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Dissertações |
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BÁRBARA RAÍSSA FERREIRA DE LIMA
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Avaliação dos efeitos da lectina de folhas de Schinus terebinthifolia sobre o transtorno depressivo e de ansiedade em camundongos
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Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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Data: 27/02/2023
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Os transtornos de ansiedade e depressão afetam cada vez mais uma parcela considerável da população e os índices de sucesso no tratamento são bem inferiores ao desejado. As farmacoterapias atuais incluem agonistas dos receptores benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de monoaminas. Contudo, seu uso costuma provocar efeitos colaterais significativos, além de resistência com o uso prolongado. A lectina (proteína ligadora de carboidratos) da folha de Schinus terebinthifolia (SteLL) já demonstrou atividades biológicas como efeitos antimicrobianos e imunomoduladores in vitro e atividades antitumoral, antiangiogênica e antinociceptiva in vivo. No entanto, efeitos de SteLL na modulação do sistema nervoso central (SNC), especialmente quando relacionado a distúrbios neuropsicológicos, ainda não tinham sido estudados. Inicialmente, investigamos os efeitos ansiolítico e antidepressivo agudos de SteLL (1, 2 e 4 mg/kg, i.p.) em camundongos Swiss. Trinta minutos após a administração, a ação ansiolítica foi avaliada usando os testes de campo aberto (TCA) e labirinto em cruz elevado (TLCE). Para avaliar sintomas de depressão, foi utilizado o teste de suspensão da cauda (TSC). As combinações SteLL + diazepam (1 mg/kg + 0,5 mg/kg) e SteLL + fluoxetina (1 mg/kg + 5 mg/kg) também foram avaliadas quanto aos efeitos ansiolítico e antidepressivo, respectivamente. A fim de investigar o envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) nos efeitos de SteLL, um grupo de animais recebeu solução da lectina previamente incubada com caseína (inibidor da propriedade ligadora de carboidratos de SteLL). Possível modulação da sinalização monoaminérgica foi avaliada através do pré-tratamento dos animais com antagonistas do adrenoceptor α2 (ioimbina), do receptor de serotonina 5-HT2A/2C (quetanserina) e do receptor de dopamina D1 (SCH 23390). No caso do efeito antidepressivo, também foi avaliada a interferência na sinalização do óxido nítrico (NO) por meio do pré-tratamento com aminoguanidina, inibidor da via de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), e com L-arginina (precursor do NO). Ação antidepressiva subaguda também foi avaliada por meio do tratamento com SteLL durante 7 dias. No TCA, SteLL (todas as doses) reduziu significativamente o número de rearings. No TLCE, SteLL a 4 mg/kg e a combinação SteLL + diazepam aumentaram o tempo que os animais passaram nos braços abertos e reduziram o tempo nos braços fechados. Não houve alteração dessas respostas quando a solução de lectina e caseína foi administrada. Ação antidepressiva de SteLL, em todas as doses, e da combinação SteLL + fluoxetina foi indicada pela redução no tempo de imobilidade no TSC. Nesse caso, a ação parece ser dependente do DRC, já que a incubação prévia de SteLL com caseína bloqueou o efeito. Os efeitos de SteLL no TLCE e no TSC foram inibidos pelo pré-tratamento com ioimbina, quetanserina e SCH 23390. Aminoguadinina inibiu os efeitos de SteLL no TSC, enquanto L-arginina os potencializou. Na avaliação subaguda, o efeito anti-imobilidade do SteLL persistiu após sete dias de tratamento. Em conclusão, SteLL apresentou efeito ansiolítico por atuar sobre a sinalização monoaminérgica, enquanto o efeito antidepressivo, além de envolver a modulação dessa via, também envolve o DRC da lectina e alterações na sinalização do óxido nítrico.
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Os transtornos de ansiedade e depressão afetam cada vez mais uma parcela considerável da população e os índices de sucesso no tratamento são bem inferiores ao desejado. As farmacoterapias atuais incluem agonistas dos receptores benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de monoaminas. Contudo, seu uso costuma provocar efeitos colaterais significativos, além de resistência com o uso prolongado. A lectina (proteína ligadora de carboidratos) da folha de Schinus terebinthifolia (SteLL) já demonstrou atividades biológicas como efeitos antimicrobianos e imunomoduladores in vitro e atividades antitumoral, antiangiogênica e antinociceptiva in vivo. No entanto, efeitos de SteLL na modulação do sistema nervoso central (SNC), especialmente quando relacionado a distúrbios neuropsicológicos, ainda não tinham sido estudados. Inicialmente, investigamos os efeitos ansiolítico e antidepressivo agudos de SteLL (1, 2 e 4 mg/kg, i.p.) em camundongos Swiss. Trinta minutos após a administração, a ação ansiolítica foi avaliada usando os testes de campo aberto (TCA) e labirinto em cruz elevado (TLCE). Para avaliar sintomas de depressão, foi utilizado o teste de suspensão da cauda (TSC). As combinações SteLL + diazepam (1 mg/kg + 0,5 mg/kg) e SteLL + fluoxetina (1 mg/kg + 5 mg/kg) também foram avaliadas quanto aos efeitos ansiolítico e antidepressivo, respectivamente. A fim de investigar o envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) nos efeitos de SteLL, um grupo de animais recebeu solução da lectina previamente incubada com caseína (inibidor da propriedade ligadora de carboidratos de SteLL). Possível modulação da sinalização monoaminérgica foi avaliada através do pré-tratamento dos animais com antagonistas do adrenoceptor α2 (ioimbina), do receptor de serotonina 5-HT2A/2C (quetanserina) e do receptor de dopamina D1 (SCH 23390). No caso do efeito antidepressivo, também foi avaliada a interferência na sinalização do óxido nítrico (NO) por meio do pré-tratamento com aminoguanidina, inibidor da via de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), e com L-arginina (precursor do NO). Ação antidepressiva subaguda também foi avaliada por meio do tratamento com SteLL durante 7 dias. No TCA, SteLL (todas as doses) reduziu significativamente o número de rearings. No TLCE, SteLL a 4 mg/kg e a combinação SteLL + diazepam aumentaram o tempo que os animais passaram nos braços abertos e reduziram o tempo nos braços fechados. Não houve alteração dessas respostas quando a solução de lectina e caseína foi administrada. Ação antidepressiva de SteLL, em todas as doses, e da combinação SteLL + fluoxetina foi indicada pela redução no tempo de imobilidade no TSC. Nesse caso, a ação parece ser dependente do DRC, já que a incubação prévia de SteLL com caseína bloqueou o efeito. Os efeitos de SteLL no TLCE e no TSC foram inibidos pelo pré-tratamento com ioimbina, quetanserina e SCH 23390. Aminoguadinina inibiu os efeitos de SteLL no TSC, enquanto L-arginina os potencializou. Na avaliação subaguda, o efeito anti-imobilidade do SteLL persistiu após sete dias de tratamento. Em conclusão, SteLL apresentou efeito ansiolítico por atuar sobre a sinalização monoaminérgica, enquanto o efeito antidepressivo, além de envolver a modulação dessa via, também envolve o DRC da lectina e alterações na sinalização do óxido nítrico.
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RAYSSA KARLA SILVA
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Caracterização e otimização do processo fermentativo de leveduras comerciais na produção de hidromel
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Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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EMMANUEL DAMILANO DUTRA
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MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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Data: 28/02/2023
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Hidromel é uma bebida alcoólica milenar, obtida através da fermentação de uma solução de mel de abelha. O ressurgimento da procura pela bebida impulsionado principalmente devido as recentes aparições na indústria cinematográfica, tem se mostrado cada mais crescente. No Brasil, a bebida apresenta um grande potencial de produção por apresentar uma produção de mel, principal matéria-prima, expressa e um consumo per capita desse mel relativamente baixo, fazendo com que o escoamento desse mel seja principalmente realizado através da exportação. Portanto, a necessidade de fontes alternativa vem se tornando cada vez mais necessária. Nesse contexto, a produção de hidromel tem se mostrado cada vez mais atraente, não apenas para dar destino a produção de mel, mas também como forma de agregar valor a matéria-prima. Porém apesar de simples, a produção de hidromel enfrenta alguns gargalos que vão desde as características intrínsecas do mel, quem podem variar drasticamente de acordo com a região, espécie de abelha e origem botânica, como também a ausência de um protocolo adequado de produção, a inexistência de uma linhagem de levedura adequada, entre outros fatores. O que ocasiona fermentações muito longas e muitas vezes incompletas. Portanto, o presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um protocolo de produção adequado de hidromel, avaliando as necessidades inerentes ao processo e também avaliando as diferentes linhagens comerciais vendidas como produtoras de hidromel para pôr fim otimizar o processo.
