para validação por qPCR, assim como para desenho racional e geração de análogos de peptídeos vegetais.



  • Mostrar Abstract
  • As diversas atividades biológicas atribuídas às lectinas têm despertado atenção por sua potencial aplicação biotecnológica e no melhoramento de plantas. O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma espécie de grande importância econômica e disponibilidade de recursos genômicos. Nesse contexto, o presente trabalho buscou identificar e caracterizar lectinas de feijão-caupi, avaliando sua estrutura e função através de abordagens bioinformáticas, a fim de selecionar candidatos para testes in vitro, com vistas ao desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos. Bibliotecas de RNA-Seq foram geradas a partir de tecidos radiculares da cultivar Pingo-de-ouro, coletados em dois tempos distintos (25 minutos e 150 minutos após desidratação radicular). Para o estresse biótico, o RNA-Seq foi gerado a partir de tecido foliar das cultivares BR-14 mulato (resistente ao CPSMV e susceptível ao CABMV) e IT 85F-2687 (resistente ao CABMV e susceptível ao CPSMV) coletados em dois tempos distintos (60 minutos e 16 horas) após a inoculação do acesso resistente ao vírus citado. As sequências-sonda de genes candidatos de lectinas foram recuperadas de bancos de dados, sendo alinhadas posteriormente via tBLASTn e HMMER3 contra o genoma e o transcriptoma da espécie. Em seguida, foi realizada a prospecção estrutural e funcional a partir de ferramentas de análise in silico. Foram identificadas, após retirada de redundâncias, 2149 e 246 lectinas candidatas nos transcriptomas e genoma analisados, respectivamente. Desse total, 197 possuíam domínios conservados e íntegros no transcriptoma e 76 no genoma. Além disso, a busca por domínios conservados possibilitou a identificação de cinco domínios distintos em ambas as análises: B_lectin; B_lectin superfamily; Lectin_legB; Lectin_legume_LecRK_Arcelin_ConA e Lectin_L-type superfamily. Foram identificadas regiões de peptídeo sinal (especialmente nas sequências genômicas) e pontes de dissulfeto (cerca de 40 padrões). Com relação à expressão diferencial, foram identificados 13 transcritos induzidos e três reprimidos no tempo de 60 minutos, oito candidatos apresentaram-se induzidos e dois reprimidos com 16 horas, para o estresse por CABMV. Por sua vez, 14 candidatos foram induzidos e 11 reprimidos com 60 minutos e um transcrito mostrou-se induzido e dois foram reprimidos com 16 horas após inoculação com CPSMV. Além disso, nove candidatos foram modulados (induzidos ou reprimidos) em mais de um tempo. No que se refere ao estresse abiótico, no tempo de 25 minutos, foram identificados seis transcritos induzidos e dez reprimidos, ao passo que com 150 minutos, 28 foram induzidos e cinco reprimidos, sugerindo que as lectinas são ativadas, em sua maioria, mediante um déficit hídrico mais prolongado. A análise fenética demonstrou a formação de três grupos no transcriptoma e dois no genoma. A atividade antimicrobiana in silico revelou que dos 197 transcritos, 168 tiveram predição como antifúngicos, 15 antivirais e 13 antibacterianos. Por sua vez, no genoma 35 alvos tiveram atividade antifúngica predita e três antibacterianos. Dos alvos do genoma e transcriptoma, 12 sequências foram modeladas, revelando certa conservação, principalmente das folhas beta. Na dinâmica em reação aquosa algumas estruturas se mantiveram estáveis ao longo da análise, enquanto que outras apresentaram pontos de oscilação. Os alvos identificados são promissores para validação por qPCR, assim como para modificação e geração de análogos de peptídeos vegetais a partir do banco de lectinas do feijão-caupi, com possíveis atividades antimicrobianas.

     

     


18
  • ELAYNE CRISTINA DE OLIVEIRA RIBEIRO
  • AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO FORAME MAGNO NAS MALFORMAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINA PEIXOTO MAGALHAES
  • EULAMPIO JOSE DA SILVA NETO
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
  • Data: 31/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • O forame magno (FM) tem um importante papel no diagnóstico radiológico e tratamento cirúrgico na invaginação basilar (IB) e Chiari I (MCI). Além disso, o FM dá passagem para importantes estruturas neurovasculares e o líquido cerebrospinal. Este estudo teve como objetivo analisar as alterações que ocorrem no FM na IB, MCI e ambas. A amostra foi composta por 161 ressonâncias magnéticas (RM) de adultos, sendo 37 controles selecionados de forma aleatória e doentes (IB=31; MCI=37 e MCI+IB=56) por conveniência. As RMs foram analisadas no software de visualização Osirix versão 3.8.2. Foram realizadas mensurações lineares, angulares e área no FM. Utilizamos Anova univariada seguida do teste post-hoc de Tukey para avaliar a diferença entre médias das variáveis quantitativas entre os agrupamentos. O grupo MCI+IB feminino teve maiores dimensões de comprimento (p=0,02) e largura (p<0,001) do FM. Na IB e MCI+IB de ambos os sexos tiveram um FM com anteriorização e obliquidade da margem anterior (p<0,001). Os ângulos do FM na IB e MCI+IB em ambos os sexos apresentam uma maior abertura (inclinação) do FM (p<0,001). Na MCI e MCI+IB de ambos os sexos foi observado um FM com área superlotada e consequente redução do espaço liquórico (p<0,001). A obliquidade e inclinação do FM são características da presença da IB evidenciadas pela perda óssea e elevação da margem anterior do FM. A MCI reduz o espaço liquórico pela superlotação das estruturas nervosas no FM. Na MCI+IB ambos os eventos estão presentes de forma acentuada comprometendo ainda mais o espaço do FM.


  • Mostrar Abstract
  • A invaginação basilar (IB) e a Malformação de Chiari tipo I (MCI) são malformações da junção craniovertebral (JCV) que acometem a base do crânio. Estas doenças podem estar isoladas ou associadas, em indivíduos assintomáticos ou com sintomas neurológicos progressivos.O forame magno (FM) é uma região de interesse no diagnóstico radiológico dessas doenças, além de ser um local de passagem de importantes estruturas neurovasculares e do líquido cerebrospinal. A morfometria do FM pode contribuir para elucidar lacunas na fisiopatologia dessas doenças e o respectivo papel dos espaços liquóricos. Este estudo teve como objetivo analisar as variações que ocorrem no FM na IB e MCI com e sem associação. Trata-se de um estudo com base em 258 RMs de adultos, tendo 102 controles selecionados de forma aleatória e doentes (IB=42; MCI=45 e MCI+IB=69) selecionados por conveniência. Os exames de imagem foram analisados no software de visualização Osirix versão 3.8.2. Foram realizadas mensurações lineares, angulares e de volume no FM e estruturas sintópicas. Utilizamos ANOVA univariada seguida do teste post-hoc de Tukey para avaliar a diferença entre médias das variáveis quantitativas entre os agrupamentos. O FM tem padrões morfológicos diferentes na IB e MCI, isoladas ou em associação, quando comparado ao grupo controle. Na IB e MCI+IB houve um aumento nas dimensões do FM em comprimento (p<0.001; p<0.001) e largura (p=0.048; p<0.001). A MCI não teve alterações nas dimensões do FM. Ainda nos grupos IB e MCI+IB foi observado uma acentuada obliquidade (p<0.001; p<0.001) e inclinação (p<0.001; p<0.001) do FM. O espaço liquórico foi reduzido em todos os doentes (p<0.001), porém com fatores causais diferentes, seja pela herniação das tonsilas na MCI e/ou inclinação do FM na IB. MCI (p<0.001) e MCI+IB (p<0.001) se associaram com redução do espaço liquórico da cisterna magna pela ocupação das tonsilas cerebelares. Por fim, uma análise parcial observou uma redução da fossa posterior e JCV apenas na MCI+IB (p=0.040). 


19
  • JOSELMA MARIA DA SILVA
  • EFEITOS ANSIOLÍTICO E ANTIDEPRESSIVO DO EXTRATO E FRAÇÃO PROTEICA DO RIZOMA DE Microgramma vacciniifolia EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINA RIBEIRO CORDULA
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 01/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Microgramma vaccinifolia (Polypodiaceae) é uma planta pteridófita usada na medicina popular para o tratamento de diversas afecções. O extrato salino (ES) e fração proteica (FP) obtidos a partir do seu rizoma demonstraram ações antinociceptiva, anti-inflamatória e antitumoral in vivo. A presente tese avaliou o efeito do tratamento agudo com ES e FP do rizoma de M. vacciniifolia sobre sintomas de ansiedade e depressão em camundongos Swiss. ES foi obtido por homogeneização do pó de rizoma seco em NaCl 0,15 M (10%, p/v) por 16 h a 25ºC. Para obter a FP, o ES foi tratado com sulfato de amônio (60%) por 4h a 25°C. O ES e a FP foram avaliados quanto a concentração proteica, atividade hemaglutinante (AH) e atividade hemaglutinante específica (AHE). Em seguida, ES (100, 200 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) foram administrados de forma aguda em camundongos, os quais foram  analisados no teste do campo aberto (TCA) e teste do labirinto em cruz elevado (LCE) para avaliação do efeito do tipo ansiolítico e no teste de suspensão pela cauda (TSC) para avaliar o efeito do tipo antidepressivo. Em uma segunda etapa de experimentos, a FP foi pré-incubada com caseína para bloqueio do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) da lectina. Em outro ensaio, antagonistas monoaminérgicos e da via nitrérgica foram administrados 30 min antes da FP e em seguida o TCA, LCE e TSC foram realizados. ES (7,6 mg/mL; AH: 32 e AHE: 4,210) e FP (5,7 mg/mL; AH: 128 e AHE: 22,456) foram eficientemente obtidos. No TCA não foram observadas diferenças significativas em nenhum dos parâmetros analisados. No LCE, diazepam, ES (100 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) aumentaram o tempo gasto pelos animais nos braços abertos (F: 8,000, p: 0,0012). Ao mesmo tempo, diazepam e todas as doses do ES e da  FP reduziram o tempo gasto pelos animais nos braços fechados (F: 6,111, p: 0,0040). No TSC, fluoxetina, ES (100, 200 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) reduziram o tempo de imobilidade dos animais em relação ao controle (F: 23,51, p <0,0001). Os antagonistas monoaminérgicos e inibidores da via nitrérgica reverteram o efeito da FP no LCE e TSC. Por outro lado, o bloqueio do DRC da lectina com caseína não teve efeito sobre a atividade da FP no LCE e TSC. Em conclusão, ES e FP apresentam efeito do tipo ansiolítico e antidepressivo em camundongos. O efeito da FP é dependente das vias monoaminérgica e nitrérgica, mas provavelmente não envolve a ação da lectina.



  • Mostrar Abstract
  • A depressão e a ansiedade são doenças que influenciam a qualidade de vida dos pacientes e cuja etiologia envolve interações complexas de fatores ambientais, genéticos, imunológicos e ação de neuromoduladores. Constituem uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e, no caso da depressão, muitas vezes pode ser fatal. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,8% da população mundial são afetadas pela depressão e 3,6% sofrem de ansiedade. Os fármacos atualmente utlizados apresentam efeitos colaterais, tais como insônia crônica, cefaleia, tontura, fadiga, sonolência, náusea, disfunção sexual, amnésia e palpitações. Além disso, estudos têm mostrado que o uso prolongado pode causar dependência e abstinência. Com isso, a busca por novos compostos que possam atuar nessas doenças causando menos efeitos colaterais torna-se necessária. Dentre os compostos encontrados nos vegetais, destacam-se as lectinas, proteínas que contêm um ou mais domínios de reconhecimento de carboidratos. Microgramma vaccinifolia é uma planta pteridófita conhecida popularmente como erva silvina ou cipó-peludo. Na medicina popular, tem sido relatado que o rizoma desta espécie é utilizado para o tratamento de doenças como diarreia e infecções do trato respiratório. A partir do rizoma é possível isolar uma lectina denominada MvRL, que possui ações inseticida, citotóxica contra células tumorais e antifúngica. Fração proteica rica em MvRL apresentou atividades antinociceptiva, anti-inflamatória e antitumoral. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a ação neurofarmacológica de preparações lectínicas (extrato salino e fração proteica) do rizoma de Microgramma vacciniifolia em camundongos Swiss (Mus musculus) frente a sintomas de ansiedade e depressão.

20
  • TULÍBIA LAURINDO SILVA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL PROTEICO/PEPTÍDICO E DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS DA SECREÇÃO CUTÂNEA DE Leptodactylus vastus LUTZ 1930 (AMPHIBIA: LEPTODACTYLIDAE)

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • POLLYANNA MICHELLE DA SILVA
  • Data: 02/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • A primeira barreira entre os anfíbios e o ambiente é o tegumento, envolvido com funções como proteção mecânica, defesa contra patógenos, controle da passagem de água, respiração, percepção sensorial, coloração e camuflagem. Este tegumento é composto por epiderme e derme, onde há presença de glândulas que secretam diferentes compostos bioativos. Leptodactylus vastus é uma rã endêmica do Brasil que ocupa diferentes biomas e pode ser encontrada em toda a região Nordeste brasileira. A presente tese teve como objetivo investigar o perfil proteico e peptídico da secreção de glândulas cutâneas de L. vastus (SLV) e avaliá-la quanto às atividades hemolítica e antimicrobiana, bem como efeitos sobre a coagulação sanguínea. SLV foi coletada por meio de eletroestimulação manual. Para avaliar o perfil proteico, foram realizadas as seguintes etapas: dosagem de proteínas; eletroforese em gel de poliacrilamida em condições desnaturantes (SDS-PAGE) seguida po espectrometria de massas (EM); avaliação da presença de proteases similares à tripsina; ensaio de hemaglutinação; teste de nibição de tripsina. SLV foi avaliada quanto à atividade hemolítica sobre eritrócitos humanos, atividade antimicrobiana contra bactérias (Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis , Escherichia coli e Salmonella enterica serovar. Enteritidis) e fungos (Candida albicansCandida parapsilosis, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii) e influência em parâmetros da coagulação sanguínea (tempo de protrombina, TP, e tempo de tromboplastina parcialmente ativada, TTPA). Na caracterização do perfil peptídico, SLV foi submetida à cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (RP-HPLC) e as frações foram testadas quanto à à capacidade de inibir o crescimento de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. A fração mais ativa foi submetida a EM e sequenciamento de aminoácidos por degradação de Edman. SLV apresentou uma concentração de proteínas de 2,25 mg/mL. Em SDS-PAGE, foi possível observar a presença de sete bandas polipeptídicas. EM revelou similaridade das proteínas presentes nas bandas 3, 4 e 5 com a enzima metanotiol oxidase (uma proteína ligadora de selênio) das espécies de rãs aquáticas Xenopus tropicalis e Xenopus laevis. SLV contém diferentes proteases, porém não foi detectada a presença lectinas (atividade hemaglutinante) e inibidores de tripsina. SLV apresentou baixa atividade hemolítica (máximo de 8,6%) e não apresentou atividade antibacteriana nem antifúngica contra os isolados testados. Quanto aos efeitos na cascata de coagulação foi observado que a SLV prolongou significativamente o TP, chegando a 90 segundos nas maiores concentrações da amostra (50 e 100 µg/mL) e o TTPA, atingindo até 54 segundos no ensaio com 100 µg/mL da secreção. O perfil de SLV em RP-HPLC indicou 26 picos (frações) de peptídeos (absorbância a 216 nm), dos quais 7 foram capazes de inibir o crescimento de S. aureus e/ou E. coli em até 25% e apenas 1 (fração 25) inibiu o crescimento de E. coli em 25% e de S. aureus em 50%. Recromatografia da fração 25 resultou em 2 picos, sendo que o primeiro apresentou uma massa molecular de 2510.7 Da e sequência GLLDVLKGAA KNVVGGLASK VMEKL, indicando se tratar de uma ocelatina. Quando isolado, esse peptídeo foi capaz de inibir em quase 100% o crescimento das bactérias E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa a partir das concentrações de 16, 32 e 128 µM, respectivamente. Em conclusão, a secreção cutânea de L. vastus contém uma proteína ligadora de selênio já detectada na pele de outros anuros, porém sem função totalmente esclarecida, bem como moléculas capazes de inibir o processo de coagulação sanguínea e peptídeo antimicrobiano da classes das ocelatinas. Os resultados estimulam a continuidade de estudos de bioprospecção dessa secreção e identificação de outras proteínas e peptídeos bioativos.


  • Mostrar Abstract
  • A primeira barreira entre os anfíbios e o ambiente é o tegumento, envolvido com funções como proteção mecânica, defesa contra patógenos, controle da passagem de água, respiração, percepção sensorial, coloração e camuflagem. Este tegumento é composto por epiderme e derme, onde há presença de glândulas na pele, uma característica comum entre todos os anfíbios. Algumas dessas glândulas são conhecidas como glândulas de veneno e secretam diferentes compostos bioativos. Leptodactylus vastus é uma rã endêmica do Brasil que ocupa diferentes biomas e pode ser encontrada em toda a região Nordeste brasileira. A presente tese como objetivo caracterizar o perfil proteico/peptídico da secreção de glândulas cutâneas de L. vastus (SLV), avaliar seu potencial como fonte de agentes citotóxicos contra células neoplásicas e sua atividade antimicrobiana contra bactérias e fungos patogênicos. A coleta de SLV foi realizada por meio de estimulação manual do tegumento com o animal imerso em um béquer contendo aproximadamente 60 mL de água Milli-Q. O material extraído (SLV) passou por processo de liofilização e foi estocado individualmente a -20º C. Para avaliar o perfil proteico de SLV, foram realizadas as seguintes etapas: dosagem de proteínas; determinação de atividade de tripsina, ensaio de hemaglutinação e teste de inibição de tripsina; e eletroforese em gel de poliacrilamida em condições desnaturantes (SDS-PAGE). As bandas observadas foram excisadas do gel, digeridas com tripsina e submetidas à análise por espectrometria de massas e as frações com maior intensidade de absorbância a 216 nm foram submetidas a espectrometria de massas. Também foi avaliada a atividade hemolítica de SLV sobre eritrócitos humanos tipo O+. A atividade antimicrobiana de SLV foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo contra cepas-padrão de Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis , Escherichia coli e Salmonella enterica serovar. Enteritidis, bem como cepas de Candida albicansCandida parapsilosis, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. As frações obtidas com o fracionamento cromatográfico de SLV na coluna de fase reversa foram avaliadas quanto à capacidade de inibir o crescimento de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. SLV apresentou uma concentração de proteínas de 2,25 mg/mL. No perfil eletroforético, foi possível observar a presença de sete bandas polipeptídicas. A análise revelou similaridade das proteínas presentes nas bandas 3, 4 e 5 com a enzima metanotiol oxidase das espécies de rãs aquáticas Xenopus tropicalis e Xenopus laevis. Não foi detectada a presença de tripsina, lectinas (atividade hemaglutinante) e inibidores de tripsina em SLV. O perfil obtido no fracionamento cromatográfico de SLV revelou diversos picos de peptídeos, os quais foram submetidos à espectrometria de massas. Os espectros obtidos estão sendo analisados. SLV não apresentou atividade hemolítica nem atividade antibacteriana frente S. aureus, E. faecalis, E. coli e S. enteritidis. SLV também não foi capaz de inibir o crescimento das cepas de fungos testadas. Da mesma foram, nenhuma das frações contendo peptídeos de SLV exibiu atividade inibitória sobre as bactérias testadas. Os próximos passos incluem a análise dos picos correspondentes aos peptpídeos e a avaliação de citotoxicidade contra células tumorais e efeitos de SLV sobre a coagulação sanguínea.

21
  • CECILIA MACIEL PRADO
  • Imunossensor eletroquímico nanoestruturado para detecção quantitativa do H-FABP, um marcador de injúria miocárdica

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • ERIKA KETLEM GOMES TRINDADE
  • EDUARDO PADRON HERNANDEZ
  • GILVÂNIA MARINETE DE SANTANA
  • Data: 04/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Uma nova plataforma para detecção eletroquímica com atividade redox inerente mediada por azul de metileno (MB) foi desenvolvida com base em uma superfície catalítica de politionina-CNT@MB. Neste estudo, nanotubos de carbono (CNTs) foram funcionalizados com MB para desenvolver um nanocompósito depositado sob um filme fino de politionina condutora (PTh). Isso permitiu um aumento nas áreas de superfície eletroativas, levando a uma melhor sensibilidade e detecção da proteína de ligação de ácidos graxos do coração (H-FABP) com alta atividade catalítica. O H-FABP é um biomarcador de infarto agudo do miocárdio (IAM) precoce altamente sensível. Modificações graduais da superfície nanoestruturada foram caracterizadas por técnicas eletroquímicas, confirmando assim a deposição do filme de PTh e a formação do nanocompósito CNT@MB. A plataforma sensora apresentou uma resposta linear de 2,5 a 25,0 ng/mL e LOD de 3,1 ng/mL em amostras comerciais de H-FABP e um cutoff  de 15 ng/mL de HFABP. A superfície do sensor apresentou boa precisão, especificidade e reprodutibilidade para detecção de H-FABP. As vantagens deste trabalho incluem testes rápidos com passos mínimos pelo simples uso de uma superfície redox catalítica intrínseca, como tentativa de promover uma alta sensibilidade. A boa reprodutibilidade e a faixa clínica obtida com este imunossensor suportam sua utilidade como uma ferramenta potencial para testes de diagnóstico precoce do IAM, com a vantagem de ser um método passível de portabilidade. 


  • Mostrar Abstract
  • Uma nova plataforma para detecção eletroquímica com atividade redox inerente mediada por azul de metileno (MB) foi desenvolvida com base em uma superfície catalítica de politionina-CNT@MB. Neste estudo, nanotubos de carbono (CNTs) foram funcionalizados com MB para desenvolver um nanocompósito depositado sob um filme fino de politionina condutora (PTh). Isso permitiu um aumento nas áreas de superfície eletroativas, levando a uma melhor sensibilidade e detecção da proteína de ligação de ácidos graxos do coração (H-FABP) com alta atividade catalítica. O H-FABP é um biomarcador de infarto agudo do miocárdio (IAM) precoce altamente sensível. Modificações graduais da superfície nanoestruturada foram caracterizadas por técnicas eletroquímicas, confirmando assim a deposição do filme de PTh e a formação do nanocompósito CNT@MB. A plataforma sensora apresentou uma resposta linear de 2,5 a 25,0 ng/mL e LOD de 3,1 ng/mL em amostras comerciais de H-FABP e um cutoff  de 15 ng/mL de HFABP. A superfície do sensor apresentou boa precisão, especificidade e reprodutibilidade para detecção de H-FABP. As vantagens deste trabalho incluem testes rápidos com passos mínimos pelo simples uso de uma superfície redox catalítica intrínseca, como tentativa de promover uma alta sensibilidade. A boa reprodutibilidade e a faixa clínica obtida com este imunossensor suportam sua utilidade como uma ferramenta potencial para testes de diagnóstico precoce do IAM, com a vantagem de ser um método passível de portabilidade. 

22
  • JAINALDO ALVES DA COSTA
  • Perfil fitoquímico e avaliação de toxicidade e atividades biológicas de extrato salino de folhas de Euphorbia hirta L.

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • Data: 29/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Euphorbia hirta L. (Euphorbiaceae), é utilizada devido às suas propriedades antimicrobianas, antidiabéticas, antitumorais e anti-inflamatórias. A presente tese avaliou constituintes e atividades biológicas do extrato salino (ES) de folhas de E. hirta. ES obtido após extração da farinha de folhas com PBS 0,1 M, pH 7,5 contendo NaCl 0,15 M (10%, p/v) foi avaliado quanto a presença de constituintes e ensaios in vitro determinaram a atividade antioxidante e citotoxicidade em células de sarcoma 180. Ensaios in vivo utilizando camundongos foram realizados para a determinação de toxicidade oral aguda e genotoxicidade do ES usando a dose de 2000 mg/kg enquanto para a determinação das atividades antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatória as doses de 50, 100 e 200 mg/kg foram investigadas. A atividade antitumoral foi avaliada em camundongos com sarcoma 180, a determinação da atividade antinociceptiva foi realizada usando o teste de contorções abdominais induzida por ácido acético e o teste da formalina, enquanto para a avaliação da atividade anti-inflamatória foram usados os testes de edema de pata e peritonite induzido por carragenina. Cromatografia líquida de alta eficiência detectou a presença de ácido gálico (0,239 ± 0,0021 g% (0,86%)) e ácido elágico (0,482 ± 0,0018 g% (0,37%)). Os teores de fenóis e flavonoides no ES foram de 107,3 ± 0,7 mg EAG/g e 22,9 ± 0,4 mg EQ/g, respectivamente. ES exibiu atividade antioxidante moderada com IC50 (µg/mL) de 490,8 ± 0,2 (DPPH), 569,6 ± 0,5 (ABTS) e 3246,1 ± 0,5 (CAT). ES foi citotóxico para sarcoma 180 com IC50 de 10,0 e 10,6 µg/mL em 48 e 72 h de incubação, respectivamente. ES (2000 mg/kg) não produziu mortalidade ou sinais de intoxicação, contudo promoveu diminuição no consumo de ração em comparação ao controle não tratado. Os parâmetros hematológicos dos animais tratados não foram alterados enquanto a análise do perfil lipídico revelou redução de triglicerídeos, LDL-c e VLDL. Análise dos órgãos não detectou alteração no peso relativo e no padrão histológico. ES não promoveu danos ou mutações no DNA. ES foi antitumoral contra sarcoma 180 causando redução no peso do tumor de 72,32 %, 70,25% e 70,89% nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg. ES inibiu significativamente o número de contorções nas doses de 50 (84,0 ± 4,0%), 100 (78,4 ± 9,4%) e 200 mg/kg (62,4 ± 10,6%). Também reduziu o tempo de lambida na primeira fase (69,7 ± 7,8%, 50 mg/kg; 84,6 ± 6,4%, 100 mg/kg e 72,0 ± 8,6%, 200mg/kg) e na segunda fase (99,8 ± 0,1%, 87,4 ± 7,4% e 95,9 ±% nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. ES reduziu a migração leucocitária para a cavidade peritoneal dos camundongos em 52%, 54% e 63% (células/mL). Em conclusão, ES contendo metabólitos secundários é antioxidante, não apresenta toxicidade oral aguda, não é genotóxico, é citotóxico para células de sarcoma 180 e tem atividade antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatória.



  • Mostrar Abstract
  • Euphorbia hirta pertencente à família Euphorbiaceae, sendo utilizada para o tratamento de doenças respiratórias, gastrointestinais, inflamatórias e bacterianas. Este trabalho investigou a composição fitoquímica, as atividades antioxidante e a toxicidade in vivo de extrato salino de folhas e também isolou a lectina EhLL (do inglês E. hirtaleaf lectin). As folhas (10 g) foram adicionadas a solução salina tamponada de PBS 0,1 M contendo NaCl 0,15 M pH 7,5 em 28 °C a 4 h, a mistura foi filtrada, centrifugada obtida o extrato bruto e liofilizada. A caracterização fitoquímica foi feita por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH e ABTS (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados representados pela concentração de antioxidante que inibiu 50% dos radicais (IC50). O ensaio de toxicidade aguda usou camundongos albinos Swiss fêmeas administrados oralmente com dose única da infusão a 2000 mg/kg com posterior análise nas primeiras duas horas e durante 14 dias. Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do fígado, baço e rins, coração e pulmão. A genotoxicidade e a mutagenicidade in vivo da infusão (2000 mg/kg) foi analisada através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, respectivamente. A CCD detectou flavonoides, terpenos e esteroides, cumarinas e saponinas e a CLAE detectou ácido gálico e elágico. Foram obtidos valores de 107,3±0,7 µg EAT/mg para fenois totais, 22,9±0,4 µg ER/mg para flavonoides e. Atividade antioxidante (CI50 490,8±0.2 µg/mL e 569,6±0,5 µg/mL, nos testes do DPPH e ABTS, respectivamente). A dosagem apresentou alteração no peso ou o consumo de água e ração, bem como os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais tratados de modo satisfatório. Genotoxicidade e mutagenicidade não foram detectadas na dose de 2000 mg/kg. O extrato foi submetido a precipitação de proteínas utilizando sulfato de amônio 20-40% de saturação e cromatografia da fração precipitada (FP20-40%) em coluna de quitina. A atividade hemaglutinante (AH) foi monitorada ao longo do processo de purificação utilizando eritrócitos de coelho. O perfil eletroforético em condições desnaturantes e em condições nativas foi avaliado em gel de poliacrilamida contendo sulfato sódico de dodecila (SDS-PAGE). Os efeitos do pH, temperatura e íons sobre a AH foram determinados e o efeito de pH e temperatura na conformação. A atividade antimicrobiana contra fungos foi avaliada através da determinação da concentração mínima inibitória (CMI), mínima bactericida (CMB) e mínima fungicida (CMF). O extrato e FP20-40% apresentaram AH específica de 10,5 e 61,1, respectivamente. EhLL adsorveu na coluna de quitina e foi eluida com ácido acético 1,0 M com AH específica de 98,76. EhLL apresentou massa nativa de 90 kDa, sua AH foi detectada em valores de pH de 3,0 a 8,0, foi resistente ao aquecimento até 100°C durante 30 min e não foi estimulada pelos íons divalentes Mg2+, Mn2+ e Ca2+ a 20 mM. EhLL foi agente mostrou atividade antifúngica contra espécies de Candida com CMI e CMF de 3,125 µg/mL. O estudo revela que E. hirta é fonte de compostos fenólicos e agentes antioxidantes e possui EhLL, uma lectina ligadora de quitina, termoestável, ativa em ampla faixa de pH e com ação antibacteriana e antifúngica.


23
  • LUCICLAUDIO CASSIMIRO DE AMORIM
  •  

    Investigação do efeito neuroprotetor do óleo fixo de Syagrus coronata em camundongos e Drosophyla melanogaster

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 31/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa e progressiva do sistema nervoso central. Seus principais sintomas motores são bradicinesia, tremor, rigidez e distúrbios posturais. Syagrus coronata (S.coronata) (arecaceaae)é uma palmeira oleaginosa rica em componentes lipídicos nativa do nordeste do Brasil. Entretanto suas propriedades neuroprotetoras ainda não foram estudadas. O objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial neuroprotetor e antioxidante do óleo fixo de S.coronata em modelos animais de DP induzido por rotenona, utilizando camundongos e  modelo de drosophila melanogaster.  Para o modelo murino, rotetona (3,0 mg/kg/dia, i.p.), S.coronata (150 mg/kg/dia i.p), levodopa (20 mg/kg/dia, i.p.) e S.coronata (75 mg/kg/dia i.p.) mais levodopa (10 mg/kg/dia, i.p.) foram administrados  por 5 dias, seguido por modelos comportamentais de rotarod e campo aberto. Observou-se como resultados que os tratamentos com o óleo, levodopa e óleo mais levodopa reverteram os déficits motores induzidos por rotenona. A histomorfometria mostrou uma  diferença estatística no número de células da Glia nos tratamentos em relação ao controle Ainda, o tratamento com o óleo conseguiu reverter as os níveis basais da superóxido, bem como reduziu da NADPH oxidase e elevou  a atividade da catalase.. Para o modelo experimental utilizando drosophilas, as moscas foram expostas a uma dieta suplementada com rotenona (50 µM) durante sete dias, com e sem a inclusão de óleo fixo de S. coronata (0,2 mg/g na dieta). Após os tratamentos as moscas passaram por testes comportamentais para análise de alteração motora pelo teste de geotaxia negativa, bem como foi analisado a atividade antioxidante neuroprotetora do óleo pela medida dos níveis de tióis totais, viabilidade celular, peroxidação lipídica, ferro e óxido nítrico. Os achados revelaram que a exposição à rotenona resultou em uma taxa de mortalidade de aproximadamente 30% nas moscas e causou comprometimento locomotor (40%; P < 0,001). Além disso, a administração de rotenona reduziu os níveis totais de tióis (35%,P < 0,01), aumentou os níveis de peroxidação lipídica (30%; P = 0,0152), níveis de ferro (em 100%; P = 0,01), os níveis de óxido nítrico ( 100%; P < 0,01), diminuindo simultaneamente a capacidade redutora das mitocôndrias (40%, P < 0,001). Entretanto, todos os efeitos deletérios da rotenona foram revertidos pelo tratamento com o óleo. Análise de docking molecular revelou que os componentes lipídicos do óleo são capazes de se ligar em enzimas antioxidantes celulares, propondo um mecanismo de como o óleo poderia exercer atividades antioxidantes. Com tudo, este estudo sugere propriedades neuroprotetoras e antioxidantes do óleo S.coronata em modelos de déficits motores induzidos por rotenona em camundongos e em drosófilas. 


  • Mostrar Abstract
  • A Doença de Parkinson (DP) é uma neuropatologia neurodegenerativa que induz alterações motoras e cognitivas incapacitantes.  Observa-se morte de neurônios dopaminérgicos e acúmulos da proteína α-sinucleína sob a forma dos corpos de Lewis, especialmente na substância negra. A terapia é meramente paliativa e se baseia em precursores dopaminérgicos.  Syagrus coronata é uma palmeira da família das arecaceae conhecida popularmente como licuri, possui sementes oleaginosa comestível, com potencial de uso para diversos fins. Essa planta produz um óleo com ação antioxidantes e anti-inflamatórias. Mesmo com ampla utilização na medicina popular, ainda é incipiente estudos mostrando a eficácia do óleo de Licuri para patologias. Além do mais, é inexistente dados que mostram os efeitos terapêuticos do óleo em modelos de neuropatologias.  Assim, neste presente projeto, objetiva-se  avaliar o potencial do óleo de Syagrus coronata em reverter os déficits cognitivos e comportamentais induzidos por rotenona, em modelos animais da DP. Submeteu-se camundongos machos, entre 9-10 semanas, para um tratamento sub-agudo com rotetona, 3mg/kg subcutanea e com o óleo de licuri 150mg/kg ou pela via intraperitoneal ou por gavagem ou ainda o óleo de licuri na forma de emulsão por gavagem. Após 5 dias de administrações, os animais foram treinados nos testes de rota rod, campo aberto, esquiva inibitória e reconhecimento de objetos. Levodopa é um fármaco característico utilizado no tratamento da DP e foi utilizado como controle positivo para este estudo. Avaliou-se que a administração do óleo de licuri sozinho ou sinérgico com o levodopa, em todos as formas utilizadas, reverteu o efeito deletério motor da rotenona no teste de rota rod, sem alterar parâmetros cognitivos. Este estudo sugere uma possível neuroproteção induzida pelo óleo de Syagrus coronata em modelos clássicos da DP induzida por rotenona. Para melhor discutir o efeito do óleo, iremos utilizar o modelo de rotenona em diferentes modelos animais como C.elegans, Drosóphila, bem como iremos analisar por amostras do cérebro dos animais quais metabólitos e proteínas estariam relacionados a essa sinalização por metabolômica e western blot, respectivamente.  Ainda, uma análise por bioinformática permitirá descobrir possíveis vias antioxidantes que estariam relacionadas com a reversão do efeito observado. 

     

24
  • ALEXSANDRA DE MORAIS MARTINS
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO DO ÓLEO EXTRAÍDO DA ALGA MARINHA Laurencia dendroidea E SEUS POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO EM CÉLULAS HL-60

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • ERWELLY BARROS DE OLIVEIRA
  • MARCOS CEZAR FEITOSA DE PAULA MACHADO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • SUYANA KAROLYNE LINO DA ROCHA
  • Data: 29/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • O câncer é uma ameaça crescente à saúde pública, sendo, portanto, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A busca por novos compostos bioativos para a terapia do câncer é motivada pela necessidade de se obter resultados terapêuticos mais eficazes e que atuem de forma seletiva minimizando os efeitos colaterais. Neste contexto, produtos obtidos de algas marinhas têm-se mostrado uma excelente fonte de compostos bioativos com uma variedade de atividades biológicas e potenciais aplicações medicinais no tratamento do câncer. Neste trabalho o óleo de laurencia dendroidea (OLd) foi submetido à Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Além disso, a atividade citotóxica (0,78 - 25 μg/mL) usando diferentes linhagens de células tumorais humanas HeLa, HL-60, HCT-16, K562, MCF-7 e a linhagem saudável Vero, foram realizadas usando o ensaio colorimétrico MTT. O índice de seletividade (IS) foi calculado em relação aos valores de IC50 obtidos para as células HL-60 e as células Vero. Ainda foram avaliados os mecanismos de ação do Old nas células de leucemia promielocítica aguda. Os compostos silfiperfolan-7-β-ol e (-) -7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram identificados como sendo majoritários no óleo. O Old mostrou citotóxicidade significativa para todas as células cancerígenas (IC50 - 0.06 - 3.78 µg/mL), destacando uma notável citotoxicidade seletiva contra células HL-60 (0.06 µg/mL). O OLd provocou alterações morfológicas e induziu apoptose e necrose de células HL-60, e uma significativa despolarização mitocondrial foi observada. A evidente elevação da população celular na fase sub-G1 sugere influência direta na progressão do ciclo celular. Os resultados obtidos evidenciam o potencial promissor do OLd como agente terapêutico no âmbito oncológico, estabelecendo um alicerce robusto para investigações clínicas futuras, com foco no desenvolvimento de abordagens de tratamento direcionado ao câncer.



  • Mostrar Abstract
  • O câncer é uma ameaça crescente à saúde pública, sendo, portanto, uma das
    principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, além de ser
    responsável por altos impactos sociais e econômicos. A busca por novos
    compostos bioativos é motivada pela necessidade de se obter resultados
    terapêuticos mais eficazes e que atuem de forma seletiva minimizando os efeitos
    colaterais. Neste contexto, produtos obtidos de algas marinhas têm-se mostrado
    uma fonte rica em substâncias bioativas com atividade biológica e potenciais
    aplicações medicinais no tratamento de doenças degenerativas e tumores. Neste
    trabalho o óleo obtido da macroalga marinha L. dendroidea foi submetido à
    Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Em seguida, o
    potencial antioxidante do óleo foi avaliado pelos métodos de DPPH, ABTS e
    Fosfomolibdênio. Além disso, foi avaliada a atividade anticancerígena usando seis
    linhagens de células tumorais humanas HeLa (Carcinoma cervical humano), NCI-
    H292 (Carcinoma mucoepidermoide de pulmão), HL60 (Leucemia promielocítica
    aguda), HCT-16 (câncer de cólon humano), K562 (Leucemia mielocítica crônica),
    MCF-7(Adenocarcinoma de mama) e linhagens não cancerígenas, Vero (Epitelial
    normal), e L929 (Fibroblastos de camundongos) usando o ensaio colorimétrico
    MTT. Os compostos silfiperfolan-7-β-ol e (-) -7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram
    identificados como sendo majoritários no óleo de L. dendroidea. Das metodologias
    empregadas não foi possível verificar a capacidade do óleo em sequestrar os
    radicais livres. A atividade citotóxica mostrou excelentes resultados para todas as
    células cancerígenas, no entanto, a melhor atividade foi vista para a linhagem HL-
    60 com valores de IC50 de 0,30 µg/mL. Os compostos majoritários do óleo de L.
    dendroidea já foram descritos anteriormente e apresentaram atividades
    antimicrobiana, antioxidante e inseticida, porém, este é o primeiro estudo na
    literatura que relata as propriedades citotóxicas do óleo essencial dessa espécie
    frente a células cancerígenas.

25
  • GLORIA ALICIA MARTINEZ MEDINA
  • Estudio del perfil químico y biofuncional de las moléculas presentes en Ustilago maydis

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • ARACELI LOREDO TREVIÑO
  • JOSÉ SANDOVAL CORTÉS
  • MAYELA GOVEA SALAS
  • MÓNICA LIZETH CHÁVEZ GONZÁLEZ
  • Data: 06/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • El huitlacoche é o nome comum que se tornou o dos tumores gerados no milho pelo Hongo Ustilago maydis. Isso tem importância culinária, nutricional e medicinal no México, sem embargo, o tipo de moléculas, assim como as atividades biológicas que puderam exercer foram pouco estudadas. O objetivo deste trabalho é caracterizar a bioatividade das moléculas presentes neste alimento tradicional mexicano. Além disso, desenrole uma bebida em pó de preparação instantânea à base de chocolate e huitlacoche usando um design de estrutura simplex, para aumentar o valor nutricional desta bebida. Foi realizada uma análise proximal padrão de acordo com as metodologias relatadas na AOAC, além de uma análise fitoquímica e uma extração de diferentes classes de proteínas. As diferentes frações foram parcialmente descritas. Finalmente, foi analisado o efeito inibidor da α-amilasa, análise de antimicrobianos (Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Staphylococcus aureus) e prebióticos, empregando um extrato acuoso, das frações proteicas (albuminas e globulinas) e uma fração polifenólica  parcialmente purificado. Os resultados da análise proximal são semelhantes aos relatados anteriormente por alguns outros autores, as diferenças são geradas pela composição do milho no que se inocula U. maydis ou no período de cosecha. Las proteínas mayoritarias fueron albúminas, globulinas y prolaminas con diversos pesos moleculares. A análise de HPLC-MS detecta a presença de resveratrol 5-O-glucósido, medioresinol, arctigenina e florizina. Todas as frações estudadas mostraram inibição da α-amilasa e as concentrações mais altas de polifenóis (128mg/L e 64mg/L) inibiram o crescimento das bactérias estudadas. Todas as frações promovem mesmo o crescimento das bactérias probióticas Lactobacillus brevis e Lactobacillus paracasei, exceto as frações mais equipadas de polifenóis (124 e 64 mg/L). Se medem a cor, o pH e o índice de sedimentação (SI) para caracterizar as formulações. A cor da formulação apresenta valores L* entre 40,98-74,03, valores a* 7,99-17,88, valores b* 15,41-19,86, valores de pH 6,16-6,38 e SI de 0-90%. O pH e a cor são semelhantes a outras formulações de cacau, e o Índice de Sedimentação (SI) são afetados pela qualidade do cacau, do açúcar, do leite e das múltiplas interações entre os componentes. No entanto, o Modelo Estadístico para Leite, o SI Cacao-Huitlacoche tem um índice de correlação adequado (R2=0,99), boa cor e pH. El huitlacoche é fonte de uma ampla variedade de compostos, os quais poderiam ser aproveitados por seu potencial biofuncional, dando valor agregado ao huitlacoche e dando a capacidade de incorporar alimentos funcionais.



  • Mostrar Abstract
  • Não se aplica.

26
  • FRANCIELLY NEGREIROS DE ARAÚJO
  • TRANSCRIPTÔMICA DE GENES CODIFICADORES DE QUINASES EM RAIZ DE PINHÃO-MANSO (Jatropha curcas L.) SOB ESTÍMULO SALINO

  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • RICARDO YARA
  • ROBERTA LANE DE OLIVEIRA SILVA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 06/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • Jatropha curcas é uma espécie que apresenta multipla aplicabilidade, com ênfase no seu potencial para redução de danos ambientais, com aplicação na industria de biocombustível e no setor ambiental, visando a fitorremediação, prevenção e controle de erosão do solo. Os trabalhos aqui apresentados tiveram como objetivo, analisar os transcriptomas de acessos contrastantes de J. curcas em resposta ao estímulo salino, visando a mineração de quinases com potencial para aplicação no melhoramento genético da cultura. O estudo sobre o quinoma de J. curcas, teve como foco analisar a diversidade, classificação, estrutura genética, elementos cis-reguladores (ECRs) e fatores de transcrição (TFs). Também prospectamos domínios conservados, atributos físico-químicos e localização subcelular das proteínas quinase (PK). A pesquisa inclui uma análise de RNA-Seq de JcPKs de dois acessos expostos a NaCl (150mM/3h). O quinoma de J. curcas compreende 1.350 PKs codificadas por 872 genes únicos (aproximadamente 3% dos genes codificadores de proteínas da espécie). A análise fenética revelou 20 grupos distintos e 121 famílias/subfamílias. As famílias PK exibem diversidade estrutural significativa, com números variados de íntrons, comprimentos de proteínas, valores de pI e massa molecular. Comparações ortológicas com outras espécies de plantas sugerem forte conservação dos genes PK, variando de 51% (Arabidopsis thaliana) a 78% (Hevea brasiliensis). Os ECRs enriquecidos nos promotores do gene PK estão ligados a TFs como Dof, MIKC_MADS e ERF, o que poderia melhorar as vias de sinalização e os genes responsivos ao estresse. Os dois acessos, Jc171 e Jc183, exibiram estratégias diferentes em resposta ao NaCl, com Jc171 mostrando mais modulação em genes PK, principalmente regulação negativa, do que Jc183. A validação através de ensaios qPCR confirmou candidatos PK específicos. Em outro trabalho, exploramos a diversidade estrutural e características físico-químicas das quinases semelhantes a receptores ricos em leucina (LRR), além disso, uma rede de interação proteína-proteína (PPI) foi construída com base nos genes diferencialmente expressos. O quinoma de J. curcas é composto por 259 proteínas LRR, codificadas por 200 genes únicos. A análise fenética revelou 23 subfamílias LRR, sendo essa a maior e mais diversa família do grupo RLK-Pelle. A estrutura gênica e a disposição dos ECRs apresentaram variação intra e interfamiliar. A maioria das subfamílias encontra-se localizadas na membrana plasmática, reforçando a atuação dessas quinases na percepção de estímulos e mediação da cascata de sinalização. As subfamílias ancoradas na membrana apresentaram similaridade das propriedades proteicas. A rede PPI de Jc171 mostrou que as LRR reprimidasestão associadas a processos metabólicos, de crescimento e desenvolvimento da planta, além da resposta a estímulos. Em Jc183, a rede PPI associou as LRR a regulação de processos biológicos, resposta ao estímulo e regulação negativa da morte celular. Os dados apontam para uma divergência na resposta dos acessos ao estímulo salino, sugerindo que o mecanismo de resposta ao estresse é dependente do genótipo. Esta pesquisa fornece uma base sólida para estudos futuros sobre o papel das proteínas quinases de J. curcas no aumento da adaptabilidade das plantas aos estresses abióticos, contribuindo para o desenvolvimento de culturas tolerantes a condições ambientais adversas.