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Hidromel é uma bebida alcoólica milenar, obtida através da fermentação de uma solução de mel de abelha. O ressurgimento da procura pela bebida impulsionado principalmente devido as recentes aparições na indústria cinematográfica, tem se mostrado cada mais crescente. No Brasil, a bebida apresenta um grande potencial de produção por apresentar uma produção de mel, principal matéria-prima, expressa e um consumo per capita desse mel relativamente baixo, fazendo com que o escoamento desse mel seja principalmente realizado através da exportação. Portanto, a necessidade de fontes alternativa vem se tornando cada vez mais necessária. Nesse contexto, a produção de hidromel tem se mostrado cada vez mais atraente, não apenas para dar destino a produção de mel, mas também como forma de agregar valor a matéria-prima. Porém apesar de simples, a produção de hidromel enfrenta alguns gargalos que vão desde as características intrínsecas do mel, quem podem variar drasticamente de acordo com a região, espécie de abelha e origem botânica, como também a ausência de um protocolo adequado de produção, a inexistência de uma linhagem de levedura adequada, entre outros fatores. O que ocasiona fermentações muito longas e muitas vezes incompletas. Portanto, o presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um protocolo de produção adequado de hidromel, avaliando as necessidades inerentes ao processo e também avaliando as diferentes linhagens comerciais vendidas como produtoras de hidromel para pôr fim otimizar o processo.
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PEDRO THIAGO DA SILVA
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AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA TOXICOLÓGICA DO ÓLEO FIXO DAS AMÊNDOAS DE Syagrus schizophylla (MART.) GLASSMAN
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
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Data: 01/03/2023
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Objetivou-se com essa pesquisa investigar parâmetros relacionados a toxicidade do óleo das amêndoas de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman (OAS). Para isso, foram realizados ensaios de citotoxicidade em linhagens celulares de Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDB-MB-231) e macrófagos (J744A.1) com o uso de concentrações crescentes do OAS. Também foram realizados ensaio de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos tratados com 2000 mg/kg do óleo por via oral (V.O). Para a toxicidade oral aguda os animais foram observados quanto ao comportamento, peso corpóreo, consumo de ração, análise bioquímica do sangue, peso de órgãos e avaliações macroscópicas e microscópicas. As análises estatísticas dos dados coletados foram feitas considerando a média e desvio padrão dos valores, adotando o nível de significância de P≤0,05. No geral o OAS não apresentou citotoxicidade às linhagens celulares, exceto para a concentração de 200 µg/ml na qual causou citotoxicidade a linhagem de macrófagos J774A.1. Em relação aos aspectos genotóxicos não se verificaram alterações nas frequências de eritrócitos policromáticos no teste micronúcleo, bem como também não houve alteração nas frequências de danos e índices de dano em células sanguíneas nucleadas. Já para os aspectos relacionados a toxicidade oral aguda, não houve alterações comportamentais dos animais tratados com o óleo, não se verificaram alterações no consumo de ração e na variação do peso dos animais durante os 14 dias de observação. Os parâmetros bioquímicos do sangue ficaram dentro da normalidade e não foram vistas alterações nos pesos do fígado, rim e baço, bem como não foram observadas alterações patológicas quando os órgãos foram submetidos a análise macroscópica e microscópica. Conclui-se que o OAS não apresentou toxicidade in vivo e possui baixa citotoxicidade quando testado in vitro. Esse estudo traz informações relevantes à luz do método científico quanto a alguns aspectos relacionados a segurança para o uso do OAS e constitui uma base para futuras pesquisas relacionadas à elucidação do seu perfil toxicológico.
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Objetivou-se com essa pesquisa investigar parâmetros relacionados a toxicidade do óleo das amêndoas de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman (OAS). Para isso, foram realizados ensaios de citotoxicidade em linhagens celulares de Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDB-MB-231) e macrófagos (J744A.1) com o uso de concentrações crescentes do OAS. Também foram realizados ensaio de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos tratados com 2000 mg/kg do óleo por via oral (V.O). Para a toxicidade oral aguda os animais foram observados quanto ao comportamento, peso corpóreo, consumo de ração, análise bioquímica do sangue, peso de órgãos e avaliações macroscópicas e microscópicas. As análises estatísticas dos dados coletados foram feitas considerando a média e desvio padrão dos valores, adotando o nível de significância de P≤0,05. No geral o OAS não apresentou citotoxicidade às linhagens celulares, exceto para a concentração de 200 µg/ml na qual causou citotoxicidade a linhagem de macrófagos J774A.1. Em relação aos aspectos genotóxicos não se verificaram alterações nas frequências de eritrócitos policromáticos no teste micronúcleo, bem como também não houve alteração nas frequências de danos e índices de dano em células sanguíneas nucleadas. Já para os aspectos relacionados a toxicidade oral aguda, não houve alterações comportamentais dos animais tratados com o óleo, não se verificaram alterações no consumo de ração e na variação do peso dos animais durante os 14 dias de observação. Os parâmetros bioquímicos do sangue ficaram dentro da normalidade e não foram vistas alterações nos pesos do fígado, rim e baço, bem como não foram observadas alterações patológicas quando os órgãos foram submetidos a análise macroscópica e microscópica. Conclui-se que o OAS não apresentou toxicidade in vivo e possui baixa citotoxicidade quando testado in vitro. Esse estudo traz informações relevantes à luz do método científico quanto a alguns aspectos relacionados a segurança para o uso do OAS e constitui uma base para futuras pesquisas relacionadas à elucidação do seu perfil toxicológico.
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MARIA NAYARA DE LIMA SILVA
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AVALIAÇÃO DO PERFIL TOXICOLÓGICO DO ÓLEO FIXO DAS AMÊNDOAS DE Syagrus werdermannii BURRET
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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TALITA GISELLY DOS SANTOS SOUZA
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Data: 01/03/2023
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Desde os primórdios a humanidade faz o uso de plantas com fins alucinógenos, ritualísticos e terapêuticos, sempre atravessando a linha tênue entre os benefícios e os riscos tóxicologicos que os vegetais podem oferecer. Com o intuito de abranger mais espécies de um gênero promissor ao desenvolvimento de fármacos, esse trabalho propôs elucidar o perfil toxicológico do óleo fixo das amêndoas de Syagrus werdermannii Burret por meio de testes in vitro e in vivo. Foi realizada uma análise cromatográfica dos ésteres metílicos de ácidos graxos. A citotoxicidade de diferentes concentrações do óleo (12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) foi avaliada usando o ensaio de redução MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina] em duas linhagens celulares: Macrófagos J774.A1 e Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDA-MB-231). Foram realizados testes de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos, aos quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg de óleo via gavagem. Para a toxicidade aguda, foram analisadas alterações nos parâmetros bioquímicos do sangue, comportamento, peso e consumo de ração, assim como também foram realizadas análises histomorfométricas do fígado, rim e baço. O ensaio cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram executados para analisar o perfil genotóxico e mutagênico desse produto. Os resultados apontam para um produto com baixa toxicidade para os modelos testados. O óleo de S. werdermannii é composto predominantemente por ácidos graxos saturados, sendo o ácido láurico o composto em maior proporção. Em relação aos níveis de viabilidade celular houve uma redução significativa apenas para a maior concentração do óleo 200 µg/mL na linhagem de macrófagos J774.A1. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos comportamentais adversos, além de demonstrar que a DL50 é superior à dosagem que foi utilizada. A análise bioquímica do sangue mostrou um aumento nas concentrações de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gamma-glutamil transferase (GGT) e bilirubina quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros histológicos avaliados houve alteração apenas na redução da área nuclear dos hepatócitos, enquanto que o rim e o baço não apresentaram indicações morfológicas de processo patológico. Não foi detectada atividade mutagênica ou genotóxica tanto pelo ensaio cometa quanto pelo teste de micronucleo. O óleo de S. werdermannii mostrou-se viável ao uso e promissor ao desenvolvimento de novos fármacos devido à sua rica composição lipídica e seus baixos índices de toxicidade. Não obstante, faz-se necessário a realização de novos estudos que ampliem a investigação acerca dos potenciais envolvendo esse produto.
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Desde os primórdios a humanidade faz o uso de plantas com fins alucinógenos, ritualísticos e terapêuticos, sempre atravessando a linha tênue entre os benefícios e os riscos tóxicologicos que os vegetais podem oferecer. Com o intuito de abranger mais espécies de um gênero promissor ao desenvolvimento de fármacos, esse trabalho propôs elucidar o perfil toxicológico do óleo fixo das amêndoas de Syagrus werdermannii Burret por meio de testes in vitro e in vivo. Foi realizada uma análise cromatográfica dos ésteres metílicos de ácidos graxos. A citotoxicidade de diferentes concentrações do óleo (12,5, 25, 50, 100 e 200 μg/mL) foi avaliada usando o ensaio de redução MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina] em duas linhagens celulares: Macrófagos J774.A1 e Adenocarcinoma Humano da Glândula Mamária (MDA-MB-231). Foram realizados testes de toxicidade oral aguda, genotoxicidade e mutagenicidade em camundongos, aos quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg de óleo via gavagem. Para a toxicidade aguda, foram analisadas alterações nos parâmetros bioquímicos do sangue, comportamento, peso e consumo de ração, assim como também foram realizadas análises histomorfométricas do fígado, rim e baço. O ensaio cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram executados para analisar o perfil genotóxico e mutagênico desse produto. Os resultados apontam para um produto com baixa toxicidade para os modelos testados. O óleo de S. werdermannii é composto predominantemente por ácidos graxos saturados, sendo o ácido láurico o composto em maior proporção. Em relação aos níveis de viabilidade celular houve uma redução significativa apenas para a maior concentração do óleo 200 µg/mL na linhagem de macrófagos J774.A1. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos comportamentais adversos, além de demonstrar que a DL50 é superior à dosagem que foi utilizada. A análise bioquímica do sangue mostrou um aumento nas concentrações de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gamma-glutamil transferase (GGT) e bilirubina quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros histológicos avaliados houve alteração apenas na redução da área nuclear dos hepatócitos, enquanto que o rim e o baço não apresentaram indicações morfológicas de processo patológico. Não foi detectada atividade mutagênica ou genotóxica tanto pelo ensaio cometa quanto pelo teste de micronucleo. O óleo de S. werdermannii mostrou-se viável ao uso e promissor ao desenvolvimento de novos fármacos devido à sua rica composição lipídica e seus baixos índices de toxicidade. Não obstante, faz-se necessário a realização de novos estudos que ampliem a investigação acerca dos potenciais envolvendo esse produto.
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RODRIGO SOARES DA SILVA
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AVALIAÇÃO DOS PREBIÓTICOS (FRUTO-OLIGOSSACARÍDEOS E GALACTO-OLIGOSSACARÍDEOS) SOBRE A DOENÇA DO FÍGADO GORDUROSO NÃO-ALCOÓLICO (NAFLD) EM MODELO ANIMAL DE OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA
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Orientador : CHRISTINA ALVES PEIXOTO
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MEMBROS DA BANCA :
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CHRISTINA ALVES PEIXOTO
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SURA WANESSA NOGUEIRA SANTOS ROCHA
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 03/03/2023
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A obesidade e outros distúrbios metabólicos são fatores de risco para a doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), que por sua vez, pode levar à cirrose e ao carcinoma hepatocelular e atualmente é reconhecida como a hepatopatia mais comum em todo o mundo, acometendo em torno de 30,05% da população. A fisiopatologia da NAFLD está amplamente relacionada aos distúrbios lipídicos e inflamatório. Evidências crescentes sugerem que o eixo intestino-microbiota-fígado desempenha um papel central nas doenças metabólicas, e a disbiose intestinal tem sido associada à NAFLD e sua gravidade. No presente estudo, foi avaliado os efeitos de dois prebióticos disponíveis comercialmente (frutooligossacarídeos [FOS] e galactooligossacarídeos [GOS]) na inflamação hepática, sobre a via metabólica de lipídios e na microbiota intestinal em modelo de NAFLD induzida por dieta rica em gordura. Utilizamos 45 camundongos C57BL6 wild-type que foram distribuídos nos seguintes grupos: (A) dieta padrão controle (n=15) e (B) HFD por 18 semanas (n=30). Na 13ª semana, os camundongos foram posteriormente divididos nos seguintes grupos experimentais: (A) Controle (n=15); (B) HFD (n=14); e (C) HFD+Prebióticos (n=14). O grupo HFD+Prebióticos recebeu uma dieta rica em gordura e uma combinação de FOS e GOS (0,3g e 0,4g/camundongo/dia de FOS e GOS, respectivamente). Os resultados indicaram que FOS e GOS efetivamente reduziram a resistência à insulina, hiperglicemia, trigliceridemia e colesterolemia. Além disso, FOS e GOS melhoraram a arquitetura hepática e o acúmulo de gordura hepática modulando as vias lipogênica (SREBP-1c, ACC e FAS) e lipolítica (ATGL). O tratamento com FOS e GOS também reduziu marcadores inflamatórios como p-NFκB-65, IL-6, iNOS, COX-2, TNF-α e IL-1β. Além disso, FOS e GOS atenuaram o NAFLD modulando a composição da microbiota intestinal e fortalecendo a integridade da barreira intestinal, melhorando assim a via intestino-fígado e o metabolismo lipídico hepático. Sendo assim, nossos dados demonstram que FOS e GOS apresentam propriedades anti-inflamatórias e hipolipemiante, e indicam o potencial terapêutico desta fibras no tratamento da NAFLD.
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A obesidade e outros distúrbios metabólicos são fatores de risco para a doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), que por sua vez, pode levar à cirrose e ao carcinoma hepatocelular e atualmente é reconhecida como a hepatopatia mais comum em todo o mundo, acometendo em torno de 30,05% da população. A fisiopatologia da NAFLD está amplamente relacionada aos distúrbios lipídicos e inflamatório. Evidências crescentes sugerem que o eixo intestino-microbiota-fígado desempenha um papel central nas doenças metabólicas, e a disbiose intestinal tem sido associada à NAFLD e sua gravidade. No presente estudo, foi avaliado os efeitos de dois prebióticos disponíveis comercialmente (frutooligossacarídeos [FOS] e galactooligossacarídeos [GOS]) na inflamação hepática, sobre a via metabólica de lipídios e na microbiota intestinal em modelo de NAFLD induzida por dieta rica em gordura. Utilizamos 45 camundongos C57BL6 wild-type que foram distribuídos nos seguintes grupos: (A) dieta padrão controle (n=15) e (B) HFD por 18 semanas (n=30). Na 13ª semana, os camundongos foram posteriormente divididos nos seguintes grupos experimentais: (A) Controle (n=15); (B) HFD (n=14); e (C) HFD+Prebióticos (n=14). O grupo HFD+Prebióticos recebeu uma dieta rica em gordura e uma combinação de FOS e GOS (0,3g e 0,4g/camundongo/dia de FOS e GOS, respectivamente). Os resultados indicaram que FOS e GOS efetivamente reduziram a resistência à insulina, hiperglicemia, trigliceridemia e colesterolemia. Além disso, FOS e GOS melhoraram a arquitetura hepática e o acúmulo de gordura hepática modulando as vias lipogênica (SREBP-1c, ACC e FAS) e lipolítica (ATGL). O tratamento com FOS e GOS também reduziu marcadores inflamatórios como p-NFκB-65, IL-6, iNOS, COX-2, TNF-α e IL-1β. Além disso, FOS e GOS atenuaram o NAFLD modulando a composição da microbiota intestinal e fortalecendo a integridade da barreira intestinal, melhorando assim a via intestino-fígado e o metabolismo lipídico hepático. Sendo assim, nossos dados demonstram que FOS e GOS apresentam propriedades anti-inflamatórias e hipolipemiante, e indicam o potencial terapêutico desta fibras no tratamento da NAFLD.