  • Mostrar Abstract
  • Jatropha curcas L. (ou pinhão-manso) é uma espécie de bom potencial para produção de biodiesel, principalmente em solos propensos a déficit hídrico. Mas, a espécie se mostra sensível à salinização dos solos, um fator abiótico que limita os cultivos. Na sinalização celular desencadeada por estímulos abióticos percebidos pelas plantas, a fosforilação de proteínas, pela ação das proteínas quinases, é papel central. O presente trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar genes codificadores de proteínas quinases expressos em raízes de J. curcas após um estímulo salino (150 mM NaCl). Associadas ao genoma de J. curcas foram identificadas 1.303 potenciais quinases, de 20 diferentes grupos, e 110 famílias gênicas. O grupo mais bem representado
    correspondeu a RLK-Pelle (859), com 66 % das quinases identificadas. A caracterização dos potenciais genes de J. curcas codificadores de quinases (JcPKs) evidenciou uma heterogeneidade estrutural presente no quinoma de J. curcas. Mais da metade das RLKs identificadas foram associadas com membranas, mostrando relação com a percepção de estímulos extracelulares, já os demais grupos ocupariam diferentes compartimentos. Nas regiões
    promotoras de genes do grupo RLK-Pelle_LRR, os elementos cis-reguladores mais associados a fatores de transcrição (FTs) destacaram os FTs do tipo DOF e MIKC. Muitos dos prováveis FTs que regulariam a expressão dos genes quinases foram descritos em respostas a estresses abióticos. Uma análise comparativa das sequências JcPKs, com similares de outras espécies da mesma família (Euphorbiaceae), mostrou boa similaridade entre os ortólogos. A análise de expressão gênica in silico mostrou diferenças relevantes nas
    respostas dos acessos estudados após o estímulo salino. O genótipo menos tolerante ao sal (Jc171) modulou mais a expressão gênica das quinases após o sal [257 transcritos diferencialmente expressos: 17 induzidos (UR), 240 reprimidos (DR)] do que o genótipo mais tolerante (Jc183), que modulou significativamente somente 20 transcritos (12 UR, 8 DR). Desta forma, o genótipo Jc171 foi mais informativo na caracterização dos termos de ontologia gênica associados a resposta salina. A predição das estruturas gênicas das quinases de J. curcas, bem como a resposta diferencial dos dois genótipos analisados fornecem uma melhor compreensão das JcPKs expressas após a percepção do sal, em face a um potencial estresse salino.

27
  • KEILA TAMIRES DA SILVA SANTANA
  • PERFIL FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, TOXICIDADE ORAL AGUDA, GENOTOXICIDADE, MUTAGENICIDADE E TOXICIDADE REPRODUTIVA DOS EXTRATOS AQUOSO E ETANÓLICO DE Pseudobombax marginatum (A. St.-Hil.) A. Robyns

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
  • FRANCISCO CARLOS AMANAJAS DE AGUIAR JUNIOR
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 30/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Caatinga é um domínio exclusivo do território brasileiro, que apresenta espécies de plantas com propriedades farmacológicas promissoras para a saúde humana, como a Pseudobombax marginatum. Essa espécie é conhecida popularmente como “embiratanha”, pertence à família Malvaceae e muito utilizada por comunidades tradicionais para fins terapêuticos, como dor de coluna, cicatrização de feridas, inflamações das vias urinárias, úlceras, bronquite, depressão e cálculo renal. Além disso, é descrita na literatura com propriedades farmacológicas, como antiinflamatória, antinociceptiva, antimicrobiana, antioxidante e antibacteriana. Entretanto, não há estudos sobre o potencial toxicológico in vivo dessa espécie. Diante disso, o presente estudo teve por objetivo avaliar o perfil fitoquímico, a citotoxicidade, toxicidade oral aguda, genotoxicidade, mutagenicidade e toxicidade reprodutiva dos extratos aquoso (ExAq) e etanólico (ExEt) de P. marginatum. Foi utilizada Cromatografia em Camada Delgada (CCD) para a análise fitoquímica dos extratos. As linhagens celulares de Adenocarcinoma da Glândula Mamária Humana (MDA-MB-231) e de Macrófagos (J774A.1) foram avaliadas utilizando o ensaio de redução de tetrazólio para análise citotóxica. Para os estudos experimentais in vivo foram utilizadas 34 ratasalbinas da linhagem Wistar (Rattus norvegicus albinus) com idade de 12 semanas, pesando aproximadamente 200 - 250 g. Foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg dos ExAq e ExEt por via oral nos animais para o teste de toxicidade oral aguda e os testes de genotoxicidade e mutagenicidade. Para a realização da toxicidade reprodutiva foi administrada uma dose 1000 mg/kg/dia do 1º ao 20º dia de gestação das ratas. Para verificação da toxicidade reprodutiva foram analisadas alterações em parâmetros como, comportamentais, fisiológicos, morfológicos, peso corporal e tecidual das ratas prenhes e sua prole. Além disso, foram realizadas análises histomorfométricas nos órgãos dos animais e testes de mutagenicidade e genotoxicidade no sangue e no fígado das ratas prenhes e em sua prole. Nos resultados foram identificados nos ExAq e ExEt da P. marginatum classes de metabólitos secundários, como derivados cinâmicos, flavonoides, taninos hidrolisáveis, taninos condensados, cumarinas e terpenos/esteroides. No ensaio de citotoxicidade o ExEt na concentração mais baixa (12,5 µg/mL) apresentou um aumento estatisticamente significativo (21%) na viabilidade dos macrófagos. Enquanto, o ExAq nas concentrações mais altas (25, 50 e 100 µg/mL) mostrou diminuição estatisticamente significativa (42%) na viabilidade dos J774A.1. Porém, nenhuma das concentrações testadas apresentaram viabilidade celular inferior a 50%, o que indicou uma baixa citotoxicidade do ExAq da P. marginatum. Os ExAq e ExEt na dose única de 2000 mg/kg não apresentaram toxicidade oral aguda, mutagenicidade ou genotoxicidade nos animais. No entanto, o ExEt apresentou diminuição estatisticamente significativa no índice de dano (p<0,0017) e na frequência de dano (p<0,016) no Ensaio Cometa (EC). Nos resultados da toxicidade reprodutivanão foram observadas alterações comportamentais, fisiológicas ou registro de morte durante o período gestacional das ratas, como também não houve diferença no ganho de massa corporal e no peso dos órgãos. Os filhotes não apresentaram alterações na morfologia externa, no peso corporal e no peso do fígado. Os órgãos das ratas e o fígado dos filhotes não apresentaram alterações histomorfométricas. O extrato ExAq não apresentou efeitos genotóxicos ou mutagênicos nas ratas prenhes e sobre sua prole. Mas, no ensaio cometa apresentou diminuição estatisticamente signifivcativa no índice de dano (p <0,032) e na frenquência de dano (p <0,004) no fígado dos filhotes. Esses resultados sugerem uma administração segura dos extratos da embiratanha sobre testes in vitro, in vivo e durante o período gestacional de ratas Wistar. Além disso, indicam efeito antigenotóxico dos extratos da P. marginatum



  • Mostrar Abstract
  • Pseudobombax marginatum conhecida popularmente como “embiratanha”, encontrada amplamente no Bioma Caatinga, é muito utilizada por comunidades tradicionais para fins terapêuticos, como analgésico, cicatrizante, antibacterino e anti-inflamatório. No entanto, não há informações científicas sobre o seu perfil toxicológico. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil toxicológico do extrato de P. Marginatum. O extrato etanólico foi extraído por maceração em 1L de solução etanol a 70% (v/v) e o extrato aquoso foi extraído por maceração em 1L de água destilada. A análise química dos extratos foi realizada por Cromatografia Líquida de Alta eficiência (HPLC). A citotoxicidade de várias concentrações dos extratos (12,5, 25, 50 e 100 μg / mL) foram avaliadas usando o ensaio de redução de tetrazólio na linha celular de Adenocarcinoma Humano da glândula mamária (MDA-MB-231). Os testes de toxicidade aguda, genotoxicidade e mutagenicidade foram realizados em ratas Wistar, nas quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg do extrato aquoso e etanólico de P. marginatum, por gavagem. Para o teste de toxicidade aguda foram analisados os parâmetros bioquímicos, consumo de água e ração, comportamento, peso corporal e análises histomorfométricas do fígado, rim e baço dos animais. O ensaio do cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram realizados para analisar a genotoxicidade e mutagenicidade. Os resultados mostraram que espectros de UV detectados nos extratos não corresponderam aos compostos padrões da análise realizada, mas apresentam espectros de absorção bem característicos aos ácidos fenólicos. As concentrações dos extratos não diminuíram a viabilidade das células MDA-MB-231. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos adversos nos animais tratados com os extratos. Não foi detectado genotoxicidade ou mutagenicidade dos extratos no ensaio do cometa e do teste MN. Foi observado uma diminuição estatisticamente significativa na Frequência de dano e no índice de dano nos animais tratados com o extrato etanólico. Desta forma, os extratos da casca de P. marginatum apresentou ausência de efeitos tóxicos nos testes realizados administrado por via oral.

     

28
  • ELIANE ALVES BANDEIRA DE CARVALHO
  • POTENCIAL FARMACOLÓGICO E EMBRIOTOXICIDADE DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Eugenia pohliana DC.E Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake DA CAATINGA

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
  • ELIZABETH FERNANDA DE OLIVEIRA BORBA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 27/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • As investigações acerca das propriedades terapêuticas de plantas medicinais desvendam fontes promissoras de moléculas com expressivo potencial curativo. No cenário específico das espécies Eugenia pohliana e Verbesina macrophylla, ambas encontradas da Caatinga brasileira, apresentam uso popular para o tratamento de diversos quadros patológicos. Além disso, estudos anteriores já demonstraram o potencial farmacológico dessas espécies. E. pohliana conhecida como maçã do mato demonstrou notável atividade antileishmania contra diferentes espécies, incluindo Leishmania amazonensis, L. infantum, L. braziliensis e L. guyanensis, com valores de IC50 entre 14,47 µg/mL e 44,60 µg/mL. Embora não tenha apresentado atividade significativa nos ensaios DPPH e ABTS, o óleo essencial revelou uma notável inibição de 82,08% no ensaio CAT. Além disso, a análise do perfil citotóxico do óleo essencial de E. pohliana contra células cancerígenas revelou uma expressiva atividade inibitória em linhagens como MCF-7, NCI-H292, K-562 e HL-60. O óleo essencial de V. macrophylla, popularmente conhecida como assa-peixe evidenciou uma notável redução na multiplicação dos parasitas, indicando seu potencial como agente leishmanicida com IC50 entre 36,09 e 178,40 µg/mL. Além disso, destacou-se por sua marcante atividade antioxidante, superando o padrão utilizado como referência. A presença de citotoxicidade em linhagens tumorais aponta para um potencial terapêutico multifacetado destes óleos essenciais. Para além desses aspectos farmacológicos, o estudo estendeu-se à avaliação dos potenciais efeitos embriotóxicos. Mediante o uso de ovos fertilizados de Gallus gallus domesticus como modelo experimental, a pesquisa destacou variações significativas na largura do tubo neural e evidenciou impactos na vasculogênese e angiogênese, particularmente no grupo tratado com V. macrophylla. Consequentemente, estas investigações ressaltam não apenas a relevância da exploração das propriedades terapêuticas das plantas medicinais para o desenvolvimento de tratamentos eficazes e acessíveis, mas também sublinham a indispensabilidade de avaliações toxicológicas abrangentes. Essa necessidade ganha ainda mais destaque quando consideramos contextos delicados, como o desenvolvimento embrionário, reforçando a importância da segurança desses compostos no panorama da saúde humana.



  • Mostrar Abstract
  • As leishmanioses é um complexo de doenças negligenciadas causadas por protozoários do gênero Leishmania, que representam um sério problema de saúde pública em toda América Latina e, particularmente, no Brasil. Tendo em vista a gravidade das Leishmanioses, a ausência de uma terapia eficaz de baixo custo, a toxidade das drogas comumente utilizadas e a presença de resistência do parasita ao tratamento, a busca por novas drogas ainda se faz necessária. A biodiversidade existente na flora brasileira e o seu potencial como fonte de moléculas bioativas proporciona à busca de formas alternativas de tratamento desta endemia. Neste trabalho investigou-se as atividades: leishmanicida, anticancerígena, antioxidante e avaliação insilico ADMET das amostras. O extrato metanólico do Felicium decipiens apresentou melhor atividade leishmanicida, seguido do óleo essencial da Eugenia pohliana, da dehydrogoniotalamina e do óleo essencial da Eugenia macrophylla. A atividade anticancerígena foi realiza frente às célula tumorais MCF-7 (adenocarcinoma de mama), NCI-H292 (adenocarcinoma de pulmão), HeLa  (carcinoma cervical humano), HL-60 ( Leucemia promielocítica aguda), K562 ( Leucemia mielocítica crônica), e células não tumorais, L929 ( fibroblasto de camundongo) e, células VERO ( células epiteliais), pelo método colorimétrico MTT. Dentre as amostras testadas a dehydrogoniotalamina apresentou melhor atividade anticancerígena, com uma IC50 de 9,64 µg/mL ( HeLa ). O potencial antioxidante das substâncias testadas foi avaliado pelo método DPPH e pelo método do fosfomolibdênio. A Dehydrogoniothalamina apresentou capacidade de sequestrar radicais livres em torno de 57,67 %, pelo método de DPPH. E os óleos essenciais da Eugenia pohliana e Verbesina macrophylla, mostraram capacidade antioxidante total bastante significativa, perfazendo 82,8 e 84,02%, respectivamente.Foi realizada a avaliação in silico ADMET dos compostos majoritários do óleo essencial da Eugenia pohliana e da Dehydrogoniothalamina, utilizando como alvo molecular a enzima essencial a síntese de lipídio da leishmania, a CYP51 ( lanosterol 14α-demetilase ). A avaliação in sílico de ADMET das amostras evidenciou que essas moléculas apresentam boas propriedades farmacocinéticas.

2022
Dissertações
1
  • SUEDEN OLIVEIRA DE SOUZA
  • Inativação Fotodinâmica de Células Planctônicas e Biofilmes de Candida albicans Mediada pela Porfirina ZnTnHex-2-PyP4+

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ILKA TIEMY KATO PRATES
  • ADRIANA FONTES
  • CAMILA GALVÃO DE ANDRADE
  • Data: 27/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • O fungo Candida albicans é o principal agente etiológico da candidíase tópica, e ainda é capaz de formar biofilmes, os quais são mais resistentes aos antifúngicos do que células planctônicas. O repertório de antifúngicos disponível para candidíase é limitado e isolados resistentes vêm emergindo cada vez mais. Nesse contexto, a terapia fotodinâmica (TFD) vem sendo apontada como alternativa promissora para o tratamento antifúngico. A TFD causa morte microbiana por estresse oxidativo quando um fotossensibilizador (FS) é excitado pela luz em comprimento de onda ressonante a sua absorção. As zincoporfirinas (ZnPs) vêm sendo consideradas FSs atrativos por apresentarem elevada produção de oxigênio singleto, caráter catiônico e estabilidade química. Ademais, a ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP hexil), em particular, pode apresentar aprimorada interação com diferentes tipos celulares devido ao seu caráter anfifílico. Assim, esta dissertação teve como objetivo investigar o efeito fotodinâmico mediado por ZnP hexil em células planctônicas e biofilmes de C. albicans. A cepas de C. albicans ATCC 10231 e ATCC 90028 foram incubadas com diferentes concentrações de ZnP hexil por 10 min e irradiadas por um LED azul (4,3 J/cm2). O efeito fotodinâmico em células planctônicas foi avaliado por contagem de unidades formadoras de colônias. O impacto do tratamento nos biofilmes da cepa ATCC 90028 foi avaliado pelo ensaio de MTT, marcação com iodeto de propídio (IP) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A citotoxicidade foi investigada utilizando células Vero como modelo de célula epitelial de mamífero. As formas planctônicas das cepas ATCC 10231 e ATCC 90028 foram completamente inativadas pela TFD a 0,8 e 1,5 µM de ZnP hexil, respectivamente. A viabilidade celular dos biofilmes de C. albicans ATCC 90028 foi reduzida em ca. 88% após TFD mediada por 0,8 µM de ZnP hexil, em concordância com a extensa marcação observada nos ensaios de microscopia com IP, sugerindo perda da integridade da membrana e parede celular. As imagens por MEV indicaram ruptura dos biofilmes após TFD, incluindo redução de emaranhados de hifas e da cobertura de células planctônicas no substrato. O tratamento fotodinâmico não apresentou citotoxicidade considerável nas células de mamífero. Em conjunto, os resultados indicam que o protocolo fotodinâmico mediado por ZnP hexil descrito foi bem sucedido na inativação de células planctônicas e biofilmes de C. albicans, e tem potencial para ser explorado para inativação de outras espécies de Candida e isolados resistentes a antifúngicos.


  • Mostrar Abstract
  • O fungo Candida albicans é o principal agente etiológico da candidíase tópica, e ainda é capaz de formar biofilmes, os quais são mais resistentes aos antifúngicos do que células planctônicas. O repertório de antifúngicos disponível para candidíase é limitado e isolados resistentes vêm emergindo cada vez mais. Nesse contexto, a terapia fotodinâmica (TFD) vem sendo apontada como alternativa promissora para o tratamento antifúngico. A TFD causa morte microbiana por estresse oxidativo quando um fotossensibilizador (FS) é excitado pela luz em comprimento de onda ressonante a sua absorção. As zincoporfirinas (ZnPs) vêm sendo consideradas FSs atrativos por apresentarem elevada produção de oxigênio singleto, caráter catiônico e estabilidade química. Ademais, a ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP hexil), em particular, pode apresentar aprimorada interação com diferentes tipos celulares devido ao seu caráter anfifílico. Assim, esta dissertação teve como objetivo investigar o efeito fotodinâmico mediado por ZnP hexil em células planctônicas e biofilmes de C. albicans. A cepas de C. albicans ATCC 10231 e ATCC 90028 foram incubadas com diferentes concentrações de ZnP hexil por 10 min e irradiadas por um LED azul (4,3 J/cm2). O efeito fotodinâmico em células planctônicas foi avaliado por contagem de unidades formadoras de colônias. O impacto do tratamento nos biofilmes da cepa ATCC 90028 foi avaliado pelo ensaio de MTT, marcação com iodeto de propídio (IP) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A citotoxicidade foi investigada utilizando células Vero como modelo de célula epitelial de mamífero. As formas planctônicas das cepas ATCC 10231 e ATCC 90028 foram completamente inativadas pela TFD a 0,8 e 1,5 µM de ZnP hexil, respectivamente. A viabilidade celular dos biofilmes de C. albicans ATCC 90028 foi reduzida em ca. 88% após TFD mediada por 0,8 µM de ZnP hexil, em concordância com a extensa marcação observada nos ensaios de microscopia com IP, sugerindo perda da integridade da membrana e parede celular. As imagens por MEV indicaram ruptura dos biofilmes após TFD, incluindo redução de emaranhados de hifas e da cobertura de células planctônicas no substrato. O tratamento fotodinâmico não apresentou citotoxicidade considerável nas células de mamífero. Em conjunto, os resultados indicam que o protocolo fotodinâmico mediado por ZnP hexil descrito foi bem sucedido na inativação de células planctônicas e biofilmes de C. albicans, e tem potencial para ser explorado para inativação de outras espécies de Candida e isolados resistentes a antifúngicos.

2
  • RENNAN RIBEIRO MANO DE LIMA
  • NANOPLATAFORMAS ÓPTICO-MAGNÉTICAS MULTIMODAIS PARA INTERAÇÃO COM RECEPTORES DE TRANSFERRINA

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • CARINNA NUNES DE LIMA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 27/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os pontos quânticos (PQs) são nanocristais fluorescentes de semicondutores com propriedades ópticas singulares. Os quelatos de Gd(III) são utilizados como agentes contraste (ACs) na técnica de imagem por ressonância nuclear magnética (IRM). Combinando-se PQs a quelatos de Gd(III) é possível aliar a especificidade e a sensibilidade dos métodos baseados em fluorescência e proporcionar um sinal paramagnético otimizado para IRM. Assim, o objetivo dessa dissertação foi desenvolver uma nanoplataforma multimodal formada por PQs de CdTe carboxilados, quelatos do tipo DOTA-Gd(III) e a transferrina (Tf), uma vez que receptores de transferrina (RTfs) podem estar superexpressos em células de câncer, sendo então alvos interessantes para estudos sobre a biologia do câncer. Para tanto, os PQs foram conjugados de forma covalente com os ACs na proporção 1:30 (PQs:ACs), via etilenodiamina. Conjugou-se então covalentemente o nanossistema obtido com a Tf. As nanossondas foram caracterizadas por espectroscopias de absorção e emissão e relaxometria. A conjugação com a Tf foi analisada por ensaio fluorescente em microplaca (EFM). Para avaliar a efetividade do nanossistema multimodal e sua especificidade por RTfs, ensaios de marcação fluorescente com células HeLa foram também realizados. A nanossonda multimodal exibiu uma relaxividade longitudinal T1 nominal ca. 5× menor que a do quelato molecular (a 37 oC e 60 MHz) e manteve a fluorescência. Observou-se uma efetiva conjugação com a Tf, obtendo-se um sinal de fluorescência relativa de ca. 1.130% pelo EFM. Na citometria de fluxo observou-se uma marcação de ca. 88% das células HeLa, reduzida para ca. 39% após saturação prévia dos RTfs com Tf, sugerindo especificidade para o nanossistema. Uma captação celular eficiente foi observada pela microscopia de fluorescência. Portanto, a nanoplataforma multimodal óptica-magnética desenvolvida apresentou potencial para ser aplicada em estudos biológicos associados ao câncer tendo como alvo os RTfs.


     



  • Mostrar Abstract
  • Os pontos quânticos (PQs) são nanocristais fluorescentes de semicondutores com propriedades ópticas singulares. Os quelatos de Gd(III) são utilizados como agentes contraste (ACs) na técnica de imagem por ressonância nuclear magnética (IRM). Combinando-se PQs a quelatos de Gd(III) é possível aliar a especificidade e a sensibilidade dos métodos baseados em fluorescência e proporcionar um sinal paramagnético otimizado para IRM. Assim, o objetivo dessa dissertação foi desenvolver uma nanoplataforma multimodal formada por PQs de CdTe carboxilados, quelatos do tipo DOTA-Gd(III) e a transferrina (Tf), uma vez que receptores de transferrina (RTfs) podem estar superexpressos em células de câncer, sendo então alvos interessantes para estudos sobre a biologia do câncer. Para tanto, os PQs foram conjugados de forma covalente com os ACs na proporção 1:30 (PQs:ACs), via etilenodiamina. Conjugou-se então covalentemente o nanossistema obtido com a Tf. As nanossondas foram caracterizadas por espectroscopias de absorção e emissão e relaxometria. A conjugação com a Tf foi analisada por ensaio fluorescente em microplaca (EFM). Para avaliar a efetividade do nanossistema multimodal e sua especificidade por RTfs, ensaios de marcação fluorescente com células HeLa foram também realizados. A nanossonda multimodal exibiu uma relaxividade longitudinal T1 nominal ca. 5× menor que a do quelato molecular (a 37 oC e 60 MHz) e manteve a fluorescência. Observou-se uma efetiva conjugação com a Tf, obtendo-se um sinal de fluorescência relativa de ca. 1.130% pelo EFM. Na citometria de fluxo observou-se uma marcação de ca. 88% das células HeLa, reduzida para ca. 39% após saturação prévia dos RTfs com Tf, sugerindo especificidade para o nanossistema. Uma captação celular eficiente foi observada pela microscopia de fluorescência. Portanto, a nanoplataforma multimodal óptica-magnética desenvolvida apresentou potencial para ser aplicada em estudos biológicos associados ao câncer tendo como alvo os RTfs.


     


3
  • ABDÊNEGO RODRIGUES DA SILVA
  • PONTOS QUÂNTICOS CONJUGADOS AS LECTINAS DAS FOLHAS DE Schinus terebinthifolius (SteLL) E SARCOTESTA DE Punica granatum (PgTeL) COMO POTENCIAIS NANOFERRAMENTAS FLUORESCENTES PARA ESTUDOS GLICOBIOLÓGICOS

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Lectinas são proteínas/glicoproteínas que se ligam reversivelmente a carboidratos, uma vez ligadas, essas proteínas podem estimular uma gama de atividades biológicas. A PgTeL e SteLL são lectinas de origem vegetal, isoladas da  sarcotesta da romã (Punica granatum) e folhas de aroeira da praia (Schinus terebinthifolia), respectivamente. Devido a essa característica em reconhecer carboidratos, uma vez ligadas a fluoróforos, as lectinas podem formar interessantes sondas fluorescentes. Os Quantum dots (QDs), vem sendo largamente utilizados como nanossondas fluorescentes em investigações envolvendo alvos das lectinas em sistemas biológicos por possuírem propriedades físico-quimica intrínsecas como resistência a fotodegradação e superfície ativa para conjugações a diferentes biomoléculas. Nesse sentido, objetivo dessa pesquisa foi desenvolver novas nanoferramentas fluorescentes baseadas em QDs, PgTeL ou SteLL para estudos glicobiológicos. Utilizamos o Cryptococcus neoformans como modelo devido a sua complexidade e rica glicocomposição. Inicialmente foram realizadas as coletas dos materiais vegetais e purificações das lectinas, dosagem proteica (DP), atividade hemaglutinante (AHE) e focalização isoelétrica (pI). Posteriormente, síntese dos QDs carboxilados seguidos pelas conjugações em diferentes pHs bem como as caracterizações opticas, estabilidade das lectinas nos conjugados e AHE livres ou previamente inibidos com N-acetilglicosamina, fetuína, ovalbumina ou azocaseína. Como modelo biológico, foram analisadas as marcações nas leveduras de Cryptococcus neoformans por citometria de fluxo de microscopia de fluorescência. Os resultados gerais mostramque a PgTeL apresentou DP = 3,14 mg/mL; AHE = 163,06 e pI = 6,5; já a SteLL DP = 2,0 mg/mL; AHE = 1019;  pI= 5,7. A citometria revelou uma marcação superior a 99% em C. neoformans para ambos os conjugados, confirmadas pela intensa marcação na parede celular da levedura por microscopia de fluorescência. Adicionalmente, a partir da inibição dos conjugados com glicoproteínas foi observada uma diminuição considerável na marcação celular demonstrando especificidade do conjugado. De acordo com as caracterizações ópticas o conjugado QDs-PgTeL apresentarou um blueshift em relação ao QDs livre e o QDs-SteLL houve um redshift. Através da microplaca de fluorescência foi observada uma fluorescência relativa de 1262% e 374%, para QDs-PgTeL e QDs-SteLL, respectivamente, indicativos de eficientes conjugações. Como conclusãoforam obtidos conjugados para amplas as lectinas estáveis e que podem ser utilizados como uma nova nanoferramenta para investigação de glicoconjugados na superfície de patógenos


  • Mostrar Abstract
  • Lectinas são proteínas/glicoproteínas que se ligam reversivelmente a carboidratos, uma vez ligadas, essas proteínas podem estimular uma gama de atividades biológicas. A PgTeL e SteLL são lectinas de origem vegetal, isoladas da  sarcotesta da romã (Punica granatum) e folhas de aroeira da praia (Schinus terebinthifolia), respectivamente. Devido a essa característica em reconhecer carboidratos, uma vez ligadas a fluoróforos, as lectinas podem formar interessantes sondas fluorescentes. Os Quantum dots (QDs), vem sendo largamente utilizados como nanossondas fluorescentes em investigações envolvendo alvos das lectinas em sistemas biológicos por possuírem propriedades físico-quimica intrínsecas como resistência a fotodegradação e superfície ativa para conjugações a diferentes biomoléculas. Nesse sentido, objetivo dessa pesquisa foi desenvolver novas nanoferramentas fluorescentes baseadas em QDs, PgTeL ou SteLL para estudos glicobiológicos. Utilizamos o Cryptococcus neoformans como modelo devido a sua complexidade e rica glicocomposição. Inicialmente foram realizadas as coletas dos materiais vegetais e purificações das lectinas, dosagem proteica (DP), atividade hemaglutinante (AHE) e focalização isoelétrica (pI). Posteriormente, síntese dos QDs carboxilados seguidos pelas conjugações em diferentes pHs bem como as caracterizações opticas, estabilidade das lectinas nos conjugados e AHE livres ou previamente inibidos com N-acetilglicosamina, fetuína, ovalbumina ou azocaseína. Como modelo biológico, foram analisadas as marcações nas leveduras de Cryptococcus neoformans por citometria de fluxo de microscopia de fluorescência. Os resultados gerais mostramque a PgTeL apresentou DP = 3,14 mg/mL; AHE = 163,06 e pI = 6,5; já a SteLL DP = 2,0 mg/mL; AHE = 1019;  pI= 5,7. A citometria revelou uma marcação superior a 99% em C. neoformans para ambos os conjugados, confirmadas pela intensa marcação na parede celular da levedura por microscopia de fluorescência. Adicionalmente, a partir da inibição dos conjugados com glicoproteínas foi observada uma diminuição considerável na marcação celular demonstrando especificidade do conjugado. De acordo com as caracterizações ópticas o conjugado QDs-PgTeL apresentarou um blueshift em relação ao QDs livre e o QDs-SteLL houve um redshift. Através da microplaca de fluorescência foi observada uma fluorescência relativa de 1262% e 374%, para QDs-PgTeL e QDs-SteLL, respectivamente, indicativos de eficientes conjugações. Como conclusãoforam obtidos conjugados para amplas as lectinas estáveis e que podem ser utilizados como uma nova nanoferramenta para investigação de glicoconjugados na superfície de patógenos

4
  • JOSIVAN BARBOSA DE FARIAS
  • AVALIAÇÃO DAS INTERAÇÕES BIOLÓGICAS POR ELETROQUÍMICA ENTRE MICROORGANISMOS ENDOFÍTICOS E LECTINA GALACTOSE ESPECÍFICA (BmoLL) ISOLADOS DE FOLHAS DE Bauhinia monandra Kurz.

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE DE LIMA AIRES
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • A espécie vegetal Bauhinia monandraKurz., pertencente a família Fabaceae e amplamente distribuída no território brasileiro é conhecida popularmente como “pata de vaca” e utilizada principalmente na medicina pelo uso no tratamento de inflamação e Diabetes. Bactérias endofíticas podem promover inúmeras vantagens a suas plantas hospedeiras, como indução do crescimento e defesa contra agentes patogênicos. Lectinas são proteínas reconhecedoras e ligantes de carboidratos e promovem inúmeras atividades biológicas. E em alguns estudos foram demonstrados a capacidade de lectinas aglutinar células bacterianas endofíticas sem promover atividade antimicrobiana. Processos de caracterização de lectinas são fundamentais para definição de sua estrutura e função, sendo empregados métodos convencionais e diferenciados para este processo, como a técnica eletroquímica de Voltametria Cíclica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a interação entre bactérias endofíticas e a lectina galactose específica BmoLL isolados de folhas de B. monandra com técnicas de aglutinação e eletroquímica como estrtégia de caracterização da lectina. Nos ensaios de aglutinação BmoLL  foi testada para três estírpes bacterianas Bacillus sp. , Burkholderia sp. e Enterobacter sp., onde a lectina promoveu  maior atividade aglutinante em células de Enterobacter sp. em títulos de 1.024¹. E em ensaios de inibição por galactose, ainda manteve atividade aglutinante para Enterobacter sp. em títulos de 8¹. Nos ensaios eletroquímicos com Voltametria cíclica, as diminuições das correntes de pico catódica e anódica de  BmoLL imobilizada em eletrodo de ouro na presenção de carboidratos redutores Glicose e Galactose, foi possível perceber a interação eletroquímica específica da lectina por galactose. Nos ensaios com as bactérias endofíticas, BmoLL imobilizada em eletrodo de Ouro promoveu interação com as três estípes endofíticas testadas, sendo detectado uma diminuição dos processos de oxidação e redução na interface eletrodo/solução a medida que aumentava a concentração de bactérias. Diante dos resultados foi possível perceber a possibilidade de caracterização eletroquímica da lectina BmoLL na interação com bactérias endofíticas.



  • Mostrar Abstract
  • A espécie vegetal Bauhinia monandraKurz., pertencente a família Fabaceae e amplamente distribuída no território brasileiro é conhecida popularmente como “pata de vaca” e utilizada principalmente na medicina pelo uso no tratamento de inflamação e Diabetes. Bactérias endofíticas podem promover inúmeras vantagens a suas plantas hospedeiras, como indução do crescimento e defesa contra agentes patogênicos. Lectinas são proteínas reconhecedoras e ligantes de carboidratos e promovem inúmeras atividades biológicas. E em alguns estudos foram demonstrados a capacidade de lectinas aglutinar células bacterianas endofíticas sem promover atividade antimicrobiana. Processos de caracterização de lectinas são fundamentais para definição de sua estrutura e função, sendo empregados métodos convencionais e diferenciados para este processo, como a técnica eletroquímica de Voltametria Cíclica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a interação entre bactérias endofíticas e a lectina galactose específica BmoLL isolados de folhas de B. monandra com técnicas de aglutinação e eletroquímica como estrtégia de caracterização da lectina. Nos ensaios de aglutinação BmoLL  foi testada para três estírpes bacterianas Bacillus sp. , Burkholderia sp. e Enterobacter sp., onde a lectina promoveu  maior atividade aglutinante em células de Enterobacter sp. em títulos de 1.024¹. E em ensaios de inibição por galactose, ainda manteve atividade aglutinante para Enterobacter sp. em títulos de 8¹. Nos ensaios eletroquímicos com Voltametria cíclica, as diminuições das correntes de pico catódica e anódica de  BmoLL imobilizada em eletrodo de ouro na presenção de carboidratos redutores Glicose e Galactose, foi possível perceber a interação eletroquímica específica da lectina por galactose. Nos ensaios com as bactérias endofíticas, BmoLL imobilizada em eletrodo de Ouro promoveu interação com as três estípes endofíticas testadas, sendo detectado uma diminuição dos processos de oxidação e redução na interface eletrodo/solução a medida que aumentava a concentração de bactérias. Diante dos resultados foi possível perceber a possibilidade de caracterização eletroquímica da lectina BmoLL na interação com bactérias endofíticas.


5
  • NAIR SILVA MACÊDO
  • AVALIAÇÃO DA INIBIÇÃO DE BOMBA DE EFLUXO PELOS EXTRATOS ETANÓLICO DE Libidibia ferrea (MART. EX TUL.) L.P.QUEIROZ SOBRE Staphylococcus aureus E SUA TOXICIDADE EM Drosophila melanogaster

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HENRIQUE DOUGLAS MELO COUTINHO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 02/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz é uma espécie arbórea, encontrada no domínio fitogeográfico Caatinga que tem sido utilizada na medicina popular como anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica e para o tratamento de distúrbios do sistema respiratório. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a composição química dos extratos etanólicos das folhas e entrecascas de Libidibia ferrea, bem como, verificar a sua atividade antibacteriana e como potencial inibidor da bomba de efluxo TetK em cepas de Staphylococcus aureus, além de investigar a toxicidade dos extratos em modelo de Drosophila melanogaster. Foi realizada a análise e quantificação dos marcadores dos extratos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizados ensaios de microdiluição em caldo. A avaliação da inibição da bomba de efluxo foi realizada através da modificação da CIM dos antibióticos e do brometo de etídio. Enquanto que ensaios de mortalidade e geotaxia negativa foram utilizados para verificar a toxicidade dos extratos em D. melanogaster. Foram encontrados nas análises por CLAE taninos hidrolisáveis (ácido gálico e ácido elágico) e flavonóides. Os extratos não apresentaram atividade antibacteriana, demonstrando uma CIM ≥ 1024 µg/mL, entretanto o extrato etanólico das folhas diminuiu a CIM do antibiótico de 64 µg/mL para 16 µg/mL, porém esse efeito não está associado à inibição de bomba de efluxo. Os extratos não demonstraram toxicidade em modelo de D. melanogaster. Esse é o primeiro estudo que avalia a atividade antibacteriana de extratos de L. ferrea sobre a cepa IS-58 de S. aureus, como também é o primeiro a investigar sua toxicidade utilizando D. melanogaster. Em face dos resultados, são necessários novos estudos para determinar os mecanismos de ação do extrato com outros antibióticos.


     



  • Mostrar Abstract
  • Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz é uma espécie arbórea, encontrada no domínio fitogeográfico Caatinga que tem sido utilizada na medicina popular como anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica e para o tratamento de distúrbios do sistema respiratório. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a composição química dos extratos etanólicos das folhas e entrecascas de Libidibia ferrea, bem como, verificar a sua atividade antibacteriana e como potencial inibidor da bomba de efluxo TetK em cepas de Staphylococcus aureus, além de investigar a toxicidade dos extratos em modelo de Drosophila melanogaster. Foi realizada a análise e quantificação dos marcadores dos extratos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizados ensaios de microdiluição em caldo. A avaliação da inibição da bomba de efluxo foi realizada através da modificação da CIM dos antibióticos e do brometo de etídio. Enquanto que ensaios de mortalidade e geotaxia negativa foram utilizados para verificar a toxicidade dos extratos em D. melanogaster. Foram encontrados nas análises por CLAE taninos hidrolisáveis (ácido gálico e ácido elágico) e flavonóides. Os extratos não apresentaram atividade antibacteriana, demonstrando uma CIM ≥ 1024 µg/mL, entretanto o extrato etanólico das folhas diminuiu a CIM do antibiótico de 64 µg/mL para 16 µg/mL, porém esse efeito não está associado à inibição de bomba de efluxo. Os extratos não demonstraram toxicidade em modelo de D. melanogaster. Esse é o primeiro estudo que avalia a atividade antibacteriana de extratos de L. ferrea sobre a cepa IS-58 de S. aureus, como também é o primeiro a investigar sua toxicidade utilizando D. melanogaster. Em face dos resultados, são necessários novos estudos para determinar os mecanismos de ação do extrato com outros antibióticos.


     


6
  • ZILDENE DE SOUSA SILVEIRA
  • DIVERSIDADE GENÔMICA DE CEPAS DE SARS-CoV-2 DURANTE A PRIMEIRA ONDA DA COVID-19 NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL"

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • ROSANE SILVA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 04/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A Síndrome Respiratória Aguda Grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é responsável pela pandemia da doença do coronavírus-2019 (COVID-19), a qual levou à notificação de mais de 200 milhões de casos em todo o mundo. Desde então, a vigilância genômica tem sido uma ferramenta fundamental para rastrear a disseminação viral. Neste estudo fornecemos uma análise detalhada da dinâmica temporal de mutações e linhagens de SARS-CoV-2 durante a primeira onda da pandemia no estado de Pernambuco, Brasil. Para isso, realizamos a caracterização de 67 genomas de 22 municípios, os quais foram combinados com 293 sequências de Pernambuco disponíveis no GISAID. Detectamos um total de 962 SNPs em regiões codificantes, a maioria deles localizados na ORF1ab. Observamos padrões dinâmicos de mutações correlacionados a propagação de linhagens ao longo da primeira onda. Observamos a presença de mutações com frequências relativas constantes em Pernambuco durante todo o período de amostragem C241T, C3037T (F924F), C14408T (P4715L/P323L), A23403G (D614G), G28881A (R203K), G28882A (R203R) e G28883C (G204R). Foi detectada a circulação simultânea de 18 linhagens em Pernambuco, sendo as mais prevalentes B.1.1, B.1.1.28, B.1.1.33 e P.2, respectivamente. A rede de haplótipos e a análise filogenômica mostraram que as sequências se agruparam em 4 clados principais de acordo com a dinâmica evolutiva de SARS-CoV-2, tendo havido importações iniciais de linhagens, seguida por expansão e transmissão local de linhagens nacionais, contribuindo para o crescimento acelerado da epidemia regional. Esses resultados evidenciam elevados níveis de diversidade genômica em Pernambuco e destacam a importância de investigações contínuas em vigilância genômica para rastreamento de variantes virais.


  • Mostrar Abstract
  • A Síndrome Respiratória Aguda Grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é responsável pela pandemia da doença do coronavírus-2019 (COVID-19), a qual levou à notificação de mais de 200 milhões de casos em todo o mundo. Desde então, a vigilância genômica tem sido uma ferramenta fundamental para rastrear a disseminação viral. Neste estudo fornecemos uma análise detalhada da dinâmica temporal de mutações e linhagens de SARS-CoV-2 durante a primeira onda da pandemia no estado de Pernambuco, Brasil. Para isso, realizamos a caracterização de 67 genomas de 22 municípios, os quais foram combinados com 293 sequências de Pernambuco disponíveis no GISAID. Detectamos um total de 962 SNPs em regiões codificantes, a maioria deles localizados na ORF1ab. Observamos padrões dinâmicos de mutações correlacionados a propagação de linhagens ao longo da primeira onda. Observamos a presença de mutações com frequências relativas constantes em Pernambuco durante todo o período de amostragem C241T, C3037T (F924F), C14408T (P4715L/P323L), A23403G (D614G), G28881A (R203K), G28882A (R203R) e G28883C (G204R). Foi detectada a circulação simultânea de 18 linhagens em Pernambuco, sendo as mais prevalentes B.1.1, B.1.1.28, B.1.1.33 e P.2, respectivamente. A rede de haplótipos e a análise filogenômica mostraram que as sequências se agruparam em 4 clados principais de acordo com a dinâmica evolutiva de SARS-CoV-2, tendo havido importações iniciais de linhagens, seguida por expansão e transmissão local de linhagens nacionais, contribuindo para o crescimento acelerado da epidemia regional. Esses resultados evidenciam elevados níveis de diversidade genômica em Pernambuco e destacam a importância de investigações contínuas em vigilância genômica para rastreamento de variantes virais.

7
  • ELISANDRA CIBELY CABRAL DE MELO
  • CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE DIFERENTES POLISSACARÍDEOS DE PLANTAS DO NORDESTE

  • Orientador : MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARTHYNA PESSOA DE SOUZA
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • Data: 16/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Polissacarídeos são macromoléculas naturais com potencial atividade emulsificante devido sua habilidade espessante. Nesse trabalho, a galactomanana (G) e a xiloglucana (X) extraídas das sementes de Cassia grandis e Hymenaea coubaril respectivamente, e o arabinogalactano (P) extraído do exsudato de Anacardium occidentale e a goma bruta de Schinopsis brasiliensis (GB), foram testados em diferentes formulações óleo/água a fim de avaliar sua atividade emulsificante, utilizando a goma arábica (GA) como controle positivo para comparação. Para estudar a atividade emulsificante de cada polissacarídeo, um planejamento experimental em três etapas foi desenvolvido. Em cada etapa, parâmetros como a concentração da goma ou polissacarídeo, a concentração de óleo, a velocidade de agitação e o tempo de agitação, foram estudados. A avaliação das propriedades físico-químicas das emulsões indicou que a velocidade de agitação e a concentração de óleo foram as variáveis que mais influenciaram na estabilidade das emulsões. Independente do tipo de goma ou polissacarídeo, as emulsões que foram preparadas com a maior velocidade de agitação (25000 rpm) e menor concentração de óleo (1,0 % v/v), em geral, apresentaram menor tamanho de gotícula e PDI, e portanto, maior estabilidade. Comparando as propriedades reológicas e emulsificantes entre GB e GA, foi verificado que GB pode ser um excelente substituto emulsificante para as gomas comerciais já aplicadas nas indústrias, principalmente na área alimentar. Além disso, os polissacarídeos G, X e P também demonstraram possuir excelentes propriedades emulsificantes, contudo apenas G e X foram classificadas como bons estabilizantes de emulsões a longo prazo (28 dias). Apesar da concentração das gomas e dos polissacarídeos não ter sido uma variável significante que venha a prejudicar a estabilidade das emulsões aqui estudadas, foi verificado que a concentração de 0,4 % (p/v) manteve as emulsões preparadas com GB, G e X estabilizadas por mais tempo (28 dias) que GA e P. Apesar de P não ter sido um agente emulsificante de boa estabilidade, novos estudos variando as condições de preparo dessas emulsões podem melhorar os seus parâmetros de estabilidade. 