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MARIA SAN MIRIS LOPES DE OLIVEIRA
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Desenvolvimento de plataforma genossensora baseada em polímero condutor para detecção da esquistossomose.
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Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
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KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
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Data: 14/03/2023
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A esquistossomose é uma enfermidade causada pelo helminto Schistosoma mansoni, sendo de grande importância no contexto da saúde pública. Esta infecção pode causar importantes alterações vasculares no sistema porta do aparelho digestivo gastrointestinal ou apresentar formas ectópicas que ocorrem quando os ovos do parasita ou formas adultas estão localizados longe do seu local normal, como o sistema urogenital e sistema nervoso central. Para o diagnóstico da esquistossomose em geral, o método utilizado é o exame parasitológico de fezes pela técnica de Kato-Katz. Outros exames subsidiários podem auxiliar na investigação diagnóstica. Sendo assim, o emprego de novas metodologias diagnósticas poderá contribuir para o controle desta doença. A determinação eletroquímica tem atraído bastante atenção, pois os métodos eletroquímicos têm as vantagens de baixo custo, alta sensibilidade e ser de fácil manuseio. Diante disto, o trabalho possui como objetivo a avaliação do processo de interação do filme de poli (ácido-3-tiofeno acético) (PTAA) na superfície do eletrodo de ouro com a sonda de S. mansoni no desenvolvimento de um genossensor para o uso na detecção de diferentes concentrações do genoma do S. mansoni e de amostras de pacientes infectados. Técnicas eletroquímicas como a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e voltametria cíclica (VC) são ferramentas úteis para o desenvolvimento destes dispositivos. Foram avaliadas as perturbações amperométricas e impedimétricas do dispositivo desenvolvido através de VC e EIE, respectivamente. O filme de PTAA foi obtido após eletrodeposição, em seguida os grupos funcionais foram ativados após a formação do filme de PTAA, foi ativado por ação de EDC (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida) e NHS (N-hidroxissuccinimida) (EDC/NHS) para promover a imobilização covalente da sonda de DNA. Após ativação a sonda foi imobilizada e o sistema sensor PTAA-ssondaS.mansoni foi obtido. A bioatividade e a sensibilidade do sistema sensor PTAA-sondaS.mansoni foram testados através da exposição inicial ao DNA genômico do Schistosoma nas concentrações de 0.65pg.μL-1, 2.6pg.μL-1, 5.2pg.μL-1, 10.4pg.μL-1, 20.9pg.μL-1, 41pg.μL-1 e 83,95pg.μL-1. Posteriormente, foram realizados testes frente a diferentes diluições de 1:10, 1:20, 1:30, 1:40 e 1:50 para detecção de Schistosoma em amostras de plasma, urina e líquido cefalorraquidiano (LCR) que foram previamente aquecidas em uma temperatura de 90°C. O sistema sensor foi capaz de detectar o genoma de S. mansoni em diferentes concentrações, processo este identificado pela diminuição gradativa das correntes de pico anódicas e catódicas, assim como pelo aumento na resistência à transferência de carga (RCT). Em adição, o sistema mostrou-se ser útil na identificação genômica do verme seja em plasma, urina ou LCR. O processo de hibridização foi mais proemimente na avaliação da amostra de plasma, refletindo um elevado RCT para a diluição de 1:10. O genossensor aqui exposto apresenta-se como uma ferramenta promissora para o diagnostico clínico eficiente da esquistossomose.
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A esquistossomose é uma enfermidade causada pelo helminto Schistosoma mansoni, sendo de grande importância no contexto da saúde pública. Esta infecção pode causar importantes alterações vasculares no sistema porta do aparelho digestivo gastrointestinal ou apresentar formas ectópicas que ocorrem quando os ovos do parasita ou formas adultas estão localizados longe do seu local normal, como o sistema urogenital e sistema nervoso central. Para o diagnóstico da esquistossomose em geral, o método utilizado é o exame parasitológico de fezes pela técnica de Kato-Katz. Outros exames subsidiários podem auxiliar na investigação diagnóstica. Sendo assim, o emprego de novas metodologias diagnósticas poderá contribuir para o controle desta doença. A determinação eletroquímica tem atraído bastante atenção, pois os métodos eletroquímicos têm as vantagens de baixo custo, alta sensibilidade e ser de fácil manuseio. Diante disto, o trabalho possui como objetivo a avaliação do processo de interação do filme de poli (ácido-3-tiofeno acético) (PTAA) na superfície do eletrodo de ouro com a sonda de S. mansoni no desenvolvimento de um genossensor para o uso na detecção de diferentes concentrações do genoma do S. mansoni e de amostras de pacientes infectados. Técnicas eletroquímicas como a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e voltametria cíclica (VC) são ferramentas úteis para o desenvolvimento destes dispositivos. Foram avaliadas as perturbações amperométricas e impedimétricas do dispositivo desenvolvido através de VC e EIE, respectivamente. O filme de PTAA foi obtido após eletrodeposição, em seguida os grupos funcionais foram ativados após a formação do filme de PTAA, foi ativado por ação de EDC (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida) e NHS (N-hidroxissuccinimida) (EDC/NHS) para promover a imobilização covalente da sonda de DNA. Após ativação a sonda foi imobilizada e o sistema sensor PTAA-ssondaS.mansoni foi obtido. A bioatividade e a sensibilidade do sistema sensor PTAA-sondaS.mansoni foram testados através da exposição inicial ao DNA genômico do Schistosoma nas concentrações de 0.65pg.μL-1, 2.6pg.μL-1, 5.2pg.μL-1, 10.4pg.μL-1, 20.9pg.μL-1, 41pg.μL-1 e 83,95pg.μL-1. Posteriormente, foram realizados testes frente a diferentes diluições de 1:10, 1:20, 1:30, 1:40 e 1:50 para detecção de Schistosoma em amostras de plasma, urina e líquido cefalorraquidiano (LCR) que foram previamente aquecidas em uma temperatura de 90°C. O sistema sensor foi capaz de detectar o genoma de S. mansoni em diferentes concentrações, processo este identificado pela diminuição gradativa das correntes de pico anódicas e catódicas, assim como pelo aumento na resistência à transferência de carga (RCT). Em adição, o sistema mostrou-se ser útil na identificação genômica do verme seja em plasma, urina ou LCR. O processo de hibridização foi mais proemimente na avaliação da amostra de plasma, refletindo um elevado RCT para a diluição de 1:10. O genossensor aqui exposto apresenta-se como uma ferramenta promissora para o diagnostico clínico eficiente da esquistossomose.
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BRUNO LUIS RAPOSO
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Estratégia Biofotônica Mediada por Zincoporfirinas e Nanopartículas Metálicas para a Inativação de Candida albicans
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Orientador : ADRIANA FONTES
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FONTES
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JAQUELINE CRISTINA BUENO JANICE DE JESUS
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WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
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Data: 29/03/2023
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A Candida albicans é a principal espécie correlacionada a infecções fúngicas no mundo. A inativação fotodinâmica (PDI) vem sendo abordada como uma tecnologia promissora para o tratamento de infecções por C. albicans,principalmenteconsiderando a disseminação de cepas resistentes suportada pelo uso indiscriminado de antifúngicos. Na PDI, a luz excita um fotossensibilizador (FS) levando as células à morte por estresse oxidativo. As Zn(II) porfirinas (ZnPs) catiônicas apresentam alta eficiência na geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) como FSs e versatilidade estrutural que pode modular sua biodisponibilidade e interação com estruturas celulares. Ademais, o efeito plasmônico das nanopartículas de prata (AgNPs) apresenta potencial para aprimorar a PDI. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação da PDI em C. albicans usando ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP-hexil) ou ZnTE-2-PyP4+ (ZnP-etil) associadas a AgNPs ou não. As AgNPs estabilizadas com polivinilpirrolidona foram sintetizadas para favorecer seu contato com as ZnPs e a sobreposição espectral entre a banda de plasmon das NPs e de absorção das ZnPs. Análises espectroscópicas e potencial zeta (ζ) foram realizadas para caracterizar a interação AgNPs-ZnPs. A geração de ROS pelos sistemas foi mensurada usando a sonda DCFH-DA. Foram avaliadas várias concentrações de ZnPs e duas proporções de AgNPs (v:v – 1:4 ou 4:1; AgNPs:ZnPs), na PDI mediada por LED azul. As interações entre as leveduras e as ZnPs ou AgNPs-ZnPs foram analisadas por microscopia de fluorescência. Alterações espectroscópicas sutis na emissão das ZnPs foram observadas após associação com AgNPs. As análises de ζ confirmaram a interação AgNPs-ZnPs. A PDI usando ZnP-hexil (0,8 µM) e ZnP-etil (5,0 µM) promoveu uma redução de 3 e 2 log10 na viabilidade das leveduras, respectivamente. Por outro lado, os sistemas AgNPs-ZnP-hexil e AgNPs-ZnP-etil levaram à completa erradicação fúngica sob os mesmos parâmetros de irradiação, mas com concentrações de porfirina de ca. 4 e 8 × menores, respectivamente. Houve aumento de ROS quando as ZnPs foram associadas a AgNPs. Pelas micrografias, houve marcação das leveduras pela ZnP-hexil, mas não pela ZnP-etil. Observou-se uma maior interação por ambas ZnPs quando os sistemas AgNPs-ZnPs foram utilizados. Acreditamos que o aprimoramento da PDI observado para os sistemas AgNPs-ZnPs pode estar relacionado a uma maior produção de ROS e melhor interação dos FSs com as leveduras
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A Candida albicans é a principal espécie correlacionada a infecções fúngicas no mundo. A inativação fotodinâmica (PDI) vem sendo abordada como uma tecnologia promissora para o tratamento de infecções por C. albicans,principalmenteconsiderando a disseminação de cepas resistentes suportada pelo uso indiscriminado de antifúngicos. Na PDI, a luz excita um fotossensibilizador (FS) levando as células à morte por estresse oxidativo. As Zn(II) porfirinas (ZnPs) catiônicas apresentam alta eficiência na geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) como FSs e versatilidade estrutural que pode modular sua biodisponibilidade e interação com estruturas celulares. Ademais, o efeito plasmônico das nanopartículas de prata (AgNPs) apresenta potencial para aprimorar a PDI. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação da PDI em C. albicans usando ZnTnHex-2-PyP4+ (ZnP-hexil) ou ZnTE-2-PyP4+ (ZnP-etil) associadas a AgNPs ou não. As AgNPs estabilizadas com polivinilpirrolidona foram sintetizadas para favorecer seu contato com as ZnPs e a sobreposição espectral entre a banda de plasmon das NPs e de absorção das ZnPs. Análises espectroscópicas e potencial zeta (ζ) foram realizadas para caracterizar a interação AgNPs-ZnPs. A geração de ROS pelos sistemas foi mensurada usando a sonda DCFH-DA. Foram avaliadas várias concentrações de ZnPs e duas proporções de AgNPs (v:v – 1:4 ou 4:1; AgNPs:ZnPs), na PDI mediada por LED azul. As interações entre as leveduras e as ZnPs ou AgNPs-ZnPs foram analisadas por microscopia de fluorescência. Alterações espectroscópicas sutis na emissão das ZnPs foram observadas após associação com AgNPs. As análises de ζ confirmaram a interação AgNPs-ZnPs. A PDI usando ZnP-hexil (0,8 µM) e ZnP-etil (5,0 µM) promoveu uma redução de 3 e 2 log10 na viabilidade das leveduras, respectivamente. Por outro lado, os sistemas AgNPs-ZnP-hexil e AgNPs-ZnP-etil levaram à completa erradicação fúngica sob os mesmos parâmetros de irradiação, mas com concentrações de porfirina de ca. 4 e 8 × menores, respectivamente. Houve aumento de ROS quando as ZnPs foram associadas a AgNPs. Pelas micrografias, houve marcação das leveduras pela ZnP-hexil, mas não pela ZnP-etil. Observou-se uma maior interação por ambas ZnPs quando os sistemas AgNPs-ZnPs foram utilizados. Acreditamos que o aprimoramento da PDI observado para os sistemas AgNPs-ZnPs pode estar relacionado a uma maior produção de ROS e melhor interação dos FSs com as leveduras
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BRUNO VINICIUS SOUZA DA SILVA
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PERFIL FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, TOXICIDADE AGUDA E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO AQUOSO FOLHAS DE Psidium guineense SW.
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Orientador : ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
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MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
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ROBSON RAION DE VASCONCELOS ALVES
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Data: 14/04/2023
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Nativa da América tropical, Psidium guineense Sw. (Myrtaceae) é um arbusto ou pequena árvore com propriedades medicinais, incluindo tratamento de infecções, feridas, diarreia e ação diurética. Devido a ausência de estudos de toxicidade de extrato aquoso de folhas de P. guineense, o presente estudo teve como objetivo avaliar a segurança de uso em camundongos. Folhas de P. guineense foram pulverizadas e homogeneizada com água destilada (1:10 p/v) e obtendo um extrato aquoso a 10% por turbólise (EAPg). O extrato foi caracterizado por cromatografia em camada delgada e por cromatografia líquida de alta eficiência. Eritrócitos murinos foram usados para avaliar a citotoxicidade, enquanto camundongos Swiss albinos foram utilizados para avaliar a toxicidade aguda, genotoxicidade (ensaio do cometa) e mutagenicidade (teste do micronúcleo). Os resultados do ensaio de citotoxicidade revelaram a baixa capacidade do EAPg em causar lise celular com uma taxa de hemólise variando de 0,35% a 13%. No estudo de toxicidade oral aguda em camundongos, nenhum camundongo apresentou qualquer alteração comportamental ou mortalidade após a administração de 2.000 mg/kg de EAPg por 14 dias. Os parâmetros hematológicos não apresentaram diferença significativa em relação aos animais do grupo controle. Já na avaliação dos parâmetros bioquímicos o tratamento com EAPg promoveu uma redução dos parâmetros lipídicos (p<0.05). O teste do micronúcleo e o índice de danos (DI) da avaliação genotóxica não indicou diferença significativa quando comparado ao controle. Porém, foi observada um aumento na frequência de dano (DF) dos animais tratados com 2000 mg/k de EAPg. Com isso, foi evidenciado que o extrato apresenta flavonoides, taninos hidrolisáveis, terpenos, esteroides e açúcares redutores. Na avaliação de toxicidade, o tratamento com 2000 mg/kg de EAPg reduziu parâmetros lipídicos e mostrou-se ser bem tolerado sem apresentar alterações comportamentais, bem como não promoveu dano ao DNA.