  • Mostrar Abstract
  • Polissacarídeos são macromoléculas naturais com potencial atividade emulsificante devido sua habilidade espessante. Nesse trabalho, a galactomanana (G) e a xiloglucana (X) extraídas das sementes de Cassia grandis e Hymenaea coubaril respectivamente, e o arabinogalactano (P) extraído do exsudato de Anacardium occidentale e a goma bruta de Schinopsis brasiliensis (GB), foram testados em diferentes formulações óleo/água a fim de avaliar sua atividade emulsificante, utilizando a goma arábica (GA) como controle positivo para comparação. Para estudar a atividade emulsificante de cada polissacarídeo, um planejamento experimental em três etapas foi desenvolvido. Em cada etapa, parâmetros como a concentração da goma ou polissacarídeo, a concentração de óleo, a velocidade de agitação e o tempo de agitação, foram estudados. A avaliação das propriedades físico-químicas das emulsões indicou que a velocidade de agitação e a concentração de óleo foram as variáveis que mais influenciaram na estabilidade das emulsões. Independente do tipo de goma ou polissacarídeo, as emulsões que foram preparadas com a maior velocidade de agitação (25000 rpm) e menor concentração de óleo (1,0 % v/v), em geral, apresentaram menor tamanho de gotícula e PDI, e portanto, maior estabilidade. Comparando as propriedades reológicas e emulsificantes entre GB e GA, foi verificado que GB pode ser um excelente substituto emulsificante para as gomas comerciais já aplicadas nas indústrias, principalmente na área alimentar. Além disso, os polissacarídeos G, X e P também demonstraram possuir excelentes propriedades emulsificantes, contudo apenas G e X foram classificadas como bons estabilizantes de emulsões a longo prazo (28 dias). Apesar da concentração das gomas e dos polissacarídeos não ter sido uma variável significante que venha a prejudicar a estabilidade das emulsões aqui estudadas, foi verificado que a concentração de 0,4 % (p/v) manteve as emulsões preparadas com GB, G e X estabilizadas por mais tempo (28 dias) que GA e P. Apesar de P não ter sido um agente emulsificante de boa estabilidade, novos estudos variando as condições de preparo dessas emulsões podem melhorar os seus parâmetros de estabilidade. 



8
  • JEANDERSON MARCELINO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIVIRULÊNCIA DO INIBIDOR DE TRIPSINA ISOLADO DE Enterolobium contortisiliquum (EcTI) CONTRA Staphylococcus aureus e Candida albicans

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 21/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A prospecção por novos padrões moleculares visando o tratamento de doenças causadas por microrganismos patogênicos tem aumentado nas últimas décadas, em decorrência do surgimento de cepas resistentes às terapias vigentes, mas também devido aos seus efeitos tóxicos. Bactérias e fungos apresentam vasto repertório de moléculas como as proteases, enzimas catalisadoras de ligações peptídicas, essenciais para infectividade e virulência. Estudos mostraram que compostos como aqueles oriundos de fontes biológicas, reduziram a infectividade e proteção de diversos microrganismos pela ação inibitória sobre proteases específicas. De posse dessas informações, os inibidores derivados de plantas podem ser pleiteados como potenciais fármacos para atenuar complicações clínicas provocadas por patógenos como Staphylococcuss aureus e Candida albicans. Ensaios in vitro revelaram a capacidade de um Inibidor de Tripsina de Enterolobium contortisiliquum (EcTI) em promover ação antivirulência contra esses patógenos oportunistas, dificultando a produção do pigmento estafiloxantina da S. aureus, que uma vez ausente torna a bactéria suscetível à defesa imunológica do hospedeiro. A capacidade de S. aureus em causar hemólise e de produzir biofilme também foi reduzida na presença desse composto natural. O EcTI ainda prejudicou a formação do biofilme de C. albicans, promovendo inclusive a quebra dessa barreira protetora. Diante desse cenário, esse estudo oportuniza discussões sobre os mecanismos virulentos relacionados às proteases e aos efeitos provocados por inibidores. Além disso, as atividades in vitro realizadas concedem o primeiro relato sobre os efeitos do EcTI na antivirulência contra S. aureus e C. albicans.


  • Mostrar Abstract
  • A prospecção por novos padrões moleculares visando o tratamento de doenças causadas por microrganismos patogênicos tem aumentado nas últimas décadas, em decorrência do surgimento de cepas resistentes às terapias vigentes, mas também devido aos seus efeitos tóxicos. Bactérias e fungos apresentam vasto repertório de moléculas como as proteases, enzimas catalisadoras de ligações peptídicas, essenciais para infectividade e virulência. Estudos mostraram que compostos como aqueles oriundos de fontes biológicas, reduziram a infectividade e proteção de diversos microrganismos pela ação inibitória sobre proteases específicas. De posse dessas informações, os inibidores derivados de plantas podem ser pleiteados como potenciais fármacos para atenuar complicações clínicas provocadas por patógenos como Staphylococcuss aureus e Candida albicans. Ensaios in vitro revelaram a capacidade de um Inibidor de Tripsina de Enterolobium contortisiliquum (EcTI) em promover ação antivirulência contra esses patógenos oportunistas, dificultando a produção do pigmento estafiloxantina da S. aureus, que uma vez ausente torna a bactéria suscetível à defesa imunológica do hospedeiro. A capacidade de S. aureus em causar hemólise e de produzir biofilme também foi reduzida na presença desse composto natural. O EcTI ainda prejudicou a formação do biofilme de C. albicans, promovendo inclusive a quebra dessa barreira protetora. Diante desse cenário, esse estudo oportuniza discussões sobre os mecanismos virulentos relacionados às proteases e aos efeitos provocados por inibidores. Além disso, as atividades in vitro realizadas concedem o primeiro relato sobre os efeitos do EcTI na antivirulência contra S. aureus e C. albicans.

9
  • RICARDO SALAS ROLDAN FILHO
  • Heveínas da seringueira (Hevea brasiliensis): Prospecção in silico, análise estrutural e expressão diferencial sob estresses biótico e abiótico

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • SERGIO CROVELLA
  • Data: 22/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A síntese de peptídeos antimicrobianos (AMPs) foi uma alternativa encontrada pelas plantas que garantiu sua sobrevivência frente aos estresses como ataque de herbívoros e de agentes patogênicos. Tais peptídeos são classificados de acordo com padrões de cisteína, hidrofobicidade e motivos conservados na estrutura primária, secundária e terciária. Entre as classes pode-se destacar os peptídeos hevein-like, que são pequenas lectinas com domínio heveína o qual é responsável pela ligação à quitina. O nome da classe vem do peptídeo antifúngico “heveína”, descoberto no látex da seringueira (Hevea brasiliensis). Tendo em vista o aumento do número de cepas resistentes aos antibióticos convencionais, o presente estudo buscou prospectar a diversidade de peptídeos hevein-like em H. brasiliensis, caracteriza-los estruturalmente, predizer seu potencial antimicrobiano, desenhar pelo menos um peptídeo bioinspirado nas sequências e avaliar sua atividade antimicrobiana. Para isso, foram utilizadas sequências hevein-like de outras espécies como templates para mineração in silico em banco de dados proteicos de H. brasiliensis. As sequências dos peptídeos hevein-like de H. brasilienisi (HbHevs) foram caracterizadas, as estruturas tridimensionais foram montadas por modelagem comparativa (software Modeller 10.0) e a estabilidade dos melhores modelos foram avaliados pela simulação molecular pelo pacote GROMACS 2019.4. Em paralelo, foram realizados desenhos racionais de peptídeos baseados nas HbHevs, destacando regiões com melhores probabilidades antimicrobianas e modificando pontualmente determinados resíduos de aminoácidos de forma a aumentar essa probabilidade. As estruturas dos peptídeos desenhados foram geradas por modelagem ab initio (Rosetta 3.10) e então submetidas à simulação molecular. Nesse estudo, foram encontrados 11 HbHevs hidrofílicas com massa molecular 4.19 – 4.7 kDa, ponto isoelétrico médio 4.9 (3.7 – 7.5), carga líquida no geral aniônica. Foi observada a conservação nas posições dos resíduos responsáveis pelo sítio de ligação à quitina, principalmente em Ser e Tyr. No entanto, em HbHev11 houveram mutações Cys17🡪 Ser17 e Tyr23🡪 Cys23 que resultaram em uma baixa estabilidade na simulação molecular. As HbHevs 8-11 apresentaram deleções no primeiro loop estrutural, resultando na perda da ponte dissulfeto C1-C4. Apesar da perda de pontes dissulfeto dentro do domínio, as análises de desvio da raiz média quadrática (RMSD), flutuação da raiz quadrática média (RMSF), número de pontes de hidrogênio e raio de giro se mostraram estáveis. Os peptídeos desenhados apresentaram altas probabilidades de atividade antimicrobiana através de preditores CAMPR3, Antifp, ClassAMP e MLAMP, assim como baixa probabilidade de toxicidade, alergenicidade e hemolítica. Os peptídeos selecionados apresentaram estabilidade nos parâmetros de concentração salina fisiológica na simulação molecular, onde adotaram conformação Beta-hairpin. Dessa forma, o presente trabalho encontrou peptídeos hevein-like em H. brasiliensis com configurações canônicas e outras distintas, fornecendo uma diversidade no arsenal químico contra fitopatógenos, assim como podem ser aproveitados como base para desenvolvimento de peptídeos bioinspirados de interesse à saúde humana.


  • Mostrar Abstract
  • A síntese de peptídeos antimicrobianos (AMPs) foi uma alternativa encontrada pelas plantas que garantiu sua sobrevivência frente aos estresses como ataque de herbívoros e de agentes patogênicos. Tais peptídeos são classificados de acordo com padrões de cisteína, hidrofobicidade e motivos conservados na estrutura primária, secundária e terciária. Entre as classes pode-se destacar os peptídeos hevein-like, que são pequenas lectinas com domínio heveína o qual é responsável pela ligação à quitina. O nome da classe vem do peptídeo antifúngico “heveína”, descoberto no látex da seringueira (Hevea brasiliensis). Tendo em vista o aumento do número de cepas resistentes aos antibióticos convencionais, o presente estudo buscou prospectar a diversidade de peptídeos hevein-like em H. brasiliensis, caracteriza-los estruturalmente, predizer seu potencial antimicrobiano, desenhar pelo menos um peptídeo bioinspirado nas sequências e avaliar sua atividade antimicrobiana. Para isso, foram utilizadas sequências hevein-like de outras espécies como templates para mineração in silico em banco de dados proteicos de H. brasiliensis. As sequências dos peptídeos hevein-like de H. brasilienisi (HbHevs) foram caracterizadas, as estruturas tridimensionais foram montadas por modelagem comparativa (software Modeller 10.0) e a estabilidade dos melhores modelos foram avaliados pela simulação molecular pelo pacote GROMACS 2019.4. Em paralelo, foram realizados desenhos racionais de peptídeos baseados nas HbHevs, destacando regiões com melhores probabilidades antimicrobianas e modificando pontualmente determinados resíduos de aminoácidos de forma a aumentar essa probabilidade. As estruturas dos peptídeos desenhados foram geradas por modelagem ab initio (Rosetta 3.10) e então submetidas à simulação molecular. Nesse estudo, foram encontrados 11 HbHevs hidrofílicas com massa molecular 4.19 – 4.7 kDa, ponto isoelétrico médio 4.9 (3.7 – 7.5), carga líquida no geral aniônica. Foi observada a conservação nas posições dos resíduos responsáveis pelo sítio de ligação à quitina, principalmente em Ser e Tyr. No entanto, em HbHev11 houveram mutações Cys17🡪 Ser17 e Tyr23🡪 Cys23 que resultaram em uma baixa estabilidade na simulação molecular. As HbHevs 8-11 apresentaram deleções no primeiro loop estrutural, resultando na perda da ponte dissulfeto C1-C4. Apesar da perda de pontes dissulfeto dentro do domínio, as análises de desvio da raiz média quadrática (RMSD), flutuação da raiz quadrática média (RMSF), número de pontes de hidrogênio e raio de giro se mostraram estáveis. Os peptídeos desenhados apresentaram altas probabilidades de atividade antimicrobiana através de preditores CAMPR3, Antifp, ClassAMP e MLAMP, assim como baixa probabilidade de toxicidade, alergenicidade e hemolítica. Os peptídeos selecionados apresentaram estabilidade nos parâmetros de concentração salina fisiológica na simulação molecular, onde adotaram conformação Beta-hairpin. Dessa forma, o presente trabalho encontrou peptídeos hevein-like em H. brasiliensis com configurações canônicas e outras distintas, fornecendo uma diversidade no arsenal químico contra fitopatógenos, assim como podem ser aproveitados como base para desenvolvimento de peptídeos bioinspirados de interesse à saúde humana.

10
  • VITOR ALFREDO DE SANTANA SILVA
  • EFEITO TERAPÊUTICO DE DIFERENTES CONDROITINS SULFATO EM MODELO ANIMAL DE OSTEOARTRITE

  • Orientador : MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • Data: 23/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A osteoartrite (OA) é uma doença sem tratamento claro e eficaz que afeta mais de 237 milhões de pessoas no mundo. Devido a ineficácia dos tratamentos atuais, novas alternativas terapêutica mais eficazes e com menos efeitos colaterais tem sido necessárias. O condroitim sulfato (CS) é um polissacarídeo sulfatado (PS) bastante recomendado para o tratamento de pacientes com OA de joelho, apesar de sua eficácia terapêutica ainda não estar bem estabelecida. O condroitim sulfato fucosilado (CSF) é um PS extraído de organismos marinhos e que possui uma estrutura análoga ao CS de mamíferos, e que por apresentarem excelentes propriedade anti-inflamatórias, é um candidato promissor para o tratamento da OA. Devido ao potencial terapêutico desses PSs, este trabalho visou avaliar o efeito terapêutico do CS de traqueia bovina (CS-A), da cartilagem de tubarão (CS-C) e do CSF da parede corporal do pepino-do-mar Holothuria grisea em modelo in vivo de OA induzido por monoiodoacetato de sódio na articulação femoropatelar de camundongos C57BL/6. Após indução da OA, os camundongos foram divididos aleatoriamente em grupos (n = 5) de acordo com o tratamento oral diário durante 28 dias: (1) SHAM (falso operado, salina 0,9 % v.o.); (2) controle negativo (doente, salina 0,9% v.o); (3) CS-A (doente, 100mg/kg v.o); (4) CS-C (doente, 100mg/kg v.o) e (5) CSF (doente, 100mg/kg v.o). A eficácia dos tratamentos foi avaliada através da mensuração da alodinia (50% do limiar de nocicepção), atividade motora, migração de leucócitos, atividade anti-inflamatória (dosagem de IL-10), análise morfométrica e escore histopatológico OARSI. Durante 28 dias de experimentação, o CS-A (100 mg/kg), CS-C (100 mg/kg) e CSF (100 mg/kg) conseguiram induzir analgesia, aumentar a atividade motora e reduzir a migração de leucócitos de camundongos osteoartriticos de forma significativa em relação ao controle negativo (salina 0,9 %). Além disso, a morfometria revelou um aumento significativo da cartilagem sobre a tíbia para os animais tratado com CS-A e CSF, cujos resultados foram confirmados pela análise histopatológica OARSI, mostrando uma redução da gravidade da OA em relação ao controle negativo. Contudo, apenas CS-A (100 mg/kg) aumentou significativamente os níveis de IL-10, sugerindo que esta molécula possui uma atividade protetora contra a degeneração da cartilagem através da regulação da inflamação. Apesar de preliminares, os mecanismos envolvidos no tratamento com CSF precisam ser melhores investigados, visto que seu efeito protetor na OA foi semelhante ao apresentado para o CS-A.


     


  • Mostrar Abstract
  • A osteoartrite (OA) é uma doença sem tratamento claro e eficaz que afeta mais de 237 milhões de pessoas no mundo. Devido a ineficácia dos tratamentos atuais, novas alternativas terapêutica mais eficazes e com menos efeitos colaterais tem sido necessárias. O condroitim sulfato (CS) é um polissacarídeo sulfatado (PS) bastante recomendado para o tratamento de pacientes com OA de joelho, apesar de sua eficácia terapêutica ainda não estar bem estabelecida. O condroitim sulfato fucosilado (CSF) é um PS extraído de organismos marinhos e que possui uma estrutura análoga ao CS de mamíferos, e que por apresentarem excelentes propriedade anti-inflamatórias, é um candidato promissor para o tratamento da OA. Devido ao potencial terapêutico desses PSs, este trabalho visou avaliar o efeito terapêutico do CS de traqueia bovina (CS-A), da cartilagem de tubarão (CS-C) e do CSF da parede corporal do pepino-do-mar Holothuria grisea em modelo in vivo de OA induzido por monoiodoacetato de sódio na articulação femoropatelar de camundongos C57BL/6. Após indução da OA, os camundongos foram divididos aleatoriamente em grupos (n = 5) de acordo com o tratamento oral diário durante 28 dias: (1) SHAM (falso operado, salina 0,9 % v.o.); (2) controle negativo (doente, salina 0,9% v.o); (3) CS-A (doente, 100mg/kg v.o); (4) CS-C (doente, 100mg/kg v.o) e (5) CSF (doente, 100mg/kg v.o). A eficácia dos tratamentos foi avaliada através da mensuração da alodinia (50% do limiar de nocicepção), atividade motora, migração de leucócitos, atividade anti-inflamatória (dosagem de IL-10), análise morfométrica e escore histopatológico OARSI. Durante 28 dias de experimentação, o CS-A (100 mg/kg), CS-C (100 mg/kg) e CSF (100 mg/kg) conseguiram induzir analgesia, aumentar a atividade motora e reduzir a migração de leucócitos de camundongos osteoartriticos de forma significativa em relação ao controle negativo (salina 0,9 %). Além disso, a morfometria revelou um aumento significativo da cartilagem sobre a tíbia para os animais tratado com CS-A e CSF, cujos resultados foram confirmados pela análise histopatológica OARSI, mostrando uma redução da gravidade da OA em relação ao controle negativo. Contudo, apenas CS-A (100 mg/kg) aumentou significativamente os níveis de IL-10, sugerindo que esta molécula possui uma atividade protetora contra a degeneração da cartilagem através da regulação da inflamação. Apesar de preliminares, os mecanismos envolvidos no tratamento com CSF precisam ser melhores investigados, visto que seu efeito protetor na OA foi semelhante ao apresentado para o CS-A.


     

11
  • KLEBER RIBEIRO FIDELIS
  • EFEITO NEUROCOMPORTAMENTAL DE PREPARAÇÕES DE FOLHAS DE Moringa oleifera

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 25/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Doenças neurológicas, como depressão e ansiedade, podem causar sérios danos ao comportamento e qualidade de vida das pessoas. Extratos vegetais contendo proteínas e metabólitos secundários são avaliados como alternativas terapeuticas para essas doenças. Compostos vegetais que promovem danos ao organismos humano tem sido descritos e ensaios de toxicidade aguda são indispensáveis na determinação da segurança de uso de um extrato.  As folhas de Moringa oleifera (família Moringaceae) são muito utilizadas na alimentação humana devido ao alto valor nutricional e elevada atividade antioxidante. A dissertação investigou a toxicidade oral aguda do extrato salino das folhas de M. oleifera (ESFMO) na dose de 2000mg/kg em camundongos. Adicionalmente, os ensaios de labirinto em cruz elevado, nado forçado e suspensão de cauda foram realizados visando definir o efeito de ESFMO (500, 1000 e 2000mg/kg) em características comportamentais de depressão e ansiedade em camundongos. No ensaio de toxicidade aguda os animais tratados com ESFMO não houveram óbitos e os parâmetros fisiológicos (ganho de peso, consumo de água e ração), hematológicos e bioquímicos foram semelhantes aos animais não tratados (p>0,05) e nenhuma alteração histo-morfológica no fígado, baço e rins foi detectada. No labirinto em cruz elevado o tratamento com ESFMO aumentou (p<0,05) o número de entradas nos braços abertos (7,0±0,35-8,5±0,31) e fechados (3,5±0,26-4,3±0,29) e o tempo de permanência dos braços abertos (224,17±1,74-388,00±2,95). Também ocorreu redução no tempo de permanência nos braços fechados (112,5±5,95-49,17±3,01) quando comparado ao grupo controle (1,67±0,17-10,16±0,20), porém os resultados foram semelhantes com o diazepam (6,5±0,42; 2,0±0,23;116,3±1,47; 92,33±0,88)  (p>0,05).  Os testes de nado forçado (112,5±1,04-127,33±1,13) e de suspensão de cauda (38,67±0,35-147,17±1,42) revelaram que ESFMO nas concentrações de 1000 e 2000 mg/kg reduziu a atividade locomotora espontânea quando comparado ao controle negativo (74±0,39 e 22,33±0,30), respectivamente. O estudo demonstrou que ESFMO não é letal e apresenta efeito ansiolítico e/ou depressor em camundongos.


  • Mostrar Abstract
  • Doenças neurológicas, como depressão e ansiedade, podem causar sérios danos ao comportamento e qualidade de vida das pessoas. Extratos vegetais contendo proteínas e metabólitos secundários são avaliados como alternativas terapeuticas para essas doenças. Compostos vegetais que promovem danos ao organismos humano tem sido descritos e ensaios de toxicidade aguda são indispensáveis na determinação da segurança de uso de um extrato.  As folhas de Moringa oleifera (família Moringaceae) são muito utilizadas na alimentação humana devido ao alto valor nutricional e elevada atividade antioxidante. A dissertação investigou a toxicidade oral aguda do extrato salino das folhas de M. oleifera (ESFMO) na dose de 2000mg/kg em camundongos. Adicionalmente, os ensaios de labirinto em cruz elevado, nado forçado e suspensão de cauda foram realizados visando definir o efeito de ESFMO (500, 1000 e 2000mg/kg) em características comportamentais de depressão e ansiedade em camundongos. No ensaio de toxicidade aguda os animais tratados com ESFMO não houveram óbitos e os parâmetros fisiológicos (ganho de peso, consumo de água e ração), hematológicos e bioquímicos foram semelhantes aos animais não tratados (p>0,05) e nenhuma alteração histo-morfológica no fígado, baço e rins foi detectada. No labirinto em cruz elevado o tratamento com ESFMO aumentou (p<0,05) o número de entradas nos braços abertos (7,0±0,35-8,5±0,31) e fechados (3,5±0,26-4,3±0,29) e o tempo de permanência dos braços abertos (224,17±1,74-388,00±2,95). Também ocorreu redução no tempo de permanência nos braços fechados (112,5±5,95-49,17±3,01) quando comparado ao grupo controle (1,67±0,17-10,16±0,20), porém os resultados foram semelhantes com o diazepam (6,5±0,42; 2,0±0,23;116,3±1,47; 92,33±0,88)  (p>0,05).  Os testes de nado forçado (112,5±1,04-127,33±1,13) e de suspensão de cauda (38,67±0,35-147,17±1,42) revelaram que ESFMO nas concentrações de 1000 e 2000 mg/kg reduziu a atividade locomotora espontânea quando comparado ao controle negativo (74±0,39 e 22,33±0,30), respectivamente. O estudo demonstrou que ESFMO não é letal e apresenta efeito ansiolítico e/ou depressor em camundongos.

12
  • WILSON DIAS DE OLIVEIRA
  • Avaliação da atividade antimicrobiana e citogenotóxica de análogos de Taumatinas-like de Feijão-Caupi [Vigna unguiculata (L.) WALP.]

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • CARLOS ANDRÉ DOS SANTOS SILVA
  • Data: 25/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • O uso desordenado de antibióticos tem aumentado e vem se tornando, nos últimos anos, um grande problema de acordo com a Organização Mundial da Saúde, gerando microrganismos resistentes aos medicamentos tradicionais. Em contrapartida a este problema de saúde pública, novos antibióticos com diferentes vias de ação têm sido pesquisados. Muitos destes antimicrobianos têm sido descobertos a partir da primeira linha de defesa de vegetais, onde os peptídeos antimicrobianos destacam-se como agentes promissores. Portanto, o objetivo do presente estudo foi desenvolver e avaliar pelo menos um peptídeo vegetal bioinspirado em thaumatin-like (TLPs) identificadas no feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] fornecendo conhecimentos sobre suas principais características funcionais e toxicidade. No intuito de encontrar novos compostos com atividade antimicrobiana, foram utilizadas como template sequências de TLP obtidas do transcriptoma do feijão caupi. A predição da atividade antimicrobiana e a identificação dessas regiões com atividade foi realizada no servidor CAMPr3 e a toxicidade, no Toxipred. O desenho racional do peptídeo foi conduzido com objetivo de manter a atividade antimicrobiana predita e minimizar a toxicidade dessa molécula. A modelagem tridimensional foi realizada por threading e a estabilidade do modelo foi avaliado pela simulação em dinâmica molecular (DM) pelo pacote GROMACS 2019.4. A síntese do peptídeo foi realizada comercialmente. Por fim, foram realizadas as análises da atividade antimicrobiana contra cepas bacterianas (Staphylococcus aureus ATCC-25923, Pseudomonas aeruginosa ATCC-27853, Klebsiella pneumoniae ATCC-13883 e Acinetobacter baumannii ATCC-19606) e o potencial citotóxico e genotóxico foram avaliados através do ensaio de MTT (Brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2, 5- difeniltetrazólio) e teste do micronúcleo, utilizando cultura de células de fibroblastos de camundongo (células L929). Os resultados revelaram que o Peptídeo PVu_LTP_Seq1 apresentou potencial de 90% nas predições de atividade antimicrobiana e não apresentou toxicidade e alergenicidade predita, além disso, mostrou-se estável nas análises de desvio da raiz média quadrática (RMSD) e flutuação da raiz quadrática média (RMSF). O peptídeo desenvolvido conseguiu inibir o crescimento bacteriano das quatro cepas testadas, exibindo MIC (Concentração inibitória mínima) de 256 µg/mL (Staphylococcus aureus ATCC-25923), 256 µg/mL (Pseudomonas aeruginosa ATCC-27853), 128 µg/mL (Klebsiella pneumoniae ATCC-13883) e 32 µg/mL (Acinetobacter baumannii ATCC-19606).  PVu_LTP_Seq1 não apresentou danos a linhagem celular nos ensaios citotóxicos e genotóxicos realizados. Dessa forma, o presente trabalho desenvolveu um peptídeo com potencial antimicrobiano e livre de toxicidade nas concentrações e linhagem celular testada, fornecendo informações sobre suas principais características funcionais, ainda podendo ser aproveitado para o uso em terapias alternativas de interesse à saúde humana. 

     

     



  • Mostrar Abstract
  • O uso desordenado de antibióticos tem aumentado e vem se tornando, nos últimos anos, um grande problema de acordo com a Organização Mundial da Saúde, gerando microrganismos resistentes aos medicamentos tradicionais. Em contrapartida a este problema de saúde pública, novos antibióticos com diferentes vias de ação têm sido pesquisados. Muitos destes antimicrobianos têm sido descobertos a partir da primeira linha de defesa de vegetais, onde os peptídeos antimicrobianos destacam-se como agentes promissores. Portanto, o objetivo do presente estudo foi desenvolver e avaliar pelo menos um peptídeo vegetal bioinspirado em thaumatin-like (TLPs) identificadas no feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] fornecendo conhecimentos sobre suas principais características funcionais e toxicidade. No intuito de encontrar novos compostos com atividade antimicrobiana, foram utilizadas como template sequências de TLP obtidas do transcriptoma do feijão caupi. A predição da atividade antimicrobiana e a identificação dessas regiões com atividade foi realizada no servidor CAMPr3 e a toxicidade, no Toxipred. O desenho racional do peptídeo foi conduzido com objetivo de manter a atividade antimicrobiana predita e minimizar a toxicidade dessa molécula. A modelagem tridimensional foi realizada por threading e a estabilidade do modelo foi avaliado pela simulação em dinâmica molecular (DM) pelo pacote GROMACS 2019.4. A síntese do peptídeo foi realizada comercialmente. Por fim, foram realizadas as análises da atividade antimicrobiana contra cepas bacterianas (Staphylococcus aureus ATCC-25923, Pseudomonas aeruginosa ATCC-27853, Klebsiella pneumoniae ATCC-13883 e Acinetobacter baumannii ATCC-19606) e o potencial citotóxico e genotóxico foram avaliados através do ensaio de MTT (Brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2, 5- difeniltetrazólio) e teste do micronúcleo, utilizando cultura de células de fibroblastos de camundongo (células L929). Os resultados revelaram que o Peptídeo PVu_LTP_Seq1 apresentou potencial de 90% nas predições de atividade antimicrobiana e não apresentou toxicidade e alergenicidade predita, além disso, mostrou-se estável nas análises de desvio da raiz média quadrática (RMSD) e flutuação da raiz quadrática média (RMSF). O peptídeo desenvolvido conseguiu inibir o crescimento bacteriano das quatro cepas testadas, exibindo MIC (Concentração inibitória mínima) de 256 µg/mL (Staphylococcus aureus ATCC-25923), 256 µg/mL (Pseudomonas aeruginosa ATCC-27853), 128 µg/mL (Klebsiella pneumoniae ATCC-13883) e 32 µg/mL (Acinetobacter baumannii ATCC-19606).  PVu_LTP_Seq1 não apresentou danos a linhagem celular nos ensaios citotóxicos e genotóxicos realizados. Dessa forma, o presente trabalho desenvolveu um peptídeo com potencial antimicrobiano e livre de toxicidade nas concentrações e linhagem celular testada, fornecendo informações sobre suas principais características funcionais, ainda podendo ser aproveitado para o uso em terapias alternativas de interesse à saúde humana. 

     

     


13
  • RAFAELLA BEZERRA DE LIMA HENRIQUE
  • Interação de Esferoides e Monocamadas de Células de Câncer com Conjugados de Pontos Quânticos e Glicose

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • CASSIA REGINA ALBUQUERQUE DA CUNHA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 28/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • O esferoide é um modelo biológico tridimensional que vem apresentando potencial para o estudo de interação com nanopartículas (NPs) por mimetizar o ambiente tumoral. Os pontos quânticos (PQs) são nanocristais de semicondutores que possuem emissão fluorescente fotoestável e superfície ativa para conjugação com moléculas de interesse biológico. Essas vantagens vêm transformando os PQs em nanossondas versáteis para o estudo da biologia celular do câncer. O efeito Warburg relata que as células de câncer podem apresentar uma maior captação de glicose devido ao uso da glicólise para produção energética, mesmo na presença de oxigênio. Assim, o desenvolvimento de modelos biológicos mais complexos como os esferoides e de gliconanossondas baseadas em PQs pode favorecer uma melhor compreensão dos processos biológicos envolvidos no câncer. Nesse contexto, essa dissertação objetivou desenvolver esferoides a partir da linhagem de adenocarcinoma cervical (HeLa) e estudar a interação de conjugados PQs-glicose com esse modelo biológico e monocamadas celulares. Os esferoides foram preparados pelo método da gota suspensa, sendo testadas variações de densidade de células/mL, volume da gota e tempo de crescimento. Os esferoides foram monitorados por microscopia óptica. Os PQs de CdTe foram conjugados à glicose tiolada (GT) explorando a afinidade do grupo tiol da GT pela superfície metálica das NPs. Os PQs e conjugados foram caracterizados por espectroscopias de absorção e emissão. A conjugação dos PQs-GT foi avaliada por espectroscopia de correlação por fluorescência (FCS) e pela marcação citométrica de leveduras de Candida albicans revestidas com concanavalina A, explorando a afinidade lectina-carboidrato. O esferoide escolhido para o estudo foi o proveniente de 20.000 células/mL, gota de 30 μL e 48 h de incubação, por apresentar morfologia característica e preparação reprodutível. O esferoide apresentou dimensões laterais de ca. 250 por 275 μm. Pelo FCS, o conjugado apresentou diâmetro hidrodinâmico cerca de 3,5x maior que os PQs, indicando que houve conjugação; a qual foi confirmada pelo ensaio com Cândida albicans que exibiu uma marcação de ca. 99%, reduzida em ca. 4x ao inibir os sítios da lectina com manopiranosídeo. Uma marcação efetiva, com visualização de vesículas, foi observada nos esferoides e monocamadas por microscopia de fluorescência. Ademais, cerca de 38% das células HeLa cultivadas em monocamada captaram o conjugado em apenas 30 min de incubação. Portanto, foram desenvolvidos esferoides com características típicas e promissoras para ensaios com NPs, bem como uma nova gliconanossonda fluorescente que apresentou potencial para ser aplicada em estudos biológicos associados ao câncer.


     



  • Mostrar Abstract
  • O esferoide é um modelo biológico tridimensional que vem apresentando potencial para o estudo de interação com nanopartículas (NPs) por mimetizar o ambiente tumoral. Os pontos quânticos (PQs) são nanocristais de semicondutores que possuem emissão fluorescente fotoestável e superfície ativa para conjugação com moléculas de interesse biológico. Essas vantagens vêm transformando os PQs em nanossondas versáteis para o estudo da biologia celular do câncer. O efeito Warburg relata que as células de câncer podem apresentar uma maior captação de glicose devido ao uso da glicólise para produção energética, mesmo na presença de oxigênio. Assim, o desenvolvimento de modelos biológicos mais complexos como os esferoides e de gliconanossondas baseadas em PQs pode favorecer uma melhor compreensão dos processos biológicos envolvidos no câncer. Nesse contexto, essa dissertação objetivou desenvolver esferoides a partir da linhagem de adenocarcinoma cervical (HeLa) e estudar a interação de conjugados PQs-glicose com esse modelo biológico e monocamadas celulares. Os esferoides foram preparados pelo método da gota suspensa, sendo testadas variações de densidade de células/mL, volume da gota e tempo de crescimento. Os esferoides foram monitorados por microscopia óptica. Os PQs de CdTe foram conjugados à glicose tiolada (GT) explorando a afinidade do grupo tiol da GT pela superfície metálica das NPs. Os PQs e conjugados foram caracterizados por espectroscopias de absorção e emissão. A conjugação dos PQs-GT foi avaliada por espectroscopia de correlação por fluorescência (FCS) e pela marcação citométrica de leveduras de Candida albicans revestidas com concanavalina A, explorando a afinidade lectina-carboidrato. O esferoide escolhido para o estudo foi o proveniente de 20.000 células/mL, gota de 30 μL e 48 h de incubação, por apresentar morfologia característica e preparação reprodutível. O esferoide apresentou dimensões laterais de ca. 250 por 275 μm. Pelo FCS, o conjugado apresentou diâmetro hidrodinâmico cerca de 3,5x maior que os PQs, indicando que houve conjugação; a qual foi confirmada pelo ensaio com Cândida albicans que exibiu uma marcação de ca. 99%, reduzida em ca. 4x ao inibir os sítios da lectina com manopiranosídeo. Uma marcação efetiva, com visualização de vesículas, foi observada nos esferoides e monocamadas por microscopia de fluorescência. Ademais, cerca de 38% das células HeLa cultivadas em monocamada captaram o conjugado em apenas 30 min de incubação. Portanto, foram desenvolvidos esferoides com características típicas e promissoras para ensaios com NPs, bem como uma nova gliconanossonda fluorescente que apresentou potencial para ser aplicada em estudos biológicos associados ao câncer.


     


14
  • GEORON FERREIRA DE SOUSA
  • INVESTIGAÇÃO HEMATOLÓGICA, BIOQUÍMICA, MICROBIOLÓGICA E CLÍNICA DE PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS NA ENFERMARIA E UTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM PERNAMBUCO

  • Orientador : CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • Data: 28/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia da COVID-19 há dois anos tem causado muitos transtornos mundiais em termos de saúde pública, economia e política. O número de casos e óbitos tem aumentado em oscilações denominadas ondas e mesmo após o processo de vacinação ter iniciado, ainda não existe um medicamento direcionado ao combate ao vírus. Este estudo visa fornecer mais conhecimento a respeito da patogênese da COVID-19, nos aspectos laboratoriais e clínicos, confrontando a evolução da doença em pacientes de Enfermaria e de UTI. Amostras biológicas de 85 pacientes foram coletadas para investigação hematológica, bioquímica, imunológica, microbiológica e clínica. Os resultados demonstraram que os principais sintomas apresentados pelos pacientes de Enfermaria e UTI foram dispineia (74,41% e 45,45%) e febre (55,17% e 27,27%). As principais comorbidades observadas foram hipertensão (34,48% e 70%) e obesidade (17,24 e 20%) dados para Enfermaria e UTI, respectivamente. Os exames de Tomografia computadorizada demonstraram a prevalência dos achados clássicos como as opacidades em vidro fosco. Além disso, os pacientes de UTI apresentaram os graus moderado e grave da doença como os mais prevalentes. Os principais fármacos utilizados na Enfermaria foram os anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes. Para a UTI, além dos descritos acima, destacaram-se os antirretrovirais e os ansiolíticos. Nos pacientes de UTI houve redução de hemácias, de hematócrito e de linfócitos (inclusive todas as sublinhagens T (CD3+, CD4+, CD8+ e CD19+), associada com aumento de neutrófilos, DHL, ferritina, D-Dímero, fibrinogênio e Proteína C reativa (PCR). Os microrganismos mais prevalentes foram Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli, Enterococcus feacalis e Klebsiella pneumoniae. Os antibióticos Ampicilina-Sulbactam, Estreptomicina,Eritromicina, Oxaciclina, Rifampicina, Ceftriaxoma, Imipenem e Meropenem foram os menos responsivos nos testes de resistência antimicrobiana. Exames laboratoriais na COVID-19, são importantes ferramentas no diagnóstico da condição clínica do paciente. A interrelação entre dados hematológicos, bioquímicos e imunológicos, pode ser um fator preditivo da conduta médica e permanência do paciente na enfermaria ou UTI. Além disso, o longo tempo de internamento na UTI associado ao uso de dispositivos invasivos, também são fatores predisponentes para o favorecimento das coinfecções nosocomiais. Por fim, investigar e controlar as condições pré-clínicas, ou seja, possíveis comorbidades, parece ser essencial na prevenção do agravamento da doença.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia da COVID-19 há dois anos tem causado muitos transtornos mundiais em termos de saúde pública, economia e política. O número de casos e óbitos tem aumentado em oscilações denominadas ondas e mesmo após o processo de vacinação ter iniciado, ainda não existe um medicamento direcionado ao combate ao vírus. Este estudo visa fornecer mais conhecimento a respeito da patogênese da COVID-19, nos aspectos laboratoriais e clínicos, confrontando a evolução da doença em pacientes de Enfermaria e de UTI. Amostras biológicas de 85 pacientes foram coletadas para investigação hematológica, bioquímica, imunológica, microbiológica e clínica. Os resultados demonstraram que os principais sintomas apresentados pelos pacientes de Enfermaria e UTI foram dispineia (74,41% e 45,45%) e febre (55,17% e 27,27%). As principais comorbidades observadas foram hipertensão (34,48% e 70%) e obesidade (17,24 e 20%) dados para Enfermaria e UTI, respectivamente. Os exames de Tomografia computadorizada demonstraram a prevalência dos achados clássicos como as opacidades em vidro fosco. Além disso, os pacientes de UTI apresentaram os graus moderado e grave da doença como os mais prevalentes. Os principais fármacos utilizados na Enfermaria foram os anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes. Para a UTI, além dos descritos acima, destacaram-se os antirretrovirais e os ansiolíticos. Nos pacientes de UTI houve redução de hemácias, de hematócrito e de linfócitos (inclusive todas as sublinhagens T (CD3+, CD4+, CD8+ e CD19+), associada com aumento de neutrófilos, DHL, ferritina, D-Dímero, fibrinogênio e Proteína C reativa (PCR). Os microrganismos mais prevalentes foram Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli, Enterococcus feacalis e Klebsiella pneumoniae. Os antibióticos Ampicilina-Sulbactam, Estreptomicina,Eritromicina, Oxaciclina, Rifampicina, Ceftriaxoma, Imipenem e Meropenem foram os menos responsivos nos testes de resistência antimicrobiana. Exames laboratoriais na COVID-19, são importantes ferramentas no diagnóstico da condição clínica do paciente. A interrelação entre dados hematológicos, bioquímicos e imunológicos, pode ser um fator preditivo da conduta médica e permanência do paciente na enfermaria ou UTI. Além disso, o longo tempo de internamento na UTI associado ao uso de dispositivos invasivos, também são fatores predisponentes para o favorecimento das coinfecções nosocomiais. Por fim, investigar e controlar as condições pré-clínicas, ou seja, possíveis comorbidades, parece ser essencial na prevenção do agravamento da doença.

15
  • ARIADNE TENNYLE VIEIRA DE SOUZA
  • OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS INIBIDORES DE ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA PROVENIENTES DE MICROALGAS CULTIVADAS EM MEIO SUPLEMENTADO COM MILHOCINA

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MARCIA NIEVES CARNEIRO DA CUNHA
  • Data: 25/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A demanda mundial por fontes de proteína é ascendente devido ao seu uso nutricional, além da sua ampla aplicação biotecnológica, médica e farmacêutica. Entre as aplicações das proteínas está a produção de peptídeos bioativos com atividades anti-inflamatória, antioxidante, anticancerígena e atuando na inibição da enzima conversora de angiotensina, auxiliando no controle da hipertensão arterial, uma das principais causas mortes no mundo. No entanto, a utilização de fontes de proteínas exclusivamente de origem animal já não é mais uma opção viável, tendo em vista os custos empregados, os novos hábitos alimentares e comportamentais da população, além dos altos índices de alérgicos e intolerantes a subprodutos de origem animal. Sendo assim, a busca por fontes de proteínas de origem não animal vem crescendo. As possibilidades mais próximas são plantas, fungos e microalgas. As microalgas possuem metabolismo simples, utilizando luz solar, CO2 e água e fornecendo nutrientes, principalmente proteínas valiosas para aplicação industrial e energética. As espécies dos gêneros Chlorella e Tetradesmus produzem altos índices de proteína por massa seca e por isso são fontes potenciais de proteínas e peptídeos. A maior dificuldade para obter esses peptídeos a partir de microalgas se dá na remoção dos compostos através da sua parede celular, sendo necessário estudar e conhecer a fisiologia da célula bem como técnicas de extração e remoção de peptídeos para sua possível aplicação.  O objetivo deste trabalho é avaliar os métodos de extração de proteínas e peptídeos iECA em microalgas verdes, cultivadas em meio suplementado com milhocina, um subproduto rico em nitrogênio. As técnicas utilizadas foram ultrassonicação, digestão enzimática e hidrólise química em três espécies de microalgas: Chlorella vulgaris, Tetradesmus obliquus e Dunaliela tertiolecta. Os melhores rendimentos de extração de peptídeosforam obtidos pela metodologia de ultrassonicação, alcançando 19% em DT. Os hidrolisados peptídicos apresentaram elevada atividade iECA. O maior percentual de inibição da ECA foi de 95%, superior ao controle utilizando Captopril, pelas metodologias de extração por ultrassonicação e digestão enzimática com as espécies C. vulgaris e D. tertiolecta.  As técnicas utilizadas permitiram obter potenciais peptídeos iECA que necessitam de estudos e testes in vivo para potencial aplicação terapêutica.





  • Mostrar Abstract
  • A demanda mundial por fontes de proteína é ascendente devido ao seu uso nutricional, além da sua ampla aplicação biotecnológica, médica e farmacêutica. Entre as aplicações das proteínas está a produção de peptídeos bioativos com atividades anti-inflamatória, antioxidante, anticancerígena e atuando na inibição da enzima conversora de angiotensina, auxiliando no controle da hipertensão arterial, uma das principais causas mortes no mundo. No entanto, a utilização de fontes de proteínas exclusivamente de origem animal já não é mais uma opção viável, tendo em vista os custos empregados, os novos hábitos alimentares e comportamentais da população, além dos altos índices de alérgicos e intolerantes a subprodutos de origem animal. Sendo assim, a busca por fontes de proteínas de origem não animal vem crescendo. As possibilidades mais próximas são plantas, fungos e microalgas. As microalgas possuem metabolismo simples, utilizando luz solar, CO2 e água e fornecendo nutrientes, principalmente proteínas valiosas para aplicação industrial e energética. As espécies dos gêneros Chlorella e Tetradesmus produzem altos índices de proteína por massa seca e por isso são fontes potenciais de proteínas e peptídeos. A maior dificuldade para obter esses peptídeos a partir de microalgas se dá na remoção dos compostos através da sua parede celular, sendo necessário estudar e conhecer a fisiologia da célula bem como técnicas de extração e remoção de peptídeos para sua possível aplicação.  O objetivo deste trabalho é avaliar os métodos de extração de proteínas e peptídeos iECA em microalgas verdes, cultivadas em meio suplementado com milhocina, um subproduto rico em nitrogênio. As técnicas utilizadas foram ultrassonicação, digestão enzimática e hidrólise química em três espécies de microalgas: Chlorella vulgaris, Tetradesmus obliquus e Dunaliela tertiolecta. Os melhores rendimentos de extração de peptídeosforam obtidos pela metodologia de ultrassonicação, alcançando 19% em DT. Os hidrolisados peptídicos apresentaram elevada atividade iECA. O maior percentual de inibição da ECA foi de 95%, superior ao controle utilizando Captopril, pelas metodologias de extração por ultrassonicação e digestão enzimática com as espécies C. vulgaris e D. tertiolecta.  As técnicas utilizadas permitiram obter potenciais peptídeos iECA que necessitam de estudos e testes in vivo para potencial aplicação terapêutica.




16
  • ANA CAROLINA LOPES
  • COVID-19 E LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA ANÁLISE COMPUTACIONAL

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • ERTÊNIA PAIVA OLIVEIRA
  • Data: 26/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica com períodos de exacerbação e remissão que pode afetar vários órgãos ou sistemas, levando a um amplo espectro de manifestações clínicas. Infecções bacterianas, virais e oportunistas são comuns no LES e representam a segunda causa de morte nesse grupo em países desenvolvidos, variando de 25% a 50% dos casos de mortalidade. Evidências sugerem que a Covid-19 tem um efeito sensível em causar danos aos órgãos e outras complicações em portadores de LES, representando um fator de risco significativo. Dessa forma, é crucial entender as interações biológicas e moleculares subjacentes entre o LES e a Covid-19, que ainda são poucos compreendidas. Logo, o objetivo deste trabalho foi identificar o perfil metabólico do LES, desde o seu delineamento imunológico até a sua associação genética, correlacionando os achados bioquímicos nesta condição com os encontrados na Covid-19. Assim, os resultados obtidos identificaram vias de interesse e que podem estar associadas com o processo inflamatório desencadeado pelas doenças, com destaque para duas vias imunológicas e uma via relacionada à terapêutica inicial do SARS-CoV-2.


  • Mostrar Abstract
  • O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica com períodos de exacerbação e remissão que pode afetar vários órgãos ou sistemas, levando a um amplo espectro de manifestações clínicas. Infecções bacterianas, virais e oportunistas são comuns no LES e representam a segunda causa de morte nesse grupo em países desenvolvidos, variando de 25% a 50% dos casos de mortalidade. Evidências sugerem que a Covid-19 tem um efeito sensível em causar danos aos órgãos e outras complicações em portadores de LES, representando um fator de risco significativo. Dessa forma, é crucial entender as interações biológicas e moleculares subjacentes entre o LES e a Covid-19, que ainda são poucos compreendidas. Logo, o objetivo deste trabalho foi identificar o perfil metabólico do LES, desde o seu delineamento imunológico até a sua associação genética, correlacionando os achados bioquímicos nesta condição com os encontrados na Covid-19. Assim, os resultados obtidos identificaram vias de interesse e que podem estar associadas com o processo inflamatório desencadeado pelas doenças, com destaque para duas vias imunológicas e uma via relacionada à terapêutica inicial do SARS-CoV-2.

Teses
1
  • BRUNO IRAQUITAN MIRANDA DA SILVA
  • Atividade antitumoral de mono e sesquiterpenos

  • Orientador : JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • PALOMA LYS DE MEDEIROS
  • Data: 27/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • o Brasil, são estimados 625 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022. Os efeitos adversos dos quimioterápicos citotóxicos muitas vezes causam enfraquecimento dos pacientes, por apresentarem citotoxicidade às células saudáveis e em casos mais graves toxicidade a órgãos. Por isso, há uma demanda crescente na prospecção de fármacos anticâncer oriundos de produtos naturais, por serem considerados menos tóxicos. Nesse contexto, a classe dos terpenos representa uma alternativa no combate ao câncer, pois, alguns dos compostos dessa classe já estão bem descritos como efetivos antitumorais de baixa toxicidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antitumoral de um painel de 17 terpenos, mono e sesquiterpenos, destes, o que demonstrou melhores resultados foi incluido nos estudos de docking molecular para verificação de ancoragem em receptores associados ao câncer. Para isto, foi realizado o screening inicial dos 17 terpenos pelo ensaio do MTT em linhagens de células tumorais humanas: adenocarcinoma de mama (MCF-7), carcinoma epidermóide cervical (HeLa), adenocarcinoma de cólon (HT-29) e carcinoma colorretal (HCT-116) e não tumoral: fibroblasto de camundongo (L929). Os compostos que apresentaram inibição do crescimento > 75%, tiveram os valores de concentração que inibe 50% do crescimento celular (CI50) definidos, do composto que apresentou melhores resultados, foram realizados ensaio hemolítico em eritrócitos murinos, análise morfológica e de formação de colônias em células HeLa. E, ainda, o estudo de docking molecular utilizando os receptores p53, Bcl2-xL, tubulina e DNA. Conjuntamente, foi desenvolvida uma revisão sistemática dos artigos encontrados nas bases de dados literárias: MEDLINE/PubMed, Web of Science, Scopus e Science Direct, utitilizando as seguintes palavras chaves: monoterpenes AND anticancer AND in vitro. Os seguintes compostos monoterpeno; α-pineno e sesquiterpenos; (+)-valenceno, β-cariofileno, (-)-α-copaeno e nerolidol, apresentaram inibição acima de 75 % para mais de uma linhagem ou apresentaram inibição específica para linhagens tumorais, esses compostos tiveram valores CI50 definidos. Nenhum dos 17 compostos testados apresentou inibição acima de 75 % para a linhagem celular HCT-116. Os valores de CI50 obtidos variaram entre 13,28 e 19,60 µg/mL. Entre os 17 compostos, o nerolidol foi selecionado, pois mostrou especificidade para as linhagens tumorais MCF-7 e HeLa, apresentando valores de CI50 de 17,63 e 13,50 µg/mL, respectivamente. Além disso, foi calculado o índice de seletividade onde foi observado que o nerolidol apresentou os maiores valores de seletividade tanto para linhagem MCF-7 (141,80) quanto para HeLa (185,15), em comparação com a linhagem saudável L929. Foi repetido o ensaio do MTT com o nerolidol na linhagem HeLa nos períodos de incubação de 24 e 48 h, apresentando CI50 de 18,44 e 15,14 µg/mL, respectivamente, esses valores foram utilizados para determinação da concentração usada na análise morfológica, que, na menor concentração testada (7,5 µg/mL), foi observado a formação de vacúolos, presença de núcleos condensados e a diminuição dose dependente das células viáveis. O nerolidol causou hemólise nos eritrócitos murinos de forma dose dependente, no entanto, parece ser seguro até a concentração de 39 µg/mL onde apenas 2,7 % dos eritrócitos foram hemolisados, além disso, apresentou concentração efeitva de 50% (CE50) alta de 736,8 µg/mL. O nerolidol teve efeito negativo na formação de colônia de células HeLa, provocando redução de até 93% na maior dose testada (15 µg/mL), no entanto, os efeitos inibitórios do nerolidol foram reversiveis, uma vez que, as células retomaram o crescimento após suspensão do tratamento. Dentre os compostos analisados, em concordância com os estudos in vitro, o nerolidol demostrou melhores resultados de ancoragem, realizando ligações de hidrogênio com os receptores Bcl2-xL, tubulina e fragmento de DNA. A provável interação do nerolidol com esses receptores indicam interferência na divisão celular e indução da apoptose. Como resultado da revisão sistemática foi publicado o artigo “Anticancer activity of monoterpenes: a systematic review” no periódico MOLECULAR BIOLOGY REPORTS, onde foram expostos os principais mecanismos de ação dos monoterpenos com propriedades antitumorais, seu uso em sistemas de entrega de drogas e o sinergismo desses com quimioterápicos convencionais. Diante desses resultados, é possível concluir que, entre os 17 terpenos analisados, o nerolidol demostrou maior citotoxicidade frente às linhagens tumorais e segurança frente às células saudáveis testadas, ademais, ambos os estudos in vitro e in silico, mostram indícios que o nerolidol esteja causando a morte celular por apoptose, embora, outros mecanismos intermediários como autofagia e bloqueio do ciclo celular possam está envolvidos.


  • Mostrar Abstract
  • No Brasil, são estimados 625 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022. Os efeitos adversos dos quimioterápicos convencionais muitas vezes causam enfraquecimento dos pacientes, por apresentarem citotoxicidade às células saudáveis e em casos mais graves toxicidade a órgãos como rins e coração. Por isso, há um aumento na prospecção de fármacos anticâncer com menor toxicidade. Nesse contexto, a classe dos terpenos representam uma alternativa no combate ao câncer, pois, alguns dos compostos dessa classe já estão bem descritos como efetivos antitumorais, por exemplo, o paclitaxel. O objetivo deste trabalho é avaliar a atividade antitumoral de um painel de 17 terpenos, mono e sesquiterpenos, destes, o que demonstrar melhores resultados, avaliar seu mecanismo de morte celular in vitro, a atividade antitumoral e toxicidade em camundongos swiss. Para isto, foi realizado o screening inicial dos 17 terpenos pelo ensaio do (MTT) em linhagens de células tumorais humanas adenocarcinoma de mama (MCF-7), carcinoma epidermóide cervical (HeLa), adenocarcinoma de cólon (HT-29) e carcinoma colorretal (HCT-116) e não-tumoral fibroblasto de camundongo (L929). Em seguida foi repetido o ensaio do MTT no tempo de incubação (24 e 48 h) para determinar o melhor tempo de incubação e concentração do terpeno que apresentou a maior citotoxicidade para realização dos ensaios posteriores: análise morfológica, wound healing para migração celular, análise de apoptose, ciclo celular e geração de EROs intracelular. Além disso, serão realizados os ensaios de formação de colônias, a atividade antitumoral e toxicidade in vivo, em camundongos. Os seguintes compostos monoterpeno (α-pineno) e sesquiterpenos ((+)-valenceno, β-cariofileno, (-)-α-copaeno e nerolidol) apresentaram inibição acima de 80 % para mais de uma linhagem ou apresentaram inibição específica para linhagens tumorais, esses compostos tiveram valores CI50 determinados. Nenhum dos 17 compostos testados apresentou inibição acima de 75 % para a linhagem celular HCT-116. Os valores de CI50 obtidos variaram entre 13,28 e 19,60 µg/mL. Entre os compostos selecionados o nerolidol mostrou especificidade para as linhagens tumorais MCF-7 e HeLa, apresentando valores de CI50 de 17,63 e 13,50 µg/mL, respectivamente. Também foi calculado o índice de seletividade onde foi observado que o nerolidol apresentou os maiores valores de seletividade tanto para linhagem MCF-7 (141,80) quanto para HeLa (185,15). Com base nesses resultados o composto nerolidol foi escolhido para os ensaios subsequentes. Foi repetido e ensaio do MTT com o nerolidol nas linhagens HeLa e MCF-7 no período de incubação de 48 h, o nerolidol apresentou CI50 de 29,88 e 15,14 µg/mL para as linhagens MCF-7 e HeLa, respectivamente. Na análise morfológica em células HeLa foi possível observar já na menor concentração testada a formação intensa de vacúolos, a presença de núcleos condensados e a diminuição dose dependente das células viáveis. O nerolidol não demostrou citotoxicidade para eritrócitos uma vez que não causou hemólise acima de 5 % até a concentração de 39 µg/mL, 2,7 % de hemólise, além disso, apresentou CE50 alta de 736,8 µg/mL. Ademais, foi escrito o artigo de revisão intitulado Anticancer activity of monoterpenes: A systematic review aceito para publicação pela revista Molecular Biology Reports. 


2
  • LEONARDO PREZZI DORNELLES
  • Potencial inseticida de lectinas contra Aedes aegypti: definindo mecanismos de ação a nível histológico, celular e molecular

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • NATALY DINIZ DE LIMA SANTOS
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os arbovírus são vírus de RNA transmitidos principalmente por mosquitos hematófagos aos hospedeiros vertebrados. O mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) é responsável pela transmissão de algumas das principais arboviroses em todo o mundo, como a dengue, a doença causada pelo Zika vírus, chikungunya e febre amarela. O desenvolvimento de novos inseticidas, preferencialmente naturais, é importante para ampliar essa lista de alternativas disponíveis, visando o uso em estratégias de manejo integrado e rotatividade. Lectinas são proteínas que se ligam especificamente a carboidratos e são amplamente distribuídas nas plantas. Lectinas isoladas de sementes de Moringa oleifera (WSMoL) e folhas de Myracrodruon urundeuva apresentaram atividade larvicida contra A. aegypti. O objetivo geral do trabalho é avaliar efeitos das lectinas MuLL e WSMoL no comportamento larval e investigar mecanismos envolvidos na ação larvicida das mesmas a níveis histológico, celular e molecular. WSMoL e MuLL foram isoladas de acordo com protocolos previamente estabelecidos e a eficácia das amostras obtidas foi avaliada através de ensaio de atividade larvicida. Também foram avaliados os efeitos das lectinas na organização histológica do intestino médio das larvas. Por fim, extratos de intestino de larvas do controle e tratadas com as lectinas foram submetidas a análises metabolômicas. Quando testados nos valores de CL50 previamente determinados, os extratos de sementes de M. oleifera e folhas de M. urundeuva, bem como as lectinas WSMoL e MuLL isoladas, foram capazes de matar as larvas, conformando a atividade das preparações. WSMoL promoveu redução na capacidade natatória das larvas e causou inibição da atividade de acetilcolinesterase. WSMoL e MuLL foram capazes de alterar a estrutura do intestino médio das larvas, causando desorganização e formação de vacúolos no epitélio. O tratamento com WSMoL reduziu a quantidade de células proliferativas e aumentou o número de células em apoptose, em comparação com o controle. Os ensaios de análise metabolômica estão sendo finalizados.


  • Mostrar Abstract
  • N/A

3
  • RICARDO SÉRGIO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA, ANTINOCICEPTIVA, ANTIPIRÉTICA E CICATRIZANTE DE ÓLEO FIXO DE Syagrus schizophylla EM CAMUDONGOS

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
  • FERNANDA GRANJA DA SILVA OLIVEIRA
  • Data: 17/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Syagrus schizophylla (Mart.) Glass. (Arecaceae) é uma espécie oleaginosa de palmeira, nativa do Nordeste do Brasil, e conhecida popularmente como aricuriroba. Estudos sobre o seu potencial biotecnológico são escassos, entretanto, há estudos sobre várias espécies desta família que comprovam suas atividades biológicas, tais como, antioxidante, analgésica, antipirética, e anti-inflamatória. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial anti-inflamatório, antinociceptivo, antipirético e cicatrizante do óleo fixo de sementes de S. schizophylla (OFSs) epomada de OFSs a 5%, para uso tópico em camundongos. Para tanto, foram realizados os testes de toxicidade aguda em camundongos, o OFSs foi administrado por via oral, nas concentrações de 100, 200 e 400 mg/kg. Realizou-se ainda o teste de contorção abdominal induzida por ácido acético 0,8%, teste de dor por formalina, edema de pata induzido por carragenina 1%, peritonite aguda, com avaliação da migração leucócitos e neutrófilos, quantificação de citocinas IL1-α   e TNF-α, e pirexia induzida por leveduras. O potencial cicatrizante foi investigado em feridas cutâneas em camundongos tratados durante 15 dias com DMSO 2%, Dersani, Bepantol, OFSs (10%, 25% e 100%), e pomada  de S. schizophylla a 5%. As análises de GC-FID revelaram a presença de 8 constituintes na amostra do OFSs, dentre as quais o ácido láurico foi o mais abundante, o qual não promoveu mortalidade dos animais no teste de toxicidade aguda. O OFSs em doses crescentes (10; 100; 1000; 1600; 2900 e 5000 mg / kg de corpo peso) não induziram alterações/modificações persistentes comportamentais durante todo o ensaio, demonstrando possuir um valor de LD50 maior que 5000 mg / kg. As contorções abdominais foram reduzidas utilizando o OFSs, de 16,17, 51,96 e 72,05%, e reduziu-se o tempo de lambedura da pata, de 16,17, 51,96 e 72,05%, respectivamente. A investigação dos mecanismos sugerem ação antinociceptiva via sistema opióide. O óleo mostrou-se eficaz na inibição de 100% (400 mg/kg) do edema a partir de 5 horas, com resultado superior a indometacina (20 mg/kg, v.o.). O modelo de peritonite demonstrou migração significativa de leucócitos e neutrófilos (37,93, 62,06 e 77,58%, respectivamente) e neutrófilos (41,02, 66,66 e 87,17%) respectivamente. Além disso as concentrações do óleo de OFSs foram capazes de reduzir IL-1β em 59,26, 68,93 e 76,35% e TNF- α em 41,60, 57,52 e 75,44%. A administração do OFSs inibiu a febre nos animais  desde a primeira hora de teste, em todas as concentrações testadas. Na análise morfométrica, a porcentagem de contração da ferida após 7 dias foi maior no grupo Dersani (92,68%). Em 10 dias, o menor percentual de contração foi apresentado no grupo DMSO 2% (87,78%) e o maior nos grupos Dersani, Bepantol, e OFSs 25% e 100% alcançando 100% de reepitelização. A histomorfometria demonstrou que os grupos Dersani, Bepantol e OFSs apresentaram o menor tempo de reepitelização, em 10 dias, todos apresentando 100% de reepitelização. O estudo mostrou-se promissor para indústria terapêutica, e demonstrou que o OFSs pode ser um contributo para o auxílio de doenças, atuando como agente antinociceptivo, anti-inflamatório, antipirético e cicatrizante. Além da pomada de S. schizophyllaestabelecer potencial para se tornar um tratamento tópico alternativo no processo de reparo tecidual.


  • Mostrar Abstract
  • As plantas são amplamente utilizadas na medicina popular em diferentes partes do mundo e são consideradas como fundamentais na assistência à saúde humana. Syagrus schizophylla (Mart.) Glass. (Arecaceae) é uma espécie oleaginosa de palmeira, nativa do Nordeste do Brasil, e conhecida popularmente como aricuriroba, ocorre da Paraíba à Bahia, e apresenta potencial ornamental, paisagístico e alimentar não convencional. Estudos sobre o seu potencial biotecnológico são escassos, entretanto, há estudos sobre várias espécies da família Arecaceae que comprovam suas propriedades biológicas, tais como, antioxidante, antimicrobiana, analgésica, antipirética, e anti-inflamatória, além de ser reportado na literatura o alto teor de ácido láurico, o que rotineiramente se apresenta como composto majoritário nas plantas dessa família e se destaca por possuir atividade anti-inflamatória, e antineoplásica. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi caracterizar fitoquimicamente o óleo fixo de sementes de S. schizophylla, e avaliar o seu potencial anti-inflamatório, antinociceptivo e antipirético em modelos experimentais in vivo, bem como determinar o seu mecanismo de ação, através da análise dos seguintes agentes, nalaxona, atropina, glibenclamida e cafeína. Para tanto, foram realizados teste de toxicidade aguda, em que utilizou-se ratos Swiss albinos. A administração do óleo foi dada por via oral, nas concentrações de 100, 200 e 400 mg/kg, e os animais foram monitorados quanto ao comportamento e mortalidade. Realizou-se ainda o teste de contorção abdominal induzida por ácido ácetico, teste de dor por formalina, edema de pata induzido por carragenina, e peritonite aguda, com avaliação da migração leucócitos e neutrófilos, e quantificação de citocinas IL1-α   e TNF-α. As análises de GC-FID demonstraram a presença de 8 constituintes na amostra do óleo fixo de S. schizophylla, dentre as quais o ácido láurico foi o mais abundante, o qual não promoveu mortalidade dos animais no  teste de toxicidade aguda. O óleo fixo de S. schizophylla em doses crescentes (10; 100; 1000; 1600; 2900 e 5000 mg / kg de corpo peso) não produziram alterações/modificações persistentes comportamentais durante todo o ensaio, demonstrando possuir um valor de LD50 maior que 5000 mg / kg. As contorções abdominais foram reduzidas utilizando o óleo de S. schizophylla, de 16,17, 51,96 e 72,05%, e reduziram o tempo de lambedura da pata, de 16,17, 51,96 e 72,05%, respectivamente. A investigação dos mecanismos sugerem ação antinociceptiva via sistema opióide. O óleo mostrou-se eficaz na inibição de 100% (400 mg/kg) do edema a partir de 5 horas, com resultado superior a indometacina (20 mg/kg, v.o.). O modelo de peritonite demonstrou migração significativa de leucócitos e neutrófilos (37,93, 62,06 e 77,58%, respectivamente) e neutrófilos (41,02, 66,66 e 87,17%) respectivamente. Além disso as concentrações do óleo de S. schizophylla foram capazes de reduzir IL-1β em 59,26, 68,93 e 76,35% e TNF- α em 41,60, 57,52 e 75,44%. O estudo mostrou-se promissor para indústria terapêutica, e pode ser um grande contributo para o auxílio de doenças, atuando como agente antinociceptivo e anti-inflamatório.

4
  • ROBSON RAION DE VASCONCELOS ALVES
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE, ANÁLISE METABOLÔMICA E EFEITO NO METABOLISMO ENERGÉTICO EM ANIMAIS TRATADOS COM PREPARAÇÕES DE FOLHAS DE Moringa oleifera

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • ROBERTO ARAUJO SA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 22/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • As folhas da Moringa oleifera possuem alto valor nutricional, sendo ricas em proteínas. As folhas são bastante utilizadas como remédio e na alimentação. No entanto, há necessidade de mais estudos sobre a segurança de uso de preparações de folhas. Este trabalho analisou preparações ricas em proteína das folhas de M. oleifera. O extrato salino (LE) e a fração rica em proteínas (PRF) de folhas de M. oleifera foram investigados quanto a presença de metabólitos secundários e proteínas antinutricionais (inibidor de tripsina e lectina), citotoxicidade para linfócitos humanos, atividade hemolítica, toxicidade oral aguda em camundongos e genotoxicidade. Adicionalmente, PRF foi investigada quanto à toxicidade oral subaguda em ratos. Os flavonoides rutina e vixetina e inibidor de tripsina foram detectados em LE (0,12g%, 0,01g% e 55,38U/mg, respectivamente) e em PRF (0,04g%, 0,05g% e 87,89U/mg, respectivamente), enquanto lectina foi detectada apenas em PRF (2,5 título -1 /proteína mg/mL). LE e PRF não foram tóxicas para os linfócitos e não apresentaram atividade hemolítica. Os animais tratados com LE e PRF (2.000 mg/kg) apresentaram mudança comportamental apenas na primeira hora após os tratamentos e parâmetros hematológicos semelhantes aos animais do grupo não tratado. Aumento significativo nos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT) e discreta infiltração leucocitária com vacuolização citoplasmática nos hepatócitos foram detectados apenas nos animais tratados com LE. As preparações não foram genotóxicas ou mutagênicas. O ensaio de toxicidade oral subaguda revelou que os animais tratados com PRF nas concentrações de 20 mg/kg/dia, 40 mg/kg/dia e 80 mg/kg/dia não apresentaram alterações comportamentais. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos, assim como hemostasia e eletrólitos, foram semelhantes aos do grupo não tratado. Não foram observadas alteração histopatológicas no fígado, rins, baço, pulmão e coração. PRF alterou o biomarcador de estresse oxidativo TBARS em relação ao grupo não tratado, enquanto os níveis de Carbonil não foram alterados. Os tratamentos nas concentrações de 40 e 80 mg/kg/dia resultaram em aumento da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST) enquanto o tratamento na concentração de 20 mg/kg/dia levou a aumento nos níveis de sufídrilas. PFR também modulou a concentração de moléculas antioxidantes não enzimáticas (glutationa e glutationa dissulfeto) em todas as concentrações testadas. Análise de metabolômica por RMN- 1 H revelou a presença de 43 metabólitos polares em animais tratados e não tratados com PRF e que PRF promoveu diminuição de glicose e aumento de xantina e aminoácidos essenciais no fígado. Os estudos revelaram que as preparações proteicas testadas contem inibidor de tripsina, lectina e flavonoides. LE e PRF não foram citotóxicas, hemolíticas ou genotóxicas e não apresentaram toxicidade oral aguda. Adicionalmente, PRF não apresentou toxicidade subaguda, elevou a atividade de enzimas antioxidantes hepáticas, promoveu dano oxidativo, diminuiu o balanço redox, apresentou efeito hipoglicemiante e elevou a quantidade de intermediários do ciclo de Krebs. 


  • Mostrar Abstract
  • As folhas da Moringa oleifera possuem alto valor nutricional, sendo ricas em proteínas. As folhas são bastante utilizadas como remédio e na alimentação. No entanto, há necessidade de mais estudos sobre a segurança de uso de preparações de folhas. Este trabalho buscou realizar avaliação da toxicidade de preparações ricas em proteína das folhas de M. oleifera. A presença de metabólitos secundários e proteínas antinutricionais (inibidor de tripsina e lectina) foi investigada no extrato da folha (LE) e na fração rica em proteínas (PRF) de folhas de M. oleifera. LE e PRF também foram investigados quanto à citotoxicidade para linfócitos humanos, atividade hemolítica, toxicidade oral aguda em camundongos e genotoxicidade. Os flavonoides rutina e vixetina e inibidor de tripsina foram detectados em LE (0,12g%, 0,01g% e 55,38U/mg, respectivamente) e em PRF (0,04g%, 0,05g% e 87,89U/mg, respectivamente) enquanto as lectinas estavam presentes apenas em PRF (2,5 título-1/proteína mg/mL). LE e PRF não foram tóxicas para os linfócitos e não mostraram ação hemolítica. Os animais tratados com LE e PRF (2.000 mg/kg) apresentaram mudança comportamental apenas na primeira hora após os tratamentos, sessando em seguida. Os parâmetros hematológicos foram semelhantes aos do grupo não tratado. Aumento significativo nos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT) e discreta infiltração leucocitária com vacuolização citoplasmática nos hepatócitos foram detectados apenas nos animais tratados com LE. As preparações não foram genotóxicas ou mutagênicas. PRF também foi investigada quanto à toxicidade oral subaguda em ratos, e marcadores hepáticos do estresse oxidativo. Os animais tratados com PRF nas concentrações de 20 mg/kg/dia, 40 mg/kg/dia e 80 mg/kg/dia não apresentaram alterações comportamentais. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos, assim como hemostasia e eletrólitos, foram semelhantes aos do grupo não tratado. Não foram observadas alteração histopatológicas no fígado, rins, baço, pulmão e coração. PRF não alterou os biomarcadores de estresse oxidativo: malondialdeído, carbonil e sufidrila, em relação ao grupo não tratado. No entanto, aumentou a atividade das enzimas antioxidantes superoxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST) nas maiores concentrações (40 e 80 mg/kg/dia). PFR também modulou a concentração de moléculas antioxidantes não enzimáticas (glutationa e glutationa dissulfeto) em todas as concentrações testadas. Os estudos revelaram que as preparações proteicas testadas contem inibidor de tripsina, lectina e flavonoides. LE e PRF não foram citotóxicas, hemolíticas ou genotóxicas e não apresentaram toxicidade oral aguda. Adicionalmente, PRF não apresentou toxicidade subaguda e modulou a atividade de marcadores antioxidantes hepáticos.

5
  • BARBARA RIBEIRO ALVES ALENCAR
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA PRODUÇÃO DE ETANOL, A PARTIR DE BIOMASSAS LIGNOCELULÓSICAS E MELAÇO, COMO ALTERNATIVA ENERGÉTICA PARA O PERÍODO DE ENTRESSAFRA DA CANA-DE-AÇÚCAR NO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • JORGE LUIZ SILVEIRA SONEGO
  • JOÃO RICARDO MOREIRA DE ALMEIDA
  • SARITA CÂNDIDA RABELO
  • INÊS CONCEIÇÃO ROBERTO
  • Data: 23/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • As limitações geográficas e climáticas de Pernambuco impossibilitam a produção de cana-de-açúcar o ano inteiro e por toda a sua extensão, sem a adição de sistema de irrigação adequado, já que 48% da região Nordeste está inserida no clima árido/semiárido. Dentro deste cenário, o primeiro capítulo consiste em uma avaliação do potencial de produção de etanol a partir das frações da biomassa de sorgo sacarino, como o seu caldo, grãos e bagaço. No segundo capítulo, avaliou-se qual a melhor época do ano e período do dia para a colheita da biomassa de palma forrageira, considerando-se o pH ideal para a realização da etapa de hidrólise enzimática. Além disso, determinou-se a melhor temperatura e o tempo de secagem, desse vegetal, para a etapa de produção de carboidratos. Os resultados sugeriram que o início da manhã e a estação seca são os melhores períodos de colheita, enquanto que a melhor temperatura e tempo de secagem da biomassa são 105°C e 12h, respectivamente. E, por fim, o terceiro capítulo objetivou a identificação de leveduras isoladas em solos, nos quais é plantado cana-de-açúcar. Esse procedimento visou a avaliação da produção de etanol 1G, 2G e xilitol, usando como substratos caldo e melaço de cana-de-açúcar, bem como hidrolisados ácidos dos bagaços de cana-de-açúcar e sorgo, além da biomassa de palma forrageira, por Meyerozyma Caribbica. Esta levedura fermentou tais substratos, apresentando eficiências superiores a 75%, para a produção de etanol 1G e,  >80%, para a 2G. Para a produção de xilitol, verificou-se que a melhor relação entre glicose e xilose é de 1:5, com rendimento de 0,88, em meios contendo apenas estes dois carboidratos, sem qualquer outra fonte nutricional. Já nas condições dos hidrolisados ácidos, não foi observada a produção de xilitol, apesar de ter havido o consumo >80% da xilose disponível no meio. Assim, pode-se concluir que as alternativas propostas na presente tese são um caminho, na tentativa de suprir a lacuna na produção de etanol, durante o período de entressafra da cana. Porém, ajustes, principalmente no que se diz a respeito aos subprodutos desse processo precisam ser realizados, a fim de que o mesmo seja viável economicamente.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

6
  • GUSTAVO RAMOS SALLES FERREIRA
  • ESTUDO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE LECTINAS CONTRA ESPÉCIES DE Cryptococcus E BIOFILME BACTERIANOS MULTICEPAS E MULTIESPÉCIES

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • MARILENE HENNING VAINSTEIN
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • POLLYANNA MICHELLE DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 23/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Cryptococcus é um gênero de fungos leveduriformes que possuem como principal característica fenotípica a presença de uma cápsula polissacarídica que envolve sua estrutura celular. Dentre as espécies desse gênero, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii são patógenos oportunistas capazes de causar a criptococose, doença infecciosa invasiva que atinge o sistema nervoso central, causando uma meningoencefalite fúngica com alta mortalidade. Biofilmes são comunidades microbianas que causam diversos problemas a saúde pública, tanto por sua alta capacidade de aderência aos tecidos vivos e dispositivos médicos, quanto por sua alta resistência a antibióticos usados na clinica medica. Lectinas são proteínas que se ligam reversivelmente a carboidratos, possuindo um amplo espectro de aplicações biológicas, incluindo ação antimicrobiana. As lectinas da sarcotesta de Punica granatum (PgTeL) e de folíololos de Calliandra surinamensis (CasuL) apresentaram potencial antimicrobiano e antibiofilme em estudos anteriores. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antifúngico e antibiofilme de PgTeL e CasuL contra Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, bem como seu potencial de inibir e erradicar biofilmes multiespécie e multicepas de isolados de Staphylococcus aureus e Staphylococcus saprophyticus. CasuL não apresentou atividade antifúngica e nem antibiofilme frente às cepas de Cryptococcus, porém PgTeL apresentou atividade fungistática contra a cepa B3501 de C. neoformans (Sorotipo D), com uma concentração mínima inibitória de 172 μg/mL. PgTeL também foi capaz de inibir a formação de biofilme por B3501, reduzindo significativamente a biomassa e a atividade metabolica no biofilme. PgTeL também foi capaz de erradicar significativamente o biofilme pré-formado da cepa B3501. A ação fungistática e antibiofilme de PgTeL sobre B3501 puderam ser também observadas por microscopia eletrônica de varredura. PgTeL, contudo, não foi capaz de alterar o tamanho relativo da cápsula de B3501 de C. neoformans. Em relação aos biofilmes multiespécie e multicepas de Staphylococcus, CasuL isoladamente não apresentou capacidade de inibir a formação de biofilme por nenhuma das testadas; porém, quando em conjunto com o antibiótico ceftazidima, CasuL inibiu significativamente a formação de biofilme multicepa por S. aureus UFPEDA-670 + MRSA, e por S. aureus UFPEDA-670 + 8325-4. Em conclusão, foram identificados o potencial antifúngico de PgTeL contra a cepa B3501 de C. neoformans sobre a replicação dessa levedura e a formação e manutenção de biofilmes, bem como o potencial de CasuL em conjunto com antibióticos em inibir a formação de biofilme multicepas de S. aureus.


  • Mostrar Abstract
  • Cryptococcus é um gênero de fungos leveduriformes que possuem como principal caracteristica fenotípica a presença de uma cápsula polissacarídica que envolve sua estrutura celular. Dentre as espécies desse gênero, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii são patógenos oportunistas capazes de causar a criptococose, doença infecciosa invasiva que atinge o sistema nervoso central, causando uma meningoencefalite fúngica com alta mortalidade. Biofilmes são comunidades microbianas que causam diversos problemas a saúde pública, tanto por sua alta capacidade de aderência aos tecidos vivos e dispositivos médicos, quanto por sua alta resistência a antibióticos usados na clinica medica. Lectinas são proteínas que se ligam reversivelmente a carboidratos, possuindo um amplo espectro de aplicações biológicas, incluindo ação antimicrobiana. As lectinas da sarcotesta de Punica granatum (PgTeL) e de folíololos de Calliandra surinamensis (CasuL) apresentaram potencial antimicrobiano e antibiofilme em estudos anteriores. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antifúngico e antibiofilme de PgTeL e CasuL contra Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, bem como seu potencial de inibir e erradicar biofilmes multiespécie e multicepas de isolados de Staphylococcus aureus e Staphylococcus saprophyticus. CasuL não apresentou atividade antifúngica e nem antibiofilme frente às cepas de Cryptococcus, porém PgTeL apresentou atividade fungistática contra a cepa B3501 de C. neoformans (Sorotipo D), com uma concentração mínima inibitória de 172 μg/mL. PgTeL também foi capaz de inibir a formação de biofilme por B3501, reduzindo significativamente a biomassa e a atividade metabolica no biofilme. PgTeL também foi capaz de erradicar significativamente o biofilme pré-formado da cepa B3501. A ação fungistática e antibiofilme de PgTeL sobre B3501 puderam ser também observadas por microscopia eletrônica de varredura. PgTeL, contudo, não foi capaz de alterar o tamanho relativo da cápsula de B3501 de C. neoformans. Em relação aos biofilmes multiespécie e multicepas de Staphylococcus, CasuL isoladamente não apresentou capacidade de inibir a formação de biofilme por nenhuma das testadas; porém, quando em conjunto com o antibiótico ceftazidima, CasuL inibiu significativamente a formação de biofilme multicepa por S. aureus UFPEDA-670 + MRSA, e por S. aureus UFPEDA-670 + 8325-4. Os ensaios com PgTeL serão iniciados. Em conclusão, foram identificados até o momento o potencial antifúngico de PgTeL contra a cepa B3501 de C. neoformans sobre a replicação dessa levedura e a formação e manutenção de biofilmes, bem como o potencial de CasuL em conjunto com antibióticos em inibir a formação de biofilme multicepas de S. aureus.

7
  • ROMULO DA FONSECA DOS SANTOS
  • FATORES DE TRANSCRIÇÃO (FTs) E SUAS REGIÕES CIS-REGULADORAS EM ASSOCIAÇÃO COM A DEFESA VEGETAL EM FABACEAE

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • VALESCA PANDOLFI
  • MANASSES DANIEL DA SILVA
  • ROBERTA LANE DE OLIVEIRA SILVA
  • Data: 24/02/2022

  • Mostrar Resumo
  •  

    Os Fatores de Transcrição (FT) são componentes essenciais do sistema de imunidade inata e defesa basal de plantas, que codificam proteínas que regulam a expressão gênica através da ligação de sequências específicas de DNA na região regulatória dos genes-alvo, modulando a atividade da RNA polimerase para início do processo transcricional. Dentre as principais famílias, os genes da família NAC (NAM, ATAF1/2, CUC2), por exemplo, codificam FTs específicos de plantas, com importante papel na resposta a estresses bióticos e abióticos, bem como no crescimento e desenvolvimento vegetal. Neste estudo, sequências de NAC de Arabidopsis thaliana e de outras angiospermas foram utilizadas para a identificação e caracterização de FTs-NAC no transcriptoma de feijão-caupi, bem como sua presença e distribuição no genoma, sob desidratação radicular, comparativamente aos controles não estressados. As proteínas correspondentes aos FTs-NAC foram avaliadas com vistas à presença de domínios conservados, sendo classificadas em diferentes subgrupos. As sequências analisadas apresentaram relativa conservação na região 5’ e maior variação na região 3’, bem como a presença do motivo WVLCR, característico da família. Análises de expressão diferencial revelaram diversos padrões de expressão, desde candidatos induzidos em todos os tecidos e situações, inclusive controles não estressados, como também, candidatos com baixos níveis de expressão ou especificidade, enquanto outros apresentaram-se reprimidos. A análise das regiões cis-reguladoras revelou que os FTs-NAC estão possivelmente associados a outros FTs sabidamente relacionados às vias de resposta a estresses bióticos e abióticos, como MYB, DOF e AP2/ERF. Os resultados indicam uma diversidade considerável dos membros da família NAC e uma possível associação com outras famílias de FTs, sendo potencialmente úteis para uso como marcadores moleculares ou em estudos de transgenia, com o objetivo de melhorar o desempenho desta espécie sob estresses bióticos e abióticos.

     


  • Mostrar Abstract
  • Os Fatores de Transcrição (FTs) são proteínas que regulam a expressão gênica através de sua ligação a sequências específicas de DNA em regiões promotoras de genes-alvo. Tais proteínas auxiliam no processo de transcrição por meio de sua interação com a RNA polimerase, enzima responsável pela síntese de RNAs mensageiros. Deste modo, os FTs posicionam a RNA polimerase e a ativam para iniciar sua ação polimerizadora. Dentre as principais famílias de FTs, os genes da família NAC (NAM, ATAF1/2, CUC2) codificam proteínas específicas de plantas, com importante papel na resposta a estresses bióticos e abióticos, bem como no crescimento e desenvolvimento vegetal. Neste estudo, o transcriptoma de feijão-caupi foi submetido a uma análise via iTAK para a identificação e posterior caracterização dos FTs NAC em feijão-caupi (VuNACs). Para isso, analisou- se a orquestração transcricional dessa classe de FTs no transcriptoma de feijão-caupi sob desidratação
    radicular e os estresses combinados de injúria mais inoculação viral com CABMV e injúria mais inoculação viral com CPSMV. As proteínas correspondentes aos FTs-NAC foram avaliadas quanto à presença de domínios conservados, sendo classificadas em diferentes subgrupos. As sequências analisadas apresentaram relativa conservação na região 5’ e maior variação na região 3’, bem como a presença do motivo [WVLCR], característico da família. Análises de expressão diferencial revelaram diversos padrões de expressão, desde candidatos induzidos em todos os tecidos e situações, inclusive controles não estressados, como também, candidatos com baixos níveis de expressão ou especificidade, enquanto outros apresentaram-se reprimidos, sendo os FTs-NAC de feijão-caupi mais intimamente associados à resposta à seca. A análise das regiões cis-reguladoras revelou que os FTs-NAC são modulados por famílias de FTs associadas à resposta a estresses bióticos e abióticos, como MYB, DOF e AP2/ERF. Os resultados indicam uma diversidade considerável dos membros da família NAC e uma possível associação com outras famílias de FTs, como C2H2 e bZIP. Sendo assim, sugere-se que estas famílias possuem potencial para utilização em estudos futuros, envolvendo marcadores moleculares e transgenia, visando melhorar o desempenho desta espécie sob condições adversas, tais como estresses bióticos e abióticos.

8
  • DIEGO LEANDRO REIS DA SILVA FERNANDES
  • PESTE: DINÂMICA DA DISTRIBUIÇÃO E CIRCULAÇÃO DA INFECÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL

  • Orientador : ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
  • DANILO ELIAS XAVIER
  • EMILIA CAROLLE AZEVEDO DE OLIVEIRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • VERÔNICA SANTOS BARBOSA
  • Data: 25/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A peste é uma zoonose de roedores silvestres, transmitida por pulgas, que pode infectar outros mamíferos, inclusive humanos. Pela gravidade da doença e sua rápida evolução a peste pode gerar emergências de saúde pública de interesse internacional. Os avanços tecnológicos e científicos ainda não foram suficientes para eliminar os focos naturais persistentes em numerosos países. Os períodos de silêncio, caracterizados por ausência ou ocorrência de raros casos humanos, podem gerar a falsa impressão da sua eliminação ou erradicação, mas ela pode reaparecer após décadas de aparente controle. Globalmente os fatores que mantêm a enzootia e determinam o desencadeamento das epizootias ainda não estão suficientemente esclarecidos. No estado de Pernambuco a zoonose introduzida em 1902 apresenta-se silente desde a década de 1980. Para definição da dinâmica da infecção pestosa e construção dos cenários futuros de risco para sua transmissão foram construídos bancos de dados contendo informações sobre os casos humanos, reservatórios, vetores e dados ambientais utilizando dados primários e secundários disponíveis no Serviço de Referencia Nacional de Peste da FIOCRUZ PE que foram analisados utilizando ferramentas de geoprocessamento. O uso dessas ferramentas aplicado aos casos humanos usando o município de Exu, localizado no foco de peste da Chapada do Araripe (Pernambuco), como área de estudo de caso no período de 1945-1976 permitiu evidenciar a transição da infecção da área urbana para a silvestre e o ressurgimento dos casos após um período de quiescência, independente da reintrodução a partir de outros focos ativos. Os resultados das análises sobre a ocorrência e distribuição geográfica de roedores hospedeiros e de pulgas vetores nas áreas de peste brasileiras revelaram diferenças na composição das faunas rodentia e sifonapteriana no foco da Serra dos Órgãos (RJ) região sudeste, e no nordeste do Brasil que são atribuídas aos diferentes biomas nas duas regiões. Importante flutuação nas populações de roedores foi observada após um período epidêmico no município de Exu, com redução da fauna silvestre representada principalmente por Necromys lasiurus e aumento da espécie comensal Rattus rattus. Os resultados confirmam a espécie N. lasiurus como responsável por epidemias de peste n área focal de transmissão no nordeste do Brasil, uma vez que a redução na abundância desta espécie ao longo do tempo coincide com o período de quiescência da doença. Além disso, o aumento da abundância de R. rattus diretamente relacionado ao processo de urbanização de pequenas localidades rurais não produziu epidemias de peste como se poderia esperar, especialmente considerando sua proximidade com os humanos favorecendo a propagação da peste e outras doenças transmitidas por esses roedores. Nossa análise contribuiu para confirmar o papel das espécies silvestres como hospedeiros amplificadores da peste e dos ratos comensais (Rattus rattus) como hospedeiros preservadores no período quiescente naquela área de infecção de transmissão. A ocorrência de reservatórios naturais e vetores competentes evidencia o potencial de manutenção e transmissão da bactéria e, consequentemente, a necessidade de manutenção e aprimoramento do programa de vigilância da peste.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

9
  • LUÍS ANDRÉ DE ALMEIDA CAMPOS
  • NANOPARTÍCULAS DE ZEÍNA REVESTIDAS COM QUITOSANA CONTENDO CEFTAZIDIMA E TOBRAMICINA COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA PARA INFECÇÕES BACTERIANAS RESISTENTES

  • Orientador : NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • ELISÂNGELA AFONSO DE MOURA KRETZSCHMAR
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 30/03/2022

  • Mostrar Resumo
  • O objetivo desse estudo foi encapsular ceftazidima e tobramicina em nanopartículas de zeína com e sem revestimento pela quitosana, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme. As nanopartículas foram sintetizadas pelo método de nanoprecipitação e revestidas por interação elestrostática, em seguida, foram caracterizadas e analisadas durante o armazenamento pelo tamanho de partícula (Ø), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ), pH e eficiência de encapsulação (%EE), além das caracterizações físico-químicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raio X (DRX), espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e termogravimetria (TGA). As nanopartículas revestidas tiveram a estabilidade analisada em meio pH gástrico (1,2) e intestinal (6,8) simulados, além da estabilidade a longo prazo. A cinética de liberação foi realizada pelo método de diálise em meio pH gástrico (1,2), intestinal (6,8) simulados e tampão salino-fosfato (pH 7,4), e o ensaio de citotoxicidade pelo método MTT utilizando linhagens de fibroblastos L929 e hepatócitos HEPG2. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) foram realizadas pelo método de microdiluição em caldo seguindo protocolo do Clinical and Laboratory Standards Institute. Os ensaios antibiofilme foram realizados pelo método de cristal violeta. As nanopartículas de zeína contento ceftazidima (CAZ-ZNP) e tobramicina (TOB-ZNP) apresentaram Ø entre 196,1 nm e 187,2 nm, PDI <0,1, ζ entre -31,4 ± 0,8 mV e -32,0 ± 1,5 mV, pH de 7,1 e %EE entre 83,94±0,4% e 59,76±0,3%. Enquanto as nanopartículas de zeína revestidas por quitosana contento ceftazidima (CAZ-ZNP-CH), tobramicina (TOB-ZNP-CH), e ceftazidima e tobramicina (CAZ-TOB-ZNP-CH) apresentaram Ø entre 314,6 nm e 330,6 nm, PDI ≤ 0,2, ζ entre +39,2 ± 0,7mV e +45,1 ± 1,0 mV,  pH de 5 e %EE entre 57,47 ± 0,5% e 87,28 ± 0,2%. As caracterizações por MEV, DRX, FTIR, DSC e TGA indicaram interações químicas entre os componentes da formulação, encapsulação dos fármacos e estabilidade térmica das nanopartículas. As nanopartículas apresentam estabilidade ao armazenamento durante 6 meses e estabilidade em meio pH gástrico e intestinal simulados. Os ensaios de cinética comprovaram a liberação controlada de CAZ e TOB encapsuladas em nanopartículas de zeina por 24h, e por 48h nas nanopartículas revestidas com quitosana. Os ensaios de citotoxidade comprovaram uma redução entre 9 e 25 vezes da citotoxicidade das nanopartículas comparado aos fármacos livres. CAZ-ZNP, TOB-ZNP, CAZ-ZNP-CH e TOB-ZNP-CH exibiram atividade antibacteriana, inibiram a formação do biofilme e erradicaram biofilmes de P. aeruginosa e K. pneumoniae resistentes, contudo, CAZ-ZNP+TOB-ZNP e CAZ-TOB-ZNP-CH apresentaram essas atividades biológicas potencializadas devido a combinação e co-encapsulação dos antibióticos. Assim, as nanopartículas desenvolvidas apresentam características físico-químicas ideiais para estudos in vivo, liberando os fármacos de forma controlada, reduzindo a citotoxicidade, potencializando a atividade antibacteriana e antibiofilme, tornado-se uma estratégia promissora para o tratamento de infecções bacterianas causadas por K. pneumoniae, E. coli e P. aeruginosa sensíveis e resistentesprodutoras de biofime.