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Nativa da América tropical, Psidium guineense Sw. (Myrtaceae) é um arbusto ou pequena árvore com propriedades medicinais, incluindo tratamento de infecções, feridas, diarreia e ação diurética. Devido a ausência de estudos de toxicidade de extrato aquoso de folhas de P. guineense, o presente estudo teve como objetivo avaliar a segurança de uso em camundongos. Folhas de P. guineense foram pulverizadas e homogeneizada com água destilada (1:10 p/v) e obtendo um extrato aquoso a 10% por turbólise (EAPg). O extrato foi caracterizado por cromatografia em camada delgada e por cromatografia líquida de alta eficiência. Eritrócitos murinos foram usados para avaliar a citotoxicidade, enquanto camundongos Swiss albinos foram utilizados para avaliar a toxicidade aguda, genotoxicidade (ensaio do cometa) e mutagenicidade (teste do micronúcleo). Os resultados do ensaio de citotoxicidade revelaram a baixa capacidade do EAPg em causar lise celular com uma taxa de hemólise variando de 0,35% a 13%. No estudo de toxicidade oral aguda em camundongos, nenhum camundongo apresentou qualquer alteração comportamental ou mortalidade após a administração de 2.000 mg/kg de EAPg por 14 dias. Os parâmetros hematológicos não apresentaram diferença significativa em relação aos animais do grupo controle. Já na avaliação dos parâmetros bioquímicos o tratamento com EAPg promoveu uma redução dos parâmetros lipídicos (p<0.05). O teste do micronúcleo e o índice de danos (DI) da avaliação genotóxica não indicou diferença significativa quando comparado ao controle. Porém, foi observada um aumento na frequência de dano (DF) dos animais tratados com 2000 mg/k de EAPg. Com isso, foi evidenciado que o extrato apresenta flavonoides, taninos hidrolisáveis, terpenos, esteroides e açúcares redutores. Na avaliação de toxicidade, o tratamento com 2000 mg/kg de EAPg reduziu parâmetros lipídicos e mostrou-se ser bem tolerado sem apresentar alterações comportamentais, bem como não promoveu dano ao DNA.
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ELINALDO FRANCISCO DE LIMA BENTO
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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE Anacardium occidentale
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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Data: 26/05/2023
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As plantas são extremante importantes na alimentação humana, quanto no combate a diversas enfermidades. Entretanto, contrapondo os benefícios nutricionais e medicinais, as plantas também estão entre as principais causas de envenenamento. Anacardium occidentale, pertencente à família Anacardiaceae e conhecida popularmente como cajueiro, é uma planta nativa do nordeste do Brasil cujas folhas, casca, caule e raízes têm sido usadas para tratamento de inúmeras enfermidades. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente e avaliar a segurança de extrato aquoso de folhas de A. occidentale através de ensaios de toxicidade aguda e genotoxicidade in vivo. Condições otimizadas para extração de polifenóis foram determinadas através de planejamento fatorial variando o método de extração (maceração ou turbólise) e proporção de droga vegetal (5% ou 10%, p/v) em relação ao volume de solvente (água destilada). ET10% (extrato obtido por turbólise e usando 10%, p/v de material vegetal) foi avaliado quanto às concentrações de taninos e proteínas e realizada análise em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Presença de lectinas em ET10% foi avaliada através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH) e de inibição da AH. Toxicidade aguda e genotoxicidade (ensaios cometa e de micronúcleo) de ET10% em camundongos foram investigadas utilizando uma dose de 2000 mg/kg por via oral. ET10% apresentou maior teor (26,61 ± 0,080 %g) de polifenóis e gráficos de Pareto e de resposta de superfície evidenciaram uma correlação positiva deste método de extração com a maior presença destes metabólitos. O rendimento da extração foi de 24,6 ± 0,82%, e o teor de taninos foi de 32,2 mg EAT/g. A análise por CLAE evidenciou a presença de diversos picos em ET10% que apresentam características de taninos hidrolisáveis e flavonoides, bem como indicou teores de ácido gálico e rutina de 0,61 ± 0,0096% (1,57%) e 0,22 ± 0,0001% (0,52%), respectivamente. A concentração de proteínas foi de 14,58 mg/mL e foi detectada uma atividade hemaglutinante específica de 8989,84, que foi inibida por azocaseína, caseína, albumina, N-acetilglicosamina e metil manopiranosideo. No ensaio de toxicidade aguda, não foram observadas alterações comportamentais, no consumo de água e ração, no peso dos animais e nem em parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com ET10% em comparação com o controle negativo. Análise histológica demonstrou fígado, rins e baço dos animais tratados e do controle. Nenhum dos animais morreu durante o experimento, indicando uma DL50 acima de 2000 mg/kg (baixa ou nenhuma toxicidade). Nos ensaios cometa e de micronúcleo, também não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo tratado com ET10% e o controle. Em conclusão, extrato aquoso de A. occidentale obtido através de turboextração e usando uma proporção de 10% (p/v) de droga vegetal apresentou maior teor de fenóis totais. Ainda, elevadas quantidades de proteínas e taninos foram detectadas, bem como a presença de lectinas, resultados semelhantes aos obtidos para outras plantas anacardiáceas. ET10% não apresentou toxicidade aguda oral e nem genotoxicidade, sugerindo o uso seguro das folhas desta planta nas condições de extração usadas e indicando o potencial para futuras avaliações de atividades farmacológicas.
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As plantas são extremante importantes na alimentação humana, quanto no combate a diversas enfermidades. Entretanto, contrapondo os benefícios nutricionais e medicinais, as plantas também estão entre as principais causas de envenenamento. Anacardium occidentale, pertencente à família Anacardiaceae e conhecida popularmente como cajueiro, é uma planta nativa do nordeste do Brasil cujas folhas, casca, caule e raízes têm sido usadas para tratamento de inúmeras enfermidades. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente e avaliar a segurança de extrato aquoso de folhas de A. occidentale através de ensaios de toxicidade aguda e genotoxicidade in vivo. Condições otimizadas para extração de polifenóis foram determinadas através de planejamento fatorial variando o método de extração (maceração ou turbólise) e proporção de droga vegetal (5% ou 10%, p/v) em relação ao volume de solvente (água destilada). ET10% (extrato obtido por turbólise e usando 10%, p/v de material vegetal) foi avaliado quanto às concentrações de taninos e proteínas e realizada análise em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Presença de lectinas em ET10% foi avaliada através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH) e de inibição da AH. Toxicidade aguda e genotoxicidade (ensaios cometa e de micronúcleo) de ET10% em camundongos foram investigadas utilizando uma dose de 2000 mg/kg por via oral. ET10% apresentou maior teor (26,61 ± 0,080 %g) de polifenóis e gráficos de Pareto e de resposta de superfície evidenciaram uma correlação positiva deste método de extração com a maior presença destes metabólitos. O rendimento da extração foi de 24,6 ± 0,82%, e o teor de taninos foi de 32,2 mg EAT/g. A análise por CLAE evidenciou a presença de diversos picos em ET10% que apresentam características de taninos hidrolisáveis e flavonoides, bem como indicou teores de ácido gálico e rutina de 0,61 ± 0,0096% (1,57%) e 0,22 ± 0,0001% (0,52%), respectivamente. A concentração de proteínas foi de 14,58 mg/mL e foi detectada uma atividade hemaglutinante específica de 8989,84, que foi inibida por azocaseína, caseína, albumina, N-acetilglicosamina e metil manopiranosideo. No ensaio de toxicidade aguda, não foram observadas alterações comportamentais, no consumo de água e ração, no peso dos animais e nem em parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com ET10% em comparação com o controle negativo. Análise histológica demonstrou fígado, rins e baço dos animais tratados e do controle. Nenhum dos animais morreu durante o experimento, indicando uma DL50 acima de 2000 mg/kg (baixa ou nenhuma toxicidade). Nos ensaios cometa e de micronúcleo, também não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo tratado com ET10% e o controle. Em conclusão, extrato aquoso de A. occidentale obtido através de turboextração e usando uma proporção de 10% (p/v) de droga vegetal apresentou maior teor de fenóis totais. Ainda, elevadas quantidades de proteínas e taninos foram detectadas, bem como a presença de lectinas, resultados semelhantes aos obtidos para outras plantas anacardiáceas. ET10% não apresentou toxicidade aguda oral e nem genotoxicidade, sugerindo o uso seguro das folhas desta planta nas condições de extração usadas e indicando o potencial para futuras avaliações de atividades farmacológicas.