  • Mostrar Abstract
  • As infecções bacterianas causadas por cepas resistentes produtoras de biofilme causam altos índices de morbimortalidade impactando negativamente na economia e na saúde pública mundial. O tratamento dessas infecções é oneroso e complexo devido ao espectro limitado de antimicrobianos eficazes, especialmente, para eliminar bacilos Gram-negativos (BGNs), como Acinetobacter baumannii, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa que causam infecções do trato urinário, do trato digestório, no sistema nervoso central, pneumonia, bacteremia, septicemias e infecções nas unidades de terapia intensiva (UTI). Em geral, para tratar essas infecções, utiliza-se a terapia combinada de β-lactâmicos, como a ceftazidima (CAZ), e aminoglicosídeos como a tobramicina (TOB), contudo esses fármacos apresentam limitações como baixa biodisponibilidade, níveis elevados de toxicidade e não apresentam formas farmacêuticas para administração pela via oral devido à sensibilidade a degradação pelas enzimas digestivas, a dificuldade de atravessar a barreira epitelial do intestino e de penetrar os biofilmes bacterianos. Com o objetivo de sobrepor essas limitações, encapsular CAZ e TOB em nanopartículas de zeína revestidas com quitosana torna-se uma alternativa promissora na utilização de partículas orais para liberação controlada de antimicrobianos no tratamento de infecções causadas por cepas de A. baumannii, K. pneumoniae, E. coli e P. aeruginosa. Assim, este estudo teve objetivo desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme de nanocarreadores poliméricos contendo antimicrobianos comerciais para uso pela via oral. As nanopartículas de zeína contendo ceftazidima e tobramicina (CAZ-ZNP, TOB-ZNP, TOB-CAZ-ZNP) e as nanopartículas de zeína revestidas com quitosana contendo ceftazidima e tobramicina (CAZ-ZNP-CH, TOB-ZNP-CH, TOB-CAZ-ZNP-CH) foram preparadas pelo método de nanoprecipitação e caracterizadas pelo tamanho de partícula (Ø), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ξ), pH e eficiência de encapsulação (EE%). A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e da concentração bactericida mínima (CBM) das nanopartículas frente as cepas Escherichia coli ATCC 25922 e H100407, Acinetobacter baumannii ATCC 19606, Klebsiella pneumoniae ATCC 13883, ATCC 700603, K25 A2, K26 A2, K29 A2, K31 A2 e K32 A2, e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, PA 19, PA 56 e PA 69 foi realizada pelo método de microdiluição em caldo de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute. Os ensaios de inibição da formação de biofilme e da erradicação do biofilme pré-formado foram realizados em concentrações subinibitórias e suprainibitórias, respectivamente, nas cepas classificadas como moderadamente e fortemente produtoras de biofilme através do método do cristal violeta. As CAZ-ZNP, TOB-ZNP, TOB-CAZ-ZNP apresentaram Ø variando de 187,2nm a 197,8nm, PDI variando de 0,032 a 0,053, ξ variando de -31,4 ± 0,8 mV a -37,4 ± 0,9 mV e pH variando entre 6,9 e 7,2. As CAZ-ZNP-CH, TOB-ZNP-CH, TOB-CAZ-ZNP-CH apresentaram Ø variando de 314,6 nm a 330,6 nm, PDI variando de 0,217 a 0,274, o ξ variando de +39,2 ± 0,7 mV a +45,1 ± 1,0 mV e pH variando entre 4,3 e 4,9. A EE% de CAZ e TOB nas nanopartículas variou de 67,81% a 87,28% e de 53,01% a 63,38%, respectivamente. Para as cepas testadas, as TOB-CAZ-ZNP e TOB-CAZ-ZNP-CH apresentaram maior potencial antibacteriano e antibiofilme. Elas apresentaram a menor CIM (0,195 µg/mL) frente a E. coli ATCC 25922, K. pneumoniae ATCC 13883e P. aeruginosa ATCC 27853 e a menor CBM (0,195 µg/mL) frente a E. coli ATCC 25922. As TOB-CAZ-ZNP e TOB-CAZ-ZNP-CH inibiram a formação de biofilme na concentração CIM entre 46% e 99% e eliminaram o biofilme na concentração 16xMIC entre 38% e 92% em todas a cepas testadas. Assim, ceftazidima e tobramicina encapsuladas em nanopartículas de zeína revestidas com quitosana apresentaram características físico-químicas apropriadas para aplicação in vivo via oral epossuem promissoras atividades antibacteriana e antibiofilme com potencial terapêutico para tratamento de infecções causadas por bacilos Gram-negativos.

10
  • GILBERTO HENRIQUE TELES GOMES DA SILVA
  • ASPECTOS FISIOGENÔMICOS DA PRODUÇÃO DE ACETATO E ETANOL NA REGULAÇÃO DO METABOLISMO RESPIRO-FERMENTATIVO DA LEVEDURA INDUSTRIAL DEKKERA BRUXELLENSIS

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MONICA MONTERO LOMELI
  • BORIS JUAN CARLOS UGARTE STAMBUK
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 30/03/2022

  • Mostrar Resumo
  • A levedura Dekkera bruxellensis, embora ainda fortemente associada a eventos de contaminação nos processos de produção de etanol combustível e de vinho, tem sido apresentada recentemente com grande potencial industrial. Vários estudos caracterizaram metabolicamente esta levedura e observaram fatores relacionados a esse papel como contaminante, bem como sua benéfica função em outros processos industriais, como é o caso da fermentação espontânea para produção da cerveja Belga Lambic. Essa levedura adquiriu características primordiais para seu estabelecimento e manutenção nas dornas de fermentação alcoólica, como a capacidade em suportar o elevado teor alcoólico do processo e a habilidade diferencial em assimilar o nitrato como fonte de nitrogênio. Para seguir caracterizando o metabolismo respiro-fermentativo de D. bruxellensis, o objetivo do presente estudo foi investigar fatores fisiogenômicos associados à produção de acetato e etanol, com ênfase no desvio da produção de acetil-CoA citosólico (o chamado Pdh bypass). Os resultados foram obtidos a partir de medidas fisiológicas e de expressão gênica em cultivos em meio sintético definido com diferentes combinações de fontes de carbono e nitrogênio, e na presença ou ausência do inibidor bioquímico da acetaldeído desidrogenase, chamado dissulfiram (DSF). Em geral, a presença de DSF diminuiu o crescimento da levedura em várias condições de cultivo, enquanto promoveu aumento na eficiência fermentativa da levedura. A eficiência na conversão em etanol na presença do inibidor ultrapassou 96% em alguns casos, representando incremento de 33% em relação à condição de referência. Esse resultado fisiológico foi acompanhado por um nível geral de aumento da expressão gênica relativa dos genes alvos (PFK1, FBP1, PDC1, ADH1, ALD3, ALD5, IDH1, SDH1 e ATP1). Os dados indicam, por exemplo, que o acetato pode fluir da mitocôndria e restabelecer as necessidades citosólicas quando a enzima acetaldeído desidrogenase (Ald3p) é bloqueada. Diferente do seu epímero glicose, a galactose foi metabolizada exclusivamente pela via respiratória em D. bruxellensis GDB 248 e a utilização dessa fonte de carbono na presença de nitrato indica que o desvio metabólico da produção de acetil-CoA (Pdh bypass) é o principal caminho nesta levedura para o aporte de equivalentes redutores NAPDH para a redução do nitrato a amônio. Além disso, também foi identificado que o antioxidante N-acetilcisteína restaura os crescimentos de D. bruxellensis frente aos efeitos metabólicos exercidos pelo DSF. Adicionalmente, a eficiência fermentativa de D. bruxellensis aumenta quando a sacarose é utilizada como fonte única de carbono, independentemente da fonte de nitrogênio. Possivelmente a frutose liberada de sua hidrólise deve estar exercendo um efeito regulatório importante no metabolismo da levedura, principalmente no desvio do carbono pela via das pentoses fosfato. Outros aspectos genéticos e fisiológicos de D. bruxellensis são discutidos e contribuem para o entendimento de fatores diferenciais para a manutenção industrial e capacidade fermentativa desse microrganismo



  • Mostrar Abstract
  • Dekkera bruxellensis é uma levedura com grande potencial industrial, sendo associada a eventos de contaminação no processo de produção de bioetanol e de vinho. No decorrer dos anos, vários estudos caracterizaram metabolicamente esta levedura e observaram fatores relacionados a esse papel como contaminante, bem como sua benéfica função em outros processos industriais, como é o caso da produção da cerveja Belga Lambic. Ao longo do curso evolutivo, essa levedura adquiriu características primordiais para seu estabelecimento e manutenção nas dornas de fermentação alcoólica, como por exemplo, a capacidade em produzir etanol mesmo em condições de aerobiose, a habilidade em suportar o elevado teor alcoólico do processo e a capacidade em assimilar o nitrato como fonte de nitrogênio, característica essencial quando é esgotado o aporte de amônia presente no caldo de cana-de-açucar. Apesar disso, outros aspectos do seu metabolismo necessitam de entendimento, como é o caso da produção de acetato pela levedura. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi investigar fatores associados à produção de acetato pela levedura D. bruxellensis, observando como essa disponibilidade iria influenciar na capacidade em produzir etanol pelo seu metabolismo. Além disso, identificar os mecanismos genéticos associados a esses eventos fisiológicos. Como resultados, foi mostrado que a presença do inibidor bioquímico de acetato, dissulfiram, retardou o crescimento da levedura em diversas condições respiro-fermentativas. Adicionalmente, análises genéticas e fisiológicas mostraram expressão aumentada de genes chaves do metabolismo respiro-fermentativo, depleção de acetato citosólico com a utilização do inibidor, aumento do fluxo metabólico para produção de etanol pela levedura, bem como a identificação do mecanismo de saída do acetato das mitocôndrias de D. bruxellensis.

11
  • FLÁVIA MORGANA MONTEIRO
  • Efeitos nas hidrolises e potencial genotóxico de cianotoxinas em peixes-zebra (Danio rerio - Hamilton, 1822). E

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIANA DOS SANTOS SEVERIANO
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • RAFAEL DAVID SOUTO DE AZEVEDO
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 04/04/2022

  • Mostrar Resumo
  • Devido às mudanças climáticas e a interferência de ações antropogênicas, florações de cianobactérias tornaram-se comuns em ambientes aquáticos em todo o mundo, conferindo cor, odor e sabor desagradáveis à água, acarretando uma série de problemas para o abastecimento público. Entretanto, um aspecto bastante relevante das florações é que elas representam potencial risco para os animais, inclusive, os seres humanos, pelo fato de produzirem compostos tóxicos que comprometem a qualidade da água. A fim de minimizar o risco de exposição às cianotoxinas (microcistina-LR, cilindrospermopsina, saxitoxina e anatoxina-a), e confirmando a necessidade de se estabelecer um monitoramento para garantir a segurança, a OMS (Organização Mundial da Saúde) desenvolveu um quadro de recomendações para o manejo de toxinas de algas em águas potáveis e recreativas, com valores máximos permitidos de cianotoxinas. Nesse sentido, o estudo objetivou avaliar as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas microcistina-LR, cilindrospermopsina, saxitoxina e anatoxina, bem como, compreender mecanismos de toxicidade neurológicas, digestivas e genotóxicas ocasionados por essas cianotoxinas. Assim, no 1º capítulo foi realizado um estudo de revisão sobre as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas: bioensaios com organismos modelos, ensaio de inibição da proteína fosfatase (PPIA) ou o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Esses métodos bioanalíticos, de maneira geral,  verificam os efeitos tóxicos da amostra, através da resposta analítica da presença ou ausência da cianotoxina. Dentre essas técnicas, o ensaio imunoenzimático (ELISA) é o mais comumente utilizado, no entanto, esse método não é tão eficaz na detecção de toxinas como a saxitoxina e cilindrospermopsina. O método ELISA pode subestimar a concentração de saxitoxina presente quando mais de uma variante se faz presente, em relação a cilindrospermopsina, durante o uso dessa técnica, pode ocorrer uma incerteza na detecção da toxina CYN quando desoxi-CYN ou 7-epi-CYN estiver presente. Diante disso, é de extrema importância abordagens analíticas de alto rendimento capazes de quantificar toxinas multiclasses em matrizes ambientais, e assim direcionar para um tratamento mais eficaz da água de reservatórios destinados ao abastecimento público. No 2º capítulo foi avaliado os possíveis impactos neurológicos, digestivos e genotóxicos das cianotoxinas (MC-LR, CYN, STX, ATX) em concentrações ambientalmente relevantes e em valores máximos permitidos (VMP), utilizando o peixe-zebra como organismo modelo. Os resultados aqui apresentados fornecem boa correspondência com as respostas em humanos, tendo em vista, que esta espécie apresenta grande similaridade genômica humana. Então, foi observado que a exposição as cianotoxinas (MC-LR, CYN, STX, ATX) nas concentrações testadas (0.5, 1, 2.5, 5, 10, 15, 20, 25 µg/L) induziu efeitos bioquímicos e genotóxicos no sistema nervoso e digestivo do peixe-zebra, além disso, os resultados aqui encontrados servem como alerta e gatilhos para novos estudos no que diz respeito aos níveis de toxinas permitidos pela legislação na água usada para abastecimento público.


  • Mostrar Abstract
  • Devido às mudanças climáticas e a interferência de ações antropogênicas, florações de cianobactérias tornaram-se comuns em ambientes aquáticos em todo o mundo, conferindo cor, odor e sabor diferenciado à água, acarretando uma série de problemas para o abastecimento público. Entretanto, um aspecto bastante relevante das florações é que elas representam potencial risco para os animais, inclusive, os seres humanos, pelo fato de produzirem compostos tóxicos que comprometem a qualidade dos recursos hídricos. As cianotoxinas são alguns dos metabólitos secundários produzidos pelas cianobactérias, que compõem várias classes com propriedades físico-químicas, estruturais e mecanismos de ações toxicológicas diferentes. Diante dessas circunstâncias, os efeitos tóxicos das cianotoxinas vêm sendo estudados, principalmente aqueles causados pelas chamadas hepatotoxinas, como a microcistina (MC) e a cilindrospermopsina (CYN), porém, os efeitos causados por toxinas neurológicas como a saxitoxina (STX) e anatoxina (ATX) ainda são bastante escassos. Por isso, novos estudos abordando efeitos das cianotoxinas em organismo modelo como o peixe-zebra permitirá a obtenção de importantes informações sobre os possíveis impactos neurológicos e intestinais que os organismos aquáticos possam estar submetidos em eventos de floração de cianobactérias. Além disso, teremos bons resultados em correspondência com as respostas em humanos, tendo em vista, que esta espécie apresenta grande similaridade genômica humana. Dessa forma, o presente trabalho pretende avaliar a toxicidade das cianotoxinas microcistina-LR, cilindrospermopsina, saxitoxina e anatoxina utilizando o peixe-zebra como modelo para estudos teratogênicos e de desordens metabólicas

12
  • JOELSON GERMANO CRISPIM
  • EFEITOS DA SUPEREXPRESSÃO DE GENES VuWRKY DO FEIJÃO-CAUPI EM Arabidopsis SOB ESTRESSES ABIÓTICOS

  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • MITALLE KAREN DA SILVA MATOS
  • NATONIEL FRANKLIN DE MELO
  • Data: 20/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • O presente trabalho caracterizou os efeitos da superexperessão de dois genes WRKY de Vigna unguiculata, VuWRKY21 e VuWRKY87, sob condições de estresse salino em plantas transgências de Arabisopsis, eos efeitos da superexpressão do gene VuWRKY21 em Arabidopsis após déficit hídrico (DH). Após estresse salino, as linhagens VuWRKY21-OE ou VuWRKY87-OE apresentaram modulação positiva por qPCR de seis genes envolvidos nas vias de sinalização em resposta ao estress em Arabidopsis, incluindo AtP5CS1, AtNHX1, AtRD29A, AtSOS3, AtSOS2 e AtSOS1. Adicionalmente, as linhagens transgênicas apresentaram menor teor de H2O2 e maiores teores de SOD e CAT nos tempos iniciais do estresse. Plantas VuWRKY21-OE e plantas selvagens (WT), foram submetidas ao estresse por DH, considerando-se três grupos: i) controle, ii) reidratado, ii) tratado. Foram avaliados parâmetros fisiológicos e bioquímicos. As plantas transformadas apresentaram maiores médias de NF, DR e PR, assim como maior atividade de CAT (60 % e 120%, nos grupos DH e reidratado, respectivamente) e da SOD (70%, após reidratação) em relação às plantas WT. Plantas transformadas também mostraram um teor de proteínas totais duas vezes maior na condição DH. Por outro lado, os teores de H2O2 foram 20% superiores nas plantas WT em ambas as condições. Esses resultados sugerem que a superexpressão de ambos os genes VuWRKY em Arabidopsis ativou a expressão de genes envolvidos em mecanismos de tolerância à salinidade. Além disso, os resultados demonstraram uma melhoria nos parâmetros fisiológicos e bioquímicos de Arabidopsis superexpressando o gene VuWRKY21, constatando a importância desse gene nos mecanismos de tolerância ao déficit hídrico.







  • Mostrar Abstract
  • O feijão-caupi destaca-se dentre as leguminosas de importância agrícola por ser uma excelente fonte proteica e apresentar relativa tolerância a condições adversas, incluindo o estresse salino. O presente trabalho teve por objetivo analisar os efeitos da superexpressão do gene VuWRKY21 do feijão-caupiem linhagens de Arabidopsis thaliana sob estresse salino, na ativação de genes alvos, visando à compreensão dos mecanismos de tolerância ao sal. Foram avaliados parâmetros fisiológicos, bioquímicos e proteínas e a expressão (qPCR) de um conjunto de genes relacionados ao estresse. Linhagens de Arabidopsis superexpressando o gene VuWRKY21 (L1, L2 e L3) e selvagem (WT), foram submetidas ao estresse salino (200 mM de NaCl) por 1, 2, 4 e 8 h. Os valores de atividade da SOD e de CAT e o acúmulo de proteínas totais foram maiores nas linhagens transgênicas quando comparados a WT, enquanto o conteúdo de H2O2 foi comparativamente menor. De modo geral, os genes AtP5CS1, AtRD29A e AtNHX1 apresentaram precocemente maiores níveis de expressão nas linhagens transgênicas quando comparados às plantas WT. Para os genes da via SOS, AtSOS3, foi upregulated em L1 e L3 (2 h) e em WT (1 e 4 h), enquanto AtSOS2 foi upregulated em L1 (2 h) e em WT (1 e 4 h). Os resultados indicam que a superexpressão do gene VuWRKY21 atua na regulação positiva de genes envolvidos nos mecanismos de tolerância ao estresse salino, presentes nas vias de sinalização e defesa, dependente e independente ABA.


13
  • DANIELLI BATISTA BEZERRA CAJUEIRO
  • Ancoragem de antígenos virais na superfície celular de Saccharomyces cerevisiae

  • Orientador : DIOGO ARDAILLON SIMOES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RITA DE CASSIA CARVALHO MAIA
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • DIOGO ARDAILLON SIMOES
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 23/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • A produção de proteínas recombinantes em sistemas de expressão heteróloga utilizando a levedura Saccharomycescerevisiae tem sido largamente empregada pela facilidade de manipulação genética e de cultivo das células, sua capacidade de realizar modificações pós-traducionais tipicamente associadas a eucariotos superiores e pela possibilidade de crescimento em altas densidades celulares. Além dessas vantagens, é possível utilizar em S. cerevisiae sistemas de ancoragem de proteínas à superfície da levedura como forma alternativa de secretar, selecionar e purificar as proteínas heterólogas produzidas. Tal abordagem pode ser empregada no desenvolvimento de vacinas e imunoreagentes, uma vez que a exposição de epítopos na superfície da levedura se mostra uma ferramenta eficiente tanto para a apresentação de antígenos ao sistema imune, como também para a triagem de anticorpos. Este trabalho pretende construir linhagens recombinantes de S. cerevisiae úteis para o desenvolvimento de vacinas e imunoreagentes, adotando como exemplos de aplicação proteínas relacionadas ao papilomavírus humano (HPV) e ao vírus da imunodeficiência humana (HIV).


  • Mostrar Abstract
  • APLICAÇÃO DE UMA PLATAFORMA DE MODIFICAÇÕES DE Saccharomyces cerevisiae BASEADA EM CRISPR/Cas9 PARA O DESENVOLVIMENTO DE IMUNOREAGENTES E VACINAS ANCORADAS À SUPERFÍCIE CELULAR

14
  • ANDERSON RODRIGUES BALBINO DE LIMA
  • Uso de marcadores biológicos em Mugil curema; Valenciennes, 1836 (Actinopterygii: Mugilidae) no diagnóstico ambiental de estuários da região nordeste do brasil
  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • NÉDIA DE CASTILHOS GHISI
  • DIEGO DE SOUZA BUARQUE
  • GLAUBER PEREIRA DE CARVALHO SANTOS
  • Data: 30/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • O crescente desenvolvimento industrial e a rápida urbanização em regiões próximas de recursos hídricos têm contribuído de maneira alarmante com a introdução de compostos químicos prejudiciais à saúde ambiental e das espécies. Nas últimas décadas, os ecossistemas aquáticos têm sido alterados de maneira significativa em função de múltiplos impactos ambientais advindos do lançamento de grandes quantidades de efluentes sem tratamento adequado e/ou com intensidade, em concentração e características discordantes dos padrões estabelecidos em legislação. No nordeste do Brasil, os grandes centros urbanos localizam-se nas regiões costeiras próximos a ambientes estuarinos. Como consequência, estes ambientes têm sofrido uma grande intervenção ambiental, decorrente da descarga de efluentes produzidos pela intensa atividade humana. Esses compostos podem induzir nas espécies que utilizam os estuários de forma transitória ou definitiva uma série de alterações genéticas, bioquímicas e histológicas, podendo assim comprometer a adaptabilidade e sobrevivência dessas espécies neste ecossistema. O objetivo deste trabalho foi realizar o biomonitoramento de seis sistemas estuarinos da região nordeste do Brasil, por meio de marcadores enzimáticos, histológicos e genotóxicos da espécie M. curema. As coletas ocorreram de forma semestral (Inverno – Verão) durante os anos de 2019 e 2020 em seis sistemas estuarinos distribuídos nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Para os dados de genotoxicidade amostra controle foi utilizada da estação ecológica da Juréia-Itatins (Litoral Sul do Estado de São Paulo) conforme dados da literatura. Em cada um dos estuários uma média de 8 espécimes de M. curema foram capturados, das quais foi coletado sangue para realização dos ensaios genotóxicos (Teste do Micronúcleo – MN e Ensaio Cometa – EC). Em seguida foram retirados tecidos (cérebro) para análise das atividades das enzimas colinesterases (ChEs). Concomitantemente tecidos das brânquias e fígado foram retirados para analise histológica. Os resultados das atividades realizadas demonstram que os estuários do Nordeste do Brasil encontram-se fortemente impactados e que as Áreas de Proteção Ambiental tem sido pouco efetivas na proteção da biodiversidade do ecossistema estuarino. Foi observado efeito da sazonalidade nos padrões de contaminação dos estuários, indicando que as diferentes dinâmicas de fluxo hídrico entre o inverno e o verão exercem efeito direto na expressão dos biomarcadores.  



  • Mostrar Abstract
  • N/D

15
  • MARIANA RODRIGUES XAVIER
  • A DEFESA DA LEVEDURA DEKKERA BRUXELLENSIS CONTRA ESTRESSE OXIDATIVO

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • DIEGO BONATTO
  • SANDRA REGINA CECCATO ANTONINI
  • Data: 17/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • A levedura Dekkera bruxellensis utilizada neste trabalho foi isolada do processo industrial de produção de etanol combustível. Desde então vem sendo estudada para se compreender os mecanismos celulares e moleculares de sua adaptação àquele ambiente, principalmente aquele relacionado com a tolerância a estresse. Em face do exposto, o presente trabalho teve como objetivo estudar o mecanismo de defesa de D. bruxellensis contra estresse oxidativo usando peróxido de hidrogênio como modelo. Os resultados de concentração mínima inibitória e concentração mínima biocida mostraram que D. bruxellensis é mais sensível a estresse oxidativo do que Saccharomyces cerevisiae. Isso é decorrente da ausência de produção de proteínas sulfidriladas nas células cultivadas em glicose e amônio, que é não revertida pela adição de glutationa no meio de cultivo. Essas proteínas são produzidas quando a fonte de carbono é exclusivamente respirável, tornando as células resistentes. Os dados são corroborados pela indução dos genes GPX e SOD. Em nitrato, esse mecanismo de defesa é inibido, tornando as células novamente sensíveis. A ausência de indução de tolerância pela restrição calórica e pelo pré-tratamento com doses subletais indicou que não há sistema de indução de tolerância nessa levedura. Por fim, experimentos com o uso de inibidores das quinases das vias PKA e TOR, reguladoras do crescimento celular, revelaram que esse mecanismo de defesa antioxidante depende principalmente do mecanismo regulatório da via TOR e permitiram a proposição de um modelo regulatório ainda que preliminar sobre o controle do mecanismo de defesa antioxidante em D. bruxellensis dependente do sistema Sod-Gpx-tiorredoxina.


  • Mostrar Abstract
  • Dekkera bruxellensis é uma espécie de levedura associada a processos fermentativos industriais, especialmente na produção de cervejas, vinhos e etanol combustível. Contudo, D. bruxellensis não pode ser classificada como um micro-organismo industrial comum, visto que é principalmente apontado como uma espécie contaminante. Nesse cenário, a contaminação ocorre por D. bruxellensis competir com Saccharomyces cerevisiae pelo açúcar presente no substrato industrial, levando a diminuição do rendimento e produtividade do etanol. Apesar de ser considerada contaminante, esta leveduratambém é capaz de produzir etanol por fermentação alcoólica. Estudos recentes revelaram, que D. bruxellensis apresenta menor produtividade de etanol que S. cerevisiae, provavelmente devido a uma mudança do metabolismo fermentativo para o respiratório. Essa possível mudança é responsável por uma grande reprogramação metabólica, na qual a fermentação não é mais preferencial e a produção de etanol é diminuída. Portanto, o presente estudo pretende caracterizar o metabolismo oxidativo em Dekkera bruxellensis, identificando os fatores que desencadeiam a transição entre os metabolismos fermentativo e respiratório. A linhagem industrial Saccharomyces cerevisiae JP1 foi utilizada como referência. O teste de susceptibilidade indicou a concentração inibitória mínima (CIM) do H2O2 de 1,5 mM, sem inibição do crescimento na concentração de 4,0 mM para S. cerevisiae JP1. O mesmo foi efeito de sensibilidade foi observado no ensaio de viabilidade celular para ambas as leveduras em H2O2. Os resultados mostraram que a fonte de carbono influenciou a resposta de D. bruxellensis em reposta ao estresse oxidativo. A levedura D. bruxellensis GDB248 manteve a viabilidade até 1 mM em glicose (fonte respiro fermentativa) e o cultivo em fontes estritamente respirável (Citrato, galactose e glicerol) tornou as células mais tolerantes ao H2O2, com crescimento em até 3mM. Este efeito é justificado pela ativação de uma reprogramação para o aumento na expressão de genes e síntese de proteínas e enzimas antioxidantes que irão atuar na proteção da oxidação de substratos. Quando o Nitrato foi utilizado como fonte de nitrogênio, foi observado um aumentou na sensibilidade das células ao H2O2 em todas as fontes de carbono testadas, quando comparado a amônio, devido ao aumento da demanda energética gerada para assimilação do nitrato, provocando um desvio na capacidade redutora da célula. O conteúdo de tióis livres foi quantificado no extrato das células cultivadas em fontes tanto respiráveis como respiro-fermentativa. Em glicose, não houve diferença entre a concentração de grupos tióis totais e de tióis não-proteicos. Já nas respiráveis mostrou um decréscimo no conteúdo de GSH. Isto é resultado do processo de detoxificação dos EROs oriundos da elevada atividade mitocondrial em metabolismo respiratório. Foi possível perceber que a levedura D. bruxellensis GDB248 apresenta o dobro do conteúdo de tióis livres comparado a levedura S. cerevisiae JP1. Contudo, a presença deste maior potencial redutor não significa dizer que é para combater a produção de EROs e sim para restaurar o que já foi oxidado pelo metabolismo normal da levedura de tendência oxidativa. 


16
  • MARIA ROSANA DE SOUZA FERREIRA
  • ICONCENTRAÇÕES DE CGRP, OCITOCINA E OXÍDO NÍTRICO NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO DE PACIENTES COM MIGRÂNEA

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIO FERNANDO PRIETO PERES
  • ARÃO BELITARDO DE OLIVEIRA
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • JULIANA RAMOS DE ANDRADE
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • Data: 21/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • A migrânea, doença neurológica mais prevalente no mundo, é caracterizada por crises de dor de cabeça unilateral e latejante, com sensibilidade visual, auditiva e ao movimento. Uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, a migrânea gera gastos sanitários anuais estimados em mais de US$ 20 bilhões. Várias moléculas estão envolvidas nas crises de migrânea, gerando a ativação de algumas estruturas, particularmente da dura-máter. As moléculas que estão envolvidas nas crises de migrânea podem estar circulando no LCR, dada sua circulação por todas as estruturas do sistema nervoso central. Com isso, objetivou-se mensurar as concentrações de CGRP, ocitocina e óxido nítrico no LCR de pacientes que iriam passar pela punção de lombar para procedimentos de rotina. Os grupos foram divididos em pacientes com migrânea e do grupo controle, de ambos os sexos. As amostras foram coletadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. A quantificação das moléculas foi realizada através de Elisa, radioimunoensaio e quimiluminescência. Não foram observadas diferenças significativas nos níveis das moléculas analisadas entre homens e mulheres com migrânea. Vários fatores estão envolvidos na migrânea, embora o NO e CGRP estejam envolvidos no mecanismo de ativação da migrânea, os níveis dessas moléculas não foram significativamente diferentes no LCR, assim como os níveis de ocitocina, que atua como modulador da dor.


  • Mostrar Abstract
  • A enxaqueca, doença neurológica mais prevalente no mundo, é caracterizada por ataques de dor de cabeça unilateral e latejante, com sensibilidade visual, auditiva e ao movimento. Uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, a enxaqueca gera gastos sanitários anuais estimados em mais de US$ 20 bilhões. Várias moléculas estão envolvidas nos ataques de enxaqueca, gerando a ativação de algumas estruturas, particularmente da dura-máter. As moléculas que estão envolvidas nos ataques de enxaqueca podem estar circulando no LCR, dada sua circulação por todas as estruturas do sistema nervoso central. Com o surgimento do SARS-CoV-2 em 2019, notou-se sintomas compatíveis com a enxaqueca, levando a necessidade de investigar a presença do vírus no LCR. Com isso, objetivou-se mensurar as concentrações do CGRP, ocitocina e óxido nítrico e avaliar a expressão gênica de SARS-CoV-2 no LCR, além de otimizar protocolos comerciais de extração de RNA da dura-máter. Foram coletadas 76 amostras de LCR, de pacientes que iriam passar pela punção de lombar para procedimentos de rotina. Os grupos foram divididos em pacientes com enxaqueca, com covid-19 e do grupo controle, de ambos os sexos. As amostras foram coletadas no Hospital das Clinicas e no Laboratório Fernando Travassos. A quantificação das moléculas foi realizada através de Elisa, radioimunoensaio e quimiluminescência. Para realizar a otimização do protocolo de extração de RNA da dura-máter, as amostras foram obtidas de ratos Wistar e mantidas em dois estabilizadores diferentes. As amostras foram purificadas em quatro protocolos diferentes e o RNA foi avaliado quanto ao rendimento e pureza no NanoDrop 2000. O gene da beta-actina foi utilizado para analisar a expressão gênica. Houve diferença significativa na quantificação do oxido nítrico entre homens e mulheres com enxaqueca. Também foi significativamente diferente a comparação entre o grupo controle e os indivíduos com enxaqueca, em relação ao oxido nítrico. Com relação ao CGRP, houve diferença significativa na comparação entre homens e mulheres com enxaqueca. Na extração de RNA da dura-máter, a preservação do RNA foi semelhante em ambos os estabilizadores. O RNA purificado pelos protocolos baseados em membrana apresentou qualidade superior ao da purificação líquido-líquido. Este impacto foi observado na avaliação de três semanas usando RT-qPCR.


17
  • RODRIGO CESAR ABREU DE AQUINO
  • RESPOSTA IMUNOLÓGICA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EXPOSTOS A PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID-19



  • Orientador : CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • EVONIO DE BARROS CAMPELO JUNIOR
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • Data: 30/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • O estudo descreve as características clínicas, laboratoriais e imunológicas da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de um hospital no Nordeste do Brasil antes da fase de vacinação. Para isso, foram investigados 50 profissionais que trabalharam durante a pandemia de COVID-19 com pacientes infectados. Dados sociodemográficos, clínicos e epidemiológicos foram obtidos para caracterização da população. Amostras de sangue foram coletadas e utilizadas para investigação de parâmetros laboratoriais e imunológicos. Os resultados mostraram que a maioria dos trabalhadores são mulheres, com idade superior a 50 anos, e atuavam como técnicos de enfermagem. Aproximadamente 56% dos trabalhadores, predominantemente assintomáticos, foram considerados positivos pelos testes RT-PCR e/ou anti-SARS-CoV-2-imunoglobulina, apresentaram aumento dos níveis de hematócrito, neutrófilos, linfócitos NK e fibrinogênio, sugerindo um quadro inflamatório pulmonar leve status. Os achados imunológicos também mostraram um aumento na produção de IL-17 e um perfil Th2/Th17/Th22 seguido de alta sorologia para IgM e IgG anti-SARS-CoV-2. Esses dados revelam a importância de estudos com profissionais de saúde para investigar se a exposição contínua ao vírus pode resultar em ativação crônica do sistema imunológico e/ou dano pulmonar nesse grupo-alvo.



  • Mostrar Abstract
  • O estudo descreve as características clínicas, laboratoriais e imunológicas da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de um hospital no Nordeste do Brasil antes da fase de vacinação. Para isso, foram investigados 50 profissionais que trabalharam durante a pandemia de COVID-19 com pacientes infectados. Dados sociodemográficos, clínicos e epidemiológicos foram obtidos para caracterização da população. Amostras de sangue foram coletadas e utilizadas para investigação de parâmetros laboratoriais e imunológicos. Os resultados mostraram que a maioria dos trabalhadores são mulheres, com idade superior a 50 anos, e atuavam como técnicos de enfermagem. Aproximadamente 56% dos trabalhadores, predominantemente assintomáticos, foram considerados positivos pelos testes RT-PCR e/ou anti-SARS-CoV-2-imunoglobulina, apresentaram aumento dos níveis de hematócrito, neutrófilos, linfócitos NK e fibrinogênio, sugerindo um quadro inflamatório pulmonar leve status. Os achados imunológicos também mostraram um aumento na produção de IL-17 e um perfil Th2/Th17/Th22 seguido de alta sorologia para IgM e IgG anti-SARS-CoV-2. Esses dados revelam a importância de estudos com profissionais de saúde para investigar se a exposição contínua ao vírus pode resultar em ativação crônica do sistema imunológico e/ou dano pulmonar nesse grupo-alvo.

18
  • SERGIO DIAS DA COSTA JÚNIOR
  • DIVERSIDADE FENOTÍPICA E GENÉTICA DE CEPAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE LEITE BOVINO, Caracara plancus E ISOLADOS CLÍNICOS: UMA ABORDAGEM One Health

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ARTHUR WILLIAN DE LIMA BRASIL
  • MARIA AMELIA VIEIRA MACIEL
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • SIVONEIDE MARIA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 13/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • Microrganismos causadores de doenças zoonóticas, infecções humanas e síndromes alimentares, estão entre os principais alvos de estudos que utilizam a abordagem One health. A alta prevalência de cepas de Escherichia coli como agente colonizador ou patogênico no ambiente em geral e o impacto dessa espécie bacteriana na saúde humana, estão associados à importância desse microrganismo como biomarcador da disseminação da Resistência Antimicrobiana (RAM). Além disso, este microrganismo possui alta eficiência na regulação e aquisição de genes que codificam mecanismos de resistência aos antimicrobianos, principalmente sob a pressão seletiva desencadeada pelo uso de antimicrobianos, bem como alta prevalência de resistência aos betalactâmicos e polimixinas. O presente estudo apresentou duas abordagens: 1. revisão do estado-da-arte sobre a disseminação de cepas resistentes à polimixina em diferentes espécimes biológicos e a emergência do gene mcr no Brasil; e 2. análise experimental que avaliou a dinâmica de dispersão de bactérias resistentes de E. coli no ambiente (amostras de leite bovino cru), na saúde humana (isolados clínicos de infecções hospitalares) e em animais (aves da espécie Caracara plancus), e caracterização do fenótipo e genótipo desses microrganismos. Neste estudo foram obtidos 188 isolados bacterianos provenientes de 87 swabs obtidos da cloaca de C. plancus e de 20 amostras de leite cru, além de 26 isolados clínicos de origem hospitalar. Os microrganismos foram obtidos dos estados da Bahia (amostras de C. plancus) e Paraíba (amostras de leite e isolados clínicos) durante os anos de 2019, 2021 e 2022. As bactérias foram caracterizadas quanto a fermentação de lactose e morfologia das colônias em meio MacConkey e identificadas molecularmente pela Matrix Assisted Laser Desorption Ionization - Time Of Flight (MALDI-TOF). Após esta triagem, colônias da espécie foram submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, de acordo com o protocolo do Clinical Laboratory and Stanrd Institute (CLSI). Posteriormente foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para detecção de 26 genes de betalactamases e do gene de resistência à colistina mediada por plásmideo. A Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus – PCR (ERIC-PCR) foi utilizada para determinar o perfil clonal dos isolados. Por fim, foram aplicados e comparados os métodos de coloração com Cristal Violenta (CV) e crescimento em meio vermelho-congo para analisar a capacidade de produção de biofilme. Como primeiro resultado, foram obtidos dois
    artigos de revisão contemplando os temas: “Disseminação da resistência à polimixina no ambiente” e “Bacilos Gram-Negativos carreando o gene mcr no Brasil”. Como resultados experimentais iniciais foram obtidos 104 microrganismos de C. plancus e 84 nas amostras de leite cru, nos quais E. coli representou 37,5% (n=39) e 13,4% (n=11), respectivamente. Entre as cepas de E. coli de aves 15,4% (6/39) foram produtoras de Betalactamases de Espectro Estendido (ESBL), em leite 36,3% (4/11) e nos isolados clínicos 23.1% (6/26). O gene bla CTX-M-1/2 foi o mais prevalente entre as amostras de diferentes origens, apresentando incidência de 18% (7/39), 18,1% (2/11) e 23,1% (6/26) nas amostras de C. plancus, leite cru e clínicas, respectivamente. É importante destacar que o estudo reporta o primeiro caso de E. coli portadora de bla KPC com susceptibilidade
    aos carbapenéns em amostras de origem animal e do determinante genético bla NDM em isolados do estado da Paraíba, Brasil. Não foram detectadas cepas portadoras do gene mcr-1 em nenhuma das amostras investigadas. A proporção de cepas produtora de biofilme foi semelhante entre os isolados clínicos (73,1%, n=19) e de aves (74,3%, n=39), no entanto apresentou incidência menor entre as cepas de leite cru (45,4%, n=5). O resultado da genotipagem demonstrou a disseminação de cepas portadoras de genes de resistência aos betalactâmicos em diferentes aves, em diferentes amostras de leite (provenientes de tanques distintos) e em diferentes pacientes no ambiente hospitalar. Este estudo identificou a dispersão de alguns determinantes de resistência em populações de E. coli nos estados da Bahia e Paraíba, e revelou a importância do monitoramento dessa bactéria na disseminação da RAM nos locais investigados. Os dados obtidos são preocupantes e demonstram a necessidade de pesquisas adicionais baseadas nessa perspectiva One Health para o enfrentamento a RAM, principalmente, relacionada à disseminação de cepas de E. coli produtoras de CTX-M em animais, alimentos e isolados clínicos humanos.


  • Mostrar Abstract
  • Microrganismos causadores de doenças zoonóticas, infecções humanas e síndromes alimentares, estão entre os principais alvos de estudos que utilizam a abordagem One health. A alta prevalência de cepas de Escherichia coli como agente colonizador ou patogênico no ambiente em geral e o impacto dessa espécie bacteriana na saúde humana, estão associados à importância desse microrganismo como biomarcador da disseminação da Resistência Antimicrobiana (RAM). Além disso, este microrganismo possui alta eficiência na regulação e aquisição de genes que codificam mecanismos de resistência aos antimicrobianos, principalmente sob a pressão seletiva desencadeada pelo uso de antimicrobianos, bem como alta prevalência de resistência aos betalactâmicos e polimixinas. O presente estudo apresentou duas abordagens: 1. revisão do estado-da-arte sobre a disseminação de cepas resistentes à polimixina em diferentes espécimes biológicos e a emergência do gene mcr no Brasil; e 2.  análise experimental que avaliou a dinâmica de dispersão de bactérias resistentes de E. coli no ambiente (amostras de leite bovino cru), na saúde humana (isolados clínicos de infecções hospitalares) e em animais (aves da espécie Caracara plancus), e caracterização do fenótipo e genótipo desses microrganismos. Neste estudo foram obtidos 188 isolados bacterianos provenientes de 87 swabs obtidos da cloaca de C. plancus e de 20 amostras de leite cru e 26 isolados clínicos de origem hospitalar. Os microrganismos foram obtidos dos estados da Bahia (amostras de C. plancus) e Paraíba (amostras de leite e isolados clínicos) durante os anos de 2019, 2021 e 2022. As bactérias foram caracterizadas quanto a fermentação de lactose e morfologia das colônias em meio MacConkey e identificadas molecularmente pela Matrix Assisted Laser Desorption Ionization - Time Of Flight (MALDI-TOF). Após esta triagem, colônias da espécie foram submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, de acordo com o protocolo do Clinical Laboratory and Stanrd Institute (CLSI). Posteriormente foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para detecção de 26 genes de betalactamases e do gene de resistência à colistina mediada por plásmideo. A Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus – PCR (ERIC-PCR) foi utilizada para determinar o perfil clonal dos isolados. Por fim, foram aplicados e comparados os métodos de coloração com Cristal Violenta (CV) e crescimento em meio vermelho-congo para analisar a capacidade de produção de biofilme. Como primeiro resultado, foram obtidos dois artigos de revisão contemplando os temas: “disseminação da resistência à polimixina no ambiente” e “bacilos Gram-Negativos carreando o gene mcr no Brasil”. Como resultados experimentais iniciais foram obtidos 104 microrganismos de C. plancus e 84 nas amostras de leite cru, nos quais E. coli representou 37.5% (n=39) e 13.4% (n=11), respectivamente. Entre as cepas de E. coli de aves 15.4% (6/39) foram produtoras de Betalactamases de Espectro Estendido (ESBL), em leite 36.3% (4/11) e nos isolados clínicos 23.1% (6/26). O gene blaCTX-M-1/2 foi o mais prevalente entre as amostras de diferentes origens, apresentando incidência de 18% (7/39), 18.1 (2/11) e 23.1% (6/26) nas amostras de C. plancus, leite cru e clínicas, respectivamente. É importante destacar que o estudo reporta o primeiro caso de E. coli portadora de blaKPC com susceptibilidade aos carbapenéns em amostras de origem animal e do determinante genético blaNDM em isolados do estado da Paraíba, Brasil. Não foram detectadas cepas portadoras do gene mcr-1 em nenhuma das amostras investigadas. A proporção de cepas produtora de biofilme foi semelhante entre os isolados clínicos (73.1%, n=19) e de aves (74.3%, n=39), no entanto apresentou incidência menor entre as cepas de leite cru (45.4%, n=5). O resultado da genotipagem demonstrou a disseminação de cepas portadoras de genes de resistência aos betalactâmicos em diferentes aves, em diferentes amostras de leite (provenientes de tanques distintos) e em diferentes pacientes no ambiente hospitalar. Este estudo identificou a dispersão de alguns determinantes de resistência em populações de E. coli nos estados da Bahia e Paraíba, e revelou a importância do monitoramento dessa bactéria na disseminação da RAM nos locais investigados. Os dados obtidos são preocupantes e demonstram a necessidade de pesquisas adicionais baseadas nessa perspectiva One Health para o enfrentamento a RAM, principalmente, relacionada à disseminação de cepas de E. coli produtoras de CTX-M em animais, alimentos e isolados clínicos humanos.

19
  • PAULA ANGÉLICA BURGOS FERREIRA
  • SENSORES CAPACITIVOS COM APLICAÇÃO À SAÚDE

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO PADRON HERNANDEZ
  • ERIKA KETLEM GOMES TRINDADE
  • GILVÂNIA MARINETE DE SANTANA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • Data: 13/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • A urgência no diagnóstico de doenças infectocontagiosas ou causadoras de eventos fulminantes ou de agravos que representem risco à vida do paciente, bem como, a necessidade de monitoramento de marcadores de doenças silenciosas têm respaldado o crescimento da busca, desenvolvimento e oferta de métodos de diagnóstico capazes de exprimir respostas rápidas e assim orientar intervenções imediatas no paciente. Dentre as tecnologias disponíveis para a criação desses dispositivos, os imunossensores capacitivos têm chamado a atenção da indústria de testes rápidos e da comunidade científica por permitirem o reconhecimento de analitos direto na amostra, com resposta altamente específica, sensibilidade igual aos testes convencionais e arquitetura portabilizável. Este trabalho descreve o desenvolvimento de um imunossensor capacitivo livre de rótulo capaz de quantificar a concentração de cistatina C, um biomarcador de dano renal, em amostras de soro humano. A resposta é baseada na alteração do ângulo de fase obtido por análise de impedância eletroquímica. Esse sensor apresentou resposta linear nas concentrações entre 28 – 300 ng/mL. Para obter esse nível de sensibilidade foram empregadas estratégias de amplificação das características capacitivas da plataforma como o uso de filme nanocomposto de pirrol e nanotubos de carbono e a utilização de elétrodos interdigitados. A caracterização eletroquímica e morfológica, bem como, a otimização de aspectos da plataforma sensora como bloqueio e ancoragem dos anticorpos anti-cistatina C são descritos no artigo. Essa plataforma mostrou boa resposta e grande potencial para portabilização e aplicação como teste rápido.