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GABRIEL DA SILVA FERREIRA
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Diversidade fungica em tartarugas marinhas com ênfase em Caretta caretta Linnaeus, 1758 no litoral de Ipojuca- Pernambuco, Nordeste do Brasil"
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Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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RANILSON DE SOUZA BEZERRA
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EDNILZA MARANHAO DOS SANTOS
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Data: 31/05/2023
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As tartarugas marinhas são dependentes de suas rotas migratórias e de ambientes costeiros para alimentação e reprodução, mantendo contato frequente com diversos organismos fúngicos. No entanto, a escassez de estudos micológicos ressalta a necessidade de pesquisas adicionais para a compreensão dessas interações e a conservação das espécies ameaçadas. Este estudo possui duas abordagens: 1. Levantamento bibliográfico sobre a interação de fungos em tartarugas marinhas em escala global e 2. Investigação da diversidade fúngica em ninhos e ovos de tartarugas da espécie Carettacaretta ao longo da costa litorânea do município de Ipojuca-PE, nordeste do Brasil. Para atender a primeira abordagem foram realizadas buscas na literatura por meio de bases de dados como BVS, SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionados 27 artigos, os quais revelaram a ocorrência de 29 gêneros fungicos nas tartarugas marinhas, sendo os gêneros: Fusarium (21%), Aspergillus (11%) e Cladosporium (11%) os mais frequentes presentes em todas as fases de desenvolvimento, desde ovos até animais adultos. Apesar de esclarecedores, esses dados ainda são insuficientes para compreender a interação destas comunidades com estes animais marinhos. Sendo assim, esta dissertação realizou sua segunda abordagem com coletas de ovos e areia em ninhos de tartaruga da espécie C. caretta ocorrente nas praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe, localizadas no litoral pernambucano. Os fungos foram isolados por meio de diluição das amostras em meios de cultura específicos e identificados morfologica e molecularmente por meio do sequenciamento do gene β-tubulina. No total foram obtidos 207 isolados, 104 (50,2%) pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Talaromyces. O mais prevalente foi Penicillium representado por 11 espécies (P. allii-sativi, P. brocae, P. citreosulfuratum, P. citrinum, P. coffae, P. mallochii, P. meliponae, P. oxalicum, P. steckii, P. sp. Nov. 1 e P. sp. Nov. 2.); seguido do Aspergillus oito espécies (A. flavus, A. hortae, A. insulicola, A. niger, A. sidowii, A. tamarii, A. terreus e A. unguis)e Talaromyces quatro espécies (T. albobiverticillius, T. alveolaris, T. pigmentosus e T. wortmannii). A. sidowii e P. citrinum foram encontradas em abundância tanto dentro dos ovos quanto na areia, enquanto os isolados de Talaromyces foram identificados exclusivamente no conteúdo interno dos ovos. Esses resultados sugerem a existência de interações ecológicas específicas ainda não completamente compreendidas e contribuem para ampliar nosso conhecimento sobre a ecologia das tartarugas marinhas e o potencial impacto dos fungos em sua reprodução. Dessa forma, são necessários estudos adicionais para aprofundar nosso entendimento em relação ao potencial benéfico, neutro ou maléfico das espécies encontradas.
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As tartarugas marinhas são dependentes de suas rotas migratórias e de ambientes costeiros para alimentação e reprodução, mantendo contato frequente com diversos organismos fúngicos. No entanto, a escassez de estudos micológicos ressalta a necessidade de pesquisas adicionais para a compreensão dessas interações e a conservação das espécies ameaçadas. Este estudo possui duas abordagens: 1. Levantamento bibliográfico sobre a interação de fungos em tartarugas marinhas em escala global e 2. Investigação da diversidade fúngica em ninhos e ovos de tartarugas da espécie Carettacaretta ao longo da costa litorânea do município de Ipojuca-PE, nordeste do Brasil. Para atender a primeira abordagem foram realizadas buscas na literatura por meio de bases de dados como BVS, SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionados 27 artigos, os quais revelaram a ocorrência de 29 gêneros fungicos nas tartarugas marinhas, sendo os gêneros: Fusarium (21%), Aspergillus (11%) e Cladosporium (11%) os mais frequentes presentes em todas as fases de desenvolvimento, desde ovos até animais adultos. Apesar de esclarecedores, esses dados ainda são insuficientes para compreender a interação destas comunidades com estes animais marinhos. Sendo assim, esta dissertação realizou sua segunda abordagem com coletas de ovos e areia em ninhos de tartaruga da espécie C. caretta ocorrente nas praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe, localizadas no litoral pernambucano. Os fungos foram isolados por meio de diluição das amostras em meios de cultura específicos e identificados morfologica e molecularmente por meio do sequenciamento do gene β-tubulina. No total foram obtidos 207 isolados, 104 (50,2%) pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Talaromyces. O mais prevalente foi Penicillium representado por 11 espécies (P. allii-sativi, P. brocae, P. citreosulfuratum, P. citrinum, P. coffae, P. mallochii, P. meliponae, P. oxalicum, P. steckii, P. sp. Nov. 1 e P. sp. Nov. 2.); seguido do Aspergillus oito espécies (A. flavus, A. hortae, A. insulicola, A. niger, A. sidowii, A. tamarii, A. terreus e A. unguis)e Talaromyces quatro espécies (T. albobiverticillius, T. alveolaris, T. pigmentosus e T. wortmannii). A. sidowii e P. citrinum foram encontradas em abundância tanto dentro dos ovos quanto na areia, enquanto os isolados de Talaromyces foram identificados exclusivamente no conteúdo interno dos ovos. Esses resultados sugerem a existência de interações ecológicas específicas ainda não completamente compreendidas e contribuem para ampliar nosso conhecimento sobre a ecologia das tartarugas marinhas e o potencial impacto dos fungos em sua reprodução. Dessa forma, são necessários estudos adicionais para aprofundar nosso entendimento em relação ao potencial benéfico, neutro ou maléfico das espécies encontradas.
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BRUNO JOSÉ DA SILVA BEZERRA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eugenia uniflora FRENTE A MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA
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Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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Data: 31/05/2023
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A resistência dos microrganismos aos fármacos é um dos maiores desafios da saúde pública enfrentados na contemporaneidade. No ambiente hospitalar, as Unidades de Terapia Intensiva são os setores com maiores riscos de infecções por patógenos resistentes, as chamadas infecções nosocomiais que são aquelas que acometem os indivíduos hospitalizados poucas horas a partir da internação. Dessa forma, tendo em vista o aumento do desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microrganismos aos antibióticos atuais, é explicita a necessidade de novos agentes com potencial antimicrobiano; surgindo os óleos essenciais, a partir das plantas medicinais, como um recurso que pode ser empregado no combate a esse problema de saúde pública. A espécie Eugenia uniflora L., conhecida como pitangueira, é uma arbórea pertencente a família Myrtaceae, e trata-se de uma frutífera nativa da região desde o Brasil central até o norte da Argentina. As folhas dessa espécie são fortemente utilizadas na medicina popular para o tratamento da hipertensão, febre, diarreia e reumatismo. Além disso, estudos apontam que E. uniflora tem potencial antibacteriano, antioxidante e diurético. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antibacteriano e antifúngico do óleo essencial de E. uniflora frente a Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae,Staphylococcus aureus e Candida albicans, microrganismos patogênicos. Após a coleta e identificação do material vegetal, o óleo essencial das folhas de E. uniflora foi obtido através do método de hidrodestilação. A Concentração Inibitória Média foi determinada pela técnica de microdiluição. A cada um dos 6 poços de uma das linhas da placa foi inicialmente adicionado 100 µL de meio de cultura e suspensão fúngica seguido de 100 µL do produto natural na concentração de 2.000 µg/mL. O último poço da placa foi utilizado como controle de crescimento. Ainda foram utilizados os fármacos Cetoconazol® para fungos, e Eritromicina®, para bactérias como controles positivos. Todos os testes e controles foram realizados em triplicata para cada microrganismo. A leitura da absorbância dos poços foi executada em aparelho de espectrofotometria de ELISA (Termoplate®). Observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresentou ação sobre todos os microrganismos, com dosagens relativamente baixas sobre as bactérias, destacando-se sua atividade perante C. albicans, no qual a CI50 foi constatada com dosagens 44,72% menores que do fármaco de controle. Todas as cepas testadas mostraram inibição de acordo com sua curva de crescimento, no entanto o resultado se mostrou melhor para o antibiótico usado nas bactérias. Para o fungo, o óleo essencial promoveu maior acentuação da curva de crescimento em relação ao antifúngico padrão. Dessa forma, observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresenta potencial antibacteriano e antifúngico, podendo ser um produto promissor no combate a resistência microbiana.