  • Mostrar Abstract
  • A urgência no diagnóstico de doenças infectocontagiosas ou causadoras de eventos fulminantes ou de agravos que representem risco à vida do paciente, bem como, a necessidade de monitoramento de marcadores de doenças silenciosas têm respaldado o crescimento da busca, desenvolvimento e oferta de métodos de diagnóstico capazes de exprimir respostas rápidas e assim orientar intervenções imediatas no paciente. Dentre as tecnologias disponíveis para a criação desses dispositivos, os imunossensores capacitivos têm chamado a atenção da indústria de testes rápidos e da comunidade científica por permitirem o reconhecimento de analitos direto na amostra, com resposta altamente específica, sensibilidade igual aos testes convencionais e arquitetura portabilizável. Este trabalho descreve o desenvolvimento de um imunossensor capacitivo livre de rótulo capaz de quantificar a concentração de cistatina C, um biomarcador de dano renal, em amostras de soro humano. A resposta é baseada na alteração do ângulo de fase obtido por análise de impedância eletroquímica. Esse sensor apresentou resposta linear nas concentrações entre 28 – 300 ng/mL. Para obter esse nível de sensibilidade foram empregadas estratégias de amplificação das características capacitivas da plataforma como o uso de filme nanocomposto de pirrol e nanotubos de carbono e a utilização de elétrodos interdigitados. A caracterização eletroquímica e morfológica, bem como, a otimização de aspectos da plataforma sensora como bloqueio e ancoragem dos anticorpos anti-cistatina C são descritos no artigo. Essa plataforma mostrou boa resposta e grande potencial para portabilização e aplicação como teste rápido.


20
  • SIBELLE WILLIANE DIAS DOS SANTOS INOCENCIO ALVES
  • CITOGENÔMICA COMPARATIVA DE ESPÉCIES DE Vigna SAVI (Leguminosae Juss.)

  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SAULO MARÇAL DE SOUSA
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • ANDRE SECO MARQUES DA SILVA
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • MAGDALENA VAIO SCVORTZOFF
  • Data: 14/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • A compreensão sobre a constituição e organização dos cariótipos de plantas têm auxiliado estudos evolutivos, sistemáticos e filogenéticos desses organismos. O gênero Vigna Savi (Leguminosae) reúne, em cinco subgêneros (Vigna, Haydonia, Plectrotropis, Lasiospron e Ceratotropis), cerca de 150 espécies, entre as quais destacam-se V. unguiculata subsp. unguiculata (feijão-caupi) e V. angularis (feijão- azuki) com grande importância socioeconômica mundial e número cromossômico constante (2n = 22) na maioria das espécies. O presente trabalho visou compreender a evolução cariotípica de representantes dos cinco subgêneros de Vigna, observando-se a macrossintenia cromossômica e a dinâmica de seus genomas. Para isso, foram usadas abordagens citomoleculares, tais como: medição do conteúdo de DNA (13 taxa), bandeamento por fluorocromos CMA/DAPI, FISH para localização do DNAr 35S e 5S (oito taxa), BAC-FISH (três taxa), além de oligo-FISH barcode (oito taxa) para identificação individual dos cromossomos, utilizando sondas desenhadas a partir de V. unguiculata subsp. unguiculata. Adicionalmente, foi realizada pintura cromossômica (oligopainting), utilizando sondas cromossomo-específicas de Phaseolus vulgaris (cromossomso Pv2 e Pv3, seis espécies) bem como análise de blocos genômicos do cariótipo ancestral da tribo Phaseoleae (APK) em espécies de três espécies de Vigna com genomas sequenciados e montados. Dados do tamanho do genoma por citometria de fluxo, e um compilado de dados de 25 espécies, disponível na literatura, de número e posição de sítios de DNAr e conteúdo de DNA foram utilizados em uma análise filogenética. Nossos resultados demonstraram que a maioria das bandas CMA+ corresponderam aos sítios de DNAr 35S. Enquanto os sítios de DNAr 5S permaneceram conservados (um a dois pares), os de DNAr 35S variaram em número (um a sete pares) e posição (proximal e terminal) e essa variação esteve correlacionada positivamente com o conteúdo de DNA (1C). A abordagem filogenética desses dados indicou uma distribuição aleatória do DNAr, porém suportou a hipótese do cromossomo 6 (identificado por BAC-FISH) como ancestral para o DNAr 35S, no gênero. Adicionalmente, o barcode de V. unguiculata permitiu identificar os 11 pares ortólogos nas espécies analisadas, exceto em V. vexillata, bem como confirmou rearranjos previamente identificados por BAC-FISH e identificou quebras de sintenia e de colinearidade nos ortólogos, confirmadas pelas análises dos blocos genômicos. A pintura cromossômica revelou macrossintenia com os ortólogos 2 e 3 sobretudo entre as espécies dos subgêneros Vigna e Ceratotropis. As quebras na sintenia identificadas entre os diferentes subgêneros podem estar relacionadas à origem parafilética do gênero, tendo as espécies dentro dos subgêneros características mais conservadas entre si. Vigna vexillata foi a espécie mais divergente, apresentando quebras de macrossintenia não observadas nas demais espécies de Vigna, não sendo possível identificar todos os ortólogos, o que pode estar relacionado ao fato de ela ser pantropical e pertencer a um complexo de espécies. Análises mais detalhadas são necessárias para identificar o cariótipo de V. vexillata.



  • Mostrar Abstract
  • A identificação cromossômica via oligo-FISH tem permitido estudar cariótipos de plantas mediante pintura cromossômica, bem como identificar todos os cromossomos em um único experimento usando um código de barras. O presente trabalho visou compreender a diversidade cromossômica, macrossintenia e evolução cariotípica entre representantes dos cinco subgêneros de Vigna (Vigna, Haydonia, Plectrotropis, Lasiospron e Ceratotropis). Foram utilizadas oligo-sondas dos cromossomos 2 e 3 de Phaseolus vulgaris (Pv2 e Pv3) para pintura dos ortólogos em seis espécies de Vigna. Adicionalmente, mapas citogenéticos foram construídos para sete espécies, utilizando código de barras, desenvolvido com base no genoma de V. unguiculata. A pintura cromossômica foi eficiente para identificar os cromossomos 2 e 3 em todas as espécies, revelando apenas pequenas diferenças no padrão de pintura para cada subgênero, demonstrando conservação da macrossintenia. Entretanto, V. vexillata (Plectrotropis), apresentou adicionalmente marcas de Pv2 em três outros pares. O código de barras foi eficiente para a identificação de todos os cromossomos nas espécies analisadas, mostrando sintenia para os cromossomos 1, 7, 8, 9, 10 e 11. Observou-se inversão pericêntrica para o cromossomo 4, nas espécies analisadas com exceção de V.unguiculata subsp. sesquipedalis, bem como um sinal vermelho extra na região proximal do cromossomo 5 de V. aconitifolia e V. angularis. Na espécie V. vexillata, foram observadas quebras de sintenia envolvendo os cromossomos 2, 3, 5 e 6. A presente análise permitiu estabelecer padrões cariotípicos para cada subgênero, trazendo informações importantes para o entendimento da evolução cariotípica intragenérica, sugerindo V. vexillata como uma espécie cariotipicamente mais divergente.


21
  • NABUÊR FRANCIELI DA SILVA
  • ATIVIDADES BIOLÓGICAS E EFEITOS TOXICOLÓGICOS DO ÓLEO FIXO DE Butia catarinensis NOBLICK & LORENZI

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 16/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • As plantas medicinais representam uma fonte incomensurável de compostos com potencial terapêutico, o que tem despertado e motivado o interesse de pesquisadores pelo estudo dessas espécies, principalmente aquelas ainda pouco exploradas no quesito farmacológico. Butia catarinensis é uma espécie endêmica de restinga de ocorrência exclusiva dos estados da região sul do Brasil. É considerada uma fonte de renda para comunidades locais devido a sua ampla exploração para fins alimentícios. Vale ressaltar, no entanto, que relatos na literatura sobre as propriedades terapêuticas desta planta são insipientes, denotando a necessidade de novos estudos científicos.  Considerando o exposto, este estudo teve como objetivo determinar a capacidade antioxidante, leishmanicida, antimicrobiana e estabelecer a segurança toxicológica através de modelos experimentais in vitro e in vivo do óleo fixo desta espécie. Os resultados indicaram que o OFBc apresentou atividade estatisticamente significativa contra promastigotas de Leishmania chagasi e L. amazonensis, com IC50 de 0,37% e 0,5%, respectivamente. Além disso, não apresentou toxicidade à célula hospedeira até a concentração máxima testada. Em relação ao teste de toxicidade aguda, não foram observados sinais clínicos de toxicidade e nenhuma morte foi registrada no grupo dos animais tratados com a dose máxima de 2.000 mg/kg do óleo. A acidez, densidade relativa e o índice de refração foram determinados para o óleo fixo de B. catarinensis, obtendo-se uma acidez (% de ácido oleico) de 1,59±0,17, densidade relativa de 0,924±0,0 e um índice de refração de 1,457±0,37. Os ensaios antibacteriano e antioxidante, não evidenciaram efeitos estatisticamente significativos nas concentrações testes investigadas. Os resultados sugerem que o óleo fixo de B. catarinensis pode ser utilizado em estudos futuros anti-leishmania, apresentando baixa toxicidade nos modelos experimentais avaliados.

    Palavras-chave: Butiá-da-praia. Segurança toxicológica. Arecaceae. 



  • Mostrar Abstract
  • As plantas medicinais representam uma fonte incomensurável de compostos com potencial terapêutico, o que tem despertado e motivado o interesse de pesquisadores pelo estudo dessas espécies, principalmente aquelas ainda pouco exploradas no quesito farmacológico. Butiacatarinensis é uma espécie endêmica de restinga de ocorrência exclusiva dos estados da região sul do Brasil. É considerada uma fonte de renda para comunidades locais devido a sua ampla exploração para fins alimentícios. Vale ressaltar, no entanto, que relatos na literatura sobre as propriedades terapêuticas desta planta são insipientes, denotando a necessidade de novos estudos científicos.  Considerando o exposto, no presente estudo foram analisadas a composição físico-química, toxicidade aguda do óleo fixo de B. catarinensis (OFBc) e investigado o seu potencial leishmanicida e anti-inflamatório frente a inflamação tópica crônica. Os resultados indicaram que o OFBc apresentou atividade estatisticamente significativa contra promastigotas de Leishmania chagasi e L. amazonensis, com IC50 de 0,37% e 0,5%, respectivamente. Além disso, não apresentou toxicidade à célula hospedeira até a concentração máxima testada. Em relação ao teste de toxicidade aguda, não foram observados sinais clínicos de toxicidade e nenhuma morte foi registrada no grupo dos animais tratados com a dose máxima de 2.000 mg/kg do óleo. A acidez, densidade relativa e o índice de refração foram determinados para o óleo fixo de B. catarinensis, obtendo-se uma acidez (% de ácido oleico) de 1,59±0,17, densidade relativa de 0,924±0,0 e um índice de refração de 1,457±0,37. O ensaio de inflamação tópica crônica não evidenciou efeito anti-inflamatório estatisticamente expressivo nas concentrações testes investigadas. Os resultados sugerem que o óleo fixo de B. catarinensis pode ser utilizado em estudos futuros anti-leishmania, apresentando baixa toxicidade nos modelos experimentais avaliados.

     


2021
Dissertações
1
  • BARBARA RAFAELA DA SILVA BARROS
  • ANÁLISE CELULAR E MOLECULAR SOBRE A EFICÁCIA DA TERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA EM PACIENTES COM LINFEDEMA DE MEMBRO INFERIOR

  • Orientador : CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
  • Data: 06/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O linfedema de membro inferior é uma doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Seu estabelecimento nos indivíduos afetados consiste no mau funcionamento do sistema linfático no processo de regulação e homeostase do líquido intersticial, o que causa o desequilíbrio de todo o sistema circulatório, promovendo o extravasamento e acúmulo nos tecidos superficiais dos membros inferiores. E suas complicações clínicas vão desde problemas bioquímicos até físicos, e os sintomas podem ser agravados pelo desenvolvimento de outras doenças oportunistas e comorbidades graves como hipertensão, diabetes, obesidade e depressão, potencializando o agravamento da doença. Com o comprometimento da deambulação e dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia, os afetados pela doença também sofrem com o isolamento social que é dificultado pelo comprometimento da qualidade de vida. A Terapia Complexa Descongestiva é um tipo de tratamento considerado padrão ouro pela Sociedade Internacional e Linfologia, para o tratamento de membros afetados pelo linfedema. Inicialmente utilizada em mulheres pós mastectomizadas acometidas com linfedema de membro superior, a terapia passou a ser adaptada para os membros inferiores, na intenção de promover uma melhora significativa na reabilitação de pacientes nessa condição. Como uma proposta de tratamento bastante difundida atualmente e que tem apresentado efeitos físicos significativos na qualidade de vida dos pacientes, a TCD está sendo proposta como alvo de avaliação dos seus efeitos bioquímicos e celulares, uma vez que os estudos associados à investigação dessa proposta de intervenção ainda são muito escassos na comunidade científica. Pensando na necessidade de intervenções terapêuticas economicamente acessíveis às pessoas afetadas pela doença, a Sociedade Internacional de Linfologia sugeriu em 2018, que a comunidade científica investigasse os aspectos celulares e moleculares promovidos pela TCD, nos pacientes afetados com a doença. Diante disso, esse estudo propôs uma investigação a fim de confirmar os efeitos e benefícios gerados pela TCD a nível celular e molecular em pacientes atendidos pelo SRNF/FIOCRUZ-PE. Foram feitas análises microbiológicas das lesões e feridas dos membros inferiores afetados, bem como a coleta e análise hematológica, bioquímica e celular (imunofenotipagem e dosagem de citocinas) antes, durante e após as 22 (vinte e duas) sessões da TCD em todos os pacientes incluídos no programa. Os resultados demonstraram que houve melhora na cicatrização das lesões ao longo da TCD e uma importante redução dos microrganismos isolados antes da terapia, que já não foram mais isolados ao final dela. Houve também redução importante da população de células TCD4+, acompanhados de resposta pró-inflamatórias, com o aumento de IFN-γ+. Além da redução do edema nos membros inferiores, a Terapia Complexa Descongestiva demonstrou melhora significativa das lesões e a redução da resposta inflamatória nos pacientes tratados.



  • Mostrar Abstract
  • O linfedema de membro inferior é uma doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Seu estabelecimento nos indivíduos afetados consiste no mau funcionamento do sistema linfático no processo de regulação e homeostase do líquido intersticial, o que causa o desequilíbrio de todo o sistema circulatório, promovendo o extravasamento e acúmulo nos tecidos superficiais dos membros inferiores. E suas complicações clínicas vão desde problemas bioquímicos até físicos, e os sintomas podem ser agravados pelo desenvolvimento de outras doenças oportunistas e comorbidades graves como hipertensão, diabetes, obesidade e depressão, potencializando o agravamento da doença. Com o comprometimento da deambulação e dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia, os afetados pela doença também sofrem com o isolamento social que é dificultado pelo comprometimento da qualidade de vida. A Terapia Complexa Descongestiva é um tipo de tratamento considerado padrão ouro pela Sociedade Internacional e Linfologia, para o tratamento de membros afetados pelo linfedema. Inicialmente utilizada em mulheres pós mastectomizadas acometidas com linfedema de membro superior, a terapia passou a ser adaptada para os membros inferiores, na intenção de promover uma melhora significativa na reabilitação de pacientes nessa condição. Como uma proposta de tratamento bastante difundida atualmente e que tem apresentado efeitos físicos significativos na qualidade de vida dos pacientes, a TCD está sendo proposta como alvo de avaliação dos seus efeitos bioquímicos e celulares, uma vez que os estudos associados à investigação dessa proposta de intervenção ainda são muito escassos na comunidade científica. Pensando na necessidade de intervenções terapêuticas economicamente acessíveis às pessoas afetadas pela doença, a Sociedade Internacional de Linfologia sugeriu em 2018, que a comunidade científica investigasse os aspectos celulares e moleculares promovidos pela TCD, nos pacientes afetados com a doença. Diante disso, esse estudo propôs uma investigação a fim de confirmar os efeitos e benefícios gerados pela TCD a nível celular e molecular em pacientes atendidos pelo SRNF/FIOCRUZ-PE. Foram feitas análises microbiológicas das lesões e feridas dos membros inferiores afetados, bem como a coleta e análise hematológica, bioquímica e celular (imunofenotipagem e dosagem de citocinas) antes, durante e após as 22 (vinte e duas) sessões da TCD em todos os pacientes incluídos no programa. Os resultados demonstraram que houve melhora na cicatrização das lesões ao longo da TCD e uma importante redução dos microrganismos isolados antes da terapia, que já não foram mais isolados ao final dela. Houve também redução importante da população de células TCD4+, acompanhados de resposta pró-inflamatórias, com o aumento de IFN-γ+. Além da redução do edema nos membros inferiores, a Terapia Complexa Descongestiva demonstrou melhora significativa das lesões e a redução da resposta inflamatória nos pacientes tratados.


2
  • ANDREZA LARISSA DO NASCIMENTO
  • Avaliação da atividade antinoceptiva e anti-inflamatória do óleo essencial das folhas de Eugenia pohliana DC.

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 11/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Muitos medicamentos são utilizados para amenizar as repostas inflamatórias e a dor, estes por sua vez causam adversidades e não podem ser usados excessivamente. Existe a necessidade de encontrar formas terapêuticas menos prejudiciais e eficientes contra essa resposta do organismo, as plantas são candidatas promissoras. Diversas Eugenias, são utilizadas na medicina popular e possuem comprovação científica sobre atividade Biológica. Até o momento não existem publicações sobre Eugenia pohliana, nesta dissertação foi realizada pela primeira vez a determinação da composição química, por meio de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-MS), avaliação do potencial antinociceptivo pelos testes de contorções, movimento de cauda, formalina e anti-inflamatório pelo método de edema de pata e peritonite nas concentrações de 25, 50 e 100mg/kg. Além da determinação da taxa de hemólise em diluições seriadas (5.000-156,25) e avaliação comportamental (1.000mg/kg) pelo teste de campo aberto e labirinto em cruz elevado.  Como resultado da análise química, foi descoberto que o principal composto do óleo essencial de E.pohliana (OEEp) é β- (E) -cariofileno. No teste de hemólise, não houve valores significativos para lise de eritrócitos que teve taxas entre 2,2 e 0,74%. Já a atividade inibindo contorções abdominais, apresentou diminuição em 42,95; 52,94 e 70,70%. No teste de movimento de cauda o OEEP foi mais eficiente no tempo de 90 minutos (69-86,5%) e no teste de formalina os resultados inibiram a dor neurogênica em 29,6; 65,6 e 61,75% e a dor inflamatória em 37,3; 64,3 e 65,2%. Como anti-inflamatório o OEEp reduziu o edema de pata após 3h em 74,9; 78,4 e 81,4% e no teste de peritonite houve redução de leucócitos em 51,86; 60,50; 70,38% e neutrófilos em 37,74; 49,06 e 71,69%. Após alta dose do OEEp, os resultados dos testes de campo aberto e labirinto em cruz elevada não tiveram resultados significativos comprovando que OEEp não afeta o sistema nervoso central (SNC). Com base nos resultados pode-se concluir que, o óleo essencial de E. pohliana não provoca lise celular in vitro e apresenta atividade antinociceptiva e anti-inflamatória in vivo sem afetar o SNC. 



  • Mostrar Abstract
  • Muitos medicamentos são utilizados para amenizar as repostas inflamatórias e a dor, estes por sua vez causam adversidades e não podem ser usados excessivamente. Existe a necessidade de encontrar formas terapêuticas menos prejudiciais e eficientes contra essa resposta do organismo, as plantas são candidatas promissoras. Diversas Eugenias, são utilizadas na medicina popular e possuem comprovação científica sobre atividade Biológica. Até o momento não existem publicações sobre Eugenia pohliana, nesta dissertação foi realizada pela primeira vez a determinação da composição química, por meio de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-MS), avaliação do potencial antinociceptivo pelos testes de contorções, movimento de cauda, formalina e anti-inflamatório pelo método de edema de pata e peritonite nas concentrações de 25, 50 e 100mg/kg. Além da determinação da taxa de hemólise em diluições seriadas (5.000-156,25) e avaliação comportamental (1.000mg/kg) pelo teste de campo aberto e labirinto em cruz elevado.  Como resultado da análise química, foi descoberto que o principal composto do óleo essencial de E.pohliana (OEEp) é β- (E) -cariofileno. No teste de hemólise, não houve valores significativos para lise de eritrócitos que teve taxas entre 2,2 e 0,74%. Já a atividade inibindo contorções abdominais, apresentou diminuição em 42,95; 52,94 e 70,70%. No teste de movimento de cauda o OEEP foi mais eficiente no tempo de 90 minutos (69-86,5%) e no teste de formalina os resultados inibiram a dor neurogênica em 29,6; 65,6 e 61,75% e a dor inflamatória em 37,3; 64,3 e 65,2%. Como anti-inflamatório o OEEp reduziu o edema de pata após 3h em 74,9; 78,4 e 81,4% e no teste de peritonite houve redução de leucócitos em 51,86; 60,50; 70,38% e neutrófilos em 37,74; 49,06 e 71,69%. Após alta dose do OEEp, os resultados dos testes de campo aberto e labirinto em cruz elevada não tiveram resultados significativos comprovando que OEEp não afeta o sistema nervoso central (SNC). Com base nos resultados pode-se concluir que, o óleo essencial de E. pohliana não provoca lise celular in vitro e apresenta atividade antinociceptiva e anti-inflamatória in vivo sem afetar o SNC. 


3
  • RAYSSA GUEDES GOMES DA SILVA
  • Proteômica diferencial de colmo de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) em resposta à infecção por Leifsonia xyli subsp. xyli

  • Orientador : TERCILIO CALSA JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • KATIA CASTANHO SCORTECCI
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 27/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das plantas mais cultivadas no mundo devido ao seu elevado rendimento em biomassa e concentração de sacarose nos colmos, sendo o Brasil o maior produtor. Entretanto, diversos fatores bióticos afetam sua produtividade, entre eles a bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli (Lxx), agente causal do raquitismo-da-soqueira (RSD). Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o perfil proteômico caulinar diferencial de cana-de-açúcar (var. RB867515) infectada com Lxx. As proteínas totais dos colmos inoculados ou não com Lxx foram extraídas utilizando o método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford e submetidas à eletroforese uni e bidimensional, seguindo-se a análise por espectrometria de massas. Um total de 76 proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs) de ambos os tratamentos foram identificadas, presumivelmente, permitindo associá-las a diversos processos funcionais, tais como modificação de proteínas, resposta ao estresse, processamento de mRNA, biossíntese, desenvolvimento, metabolismo de nitrogênio, metabolismo de carboidratos, transporte e outros. Os dados proteômicos demonstraram um maior acúmulo de proteínas relacionadas à defesa nas plantas infectadas, incluindo uma proteína com domínio NB-ARC que está envolvida no reconhecimento de efetores do fitopatógeno e que desencadeia uma resposta hipersensitiva (HR) no hospedeiro. A infecção com Lxx promove o acúmulo de danos ao DNA, porém, algumas proteínas envolvidas na resposta a esses danos, tais como a PARP1 e a AGO10b são induzidas, e parecem integrar mecanismos de defesa ativados. Por outro lado, a indução da TPX2 e inibição da MAP3Kε1 na cana-de-açúcar em interação com Lxx sugerem que a presença da bactéria interfere no ciclo celular vegetal. Os resultados apresentados contribuem para o entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos nesse patossistema e podem auxiliar os programas de melhoramento genético para resistência ao RSD.


  • Mostrar Abstract
  • A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das plantas mais cultivadas no mundo devido ao seu elevado rendimento em biomassa e concentração de sacarose nos colmos, sendo o Brasil o maior produtor. Entretanto, diversos fatores bióticos afetam sua produtividade, entre eles a bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli (Lxx), agente causal do raquitismo-da-soqueira (RSD). Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o perfil proteômico caulinar diferencial de cana-de-açúcar (var. RB867515) infectada com Lxx. As proteínas totais dos colmos inoculados ou não com Lxx foram extraídas utilizando o método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford e submetidas à eletroforese uni e bidimensional, seguindo-se a análise por espectrometria de massas. Um total de 76 proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs) de ambos os tratamentos foram identificadas, presumivelmente, permitindo associá-las a diversos processos funcionais, tais como modificação de proteínas, resposta ao estresse, processamento de mRNA, biossíntese, desenvolvimento, metabolismo de nitrogênio, metabolismo de carboidratos, transporte e outros. Os dados proteômicos demonstraram um maior acúmulo de proteínas relacionadas à defesa nas plantas infectadas, incluindo uma proteína com domínio NB-ARC que está envolvida no reconhecimento de efetores do fitopatógeno e que desencadeia uma resposta hipersensitiva (HR) no hospedeiro. A infecção com Lxx promove o acúmulo de danos ao DNA, porém, algumas proteínas envolvidas na resposta a esses danos, tais como a PARP1 e a AGO10b são induzidas, e parecem integrar mecanismos de defesa ativados. Por outro lado, a indução da TPX2 e inibição da MAP3Kε1 na cana-de-açúcar em interação com Lxx sugerem que a presença da bactéria interfere no ciclo celular vegetal. Os resultados apresentados contribuem para o entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos nesse patossistema e podem auxiliar os programas de melhoramento genético para resistência ao RSD.

4
  • JOSE BANDEIRA DO NASCIMENTO JUNIOR
  • GENÔMICA COMPARATIVA DE 14 ESPÉCIES DO GÊNERO LEISHMANIA

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROSANE SILVA
  • CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Leishmania spp. São parasitas intracelulares obrigatórios, digenéticos e dimórficos, que causam uma doença zoonótica conhecida como leishmaniose que pode causar a morte em sua forma mais grave. Na tentativa de compreender as diferenças genômicas entre as espécies do gênero, 21 genomas de 14 espécie de Leishmania no TriTrypDB foram analisados para o pangenoma e similaridade genética. Os resultados mostraram que de um total de 20.319 clusters, 54,7% foram associados ao genoma cloud, 12,8% ao genoma shell e 32,5% ao genoma core. Além disso, observamos que todos os genomas da mesma espécie apresentaram uma similaridade genética maior do que 99% e entre todo o gênero a similaridade se manteve maior do que 80%. Os nossos resultados sugeriram que o genoma de leishmania mesmo que similar apresenta mais da metade do genoma composto por genes únicos para a espécie. Nossas observações indicam que é necessário a realização de estudos sobre função gênica desses clusters para melhor compreensão do processo de especiação desses genes. 



  • Mostrar Abstract
  • Leishmania spp. São parasitas intracelulares obrigatórios, digenéticos e dimórficos, que causam uma doença zoonótica conhecida como leishmaniose que pode causar a morte em sua forma mais grave. Na tentativa de compreender as diferenças genômicas entre as espécies do gênero, 21 genomas de 14 espécie de Leishmania no TriTrypDB foram analisados para o pangenoma e similaridade genética. Os resultados mostraram que de um total de 20.319 clusters, 54,7% foram associados ao genoma cloud, 12,8% ao genoma shell e 32,5% ao genoma core. Além disso, observamos que todos os genomas da mesma espécie apresentaram uma similaridade genética maior do que 99% e entre todo o gênero a similaridade se manteve maior do que 80%. Os nossos resultados sugeriram que o genoma de leishmania mesmo que similar apresenta mais da metade do genoma composto por genes únicos para a espécie. Nossas observações indicam que é necessário a realização de estudos sobre função gênica desses clusters para melhor compreensão do processo de especiação desses genes. 


5
  • KEYLA PATRICIA DE OLIVEIRA
  • ANÁLISE DE STRS DA DETERMINAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO NECESSÁRIO PARA ENXERTIA EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TCTH ALOGÊNICO

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MARCOS DA SILVEIRA REGUEIRA NETO
  • RODRIGO SOARES DE MOURA NETO
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) trouxe avanços significativos para o tratamento de certas patologias hematológicas, mais notadamente as leucemias e as síndromes mielodisplásicas, possibilitando desde a remissão de casos até a cura. Este procedimento tem como finalidade a substituição da hematopoiese do receptor a partir de células do doador, proporcionando uma medula óssea saudável que irá desenvolver células sanguíneas livres de células tumorais. Imediatamente após a realização do TCTH ocorre um quimerismo misto, isto é, coexistência de células sanguíneas características do doador e do receptor do transplante. Análises precoces dos padrões de quimerismo doador/receptor após o TCTH permitem avaliar o grau de sucesso do transplante. A análise quimérica pode ser realizada em amostras de sangue total ou medula óssea ou sangue, usualmente coletadas em tubo contendo ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). O STR-PCR é considerada a técnica-ouro para seguimento para Quimerismo de Medula Óssea (QMO). O objeto principal do estudo foi validar metodologia técnico-científica para análise e seguimento do TCTH a partir da coleta de amostras sanguíneas em cartões FTA® e do uso de técnicas de PCR-STR e, em paralelo, desenvolver Plataforma de Análise do Quimerismo da Medula Óssea. Inicialmente, os cartões FTA® foram idealizados para coletar amostras biológicas de referência de criminosos por permitir que o DNA seja armazenado em temperatura ambiente por anos, sem comprometimento da sua qualidade. Foram confrontados os resultados do TCTH obtidos a partir da extração de DNA de amostras de sangue total coletadas em tubo contendo anticoagulante EDTA e da amplificação direta do DNA de discos circulares de Cartões FTA®. De acordo com os resultados obtidos, a partir de 12 dias após o TCTH, não houve diferença estatisticamente significativa entre as metodologias. Desta forma, a coleta de sangue total em cartões FTA® pode ser usada para análises de seguimento de Quimerismo de Medula Óssea A Plataforma de Análise e Cálculo de Quimerismo de Medula Óssea (KimerCalcBR), desenvolvida e validada no presente trabalho, contribui para a reduzir o tempo de entrega do exame genético quimérico e fornece cálculos quiméricos precisos, podendo servir como ferramenta diagnóstica auxiliar para tomada de decisões de condutas terapêuticas.



  • Mostrar Abstract
  • O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) trouxe avanços significativos para o tratamento de certas patologias hematológicas, mais notadamente as leucemias e as síndromes mielodisplásicas, possibilitando desde a remissão de casos até a cura. Este procedimento tem como finalidade a substituição da hematopoiese do receptor a partir de células do doador, proporcionando uma medula óssea saudável que irá desenvolver células sanguíneas livres de células tumorais. Imediatamente após a realização do TCTH ocorre um quimerismo misto, isto é, coexistência de células sanguíneas características do doador e do receptor do transplante. Análises precoces dos padrões de quimerismo doador/receptor após o TCTH permitem avaliar o grau de sucesso do transplante. A análise quimérica pode ser realizada em amostras de sangue total ou medula óssea ou sangue, usualmente coletadas em tubo contendo ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). O STR-PCR é considerada a técnica-ouro para seguimento para Quimerismo de Medula Óssea (QMO). O objeto principal do estudo foi validar metodologia técnico-científica para análise e seguimento do TCTH a partir da coleta de amostras sanguíneas em cartões FTA® e do uso de técnicas de PCR-STR e, em paralelo, desenvolver Plataforma de Análise do Quimerismo da Medula Óssea. Inicialmente, os cartões FTA® foram idealizados para coletar amostras biológicas de referência de criminosos por permitir que o DNA seja armazenado em temperatura ambiente por anos, sem comprometimento da sua qualidade. Foram confrontados os resultados do TCTH obtidos a partir da extração de DNA de amostras de sangue total coletadas em tubo contendo anticoagulante EDTA e da amplificação direta do DNA de discos circulares de Cartões FTA®. De acordo com os resultados obtidos, a partir de 12 dias após o TCTH, não houve diferença estatisticamente significativa entre as metodologias. Desta forma, a coleta de sangue total em cartões FTA® pode ser usada para análises de seguimento de Quimerismo de Medula Óssea A Plataforma de Análise e Cálculo de Quimerismo de Medula Óssea (KimerCalcBR), desenvolvida e validada no presente trabalho, contribui para a reduzir o tempo de entrega do exame genético quimérico e fornece cálculos quiméricos precisos, podendo servir como ferramenta diagnóstica auxiliar para tomada de decisões de condutas terapêuticas.


6
  • LETHÍCIA MARIA DE SOUZA AGUIAR
  • ATIVIDADE LEISHMANICIDA DA LECTINA DE FRONDE DE Microgramma vacciniifolia (MvFL)

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARY ANGELA ARANDA DE SOUZA GOMES
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Leishmaniose é uma doença negligenciada considerada uma zoonose, doença infecciosa transmissível entre animais e humanos, causada por diferentes espécies de protozoários Leishmania. Alguns medicamentos são utilizados para seu tratamento, porém, são de uso limitado devido a fatores como toxicidade e alto custo, com isso, a OMS enfatiza a importância de desenvolver novos medicamentos. As lectinas são proteínas com diversas atividades biológicas, incluindo antiparasitária in vitro e in vivo. Este estudo avaliou a atividade anti-Leishmania da lectina de fronde Microgramma vacciniifolia (MvFL) sobre promastiogotas e amastigotas intramacrofágicas de Leishmania amazonensis. Foram avaliados também a atividade lisossomal, fagocítica e os níveis intracelulares de óxido nítrico (NO) nos macrófagos infectados. A atividade hemolítica de MvFL foi determinada em eritrócitos de camundongo e humanos (tipos A+, B+, AB+ e O+). Nossos resultados mostraram que MvFL inibiu, de forma dose-dependente, o crescimento de promastigotas de L. amazonensis com CI50 de 88 µg/mL. Da mesma forma, MvFL (90 µg/mL) reduziu (p < 0.05) a infecção de macrófagos em amastigotas para 46,6±1,66 %, com CI50 de 52 µg/mL. MvFL também reduziu (p < 0.05) o número de amastigotas internalizadas por macrófago infectado em 68,9±0,53%. MvFL estimulou a atividade lisossomal na concentração de 25 µg/mL, porém não alterou a atividade fagocitária e não induziu a produção de NO. MvFL mostrou-se pouco hemolítica, com CH50 > 200 µg/mL. Sendo assim, MvFL é um agente leishmanicida, com potencial para investigação em modelos de imunização in vivo contra leishmaniose.


  • Mostrar Abstract
  • Leishmaniose é uma doença negligenciada considerada uma zoonose, doença infecciosa transmissível entre animais e humanos, causada por diferentes espécies de protozoários Leishmania. Alguns medicamentos são utilizados para seu tratamento, porém, são de uso limitado devido a fatores como toxicidade e alto custo, com isso, a OMS enfatiza a importância de desenvolver novos medicamentos. As lectinas são proteínas com diversas atividades biológicas, incluindo antiparasitária in vitro e in vivo. Este estudo avaliou a atividade anti-Leishmania da lectina de fronde Microgramma vacciniifolia (MvFL) sobre promastiogotas e amastigotas intramacrofágicas de Leishmania amazonensis. Foram avaliados também a atividade lisossomal, fagocítica e os níveis intracelulares de óxido nítrico (NO) nos macrófagos infectados. A atividade hemolítica de MvFL foi determinada em eritrócitos de camundongo e humanos (tipos A+, B+, AB+ e O+). Nossos resultados mostraram que MvFL inibiu, de forma dose-dependente, o crescimento de promastigotas de L. amazonensis com CI50 de 88 µg/mL. Da mesma forma, MvFL (90 µg/mL) reduziu (p < 0.05) a infecção de macrófagos em amastigotas para 46,6±1,66 %, com CI50 de 52 µg/mL. MvFL também reduziu (p < 0.05) o número de amastigotas internalizadas por macrófago infectado em 68,9±0,53%. MvFL estimulou a atividade lisossomal na concentração de 25 µg/mL, porém não alterou a atividade fagocitária e não induziu a produção de NO. MvFL mostrou-se pouco hemolítica, com CH50 > 200 µg/mL. Sendo assim, MvFL é um agente leishmanicida, com potencial para investigação em modelos de imunização in vivo contra leishmaniose.

7
  • JOAO VICTOR DE OLIVEIRA ALVES
  • CONTROLE INTEGRADO DO VETOR DE VIROSES HUMANAS AEDES AEGYPTI: O MODELO FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO METARHIZIUM ANISOPLIAE ASSOCIADO AO ÓLEO ESSENCIAL DA PLANTA EUGENIA BREJOENSIS DA CAATINGA BRASILEIRA

  • Orientador : AUGUSTO SCHRANK
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AUGUSTO SCHRANK
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • NICOLAU SBARAINI OLIVEIRA
  • Data: 31/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O mosquito Aedes aegypti é altamente antropofílico presente no ambiente domiciliar, sendo um dos principais vetores de arboviroses graves como dengue, chikungunya e zika. O controle desse vetor é baseado no uso de inseticidas formulados com substâncias de origem natural ou sintética que são utilizadas para diminuir a incidência de insetos em diferentes fases do seu ciclo de vida. Na literatura, os óleos essenciais e fungos entomopatogênicos são descritos como alternativas naturais para o controle do Ae. aegypti. Nesta Dissertação investigamos a susceptibilidade das larvas do Ae. aegypti a formulações contendo o OE da Eugenia brejoensis e conídios do Metarhizium anisopliae. A E. brejoensis é uma planta da Caatinga e seu OE foi caracterizado por GC/MS, apresentando o δ-cadinene (17,6%), E-caryophyllene (16,3%), Epi-α-muurolol (9,3%), bicyclogermacrene (8,1%), α-cadinol (7,3%) e Spathulenol (6,6%) como compostos majoritários. O OE apresenta LC50 de 200,4±0,4 ppm e LC90 662,6±0,5 ppm contra as larvas de Ae. aegypti. Todas as linhagens de M. anisopliae testadas apresentaram atividade larvicida nos mosquitos, com destaque para a Linhagem E6 com TL50 1,5 dias (Concentração 1X108). Já nos ensaios de atividade larvicida com formulações contento ambos o OE e o fungo (Eb+Ma) (100 ppm de OE da E. brejoensis e 1X106 de conídios de M.anisopliae) atingem TL50 1,5 dias. As formulações Eb+Ma apresentaram menores curvas de sobrevivência e tempo letal em relação aos dois componentes isoladamente.Portanto, propomos formulações Eb+Ma para o desenvolvimento de controle biológico integrado de larvas de Ae. aegypti.


  • Mostrar Abstract
  • O mosquito Aedes aegypti é altamente antropofílico presente no ambiente domiciliar, sendo um dos principais vetores de arboviroses graves como dengue, chikungunya e zika. O controle desse vetor é baseado no uso de inseticidas formulados com substâncias de origem natural ou sintética que são utilizadas para diminuir a incidência de insetos em diferentes fases do seu ciclo de vida. Na literatura, os óleos essenciais e fungos entomopatogênicos são descritos como alternativas naturais para o controle do Ae. aegypti. Nesta Dissertação investigamos a susceptibilidade das larvas do Ae. aegypti a formulações contendo o OE da Eugenia brejoensis e conídios do Metarhizium anisopliae. A E. brejoensis é uma planta da Caatinga e seu OE foi caracterizado por GC/MS, apresentando o δ-cadinene (17,6%), E-caryophyllene (16,3%), Epi-α-muurolol (9,3%), bicyclogermacrene (8,1%), α-cadinol (7,3%) e Spathulenol (6,6%) como compostos majoritários. O OE apresenta LC50 de 200,4±0,4 ppm e LC90 662,6±0,5 ppm contra as larvas de Ae. aegypti. Todas as linhagens de M. anisopliae testadas apresentaram atividade larvicida nos mosquitos, com destaque para a Linhagem E6 com TL50 1,5 dias (Concentração 1X108). Já nos ensaios de atividade larvicida com formulações contento ambos o OE e o fungo (Eb+Ma) (100 ppm de OE da E. brejoensis e 1X106 de conídios de M.anisopliae) atingem TL50 1,5 dias. As formulações Eb+Ma apresentaram menores curvas de sobrevivência e tempo letal em relação aos dois componentes isoladamente.Portanto, propomos formulações Eb+Ma para o desenvolvimento de controle biológico integrado de larvas de Ae. aegypti.

8
  • JOYCE BEZERRA GUEDES
  • Composição química e avaliação da toxicidade aguda e atividades antinociceptiva e anti-inflamatória do óleo essencial das folhas de Eugenia gracillima Kiaersk

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 31/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • As plantas medicinais se apresentam como importantes agentes no tratamento e/ou cura de diversas enfermidades, sendo amplamente utilizadas pela população em geral. Muitas das suas propriedades farmacológicas relatadas são comprovadas em estudos científicos. Dentre essas plantas com potencial medicinal, evidenciamos a Eugenia gracillima, que é amplamente utilizada pela população na amenização e cura de diversas enfermidades, apesar de possuir muito poucos relatos na literatura a respeito do seu potencial medicinal. Dessa forma, para obtenção do óleo essencial (OEEg), suas folhas foram submetidas ao método de hidrodestilação, sendo realizada a identificação da sua composição química, sendo posteriormente avaliado quanto a sua toxicidade aguda e sobre suas atividades anti-inflamatória e antinociceptiva, bem como o seu possível efeito no comportamento dos camundongos. A análise feita por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas evidenciou o germacrene-D como composto majoritário (16,10%). Nas concentrações avaliadas para toxicidade aguda (2000 mg/kg e 5000 mg/kg), não foram observadas mortes nem alterações comportamentais, bem como o peso e consumo de água e ração também não foram alterados na concentração de 2000 mg/kg, na concentração de 5000 mg/kg houve uma redução do peso em 53,96% e consumo de ração em 38,82%. A DL50 foi acima de 5000 mg/kg sendo classificado como atóxico ou pouco tóxico Quando submetido ao teste de hemólise, o óleo apresentou taxas entre 0,79 a 1,91%, não demonstrando atividade hemolítica. Nos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados não foram observadas alterações, exceto na concentração de 5000 mg/kg, que houve um aumento nos níveis de alanine aminotransferase e aspartate aminotransferase nos parâmetros bioquímicos. Na avaliação histopatológica, os órgãos internos dos animais não apresentaram alterações. Em relação ao potencial antinociceptivo, as concentrações de OEEg submetidas aos testes de contorção abdominal apresentaram redução de 78,82 a 84,75%. No teste de formalina, na primeira fase houve redução da dor de 24,71 a 62,17% e na segunda fase essa redução foi de 81,19, 60,80 e 40,36%. No teste de movimento de cauda os resultados também foram positivos na diminuição da dor. Na avaliação da atividade anti-inflamatória, no teste de edema de pata as concentrações testadas inibiram a inflamação em 98,13 a 98,20%. No teste de peritonite houve diminuição na migração do número de leucócitos de 82,71, 76,54 e 64,19% e neutrófilos de 69,81, 66,03 e 54,71%. Os animais tratados com OEEg e submetidos aos testes comportamentais de campo aberto e labirinto em cruz elevado não demonstraram efeitos depressores na função motora e atividade exploratória desses animais. Dessa forma, conclui-se que o uso do OEEg é seguro, uma vez que não causa efeitos toxicológicos, hemolíticos nem comportamentais, e apresenta atividades farmacológicas antinociceptiva e anti-inflamatória.



  • Mostrar Abstract
  • As plantas medicinais se apresentam como importantes agentes no tratamento e/ou cura de diversas enfermidades, sendo amplamente utilizadas pela população em geral. Muitas das suas propriedades farmacológicas relatadas são comprovadas em estudos científicos. Dentre essas plantas com potencial medicinal, evidenciamos a Eugenia gracillima, que é amplamente utilizada pela população na amenização e cura de diversas enfermidades, apesar de possuir muito poucos relatos na literatura a respeito do seu potencial medicinal. Dessa forma, para obtenção do óleo essencial (OEEg), suas folhas foram submetidas ao método de hidrodestilação, sendo realizada a identificação da sua composição química, sendo posteriormente avaliado quanto a sua toxicidade aguda e sobre suas atividades anti-inflamatória e antinociceptiva, bem como o seu possível efeito no comportamento dos camundongos. A análise feita por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas evidenciou o germacrene-D como composto majoritário (16,10%). Nas concentrações avaliadas para toxicidade aguda (2000 mg/kg e 5000 mg/kg), não foram observadas mortes nem alterações comportamentais, bem como o peso e consumo de água e ração também não foram alterados na concentração de 2000 mg/kg, na concentração de 5000 mg/kg houve uma redução do peso em 53,96% e consumo de ração em 38,82%. A DL50 foi acima de 5000 mg/kg sendo classificado como atóxico ou pouco tóxico Quando submetido ao teste de hemólise, o óleo apresentou taxas entre 0,79 a 1,91%, não demonstrando atividade hemolítica. Nos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados não foram observadas alterações, exceto na concentração de 5000 mg/kg, que houve um aumento nos níveis de alanine aminotransferase e aspartate aminotransferase nos parâmetros bioquímicos. Na avaliação histopatológica, os órgãos internos dos animais não apresentaram alterações. Em relação ao potencial antinociceptivo, as concentrações de OEEg submetidas aos testes de contorção abdominal apresentaram redução de 78,82 a 84,75%. No teste de formalina, na primeira fase houve redução da dor de 24,71 a 62,17% e na segunda fase essa redução foi de 81,19, 60,80 e 40,36%. No teste de movimento de cauda os resultados também foram positivos na diminuição da dor. Na avaliação da atividade anti-inflamatória, no teste de edema de pata as concentrações testadas inibiram a inflamação em 98,13 a 98,20%. No teste de peritonite houve diminuição na migração do número de leucócitos de 82,71, 76,54 e 64,19% e neutrófilos de 69,81, 66,03 e 54,71%. Os animais tratados com OEEg e submetidos aos testes comportamentais de campo aberto e labirinto em cruz elevado não demonstraram efeitos depressores na função motora e atividade exploratória desses animais. Dessa forma, conclui-se que o uso do OEEg é seguro, uma vez que não causa efeitos toxicológicos, hemolíticos nem comportamentais, e apresenta atividades farmacológicas antinociceptiva e anti-inflamatória.


9
  • MILENA ROBERTA FREIRE DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO AMOSTRAL DA MICROBIOTA DO RIO SÃO FRANCISCO NO MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO, BAHIA, E SUA RELAÇÃO COM A SAUDE PÚBLICA

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KATIA CILENE DA SILVA FELIX
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 30/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • O rio São Francisco corresponde a um dos mais importantes rios brasileiros, sendo a principal fonte hídrica da região Nordeste do Brasil. O uso indiscirminado de suas águas vem intensificando seu processo de degradação. No município de Paulo Afonso, Bahia, esta bacia hidrográfica desempenha funções importantes para a população local. Contudo, o crescimento populacional desordenado e a utilização inadequada desse ecossistema vêm impactando a qualidade da água e vida aquática. O presente estudo objetivou avaliar os parâmetros, físico-químicos,  microbiológicos e parasitológico deste rio no municipio de Paulo Afonso, Bahia e correlacionar os dados com a saúde públuca, bem como analisar trabalhos de revisão relacionados a temas voltados para o monitoramento de ambientes aquáticos impactados. Para isso, foram realizadas coletas de água em cinco pontos estratégicos denominados P1-P5. A determinação dos parâmetros físico-químicos e de metais foram realizadas por meio de equipamentos e kits específicos. Já a a presença de contaminantes emergentes foi determinada por meio da análise cromatógrafica por cromatografia líquida de alta eficiência. Para classificação e identificação bacteriana foram utilizadas a coloração de Gram e o método bioquímico automatizado, respectivamente. Este último também foi aplicado para identificação do perfil de suscetibilidade\resistência. Adicionalmente, as amostras foram avaliadas quanto a presença de coliformes totais, termotolerante e parasitas. Os resultados demontraram que a maioria dos pontos investigados apresentou os parâmetros físico-químicos em conformidade com a resolução nº 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) dos quais, apenas o P3 apresentou divergência para os valores  de amônia encontrado. Todos os metais investigados foram detectados na água, todavia, estes estavam dentro dos valores limítrofes. Em relação a análise cromatográfica não foi identificado nenhum dos contaminantes avalidos. Esta ausência pode ser devida a quantidades inferiores aos limites de detecção do equipamento. Já em relação a caracterização da microbiota local os resultados foram preocupantes. Foram identificadas tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas, classificadas em 15 gêneros, representando 54 isolados. O perfil de suscetibilidade\resistência, revelaram que 40% foram resistentes a ampicilina e 31% a amoxilina\ácido clavulânico. Para os demais antimicrobianos foram identificados percentuais distintos e menores. Dos pontos investigados o P1 e o P3 foram os mais contaminados, uma vez que apresentaram maior diversidade bacteriana e  resistencia aos fármacos testados. Coliformes totais estavam presentes nos cinco pontos com valores  iguais ou maiores que 6.600 NMP/100 mL. Já a análise parasitologica detectou parasitas nos pontos P1, P3 e P5, sendo estes as espécies: Endolimax nana (P1 e P3); Entamoeba coli (P5) e Tênia sp (P3). Os resultados aqui apresentados corresponde a uma alternativa viável para o monitoramento de ambiente aquático impactado. A presença e disseminação de bactérias patogênicas é um indicativo de que este ambiente apesar de apresentar condições fisico-quimicas em conformidades com a legislação, está albergando microrganismos patogênicos que representam risco à populção podendo contribuir com problemas futuros de saúde pública. Diante disso, é evidente que sem a tomada de medidas corretivas pleiteando a recuperação do rio e a conscientização da população do entorno, os riscos para a saúde, segurança e bem-estar dos que utilizam  esta agua tendem a crescer.



  • Mostrar Abstract
  • O rio São Francisco corresponde a um dos mais importantes rios brasileiros, sendo a principal fonte hídrica da região Nordeste do Brasil. O uso indiscirminado de suas águas vem intensificando seu processo de degradação. No município de Paulo Afonso, Bahia, esta bacia hidrográfica desempenha funções importantes para a população local. Contudo, o crescimento populacional desordenado e a utilização inadequada desse ecossistema vêm impactando a qualidade da água e vida aquática. O presente estudo objetivou avaliar os parâmetros, físico-químicos,  microbiológicos e parasitológico deste rio no municipio de Paulo Afonso, Bahia e correlacionar os dados com a saúde públuca, bem como analisar trabalhos de revisão relacionados a temas voltados para o monitoramento de ambientes aquáticos impactados. Para isso, foram realizadas coletas de água em cinco pontos estratégicos denominados P1-P5. A determinação dos parâmetros físico-químicos e de metais foram realizadas por meio de equipamentos e kits específicos. Já a a presença de contaminantes emergentes foi determinada por meio da análise cromatógrafica por cromatografia líquida de alta eficiência. Para classificação e identificação bacteriana foram utilizadas a coloração de Gram e o método bioquímico automatizado, respectivamente. Este último também foi aplicado para identificação do perfil de suscetibilidade\resistência. Adicionalmente, as amostras foram avaliadas quanto a presença de coliformes totais, termotolerante e parasitas. Os resultados demontraram que a maioria dos pontos investigados apresentou os parâmetros físico-químicos em conformidade com a resolução nº 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) dos quais, apenas o P3 apresentou divergência para os valores  de amônia encontrado. Todos os metais investigados foram detectados na água, todavia, estes estavam dentro dos valores limítrofes. Em relação a análise cromatográfica não foi identificado nenhum dos contaminantes avalidos. Esta ausência pode ser devida a quantidades inferiores aos limites de detecção do equipamento. Já em relação a caracterização da microbiota local os resultados foram preocupantes. Foram identificadas tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas, classificadas em 15 gêneros, representando 54 isolados. O perfil de suscetibilidade\resistência, revelaram que 40% foram resistentes a ampicilina e 31% a amoxilina\ácido clavulânico. Para os demais antimicrobianos foram identificados percentuais distintos e menores. Dos pontos investigados o P1 e o P3 foram os mais contaminados, uma vez que apresentaram maior diversidade bacteriana e  resistencia aos fármacos testados. Coliformes totais estavam presentes nos cinco pontos com valores  iguais ou maiores que 6.600 NMP/100 mL. Já a análise parasitologica detectou parasitas nos pontos P1, P3 e P5, sendo estes as espécies: Endolimax nana (P1 e P3); Entamoeba coli (P5) e Tênia sp (P3). Os resultados aqui apresentados corresponde a uma alternativa viável para o monitoramento de ambiente aquático impactado. A presença e disseminação de bactérias patogênicas é um indicativo de que este ambiente apesar de apresentar condições fisico-quimicas em conformidades com a legislação, está albergando microrganismos patogênicos que representam risco à populção podendo contribuir com problemas futuros de saúde pública. Diante disso, é evidente que sem a tomada de medidas corretivas pleiteando a recuperação do rio e a conscientização da população do entorno, os riscos para a saúde, segurança e bem-estar dos que utilizam  esta agua tendem a crescer.


10
  • CAMILA REIS GUIMARÃES BALEEIRO
  • VALIDAÇÃO INTERNA DE MÉTODOS DE GENOTIPAGEM DE MARCADORES AUTOSSÔMICOS EM LABORATÓRIOS DE GENÉTICA FORENSE

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RONALDO CARNEIRO DA SILVA JÚNIOR
  • RODRIGO SOARES DE MOURA NETO
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 30/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • A Genética Forense é uma área da Criminalística amplamente regulada por normas de qualidade, tendo em vista a robustez das provas por ela fornecidas. Entre os parâmetros de qualidade que devem ser seguidos por laboratórios de Genética Forense em todo o mundo, a validação interna dos métodos por ele utilizados é um procedimento essencial para atestar a validade dos resultados emitidos. O SWGDAM é um grupo composto de cientistas que representam os Laboratórios Forenses dos Estados Unidos e Canadá, e suas publicações são utilizadas como referência na área em todo o mundo. O grupo publicou um guia de referência para a condução do estudo de validação interna em laboratórios de Genética Forense e nele estão descritos quais os ensaios que devem ser realizados para que os principais parâmetros de análise sejam contemplados. Apesar disso, ainda não se dispõe de publicações de referência que reúnam as metodologias que poderão ser adotadas para a condução de cada um dos ensaios descritos, bem como que apresente as principais diferenças entre elas. Esse trabalho visa apresentar e discutir os métodos e procedimentos necessários para que laboratórios de genética forense possam realizar a Validação Interna de kits de amplificação e genotipagem de STRs autossômicos utilizados na rotina de processamento de amostras para análise de DNA.



  • Mostrar Abstract
  • A Genética Forense é uma área da Criminalística amplamente regulada por normas de qualidade, tendo em vista a robustez das provas por ela fornecidas. Entre os parâmetros de qualidade que devem ser seguidos por laboratórios de Genética Forense em todo o mundo, a validação interna dos métodos por ele utilizados é um procedimento essencial para atestar a validade dos resultados emitidos. O SWGDAM é um grupo composto de cientistas que representam os Laboratórios Forenses dos Estados Unidos e Canadá, e suas publicações são utilizadas como referência na área em todo o mundo. O grupo publicou um guia de referência para a condução do estudo de validação interna em laboratórios de Genética Forense e nele estão descritos quais os ensaios que devem ser realizados para que os principais parâmetros de análise sejam contemplados. Apesar disso, ainda não se dispõe de publicações de referência que reúnam as metodologias que poderão ser adotadas para a condução de cada um dos ensaios descritos, bem como que apresente as principais diferenças entre elas. Esse trabalho visa apresentar e discutir os métodos e procedimentos necessários para que laboratórios de genética forense possam realizar a Validação Interna de kits de amplificação e genotipagem de STRs autossômicos utilizados na rotina de processamento de amostras para análise de DNA.


11
  • MARIA CIDINARIA SILVA ALVES
  • Caracterização estrutural e expressão diferencial de TLPs (Thaumatin-Like Proteins) em duas leguminosas da Caatinga sob estresse abiótico

  • Orientador : VALESCA PANDOLFI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALESCA PANDOLFI
  • JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
  • MAGNOLIA DE ARAUJO CAMPOS
  • Data: 26/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • A seca e a salinidade estão entre os fatores de estresse que mais impactam o crescimento e o desenvolvimento das plantas, alterando a dinâmica dos ecossistemas naturais, a diversidade genética e diminuindo a produtividade agrícola. Além disso, os danos causados por esses estresses tendem a ser acentuados devido às mudanças climáticas globais. Tal cenário destaca a importância de estudos envolvendo espécies adaptadas a tais condições, como Cenostigma pyramidale e Stylosanthes scabra, com grande potencial na prospecção e análise de genes relacionados à tolerância a esses estresses. Proteínas semelhantes à taumatina (TLPs) são uma família de proteínas envolvidas no processo de desenvolvimento como também estão associadas à resposta da planta a estresses bióticos e abióticos. No presente estudo, nós identificamos, caracterizamos estruturalmente e verificamos o perfil transcricional de genes que codificam TLPs no transcriptoma dessas espécies em resposta a dois tipos de estresse: a) C. pyramidale sob imposição de salinidade (30 min, 2h e 11 dias após o estresse) e b) S. scabra 6, 24 e 48 horas após o estresse hídrico e após 6 horas de reidratação, inferindo sobre suas características estruturais, funcionais e padrões de expressão. A análise in silico permitiu a identificação de 100 TLPs, sendo 36 e 64 TLPs nos transcriptomas de C. pyramidale e S. scabra, respectivamente. As sequências candidatas (para ambas as espécies) mostraram similaridade estrutural significativa com as TLPs descritas em outras espécies. A análise de expressão (via PCR quantitativo) revelou tendências de expressão distintas para as duas espécies, bem como entre os tecidos avaliados (folha e raiz). No entanto, a superexpressão de algumas TLPs indicou uma associação com a tolerância de C. pyramidale à salinidade e a tolerância de S. scabra à restrição de água. As TLPs caracterizadas e diferencialmente expressas nas espécies estudadas representam candidatos promissores para uso biotecnológico e no melhoramento de plantas, visando a obtenção de plantas mais tolerantes à seca e salinidade.


  • Mostrar Abstract
  • A seca e a salinidade estão entre os fatores de estresse que mais impactam o crescimento e o desenvolvimento das plantas, alterando a dinâmica dos ecossistemas naturais, a diversidade genética e diminuindo a produtividade agrícola. Além disso, os danos causados por esses estresses tendem a ser acentuados devido às mudanças climáticas globais. Tal cenário destaca a importância de estudos envolvendo espécies adaptadas a tais condições, como Cenostigma pyramidale e Stylosanthes scabra, com grande potencial na prospecção e análise de genes relacionados à tolerância a esses estresses. Proteínas semelhantes à taumatina (TLPs) são uma família de proteínas envolvidas no processo de desenvolvimento como também estão associadas à resposta da planta a estresses bióticos e abióticos. No presente estudo, nós identificamos, caracterizamos estruturalmente e verificamos o perfil transcricional de genes que codificam TLPs no transcriptoma dessas espécies em resposta a dois tipos de estresse: a) C. pyramidale sob imposição de salinidade (30 min, 2h e 11 dias após o estresse) e b) S. scabra 6, 24 e 48 horas após o estresse hídrico e após 6 horas de reidratação, inferindo sobre suas características estruturais, funcionais e padrões de expressão. A análise in silico permitiu a identificação de 100 TLPs, sendo 36 e 64 TLPs nos transcriptomas de C. pyramidale e S. scabra, respectivamente. As sequências candidatas (para ambas as espécies) mostraram similaridade estrutural significativa com as TLPs descritas em outras espécies. A análise de expressão (via PCR quantitativo) revelou tendências de expressão distintas para as duas espécies, bem como entre os tecidos avaliados (folha e raiz). No entanto, a superexpressão de algumas TLPs indicou uma associação com a tolerância de C. pyramidale à salinidade e a tolerância de S. scabra à restrição de água. As TLPs caracterizadas e diferencialmente expressas nas espécies estudadas representam candidatos promissores para uso biotecnológico e no melhoramento de plantas, visando a obtenção de plantas mais tolerantes à seca e salinidade.

12
  • ALYSSON DE SÁ PEREIRA LIMA
  • Investigação do potencial biotecnológico da microalga Scenedesmus obliquus (Turpin) Kützing isolada no semiárido pernambucano.

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLI MATIAS DE MACEDO DANTAS
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • Data: 29/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • Investigação do potencial biotecnológico da microalga Scenedesmus obliquus (Turpin) Kützing isolada no Semiárido pernambucano.

    Resumo: Microalgas são organismos fotossintetizantes com grande diversidade bioquímica, e assim podem ser aplicadas em diferentes campos biotecnológicos. Porém, o conhecimento a respeito das potencialidades de moléculas bioativas ainda é insuficiente, sobretudo, num contexto de ascensão no mercado nutracêutico. O presente estudo teve como objetivo realizar uma investigação do potencial biotecnológico da clorófita Scenedesmus obliquus isolada no Semiárido pernambucano quanto a recuperação de compostos, atividades biológicas e possíveis aplicações da biomassa e seus derivados. A microalga foi cultivada em meio BBMmodificado (Bold Basal Medium) usando sistema semicontínuo e sob parâmetros de temperatura, luminosidade e pH controlados. A caracterização química preliminar da biomassa se deu por meio da quantificação do teor de proteína, carboidratos e amido (biomassa seca e residual, após extração). Além disso, um concentrado de exopolissacarídeos foi obtido e analisado. O processo de extração de compostos envolveu três ciclos para cada um dos solventes utilizados, compondo as frações aquosa, etanólica, acetônica e hexânica, que foram avaliadas quanto ao teor de compostos fenólicos e atividades antioxidante, antibacteriana, capacidade de inibição enzimática e atividade hemolítica. O potencial antioxidante variou entre os diferentes extratos, onde os valores de sequestro de DPPH variaram entre 17,51-63,12%, para o radical ABTS os extratos revelaram valores entre 6,82-22,89%, e para a redução de fosfomolibdêncio foram observados resultados entre 18,40 -71,44 mg EAA/ g peso seco. Além disso, a capacidade de inibição enzimática foi verificada para todos os tratamentos, com valores de inibição significativa (p<0,001) para as proteases quimotripsina (34,78-45,8%) e pepsina (16,64-27,27%), além da α-amilase (24,79%) e lipase (31,05%). No teste de atividade antibacteriana, apenas o extrato etanólico apresentou inibição contra Lysteria sp. (CIM=256 µg/mL). Tal fração apresentou também os maiores níveis significativos (p<0,001) de hemólise (31,88-52,45%). O potencial prebiótico dos exopolissacarídeos (EPS) de S. obliquus foi demonstrado, estimulando o crescimento das cepas de Lactobacillus rhamnosus e L. plantarum. Assim, os dados gerados neste estudo sugerem a presença de moléculas com potencial biotecnológico e nutracêutico. Os resultados obtidos com a cepa de S. obliquus isolada do semiárido, uma espécie local, revelam o potencial destas microalgas ainda pouco estudadas. Mais estudos complementares podem evidenciar tais propriedades e revelar mais informações quanto a sua segurança alimentar e aplicações terapêuticas.


  • Mostrar Abstract
  • Investigação do potencial biotecnológico da microalga Scenedesmus obliquus (Turpin) Kützing isolada no Semiárido pernambucano.

    Resumo: Microalgas são organismos fotossintetizantes com grande diversidade bioquímica, e assim podem ser aplicadas em diferentes campos biotecnológicos. Porém, o conhecimento a respeito das potencialidades de moléculas bioativas ainda é insuficiente, sobretudo, num contexto de ascensão no mercado nutracêutico. O presente estudo teve como objetivo realizar uma investigação do potencial biotecnológico da clorófita Scenedesmus obliquus isolada no Semiárido pernambucano quanto a recuperação de compostos, atividades biológicas e possíveis aplicações da biomassa e seus derivados. A microalga foi cultivada em meio BBMmodificado (Bold Basal Medium) usando sistema semicontínuo e sob parâmetros de temperatura, luminosidade e pH controlados. A caracterização química preliminar da biomassa se deu por meio da quantificação do teor de proteína, carboidratos e amido (biomassa seca e residual, após extração). Além disso, um concentrado de exopolissacarídeos foi obtido e analisado. O processo de extração de compostos envolveu três ciclos para cada um dos solventes utilizados, compondo as frações aquosa, etanólica, acetônica e hexânica, que foram avaliadas quanto ao teor de compostos fenólicos e atividades antioxidante, antibacteriana, capacidade de inibição enzimática e atividade hemolítica. O potencial antioxidante variou entre os diferentes extratos, onde os valores de sequestro de DPPH variaram entre 17,51-63,12%, para o radical ABTS os extratos revelaram valores entre 6,82-22,89%, e para a redução de fosfomolibdêncio foram observados resultados entre 18,40 -71,44 mg EAA/ g peso seco. Além disso, a capacidade de inibição enzimática foi verificada para todos os tratamentos, com valores de inibição significativa (p<0,001) para as proteases quimotripsina (34,78-45,8%) e pepsina (16,64-27,27%), além da α-amilase (24,79%) e lipase (31,05%). No teste de atividade antibacteriana, apenas o extrato etanólico apresentou inibição contra Lysteria sp. (CIM=256 µg/mL). Tal fração apresentou também os maiores níveis significativos (p<0,001) de hemólise (31,88-52,45%). O potencial prebiótico dos exopolissacarídeos (EPS) de S. obliquus foi demonstrado, estimulando o crescimento das cepas de Lactobacillus rhamnosus e L. plantarum. Assim, os dados gerados neste estudo sugerem a presença de moléculas com potencial biotecnológico e nutracêutico. Os resultados obtidos com a cepa de S. obliquus isolada do semiárido, uma espécie local, revelam o potencial destas microalgas ainda pouco estudadas. Mais estudos complementares podem evidenciar tais propriedades e revelar mais informações quanto a sua segurança alimentar e aplicações terapêuticas.

13
  • MARIA GABRIELA MORENO AVILA
  • USO DE FERRAMENTAS BIOTECNOLÓGICAS NO MANEJO DO CORAL CONSTRUTOR MUSSISMILIA HARTTII

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KARINA RIBEIRO
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • THIAGO BARBOSA CAHU
  • Data: 29/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • Mussismilia harttii é uma espécie endêmica e o principal coral construtor de recifes no Nordeste do Brasil e suas populações estão atualmente classificadas como Em Perigo na lista vermelha brasileira. Portanto, é urgente priorizar os trabalhos de restauração com a espécie. Portanto, foi (1) avaliada a viabilidade do cultivo in situ de M. harttii utilizando duas versões de um berço de cultivo denominado FASTen, criado com tecnologia de impressão 3D e (2) avaliado o número de nubbins que podem ser obtidos de um pólipo doador. Os pólipos foram coletados do substrato marinho para evitar o uso de corais saudáveis. Foram realizados dois experimentos, cada uma com um N=10 por tratamento, devido às restrições da licença ambiental. No experimento 1, duas variantes do berço FASTen foram testadas, a primeira com uma superfície plana de fixação dos corais, e a segunda com colunas nas bordas.  No experimento 2, foram realizados três tratamentos: (TA) um pólipo correspondia a um nubbin, (TB) os pólipos foram divididos pela metade e (TC) cada pólipo foi dividido em três nubbins. Os pólipos foram produzidos utilizando um micro retífica, posteriormente, foram pesados, fixados nos berços e inseridos sobre a base de ancoragem fixada sobre uma mesa de cultivo. Com base nas métricas de produtividade dos dois experimentos, foi realizado uma análise de custo do berçário de corais. Após 150 dias de cultivo, foi demonstrado que os dispositivos impressos em 3D eram eficazes como substrato para o crescimento dos nubbins de Mussismismilia harttii. Foi observado um ganho de peso de 251% ou 9,75 ± 4,38 g para o berço liso e 192% ou 9,73 ± 4,14 g para o ornamentado. As taxas específicas de crescimento (SGR) e sobrevivência foram similares em ambos os tratamentos (p= 0,40726). No experimento 2, foi obtido um ganho de peso de 8,20 ± 0,95, 4,83 ± 1,76 e 4,44 ± 0,75 g, equivalente a um aumento de 82%, 92% e 106% para cada tratamento. Foi observada uma sobrevivência de 80% nos tratamentos A e B e 70% no tratamento C, e uma média SGR de 0,0039; 0,0042 e 0,0047 (dia-1) (p= 0,5667). Os custos mensais de produção de nubbins variaram entre 0,60 USD e 1,88 USD, destacando uma redução de custos através do aumento do tempo de produção e cultivo. O uso da tecnologia de impressão 3D permite o desenho de materiais leves e fáceis de manusear, bem como o uso de materiais biodegradáveis e biocompatíveis que favorecem o assentamento de corais. Os resultados de crescimento são encorajadores, e os pólipos estressados se recuperam com sucesso nas mesas de cultivo mesmo quando fragmentados em 3 partes, evidenciando a alta capacidade de regeneração da espécie, confirmando que o cultivo de corais com tecnologia 3D pode melhorar o desempenho da produção de nubbins de M. harttii em programas de restauração ambiental.


  • Mostrar Abstract
  • Mussismilia harttii é uma espécie endêmica e o principal coral construtor de recifes no Nordeste do Brasil e suas populações estão atualmente classificadas como Em Perigo na lista vermelha brasileira. Portanto, é urgente priorizar os trabalhos de restauração com a espécie. Portanto, foi (1) avaliada a viabilidade do cultivo in situ de M. harttii utilizando duas versões de um berço de cultivo denominado FASTen, criado com tecnologia de impressão 3D e (2) avaliado o número de nubbins que podem ser obtidos de um pólipo doador. Os pólipos foram coletados do substrato marinho para evitar o uso de corais saudáveis. Foram realizados dois experimentos, cada uma com um N=10 por tratamento, devido às restrições da licença ambiental. No experimento 1, duas variantes do berço FASTen foram testadas, a primeira com uma superfície plana de fixação dos corais, e a segunda com colunas nas bordas.  No experimento 2, foram realizados três tratamentos: (TA) um pólipo correspondia a um nubbin, (TB) os pólipos foram divididos pela metade e (TC) cada pólipo foi dividido em três nubbins. Os pólipos foram produzidos utilizando um micro retífica, posteriormente, foram pesados, fixados nos berços e inseridos sobre a base de ancoragem fixada sobre uma mesa de cultivo. Com base nas métricas de produtividade dos dois experimentos, foi realizado uma análise de custo do berçário de corais. Após 150 dias de cultivo, foi demonstrado que os dispositivos impressos em 3D eram eficazes como substrato para o crescimento dos nubbins de Mussismismilia harttii. Foi observado um ganho de peso de 251% ou 9,75 ± 4,38 g para o berço liso e 192% ou 9,73 ± 4,14 g para o ornamentado. As taxas específicas de crescimento (SGR) e sobrevivência foram similares em ambos os tratamentos (p= 0,40726). No experimento 2, foi obtido um ganho de peso de 8,20 ± 0,95, 4,83 ± 1,76 e 4,44 ± 0,75 g, equivalente a um aumento de 82%, 92% e 106% para cada tratamento. Foi observada uma sobrevivência de 80% nos tratamentos A e B e 70% no tratamento C, e uma média SGR de 0,0039; 0,0042 e 0,0047 (dia-1) (p= 0,5667). Os custos mensais de produção de nubbins variaram entre 0,60 USD e 1,88 USD, destacando uma redução de custos através do aumento do tempo de produção e cultivo. O uso da tecnologia de impressão 3D permite o desenho de materiais leves e fáceis de manusear, bem como o uso de materiais biodegradáveis e biocompatíveis que favorecem o assentamento de corais. Os resultados de crescimento são encorajadores, e os pólipos estressados se recuperam com sucesso nas mesas de cultivo mesmo quando fragmentados em 3 partes, evidenciando a alta capacidade de regeneração da espécie, confirmando que o cultivo de corais com tecnologia 3D pode melhorar o desempenho da produção de nubbins de M. harttii em programas de restauração ambiental.

14
  • IRIVANIA FIDELIS DA SILVA AGUIAR
  • Óleo essencial de Eugenia flavescens DC. (Myrtaceae): um gastroprotector com propriedades analgésicas

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • Data: 02/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • A Eugênia Flavescens Dc (Myrtaceae) é uma planta medicinal conhecida popularmente como araçá-da-mata, encontra-se distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais com relatos na medicina tradicional no uso da dor, inflamação e diarreia, descrito na literatura as atividades fitotóxico e de citotoxicidade. Neste estudo avaliamos pela primeira vez o potencial gastroprotetor e nociceptivo do óleo essencial (OE) de E. flavescens. As folhas foram coletadas no município de Santa Cruz da Baixa Verde/PE, o OE foi extraído por hidrodestilação, a caracterização química do OE foi analisada por cromatografia gasosa e espectrometria de massa (GC/EM). Para os testes de lesão gástricas foram utilizados os métodos induzidos por etanol e etanol/HCl, a área ulcerada foi mensurada por software ImageJ (Version 1.45) em mm2. Como também, foram analisados os possíveis mecanismos de ação que atuam na proteção gástrica como os compostos sulfidrílicos (-SH), óxido nítrico (NO), canais K+ATP e síntese da prostaglandina E2 (PGE2). Ademais, analisamos o potencial antioxidante e toxicidade aguda do OE. Nossos resultados mostraram que o (OE) de E. flavescens apresentaram como majoritários o Guaiol 19,97%, Germacrene B 12,53%, bicyclogermacrene 11,11%, E-cariophylene 7,53%, compostos comuns encontradas em outras espécies de plantas medicinais com atividade gastroprotetora. Todos os resultados foram expressos em média epm (p<0.05), o OE apresentou eficácia na redução da úlcera gástrica induzidas por etanol e etanol/HCl, as concentrações de 50, 100 mg/kg apresentaram os melhores resultados comparados com o grupo controle (+) carbenoxolona com redução de 18,29±6,26; 6,75±2,00 % (etanol) e 16,26±1,49; 2,04±0,80% (etanol/HCl). O mecanismo de ação do OE pode estar relacionado com redução especies reativas como os compostos -SH e ON, sendo reduzidos em 42,73% e 64,73% respectivamente. Essa capacidade de redução é explicada pela presença de moléculas antioxidantes no EO de E. flavescens E-cariophylene, bicyclogermacrene.  Nossos resultados contribuem para a rápida recuperação da mucosa gástrica após tratamento com OE E. flavescens, sem qualquer toxicidade observada tem grande potencial para o desenvolvimento de novos fármacos antiúlcera.


  • Mostrar Abstract
  • A Eugênia Flavescens Dc (Myrtaceae) é uma planta medicinal conhecida popularmente como araçá-da-mata, encontra-se distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais com relatos na medicina tradicional no uso da dor, inflamação e diarreia, descrito na literatura as atividades fitotóxico e de citotoxicidade. Neste estudo avaliamos pela primeira vez o potencial gastroprotetor e nociceptivo do óleo essencial (OE) de E. flavescens. As folhas foram coletadas no município de Santa Cruz da Baixa Verde/PE, o OE foi extraído por hidrodestilação, a caracterização química do OE foi analisada por cromatografia gasosa e espectrometria de massa (GC/EM). Para os testes de lesão gástricas foram utilizados os métodos induzidos por etanol e etanol/HCl, a área ulcerada foi mensurada por software ImageJ (Version 1.45) em mm2. Como também, foram analisados os possíveis mecanismos de ação que atuam na proteção gástrica como os compostos sulfidrílicos (-SH), óxido nítrico (NO), canais K+ATP e síntese da prostaglandina E2 (PGE2). Ademais, analisamos o potencial antioxidante e toxicidade aguda do OE. Nossos resultados mostraram que o (OE) de E. flavescens apresentaram como majoritários o Guaiol 19,97%, Germacrene B 12,53%, bicyclogermacrene 11,11%, E-cariophylene 7,53%, compostos comuns encontradas em outras espécies de plantas medicinais com atividade gastroprotetora. Todos os resultados foram expressos em média epm (p<0.05), o OE apresentou eficácia na redução da úlcera gástrica induzidas por etanol e etanol/HCl, as concentrações de 50, 100 mg/kg apresentaram os melhores resultados comparados com o grupo controle (+) carbenoxolona com redução de 18,29±6,26; 6,75±2,00 % (etanol) e 16,26±1,49; 2,04±0,80% (etanol/HCl). O mecanismo de ação do OE pode estar relacionado com redução especies reativas como os compostos -SH e ON, sendo reduzidos em 42,73% e 64,73% respectivamente. Essa capacidade de redução é explicada pela presença de moléculas antioxidantes no EO de E. flavescens E-cariophylene, bicyclogermacrene.  Nossos resultados contribuem para a rápida recuperação da mucosa gástrica após tratamento com OE E. flavescens, sem qualquer toxicidade observada tem grande potencial para o desenvolvimento de novos fármacos antiúlcera.

15
  • KAROLAYNE SILVA SOUZA
  • VIGILÂNCIA AMBIENTAL, POR MEIO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS DE UM RIACHO URBANO IMPACTADO EM RECIFE-PE, BRASIL

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KATIA CILENE DA SILVA FELIX
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 03/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • O Riacho Cavouco é um afluente de uma das principais bacias hidrográficas do estado de Pernambuco. Estudos anteriores mostram que este ambiente vem sofrendo impactos de origem antrópica, os quais tem contribuído para mudanças expressivas na qualidade da água e propagação de microrganismos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de vigilância no Riacho Cavouco por meio de dados atuais e retrospectivos das condições ambientais deste ecossistema, além de realizar uma análise da literatura, afim de gerar artigos de revisão relacionados ao tema. Para o aporte de dados atuais foi obtido coleta de água em pontos específicos do “Cavouco”. A determinação dos parâmetros físico-químicos e metais foram efetuadas por meio de equipamentos e kits específicos. Já a detecção de contaminantes emergentes foi realizada por meio de cromatografia líquida de alta eficiência e a análise da microbiota foi realizada por parâmetros morfológicos e moleculares (MALDI-TOF-MS e sequenciamento do gene 16S rRNA); além de parâmetros parasitológicos. Os resultados apontaram que a maioria dos pontos investigados estavam em não conformidade com a Resolução nº 357/2005 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), principalmente os metais investigados, os quais estavam presentes em todos os pontos, com o Alumínio (Al) e o Ferro (Fe) apresentando valores acima dos limítrofes estabelecidos pela legislação. Os demais contaminantes (anilina, ácido benzoico, catecol, ácidos orgânicos voláteis, açúcares, álcoois, 2,4-diaminoanisol, 2,4-dinitroanisol e 2-metoxi-5-nitroanilina, não foram detectados pelas análises cromatográficas. Em relação a microbiota, foi verificado que o “Cavouco” apresenta uma alta diversidade bacteriana, representada por isolados Gram-positivos e Gram-negativos, alguns de origem ambiental e outros de origem clínica, com a presença de parasitas (Paramecium) apenas no ponto 2. O estudo realizou, também, uma análise restrospectiva e comparativa de dados obtidos a partir de 2013 até o presente momento (2021). Os resultados revelaram uma bioacumulação gradativa de metais e cargas orgânicas, além de uma significativa diversidade microbiana. Essa condição ambiental revela que este ambiente continua sofrendo impacto ambiental e, serve como um alerta para a gestão e a comunidade acadêmica e circunvizinha de que, medidas efetivas precisam ser tomadas para resgatar e conservar a qualidade da agua e vida deste ecossistema.

     



  • Mostrar Abstract
  • O Riacho Cavouco é um afluente de uma das principais bacias hidrográficas do estado de Pernambuco. Estudos anteriores mostram que este ambiente vem sofrendo impactos de origem antrópica, os quais tem contribuído para mudanças expressivas na qualidade da água e propagação de microrganismos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de vigilância no Riacho Cavouco por meio de dados atuais e retrospectivos das condições ambientais deste ecossistema, além de realizar uma análise da literatura, afim de gerar artigos de revisão relacionados ao tema. Para o aporte de dados atuais foi obtido coleta de água em pontos específicos do “Cavouco”. A determinação dos parâmetros físico-químicos e metais foram efetuadas por meio de equipamentos e kits específicos. Já a detecção de contaminantes emergentes foi realizada por meio de cromatografia líquida de alta eficiência e a análise da microbiota foi realizada por parâmetros morfológicos e moleculares (MALDI-TOF-MS e sequenciamento do gene 16S rRNA); além de parâmetros parasitológicos. Os resultados apontaram que a maioria dos pontos investigados estavam em não conformidade com a Resolução nº 357/2005 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), principalmente os metais investigados, os quais estavam presentes em todos os pontos, com o Alumínio (Al) e o Ferro (Fe) apresentando valores acima dos limítrofes estabelecidos pela legislação. Os demais contaminantes (anilina, ácido benzoico, catecol, ácidos orgânicos voláteis, açúcares, álcoois, 2,4-diaminoanisol, 2,4-dinitroanisol e 2-metoxi-5-nitroanilina, não foram detectados pelas análises cromatográficas. Em relação a microbiota, foi verificado que o “Cavouco” apresenta uma alta diversidade bacteriana, representada por isolados Gram-positivos e Gram-negativos, alguns de origem ambiental e outros de origem clínica, com a presença de parasitas (Paramecium) apenas no ponto 2. O estudo realizou, também, uma análise restrospectiva e comparativa de dados obtidos a partir de 2013 até o presente momento (2021). Os resultados revelaram uma bioacumulação gradativa de metais e cargas orgânicas, além de uma significativa diversidade microbiana. Essa condição ambiental revela que este ambiente continua sofrendo impacto ambiental e, serve como um alerta para a gestão e a comunidade acadêmica e circunvizinha de que, medidas efetivas precisam ser tomadas para resgatar e conservar a qualidade da agua e vida deste ecossistema.

     


Teses
1
  • AMANDA VIRGINIA BARBOSA
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DOS EXTRATOS DE Aspidosperma pyrifolium MART. & ZUCC

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELBA VERONICA MATOSO MACIEL DE CARVALHO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • PRISCILLA ANDRADE DE MOURA
  • Data: 20/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • As plantas são utilizadas desde tempos primórdios com diversas finalidades, inclusive para o tratamento de diferentes enfermidades. Aspidosperma pyrifolium Mart. &amp; Zucc., é uma planta amplamente distribuída na Caatinga e bastante conhecida não apenas pela excelente madeira que produz como também pelas suas propriedades biológicas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a composição química e as atividades biológicas de extratos orgânicos de As. pyrifolium presente na Caatinga. As folhas e cascas de A. pyrifolium foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco. Para a produção dos extratos, as folhas de A. pyrifolium foram submetidas a duas condições: fermentação sólida pelo fungo Aspergillus niger (APFE) e extração hidroalcoólica em banho de ultrassom (APC e APF). A caracterização foi realizada através de Cromatografia líquida de alta eficiência / ionização por electropulverização acoplada a Espectrometria de massa (HPLC-ESI/MS). Os extratos foram comparados através da dosagem de compostos fenólicos, flavonols, flava -3-ols e proantocianidinas e pelas atividades antioxidantes (DPPH • , ABTS •+ CAT e FRAP). Os extratos também foram avaliados quanto à atividade antifúngica contra leveduras e fungos do Complexo Sporothrix schenkii e foi analizada a toxicidade em modelo in vivo de Galleria mellonela. Os extratos são ricos em ácidos fenólicos e flavonoides. Em relação à atividade antioxidante, o extrato foliar não fermentado (APF) apresentou os melhores resultados (DPPH • CI50 = 138,80 ± 6,11, ABTS %I = 67,38 ± 0,30, FRAP 183,13 ± 9,99 mg ET/g extrato) do que o extrato não fermentado entretanto, as folhas de A. pyrifolium servem como substrato de fermentação para A. niger. O extrato APF foi fungicida para todas as cepas de leveduras testadas com baixos valores de CFM que variou entre 2 – 64 µg/mL. Este extrato também apresentou a melhor atividade antifúngica para as cepas resistentes do Complexo S. schenkii, que obteve uma CIM de 2µg/mL e uma CFM de 4µg/mL para cepa de S. brasiliensis. Na atividade combinada com Itraconazol, APF demonstrou uma resposta sinérgica contra S. brasiliensis, com uma FIC de 0,12 µg/mL (sinergismo (IFIC ≤ 0,5)). A viabilidade das larvas de G. mellonella foi de 100% na concentração 256 µg/ larva do extrato APF. Assim, o extrato hidroalcoolico das folhas de A. pyrifolium apresenta-se como um potencial agente antioxidante e antifúngico contra leveduras e fungos resistentes do Complexo S. schenkii com alto grau de sinergismo e baixa toxicidade.


  • Mostrar Abstract
  • As plantas são utilizadas desde tempos primórdios com diversas finalidades, inclusive para o tratamento de diferentes enfermidades. Aspidosperma pyrifolium Mart. &amp; Zucc., é uma planta amplamente distribuída na Caatinga e bastante conhecida não apenas pela excelente madeira que produz como também pelas suas propriedades biológicas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a composição química e as atividades biológicas de extratos orgânicos de As. pyrifolium presente na Caatinga. As folhas e cascas de A. pyrifolium foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco. Para a produção dos extratos, as folhas de A. pyrifolium foram submetidas a duas condições: fermentação sólida pelo fungo Aspergillus niger (APFE) e extração hidroalcoólica em banho de ultrassom (APC e APF). A caracterização foi realizada através de Cromatografia líquida de alta eficiência / ionização por electropulverização acoplada a Espectrometria de massa (HPLC-ESI/MS). Os extratos foram comparados através da dosagem de compostos fenólicos, flavonols, flava -3-ols e proantocianidinas e pelas atividades antioxidantes (DPPH • , ABTS •+ CAT e FRAP). Os extratos também foram avaliados quanto à atividade antifúngica contra leveduras e fungos do Complexo Sporothrix schenkii e foi analizada a toxicidade em modelo in vivo de Galleria mellonela. Os extratos são ricos em ácidos fenólicos e flavonoides. Em relação à atividade antioxidante, o extrato foliar não fermentado (APF) apresentou os melhores resultados (DPPH • CI50 = 138,80 ± 6,11, ABTS %I = 67,38 ± 0,30, FRAP 183,13 ± 9,99 mg ET/g extrato) do que o extrato não fermentado entretanto, as folhas de A. pyrifolium servem como substrato de fermentação para A. niger. O extrato APF foi fungicida para todas as cepas de leveduras testadas com baixos valores de CFM que variou entre 2 – 64 µg/mL. Este extrato também apresentou a melhor atividade antifúngica para as cepas resistentes do Complexo S. schenkii, que obteve uma CIM de 2µg/mL e uma CFM de 4µg/mL para cepa de S. brasiliensis. Na atividade combinada com Itraconazol, APF demonstrou uma resposta sinérgica contra S. brasiliensis, com uma FIC de 0,12 µg/mL (sinergismo (IFIC ≤ 0,5)). A viabilidade das larvas de G. mellonella foi de 100% na concentração 256 µg/ larva do extrato APF. Assim, o extrato hidroalcoolico das folhas de A. pyrifolium apresenta-se como um potencial agente antioxidante e antifúngico contra leveduras e fungos resistentes do Complexo S. schenkii com alto grau de sinergismo e baixa toxicidade.

2
  • ABIGAIL MARCELINO DOS SANTOS SILVA
  • BIGASYSTEM: UMA FERRAMENTA BIONFORMÁTICA PARA IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA HUMANA E BANCO DE DADOS

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RODRIGO SOARES DE MOURA NETO
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MARCO JACINTO KATZENBERGER BAPTISTA NOVO
  • MARTIN ALEJANDRO MONTES
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 21/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Almejando praticidade e credibilidade em suas análises, as ferramentas bioinformáticas para análise estatística de identificação humana estão cada vez mais comuns na rotina de um geneticista forense. Porém, apesar dos notáveis avanços, ainda são insuficientes, já que não possibilitam em uma única ferramenta a identificação forense e o teste de paternidade com base nos tipos de marcadores genéticos (microssatélites autossômicos e do cromossomo Y) mais utilizados na rotina básica genética forense e a obtenção de valores de frequências alélicas e haplotípicas. Esses valores probabilísticos, alcançados a partir da validação de um banco de dados populacional, são indispensáveis na estatística forense. O BigASystem (dataBase and human Identification Genetic Analysis System) foi implementado com o intuito de atender estas necessidades. Para tanto, montou-se um banco de dados a partir de dados genéticos de locos microssatélites autossômicos e do cromossomo Y. Os algoritmos foram implementados a partir da linguagem de programação Python e posteriormente validados seguindo as normas da ISO17025 e da Sociedade Internacional de Genética Forense. O software BigASystem é constituído de dois módulos correspondentes a cada um dos tipos de dados genéticos. Cada módulo é disponibiliza duas funções: uma voltada para validação de banco de dados populacional e outra voltada para a estatística de identificação humana. A validação de todos os módulos ocorreu conforme o esperado, tendo sido observado que os resultados gerados pelo BigASystem foram semelhantes àqueles obtidos com diferentes ferramentas de análise. O BigASystem garante as funções mais básicas para um laboratório forense de rotina e pesquisa, viabilizando o seu uso em análises de determinação de paternidade/maternidade, de identificação forense de indivíduos e de genética de populações.



  • Mostrar Abstract
  • N/D

3
  • JESSIKA FERNANDA FERREIRA RIBEIRO
  • PLATAFORMAS IMUNOSSENSORAS ÓPTICAS E ELETROQUÍMICAS BASEADAS EM PONTOS QUÂNTICOS - APLICAÇÕES PARA A ZIKA

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • CARINNA NUNES DE LIMA
  • CLAUDILENE RIBEIRO CHAVES
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • Data: 20/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • A Zika é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e foi declarada emergência de saúde pública global devido a sua alta capacidade de disseminação e tendência em deixar sequelas, como a microcefalia em recém-nascidos e a síndrome de Guillain-Barré em adultos. Por esses motivos, a detecção de biomarcadores do vírus ou anticorpos responsíveis à infecção é relevante para a tomada de decisões e implementação de medidas que visam o controle da doença, especialmente para gestantes, pois ainda não há vacina disponível. Os métodos de detecção disponíveis, no entanto, são ainda laboriosos e/ou tem sensibilidade insuficiente, por exemplo. Por isso, o desenvolvimento de metodologias novas e complementares se faz importante, e nesse contexto, tem crescido o interesse na utilização de nanopartículas. Dentre essas, os nanocristais fluorescentes de semicondutores, chamados de pontos quânticos (PQs), têm se destacado por exibir vantajosas propriedades físico-químicas, que podem ser exploradas tanto em plataformas sensoras ópticas como eletroquímicas, tais como alta fotoestabilidade, superfície ativa para conjugação e estrutura isotrópica. Assim, o objetivo desta tese visou o desenvolvimento de plataformas imunossensoras ópticas e eletroquímicas baseadas em PQs, e sua aplicação na detecção de anticorpos e proteínas virais da Zika. Para a plataforma óptica foram desenvolvidos conjugados de PQs ligados covalentemente à anticorpos secundários (anti-IgG) que foram aplicados na detecção de anticorpos IgG associados à proteína do envelope viral (PE) do Zika vírus (anti-PE-ZIKV). Para tanto, o fluoroimunoensaio foi primeiramente otimizado utilizando a detecção de IgG humano. A avaliação da eficiência da conjugação e os ensaios de detecção foram realizados por ensaio fluorescente em microplaca. Os conjugados foram preparados com sucesso e permaneceram funcionais por pelo menos quatro meses. Ademais, a associação dos conjugados com a PE-ZIKV levou a resultados promissores na detecção dos anticorpos anti-PE-ZIKV, em uma concentração pelo menos 100x menor que a esperada para a resposta imune. Já para montagem eletroquímica, inicialmente foi realizado um estudo sistemático para investigar o papel dos PQs nessas plataformas, que foram constituídas por eletrodos convencionais de carbono vítreo (ECV) modificados com polipirrol aminado (PPyam). Para tanto, as moléculas IgG e anti-IgG foram utilizadas como modelos. O estudo revelou que, somente quando os PQs foram imobilizados covalentemente na superfície, houve um aumento da área funcional do eletrodo, melhorando a imobilização de IgG e proporcionando uma efetiva detecção. Esse resultado enfatizou a importância dessa nanopartícula para desenvolvimento de plataformas eletroquímicas mais sensíveis. Por fim, foi realizada a transposição da plataforma anterior para um sistema baseado em eletrodos impressos de carbono (EIc)/PPyam e PQs, para imobilização de anti-PE-ZIKV e detecção de PE-ZIKV. A especificidade da plataforma foi avaliada utilizando-se PE-DENV III. Os resultados indicaram que a plataforma foi capaz de detectar a PE de forma sensível e específica (< 10 pM). Portanto, pode-se concluir que os PQs se apresentam como efetivas nanoferramentas para confeccionar plataformas imunossensoras ópticas e eletroquímicas para detecção de anticorpos e proteínas virais da Zika, com potencial de aplicação para outras arboviroses.



  • Mostrar Abstract
  • N/D

4
  • MARIA FERNANDA DA COSTA GOMES
  • TRANSCRIPTÔMICA DE PROTEÍNAS DE TRANSPORTE DE MEMBRANA EM RAIZ DE PINHÃO MANSO SOB SALINIDADE

  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • EDERSON AKIO KIDO
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • MARCELO FRANCISCO POMPELLI
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 24/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O pinhão manso (Jatropha curcas) é uma oleaginosa com grande potencial para a produção de biocombustíveis principalmente em regiões áridas. Entretanto é comum a ocorrência de solos salinos nessas áreas, o que compromete a produtividade dessa espécie. Proteínas de transporte de membrana (PTM) incluem diversas famílias multigênicas que desempenham papel importante na tolerância à salinidade. Assim, identificamos e analisamos a expressão do transportoma (várias famílias de PTM) em raízes de acessos contrastantes de pinhão manso (Jc171 e Jc183) sob salinidade (3h; 150 mM NaCl) via RNA-Seq. Por meio de alinhamento BLASTx (E-value <1e-10) e análise de domínio, identificamos 2279 potenciais transcritos PTM, associados a 61 famílias. As famílias F-ATPase (332), MC (Mitochondrial Carrier - 299), ABC (ATP-binding Cassette - 277) e MFS (Major Facilitator Superfamily - 182) destacaram-se por apresentarem os maiores números de transcritos identificados, representando aproximadamente 48% do transportoma. O número de unigenes diferencialmente expressos (DEGs) em Jc171 e Jc183 foi respectivamente, 116 e 01 (p-value ≤ 0,0001, FDR ≤ 0,005, Log2 FC ≥ 1 or ≤ -1). A não modulação dos genes cofidicadores de PTM pelo acesso Jc183 pode ter ocorrido por representar um genótipo tolerante a concentrações bem superiores de NaCl. A modulação transcricional foi notória pelo acesso Jc171 (sensível) no qual destaca-se a indução das famílias: MFS (08), MC (08) e F-ATPase (08) e MIP (Major Intrinsic Protein - 22). As F-ATPases atuam no sequestro vacuolar de Na+ e minimizam o estresse oxidativo, enquanto os transportadores mitocondriais (MC) reduzem os níveis de ROS mitocondral. Por sua vez, os transportadores de açúcar (MFS) reforçam o ajuste osmótico, a reabsorção de monossacarídeos e mantêm a estabilidade da membrana celular, enquanto as aquaporinas (MIP) contribuem para o acúmulo de prolina e enzimas antioxidantes, facilitando a desintoxicação de ROS. A família MIP apresentou o maior número de unigenes induzidos correspondentes às subfamílias: PIP (Plasma Membrane Intrinsic Proteins - 15), TIP (Tonoplast Intrinsic Proteins - 6) e SIP (Small Basic Intrinsic Proteins - 1). A regulação diferencial desses transportadores contribui para o ajuste osmótico, redução do estresse oxidativo e da toxicidade iônica; bem como manutenção do balanço hídrico sob condições salinas. Nosso trabalho demonstra a atuação dos genes PTM na resposta adaptativa do pinhão manso à salinidade.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

5
  • GIZELE DE ANDRADE LUZ
  • Transcriptômica de fenilpropanoides e derivados em feijão-caupi submetido ao Cowpea Aphid-borne Mosaic Virus (CABMV)

  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • VALESCA PANDOLFI
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • Data: 26/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi (Vigna unguiculata) é uma importante fonte de proteínas em regiões tropicais e subtropicais. Entretanto, a sua produtividade é restringida pelos fatores adversos, incluindo as infecções virais. Em tais situações, os metabólitos secundários conferem uma plasticidade metabólica para as plantas, fornecendo barreiras físicas e químicas. Assim, este estudo identificou e analisou a expressão de transcritos associados a via dos fenilpropanoides, seus derivados (flavonoides e isoflavonoides) e precursores (vias do ácido chiquímico, fenilalanina e tirosina) no transcriptoma das folhas de feijão-caupi resistente ao Cowpea aphid-borne mosaic vírus (CABMV) após 1 hora (h) e 16 h da injúria seguida da inoculação de CABMV. Um total de 967 transcritos foram identificados, codificando todas as enzimas das vias precursoras e da biossíntese de fenilpropanoides, e a maioria das enzimas da biossíntese de flavonoides e isoflavonoides. Desse total, 65 transcritos diferencialmente expressos (DETs), a maioria induzidos na primeira hora de exposição ao estímulo, codificando enzimas da via precursora (três enzimas) e da biossíntese de fenilpropanoides (sete enzimas), flavonoides (três enzimas) e isoflavonoides (cinco enzimas). Tais enzimas induzidas participam da síntese de aminoácidos (fenilalanina e tirosina), monômeros da lignina, cumarinas e fitoalexinas, compostos de relevância fisiológica para a defesa das plantas a patógenos. Esses dados sugerem principalmente a ativação da via dos fenilpropanoides e isoflavonoides na defesa de feijão-caupi aos estímulos aplicados. Adicionalmente, a prospecção de Multidrug and toxic compound extrusion (MATE), uma família de transportadores multifuncional, incluindo o transporte de metabólitos secundários, identificou 68 VuMATEs (MATEs de V. unguiculata). A árvore fenética associada à ortologia indicou alguns VuMATEs como bons candidatos a desempenhar funções similares a de MATEs funcionalmente caracterizados. O transcriptoma RNA-Seq de VuMATEs compreendeu 245 transcritos associados a 54 loci. Desse total, 10 DETs (9 UR e 1 DR) associados a seis loci VuMATEs em 1 h após a injúria seguida da inoculação de CABMV, evidenciando sua participação no processo de percepção do estresse. Este estudo contribui para a compreensão dos mecanismos moleculares associados a injúria e a patógenos em feijão-caupi.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

6
  • ELIZABETH FERNANDA DE OLIVEIRA BORBA
  • POTENCIAL ANTIMICROBIANO E ANTICÂNCER DO EXTRATO HEXANO E SUBSTÂNCIAS ISOLADAS DA ESPÉCIE Miconia caiuia E POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MARCIA SILVA DO NASCIMENTO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Miconia caiuia abrigada na família Melastomataceae, foi identificada em 2013 e é conhecida nos estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia como Miconia nordestina. Habitualmente, as espécies do gênero Miconia são encontradas em áreas de restingas da Floresta Atlântica ou em florestas úmidas e submontanhosas nas regiões costeiras. Algumas espécies do gênero já são conhecidas popularmente por apresentar em sua composição fitoquímica princípios bioativos para as mais variadas atividades biológicas, como a Miconia albicans ou “canela de velho”. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial antimicrobiano e anticâncer do extrato orgânico e da (s) substância (s) isolada (s) da espécie Miconia caiuia e seu possível mecanismo de ação. As partes aéreas de M. caiuia foram coletadas no município de Chã Preta- AL e identificadas sob o número de exsicata IMA-MAC 9815. O extrato hexano dessa espécie (Mchex) foi preparado pelo método de maceração exaustiva e em seguida fracionado em cromatografia de coluna aberta com fase fixa sílica gel 60 G. A análise dos compostos químicos foi realizada por cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CG- Ms). A atividade antimicrobiana in vitro do extrato Mchex e das frações identificadas foram realizadas através do método de microdiluição em caldo com isolados clínicos S.aureus ORSA e espécies do gênero Candida, conforme preconiza o CLSI. Adicionalmente, foi analisado o perfil cicatrizante in vitro de Mchex com a linhagem celular L- 929 e a análise do perfil toxicológico de acordo com o guia 423 da OECD, 2001. Para realização da atividade antimicrobiana in vivo, foi necessário preparar uma formulação fitoterápica com a incorporação do Mchex nas concentrações de 5 % e 10 % para então avaliar o potencial antimicrobiano e cicatrizante através de feridas contaminadas por S.aureus ORSA com a análise dos estresses oxidativos e avalição histopatológica. Nos ensaios antifúngicos com a espécie Candida glabrata foram observadas as alterações morfológicas causadas pelo Mchex e as substâncias isoladas e em seguida avaliados os mecanismos de morte por citometria de fluxo. Por fim, para conhecer o perfil antitumoral das amostras em estudo foram utilizadas as linhagens cancerígenas HCT-116, P-815, HL-60 e K-562. De acordo com os valores de inibição obtidos, a linhagem HL-60 foi escolhida para proceder com os ensaios de CI 50 , análise das alterações morfológicas e estudo de mecanismos de ação por citometro de fluxo.


  • Mostrar Abstract
  • N/D

7
  • MARIA ISABELA DE ANDRADE PEREIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOSSONDAS BIFUNCIONAIS BASEADAS EM PONTOS QUÂNTICOS PARA APLICAÇÕES NO ESTUDO DA BIOLOGIA DO CÂNCER

  • Orientador : ADRIANA FONTES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FONTES
  • CASSIA REGINA ALBUQUERQUE DA CUNHA
  • DIJANAH COTA MACHADO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • Data: 17/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • O câncer é uma doença multifatorial, por essa razão há uma busca contínua por tecnologias capazes de contribuir para uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos biológicos envolvidos em cada fase dessa doença e, consequentemente, diagnosticá-la e tratá-la de forma aprimorada. As singulares propriedades ópticas dos pontos quânticos (PQs) os tornam valiosas ferramentas para o estudo das interações biológicas associadas à carcinogênese, especialmente se combinados com moléculas aptas a conferir novas funcionalidades e especificidades a esses nanocristais fluorescentes. Assim, dentro desse contexto, esta tese teve como objetivo geral o desenvolvimento de nanossondas bifuncionais constituídas por PQs e quelatos de Gd(III), bem como PQs e D-glicosamina (D-GN), para aplicações no estudo da biologia do câncer. Os quelatos de Gd(III) quando conjugados aos PQs, originam nanossondas óptico-magnéticas que aliam vantagens das técnicas baseadas em fluorescência com as da imagem por ressonância magnética (IRM), favorecendo estudos mais amplos e complementares de processos biológicos. Já a associação de PQs à derivados de glicose, como a D-GN, gera gliconanopartículas hábeis à investigação da captação desse carboidrato em nível celular, o que é de particular interesse para diagnóstico e terapia devido ao metabolismo glicolítico alterado desse carboidrato por células de câncer. Assim, para desenvolver a nanossonda óptico-magnética, inicialmente preparou-se quelatos de DOTA-Gd(III) carboxilados, os quais incorporaram eficientemente o íon paramagnético (97%) e apresentaram estabilidade quanto à transmetalação na presença do íon endógeno, Zn(II). Os quelatos de DOTA-Gd(III) foram conjugados covalentemente aos PQs carboxilados via etilenodiamina. Os nanossistemas apresentaram alta fluorescência, e as técnicas de espectroscopias de correlação por fluorescência (FCS) e de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) confirmaram a conjugação, com rendimento de ca. 75%. Ademais, a nanossonda apresentou elevada relaxividade, ca. 5× [por Gd(III)] e 100× [por PQ] superior a do quelato DOTA-Gd(III) molecular. As gliconanopartículas, altamente fluorescentes, foram preparadas através da conjugação covalente dos PQs à D-GN, a qual foi confirmada por FCS e por uma nova metodologia prática, rápida, reproduzível e quantitativa, também desenvolvida nesse trabalho, baseada na afinidade da glicose pela Concanavalina A, imobilizada em leveduras de Candida albicans. Por essa metodologia proposta, cerca de 98% das leveduras foram marcadas pelo conjugado PQs-D-GN, reduzindo para 34% ao inibir os sítios da lectina com manopiranosídeo, confirmando a especificidade da interação biológica. Ambas nanossondas foram avaliadas com células HeLa (adenocarcinoma cervical). Os resultados indicaram que os conjugados PQs-DOTA-Gd(III) marcaram eficientemente as células por microscopia de fluorescência, produziram imagem com contraste brilhante na IRM e não induziram citotoxicidade significativa. Os conjugados PQs-D-GN foram captados eficientemente (96,6%) por células HeLa, apresentando um padrão de marcação vesicular intracelular com áreas densamente marcadas próximas ao núcleo. Assim, as nanossondas bifuncionais desenvolvidas apresentaram-se como potenciais e estratégicas ferramentas para aplicação em uma variedade de estudos relacionados à biologia do câncer.



  • Mostrar Abstract
  • O câncer é uma doença multifatorial, por essa razão há uma busca contínua por tecnologias capazes de contribuir para uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos biológicos envolvidos em cada fase dessa doença e, consequentemente, diagnosticá-la e tratá-la de forma aprimorada. As singulares propriedades ópticas dos pontos quânticos (PQs) os tornam valiosas ferramentas para o estudo das interações biológicas associadas à carcinogênese, especialmente se combinados com moléculas aptas a conferir novas funcionalidades e especificidades a esses nanocristais fluorescentes. Assim, dentro desse contexto, esta tese teve como objetivo geral o desenvolvimento de nanossondas bifuncionais constituídas por PQs e quelatos de Gd(III), bem como PQs e D-glicosamina (D-GN), para aplicações no estudo da biologia do câncer. Os quelatos de Gd(III) quando conjugados aos PQs, originam nanossondas óptico-magnéticas que aliam vantagens das técnicas baseadas em fluorescência com as da imagem por ressonância magnética (IRM), favorecendo estudos mais amplos e complementares de processos biológicos. Já a associação de PQs à derivados de glicose, como a D-GN, gera gliconanopartículas hábeis à investigação da captação desse carboidrato em nível celular, o que é de particular interesse para diagnóstico e terapia devido ao metabolismo glicolítico alterado desse carboidrato por células de câncer. Assim, para desenvolver a nanossonda óptico-magnética, inicialmente preparou-se quelatos de DOTA-Gd(III) carboxilados, os quais incorporaram eficientemente o íon paramagnético (97%) e apresentaram estabilidade quanto à transmetalação na presença do íon endógeno, Zn(II). Os quelatos de DOTA-Gd(III) foram conjugados covalentemente aos PQs carboxilados via etilenodiamina. Os nanossistemas apresentaram alta fluorescência, e as técnicas de espectroscopias de correlação por fluorescência (FCS) e de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) confirmaram a conjugação, com rendimento de ca. 75%. Ademais, a nanossonda apresentou elevada relaxividade, ca. 5× [por Gd(III)] e 100× [por PQ] superior a do quelato DOTA-Gd(III) molecular. As gliconanopartículas, altamente fluorescentes, foram preparadas através da conjugação covalente dos PQs à D-GN, a qual foi confirmada por FCS e por uma nova metodologia prática, rápida, reproduzível e quantitativa, também desenvolvida nesse trabalho, baseada na afinidade da glicose pela Concanavalina A, imobilizada em leveduras de Candida albicans. Por essa metodologia proposta, cerca de 98% das leveduras foram marcadas pelo conjugado PQs-D-GN, reduzindo para 34% ao inibir os sítios da lectina com manopiranosídeo, confirmando a especificidade da interação biológica. Ambas nanossondas foram avaliadas com células HeLa (adenocarcinoma cervical). Os resultados indicaram que os conjugados PQs-DOTA-Gd(III) marcaram eficientemente as células por microscopia de fluorescência, produziram imagem com contraste brilhante na IRM e não induziram citotoxicidade significativa. Os conjugados PQs-D-GN foram captados eficientemente (96,6%) por células HeLa, apresentando um padrão de marcação vesicular intracelular com áreas densamente marcadas próximas ao núcleo. Assim, as nanossondas bifuncionais desenvolvidas apresentaram-se como potenciais e estratégicas ferramentas para aplicação em uma variedade de estudos relacionados à biologia do câncer.


8
  • MARLLON ALEX NASCIMENTO SANTANA
  • AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTIULCEROGÊNICA DE EXTRATOS ORGÂNICOS DAS FOLHAS DE Conocarpus erectus

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA APARECIDA MEDEIROS MACIEL
  • ANDREA LOPES BANDEIRA DELMIRO SANTANA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • VANDA LUCIA DOS SANTOS
  • Data: 07/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • As plantas medicinais são alternativas eficientes na procura por novas substâncias que atuam no tratamento para várias patologias, devido à sua diversidade química e baixo custo. Conocarpus erectus, popularmente conhecida como mangue de botão, é uma espécie bastante utilizada na medicina popular para o tratamento de sífilis, hipertensão, diabetes, câncer, hemorragias, infecções, inflamação e na cicatrização de feridas. Considerando a utilização popular desta espécie o presente trabalho teve como objetivo avaliar as atividades antioxidante, gastroprotetora e anti-inflamatória intestinal dos extratos orgânicos de Conocarpus erectus. O material vegetal foi coletado no município de Vila Velha (Norte/Pernambuco). Os extratos acetato de etila (Ce-AcEOt) e etanol (Ce-EtOH) das folhas de C. erectus foram preparados pelo método de maceração. O perfil fitoquímico foi analisado por cromatografia em camada delgada (CCD), também foram determinados os teores de fenóis totais, flavonoides e taninos totais. O potencial antioxidante dos extratos foi avaliado pelos métodos de sequestro de radicais livres DPPH e ABTS, e posteriormente foi realizada toxicidade aguda, de acordo com a OECD (423). A atividade gastroprotetora foi analisada através do modelo de úlcera induzida por etanol, sendo realizado em seguida a determinação dos níveis de mieloperoxidase (MPO) e óxido nítrico (NO). Para elucidar os possíveis mecanismos de ação, investigou-se o papel do óxido nítrico, compostos sulfidrílicos e prostaglandinas. E em seguida, foi realizada a avaliação da atividade anti-inflamatória intestinal (colite ulcerativa). A CCD mostrou a presença de flavonoides e terpenos no Ce-Hex; terpenos, flavonoides, taninos e cumarina no Ce-AcEOt e flavonoides, taninos e cumarina no extrato Ce-EtOH. O extrato Ce-EtOH apresentou teores de fenóis totais (22,05 mg EAT/g), flavonoides (8,46 mg ER/g) e taninos (15,49mg EAT/g), enquanto o Ce-AcEOt apresentou teores de fenóis totais (14,11 mg EAT/g), taninos (5,73mg EAT/g) e flavonoides (5,32 mg ER/g). Na avaliação da atividade antioxidante os extratos Ce-EtOH e Ce-AcEOt mostraram capacidade de sequestrar radicais livres pelo método de DPPH (CE50 69,95 e 248,16 µg/mL, respectivamente) e inibição de ABTS de 68,95 e 44,05 %, respectivamente.  Na toxicidade aguda os extratos orgânicos não registraram mortes, sinais tóxicos ou alterações bioquímicas ou hematológicas. Na atividade gastroprotetora, ambos os extratos reduziram o índice de lesão ulcerativa, além de diminuir os níveis de MPO (mieloperoxidase) e NO (óxido nítrico). A histopatologia mostrou a preservação das fossetas gástricas e do tecido muscular, como também diminuição mostrou a preservação das fossetas gástricas e do tecido muscular, como também diminuição de infiltrados de neutrófilos e aumento da produção de muco dos animais tratados com Ce- AcEOt e Ce-EtOH nas doses de 100 e 200 mg/kg, respectivamente.  Durante a administração prévia dos antagonistas de óxido nítrico, compostos sulfidrílicos e prostaglandinas foi constatado que Ce-AcEOt atuou pelas vias de óxido nítrico e prostaglandinas enquanto o Ce-EtOH continuou com sua ação gastroprotetora, sugerindo não agir pelas vias testadas. O ensaio de colite ulcerativa mostrou a redução significativa da área  de lesão em intestinos de ratos tratados com Ce-EtOH (200 mg/kg) e Ce-AcOEt (100 mg/kg) quando comparados ao grupo controle. Apresentando inibição de ILU de 18,3 % para o tratamento realizado com Ce- EtOH (200 mg/kg) e 20,9 % para Ce-AcOEt (100 mg/kg). Dessa forma, o presente estudo revelou que os extratos orgânicos de C. erectus possuem propriedades antioxidante, gastroprotetora e anti-inflamatória intestinal, sugerindo estas atividades podem estar associadas à capacidade antioxidante dos compostos fenólicos presentes nestes extratos.



  • Mostrar Abstract
  • N/D

9
  • PEDRO ROGÉRIO DA SILVA NEVES
  • TAXA DE MUTAÇÃO E ANÁLISE DA ESTRUTURA GENÉTICA PARA 23 Y-STR NA POPULAÇÃO DOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E CEARÁ


  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MARCOS DA SILVEIRA REGUEIRA NETO
  • SILVIA HELENA BAREM RABENHORST
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 29/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • A diversidade genética representa um elemento importante para a evolução e sobrevivência de uma população. Ao mesmo tempo, característica individuais ajudam em processos de identificação humana em genética forense. Com o objetivo de entender o comportamento da taxa de mutação e estrutura genetica das populações dos estados de Pernambuco e Ceará, coletamos amostras de sangue de 390 indivíduos da população pernambucana (trios) e 550 sujeitos não relacionados da população cearense. Analisamos suas características associadas aos marcadores de Y-STR, para 23 Locus, utilizando o kit PowerPlex® Y23 System (Promega Corporation) e marcadores autossômicos através do PowerPlex® Fusion 6C. As amostras foram amplificadas e os fragmentos gerados foram submetidos a genotipagem utilizando o software GeneMapper® ID-X v.1.4 (Applied Biosystems, Thermo Fisher Scientific) para obtenção dos perfis haplotípicos dos Y-STRs. A análise estatística foi desenvolvida através do software Arlequin 3.5. para obtenção das frequências alélicas, haplotípicas, análise de variância molecular e distância genética. A identificação do perfil de haplogrupos foi obtido no software preditor NEVGEN, disponível de maneira online.  Encontramos 378 haplótipos em marcadores autossômicos e 92 para análise pai e filho, do cromossomo Y, na população pernambucana e 539 haplótipos na população cearense, sendo 528 haplótipos únicos nessa população. As análises de diversidade haplótipica revelaram elevados valores nessas populações, sendo 1,0000 em Pernambuco e variando, entre as sete mesorregiões do Ceará, variando entre 0,9982 a 1,0000 em Y-STR. A heterozigosidade observada foi superior a esperada, em ambos os estados, indicando uma alta variação populacional. A análise de variância molecular na população cearense, indicou uma maior variância intragrupos (99,5%) e uma pequena variação entre os grupos (regiões) (0,48%). Observou-se ainda uma significativa distância genética entre as regiões, em que a região Sul se mostrou diferente de outras quatro regiões. A linhagem paterna teve forte influência europeia, seguida de africana e uma menor participação de nativos ameríndios, nos estados. Esse foi o primeiro estudo a demonstrar características da população cearense em uma amostra representativa e constituída por sujeitos das sete mesorregiões do estado e o primeiro a associar informações de marcadores de Y-STR e Autossômicos na análise da taxa de mutação na população de Pernambuco. Os resultados encontrados servirão para suportar análises em genética forense e de populações, demonstrando a capacidade discriminatória nessa população, haplótipos comuns e suas características evolutivas.       

    Palavras-chave: Genética forense – Genética de Populações – Haplogrupos do cromossomo Y



  • Mostrar Abstract
  • Marcadores de microssatélites (STRs) são sequências pequenas, repetidas, passadas de pais para filhos e que apresentam alta taxa de mutação devido a erros de pareamento durante o processo de replicação do DNA. Esses marcadores têm colaborado no processo de identificação humana, sendo os mais utilizados atualmente na rotina dos laboratórios de genética forense. O objetivo do presente trabalho foi estimar a taxa de mutação de marcadores autossômicos (A-STR) e do cromossomo-Y (Y-STR) em uma amostra da população pernambucana. Foram analisados 164 sujeitos aparentados, a partir da confirmação em testes de paternidade para Y-STR e 210 sujeitos não relacionados, para marcadores autossômicos. Todos os procedimentos de coleta de dados e genotipagem foram realizados no LABBE-UFPE (Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal de Pernambuco). As amostras foram amplificadas através de reação de cadeia de polimerase (PCR) multiplex, com o auxílio dos kits PowerPlex Y23 System e PowerPlex F6C (Promega Corporation). Oprocesso de detecção foi desenvolvido através de eletroforese capilar no sequenciador genético automático modelo ABI 3500 Genetic Analyzer (Applied Biosystems, Thermo Fisher Scientific). Os dados brutos dos produtos de PCR foram analisados no software GeneMapper® ID-X v.1.4 (Applied Biosystems, Thermo Fisher Scientific) para obtenção dos perfis STRs. Os haplótipos e as frequências alélicas foram calculados pelo método de contagem genética. O cálculo das diversidades genética e haplotípica foram realizadas com o auxílio do software Arlequin 3.5. Foram identificadas nove mutações para Y-STR e duas para A-STR. O locus com maior número de mutações foi o DYS393, com duas mutações apresentadas. A taxa de mutação para Y-STR foi de 1,37 x 10-3, enquanto para A-STR ficou em 8,00 x 10-3. Apenas uma mutação não seguiu o modelo de passo simples, e de maneira semelhante, uma mutação apresentou inserção. A diversidade gênica ficou em 1,0±0,0007 para os marcadores de Y-STR. Os resultados diferem de achados anteriores descritos na literatura, indicando particularidades que regem a população pernambucana e são os primeiros indicativos, da taxa de mutação para marcadores do cromossomo Y.


10
  • GEORGE SOUZA FEITOZA
  • AVALIÇÃO DO PERFIL TÓXICOLÓGICO, AÇÃO ANTIULCERÔGENICA E POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DOS RESIDUOS DO UMBU

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO BARBOSA CAHU
  • Data: 29/11/2021

  • Mostrar Resumo
  • Spondia tuberosa Arruda Carmara, é uma planta endêmica do Brasil, com ampla distribuição pela região da caatinga brasileira, conhecida popularmente como umbuzeiro e consagrada por ser uma espécie frutífera de grande valor econômica, social, ecológica, medicinal e nutricional. O fruto conhecido como umbu ao passar por qualquer processo, seja para a produção de algum produto ou consumo in natura gera resíduos (cascas e / ou sementes) que são descartados. O objetivo desde trabalho foi caracterizar o perfil físico-químico, toxicológico, avaliar ação gastroprotetora, o potencial destes resíduos na fermentação em estado sólido para produção de compostos fenólicos e verificar por meio de estudos in silico alguns parâmetros e efeitos biológicos. Para isso cascas e caroços foram obtidos foram secos sob temperatura (60 ± 2 ºC) até peso constante, após foram triturados em moinho de facas e peneirados (20 mseh).  Tando as partes filtradas e retidas pela peneira foram utilizadas para os ensaios. Os resíduos forma submetidos a caraterização físico-química, análises fitoquímica por CCD e HPLC. As análises físico-químicas da farinha foi determinada pela composição química, determinando carboidratos totais, lipídeos, proteínas, açúcares redutores e não redutores, cinzas, granulometria, umidade, atividade de água. Na determinação fitoquímica foram analisados o teor de flavanóides usando a quecertina como padrão, fenólicos totais usando reagente Folin-Ciocateu e ácido gálico como padrão. Análises qualitativas de compostos secundários foram obtidas por técnicas de cromatográfia de camada delgaca (CCD) e em coluna de alta eficiência (CLAE). As análises antioxidantes foram determinadas pelo sequestro dos radicais DPPH e ABTS, além do ensaio do CAT. Nos ensaios enzimáticos foram avaliados o potencial de inibição sobre enzimas digestivas (amilase, lipase, tripsina e quimotripsina). Os ensaios in vivo foram avaliados a toxicidadeaguda, subaguda e genotoxicidade (ensaio micronúcleo e cometa), atividades gastroprotetora e mecanismo de ação. A fermentação em sólido sobre ação do fungo Aspergillus niger GH1 foi utilizada para recuperação de compostos fenólicos. O estudo in silico foi usando para analisar a estrutura dos compostos identificados nos resíduos; parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade, além de predições de bioatividades foram analisados. Nos resultados da caracterização físico-químicos os resíduos obteve valores altos de carboidratos, pH ácido, baixo teor de umidade, proteínas, lipídeos e cinzas. Nas análises fitoquímicas os resíduos apresentaram alto teores de fenólicos e flavanóides. Dentre os fenólicos, os detectados pelo CLAE foram rutina e ácido e ácido gálico. Nas análises das atividades antioxidantes os resíduos apresentaram valores altos de inibição para os radicais DPPH e (88,2 %) e ABTS (55,7 %), além de obter um valor alto para a CAT (74,59 %).  No ensaio de atividade enzimática os resíduos inibiram atividade da amilase (95 %), lipase (91 %), moderada para tripsina (28 %) e ativação das demais proteases avaliadas. Em relação aos ensaios in vivo os resíduos mostrou-se seguro para os ensaios de toxicidade aguda, subaguda e genotóxico, com DL50 acima do recomendado pela OECD. Quando ao efeito gastroprotetor, mostrou-se direta relação de dose-dependente, destacando para as duas maiores doses (1.000,00 e 500,00 mg / kg)que  reduziram a úlcera em 91,95 % 82,86% com possível mecanismo de ação pela via do óxido nítrico. Na fermentação em estado sólido os resíduos serviram como substrato ideal para o crescimento do Aspergillus niger, o fungo foi capaz de hidrolisar os composto fenólicos e liberara-los, contribuindo com ações antioxidantes observadas. Alguns destes metabolitos são revelados pela primeira para os resíduos do fruto de Spondia tuberosa. O estudo in silico mostrou nas predições que todos dos compostos identificados no resíduo com ou sem fermentação tem característicos encontrados para os fenólicos, como agente antioxidantes, fora isso, as predições in silíco apontaram possíveis atividades biológicas, muitas destas já relatadas na literatura. Sobre os efeitos tóxicos, todos das as leituras apontaram os compostos com baixo risco, com DL50 acima do preconizado pela OECD, sendo um aspecto positivo para futuras aplicações desses resíduos em produtos farmacêuticos, alimentícios e biotecnológicos. 



  • Mostrar Abstract
  • N/D

11
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • NANOSSONDAS BASEADAS EM PONTOS QUÂNTICOS E LECTINAS PARA APLICAÇÕES EM GLICOBIOLOGIA

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARINNA NUNES DE LIMA
  • CASSIA REGINA ALBUQUERQUE DA CUNHA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 07/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • Os carboidratos são considerados "a terceira letra do alfabeto molecular", participando de inúmeros processos biológicos em todas formas de vida. Esses sacarídeos podem ser estudados empregando lectinas, proteínas capazes de reconhecê-los especificamente, associadas a nanopartículas (NPs) fluorescentes de semicondutores com alta fotoestabilidade, os pontos quânticos (PQs). Os PQs podem ainda ser aliados a NPs de óxido de ferro (SPIONs), formando sistemas bimodais com propriedades ópticas e magnéticas (BNPs). Assim, esta tese objetivou obter conjugados de diferentes glicoespecificidades, PQs-BmoLL (galactose) e PQs-Cramoll (glicose/manose), bem como desenvolver um sistema multimodal (BNPs-Cramoll), e aplicá-los em estudos glicobiológicos. Eritrócitos ABO foram incubados com PQs-BmoLL e uma marcação preferencial de eritrócitos B (71,7 ± 5,9%) foi revelada por citometria de fluxo, uma vez que antígenos B apresentam resíduos de galactose; a qual foi reduzida após a inibição prévia com a galactose (5,8 ± 1,0%), mostrando especificidade. PQs-Cramoll foi aplicado no estudo do perfil de glicose/manose de leveduras de Candida (C. albicans, C. glabrata e C. parapsilosis) e tecidos da mama (normal, fibroadenoma - FB e carcinoma ductal invasivo - CDI). Uma intensa marcação da parede celular fúngicafoi observadae mais de 90% das células foram positivas na citometria de fluxo. Mesmo após a inibição do conjugado com metil-α-D-manopiranosídeo (manop.), C. parapsilosis foi marcada (78%), indicando ter maior expressão de glicose-manose. Células ductais de tecidos normais e FB foram marcadas por PQs-Cramoll, já células e estroma foram marcados no CDI. Ademais, um maior nível de resíduos de glicose/manose foi quantificado no CDI pelo ensaio fluorescente em microplaca (EFM). PQs foram covalentemente ligados às SPIONs e à Cramoll, formando BNPs-Cramoll. Cerca de 90% de leveduras (C. albicans) foram marcadas por BNPs-Cramoll, reduzindo em ca. 3x após a inibição com manop.. Uma diminuição na fluorescência de BNPs-Cramoll foi identificada após incubação com a fetuína (0,675 - 10,8 mg/mL); não observada após interação com albumina de soro bovino. Assim, PQs-BmoLL e PQs-Cramoll mostraram ser ferramentas versáteis para glicobiologia; e BNPs-Cramoll se mostrou uma nanossonda específica, promissora para detecção e separação da fetuína.


  • Mostrar Abstract
  • Os carboidratos são considerados "a terceira letra do alfabeto molecular", participando de inúmeros processos biológicos em todas formas de vida. Esses sacarídeos podem ser estudados empregando lectinas, proteínas capazes de reconhecê-los especificamente, associadas a nanopartículas (NPs) fluorescentes de semicondutores com alta fotoestabilidade, os pontos quânticos (PQs). Os PQs podem ainda ser aliados a NPs de óxido de ferro (SPIONs), formando sistemas bimodais com propriedades ópticas e magnéticas (BNPs). Assim, esta tese objetivou obter conjugados de diferentes glicoespecificidades, PQs-BmoLL (galactose) e PQs-Cramoll (glicose/manose), bem como desenvolver um sistema multimodal (BNPs-Cramoll), e aplicá-los em estudos glicobiológicos. Eritrócitos ABO foram incubados com PQs-BmoLL e uma marcação preferencial de eritrócitos B (71,7 ± 5,9%) foi revelada por citometria de fluxo, uma vez que antígenos B apresentam resíduos de galactose; a qual foi reduzida após a inibição prévia com a galactose (5,8 ± 1,0%), mostrando especificidade. PQs-Cramoll foi aplicado no estudo do perfil de glicose/manose de leveduras de Candida (C. albicans, C. glabrata e C. parapsilosis) e tecidos da mama (normal, fibroadenoma - FB e carcinoma ductal invasivo - CDI). Uma intensa marcação da parede celular fúngicafoi observadae mais de 90% das células foram positivas na citometria de fluxo. Mesmo após a inibição do conjugado com metil-α-D-manopiranosídeo (manop.), C. parapsilosis foi marcada (78%), indicando ter maior expressão de glicose-manose. Células ductais de tecidos normais e FB foram marcadas por PQs-Cramoll, já células e estroma foram marcados no CDI. Ademais, um maior nível de resíduos de glicose/manose foi quantificado no CDI pelo ensaio fluorescente em microplaca (EFM). PQs foram covalentemente ligados às SPIONs e à Cramoll, formando BNPs-Cramoll. Cerca de 90% de leveduras (C. albicans) foram marcadas por BNPs-Cramoll, reduzindo em ca. 3x após a inibição com manop.. Uma diminuição na fluorescência de BNPs-Cramoll foi identificada após incubação com a fetuína (0,675 - 10,8 mg/mL); não observada após interação com albumina de soro bovino. Assim, PQs-BmoLL e PQs-Cramoll mostraram ser ferramentas versáteis para glicobiologia; e BNPs-Cramoll se mostrou uma nanossonda específica, promissora para detecção e separação da fetuína.

12
  • FERNANDA PACIFICO DE ALMEIDA NEVES
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA E DOS MECANIMOS DE AÇÃO DA LECTINA DE Cratylia mollis (Cramoll) EM ÚLCERAS GÁSTRICAS

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • SAMARA ALVES BRITO
  • Data: 10/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • As úlceras gástricas agudas são lesões de caráter inflamatório causadas por um desequilíbrio entre os fatores defensores e agressores da mucosa. O tratamento dessa doença é realizado através de medicamentos convencionais, no entanto, estes apresentam efeitos adversos prejudiciais como alterações imunológicas, tontura, sonolência, erupções cutâneas, sendo também tóxicos e incapazes de promover a cicatrização de maneira eficiente, o que provoca comumente recidivas. A Cramoll é umas das variações lectinícas isoladas das sementes de Cratylia mollis, popularmente conhecida como feijão Camaratú, uma espécie nativa do semiárido do Nordeste do Brasil. Várias atividades farmacológicas foram descritas para Cramoll, como antitumoral, antiparasitário, ação mitogênica e cicatrizante. Desse modo, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade gastroprotetora da Cramoll em modelos de úlceras agudas e determinar seus possíveis mecanismos de ação. As sementes de C. mollis foram coletadas e trituradas em multiprocessador até a obtenção de uma farinha, de onde a lectina foi purificada de acordo com o protocolo previamente estabelecido. Para os estudos in vivo, inicialmente foi investigada a dose letal média da Cramoll a partir da DL50 (2 mg/kg), e em seguida, sua atividade gastroprotetora nos modelos de úlceras gástricas agudas: etanol absoluto, etanol acidificado e indometacina.  Todos os animais foram previamente tratados e o dano gástrico foi realizado. Para os animais submetidos ao dano gástrico por etanol absoluto, foram realizadas lâminas histológicas e dosagem de citocinas dos estômagos. Além disso, foram avaliados os seguintes mecanismos de ação para Cramoll (50 µg/kg): a capacidade antissecretora, influência dos grupos sulfidrilas, do óxido nítrico e das prostaglandinas. Para os ensaios in vitro foram avaliados a atividade anti-Helicobacter pylori e a citotoxidade para células de adenocarninoma gástrico humano. A Cramoll (50, 100 e 200 µg/kg) apresentou atividade gastroprotetora em todas as concentrações e para todos os modelos experimentais testados. Enquanto a Cramoll a 50, 100 ou 200 µg/kg reduziu a lesão estomacal induzida por etanol absoluto em 90,36%, 88,22% e 90,64%, a lesão de úlcera induzida por etanol acidificada reduziu em 94,90%, 83,49% e 91,41% e para o modelo de ulceração por indometacina houve redução da lesão em 35,26%, 32,10% e 47,89%, respectivamente. A análise histológica confirmou a ação gastroprotetora da Cramoll no qual os estômagos dos animais tratados com a lectina apresentaram a mucosa gástrica bem definida e ausência de sinais inflamatórios. Na avaliação dos mecanismos de ação onde ocorre a participação do óxido nítrico e grupamentos sulfidrilas, a Cramoll continuou exercendo o seu efeito gastroprotetor mesmo na ausência desses compostos, mostrando assim que a Cramoll não depende da participação deles para apresentar este efeito. Além disso, a Cramoll também não apresentou diferenças significativas para o conteúdo gástrico, porém quando observado o mecanismo de ação referente as prostaglandinas, a Cramoll reduziu o seu efeito gastroprotetor, demonstrando assim que depende da participação das prostaglandinas para exercer a gastroproteção. As prostaglandinas estão intimamente relacionadas com a produção de muco, sugerindo que a Cramoll também dependa da participação do muco para sua atividade. Estudos in vitro também comprovaram a ação gastroprotetora da lectina ao inibir o crescimento bacteriano de H. pylori em 38,95%, correspondendo ao primeiro relato de atividade anti- H. pylori para lectinas.  A Cramoll também apresentou atividade antitumoral significativa para células de adenocarcinoma gástrico com IC50 de 129,7 ± 0,94 μg/mL. Diante disso, nossos resultados elucidam o efeito gastroprotetor da Cramoll e determinam seus mecanismos de ação, para assim constituir uma alternativa considerável eficaz para aplicação futura na conduta terapêutica das úlceras gástricas. 


     



  • Mostrar Abstract
  • N/D

13
  • TAYANE DE CÁSSIA DIAS MENDES SILVA
  • Obtenção de carotenoides a partir de bactérias isoladas do Domínio Caatinga e avaliação do seu potencial como formulação fotoprotetora bioativa

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANA MONTERO RODRIGUEZ
  • LIVIA CAROLINE ALEXANDRE DE ARAUJO
  • MARCOS ANTONIO BARBOSA DE LIMA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 16/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • Os carotenoides são pigmentos naturais que vêm se destacando como moléculas antioxidantes e apresentam um importante papel na fotoproteção, o que estimula sua aplicação na indústria de cosméticos. Bactérias do gênero Kocuria são capazes de produzir carotenoides, porém sua aplicação como fotoprotetor, ainda não tinha sido investigada. O solo da Caatinga vem sendo considerado como uma nova fonte natural de biomoléculas. No entanto, pouco se sabe sobre os carotenoides bacterianos obtidos desse Domínio. Sendo assim, os objetivos deste trabalho foram: 1. realizar artigo de revisão sobre o estado da arte: destacando características gerais sobre os carotenoides, suas perspectivas de produção por microrganismos da Caatinga e sua aplicação como produtos anti-UV; 2. investigar a produção, caracterização e aumento de carotenoide em dois isolados bacterianos do Domínio Caatinga; 3. Realizar encapsulamento do carotenoide, avaliando seus efeitos antioxidante e fotoprotetor; 4. Desenvolver formulações creme fotoprotetoras com extrato bruto de carotenoide, analisando seu controle de qualidade e estabilidade. Os isolados bacterianos (FT-722 e FT-5.12) foram obtidos de amostras de solo da Fazenda Tamanduá da Reserva Particular do Patrimônio Natural, do município de Santa Terezinha, Paraíba. Inicialmente, foi realizada a identificação molecular (gene RNAr 16S), a qual identificou esses isolados como pertencentes a espécie Kocuria palustris. Em seguida, foram realizados planejamentos fatoriais em Erlenmeyers a fim de aumentar a produção de carotenoides, avaliando os efeitos dos fatores físicos na produção total deste pigmento (µg/L), na produção específica (µg/g) e na biomassa seca (g/L). Também foi avaliado o fator nutricional, considerando a produção de carotenoides em meio residual (soro do leite), seguido da utilização de um biorreator para aumentar a escala de produção (10 L). O pigmento produzido foi caracterizado utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) e Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas (LC-MS), sendo o carotenoide majoritário sarcinaxantina (705 Da). O isolado K. palustris FT-7.22 foi o que apresentou a produção mais elevada na concentração de 112,48 mg/L, associada a uma atividade antioxidante de 76,53 ± 0,09%, e fotoprotetora com um FPS de 9,36 ± 0,52. Para melhorar a estabilidade do carotenoide-sarcinaxantina e preservar suas atividades biológicas, foram desenvolvidos Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLNs), constituídos de cera de abelha e triglicerídeos de cadeia média (50:50) e fase aquosa (Tween® 80), utilizando Homogeneização de Alta Pressão (HPH). Os resultados revelaram que os CLNs carregados com carotenoide-sarcinaxantina foram estáveis, com máxima eficiência de encapsulamento e preservação de suas atividades biológicas. Para tanto, foram desenvolvidas formulações creme fotoprotetoras contendo filtro químico octil-metoxicinamato e extrato de carotenoide-sarcinaxantina, analisando-se o controle de qualidade através de parâmetros organolépticos e físico-químicos, além da estabilidade preliminar. Como resultado, foi obtida uma formulação final com FPS de 28,38 ± 0,12, e possível efeito sinérgico entre o extrato e o filtro químico; sendo considerada eficaz, estável e com valores adequados de controle de qualidade. Os resultados evidenciam a bactéria K. palustris (FT-7.22) isolada da Caatinga, como uma nova fonte de carotenoide-sarcinaxantina, destacando-se o potencial cosmético de seu extrato para o desenvolvimento de formulações com ação fotoprotetora.



  • Mostrar Abstract
  • N/A

SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa01.ufpe.br.sigaa01