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A resistência dos microrganismos aos fármacos é um dos maiores desafios da saúde pública enfrentados na contemporaneidade. No ambiente hospitalar, as Unidades de Terapia Intensiva são os setores com maiores riscos de infecções por patógenos resistentes, as chamadas infecções nosocomiais que são aquelas que acometem os indivíduos hospitalizados poucas horas a partir da internação. Dessa forma, tendo em vista o aumento do desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microrganismos aos antibióticos atuais, é explicita a necessidade de novos agentes com potencial antimicrobiano; surgindo os óleos essenciais, a partir das plantas medicinais, como um recurso que pode ser empregado no combate a esse problema de saúde pública. A espécie Eugenia uniflora L., conhecida como pitangueira, é uma arbórea pertencente a família Myrtaceae, e trata-se de uma frutífera nativa da região desde o Brasil central até o norte da Argentina. As folhas dessa espécie são fortemente utilizadas na medicina popular para o tratamento da hipertensão, febre, diarreia e reumatismo. Além disso, estudos apontam que E. uniflora tem potencial antibacteriano, antioxidante e diurético. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antibacteriano e antifúngico do óleo essencial de E. uniflora frente a Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae,Staphylococcus aureus e Candida albicans, microrganismos patogênicos. Após a coleta e identificação do material vegetal, o óleo essencial das folhas de E. uniflora foi obtido através do método de hidrodestilação. A Concentração Inibitória Média foi determinada pela técnica de microdiluição. A cada um dos 6 poços de uma das linhas da placa foi inicialmente adicionado 100 µL de meio de cultura e suspensão fúngica seguido de 100 µL do produto natural na concentração de 2.000 µg/mL. O último poço da placa foi utilizado como controle de crescimento. Ainda foram utilizados os fármacos Cetoconazol® para fungos, e Eritromicina®, para bactérias como controles positivos. Todos os testes e controles foram realizados em triplicata para cada microrganismo. A leitura da absorbância dos poços foi executada em aparelho de espectrofotometria de ELISA (Termoplate®). Observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresentou ação sobre todos os microrganismos, com dosagens relativamente baixas sobre as bactérias, destacando-se sua atividade perante C. albicans, no qual a CI50 foi constatada com dosagens 44,72% menores que do fármaco de controle. Todas as cepas testadas mostraram inibição de acordo com sua curva de crescimento, no entanto o resultado se mostrou melhor para o antibiótico usado nas bactérias. Para o fungo, o óleo essencial promoveu maior acentuação da curva de crescimento em relação ao antifúngico padrão. Dessa forma, observou-se que o óleo essencial de E. uniflora apresenta potencial antibacteriano e antifúngico, podendo ser um produto promissor no combate a resistência microbiana.
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MARIA GABRIELLA DA SILVA ALBUQUERQUE BORGES OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANTIBACTERIANA, ANTI-FORMAÇÃO DE BIOFILME E CITOTOXICIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO DE GEOPRÓPOLIS FRENTE CEPAS DE Staphylococcus aureus
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Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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LAÍSA VILAR CORDEIRO
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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Data: 31/05/2023
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As resinas de geoprópolis são produzidas por abelhas sem ferrão (Meliponinae), desenvolvidas a partir da coleta de materiais resinosos, ceras e exsudatos, da flora da região onde estas abelhas estão presentes, além da adição de argila ou terra em sua composição. Várias atividades biológicas são atribuídas aos Extratos Etanol de Geoprópolis (EEGP). As propriedades bioativas estão associadas a composição química complexa que estas possuem. Este trabalho apresenta duas abordagens: 1. Revisao bibliográfica sobre as Propriedades Antibacterianas e Antioxidantes de Extratos de Geoprópolis de Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae) ocorrentes no território brasileiro e 2. Avaliação das atividades biológicas do EEGP, como uma alternativa terapêutica natural para o enfrentamento de infecções causadas por cepas resistentes de Staphylococcus aures. Em relação a primeira abordagem o estudo revelou que a busca pelos produtos naturais (EEGP), sua composição química e potencial bioativo aumentou substancialmente nos últimos anos e que a geoprópolis produzidas no Brasil possuem uma elevada variabilidade de constituintes químicos em sua composição, em consequência da diversidade vegetal encontrada no território brasileiro.Já em relação a segunda abordagem, os testes demostraram que o EEGP apresenta atividade antibacteriana e bacteriostática nos isolados de S. aureus testados. Adicionalmente, foi observado inibição do biofilme destes patogenos com valor médio superior a 65% na concentração mais alta e potencial antioxidante (CI50) de 11,05 ± 1,55 µg/mL. Os teste de citotoxicidade, revelaram que o EEGP reduziu significativamente a viabilidade celular nas três concentrações testadas (550 µg/mL: 81,68 ± 3,79%; 1100 µg/mL: 67,10 ± 3,76 %; 2200 µg/mL: 67,40 ± 1,86%). Diante do exposto, o uso seguro do EEGP proveniente do Nordeste brasileiro, pôde ser comprovado pelo teste de citotoxicidade, e seu uso como agente antioxidante e antibacteriano mostrou-se eficaz, sendo este uma alternativa viável no combate ao estresse oxidativo e na disseminação e evolução contínua da resistência em S. aureus.
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As resinas de geoprópolis são produzidas por abelhas sem ferrão (Meliponinae), desenvolvidas a partir da coleta de materiais resinosos, ceras e exsudatos, da flora da região onde estas abelhas estão presentes, além da adição de argila ou terra em sua composição. Várias atividades biológicas são atribuídas aos Extratos Etanol de Geoprópolis (EEGP). As propriedades bioativas estão associadas a composição química complexa que estas possuem. Este trabalho apresenta duas abordagens: 1. Revisao bibliográfica sobre as Propriedades Antibacterianas e Antioxidantes de Extratos de Geoprópolis de Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae) ocorrentes no território brasileiro e 2. Avaliação das atividades biológicas do EEGP, como uma alternativa terapêutica natural para o enfrentamento de infecções causadas por cepas resistentes de Staphylococcus aures. Em relação a primeira abordagem o estudo revelou que a busca pelos produtos naturais (EEGP), sua composição química e potencial bioativo aumentou substancialmente nos últimos anos e que a geoprópolis produzidas no Brasil possuem uma elevada variabilidade de constituintes químicos em sua composição, em consequência da diversidade vegetal encontrada no território brasileiro.Já em relação a segunda abordagem, os testes demostraram que o EEGP apresenta atividade antibacteriana e bacteriostática nos isolados de S. aureus testados. Adicionalmente, foi observado inibição do biofilme destes patogenos com valor médio superior a 65% na concentração mais alta e potencial antioxidante (CI50) de 11,05 ± 1,55 µg/mL. Os teste de citotoxicidade, revelaram que o EEGP reduziu significativamente a viabilidade celular nas três concentrações testadas (550 µg/mL: 81,68 ± 3,79%; 1100 µg/mL: 67,10 ± 3,76 %; 2200 µg/mL: 67,40 ± 1,86%). Diante do exposto, o uso seguro do EEGP proveniente do Nordeste brasileiro, pôde ser comprovado pelo teste de citotoxicidade, e seu uso como agente antioxidante e antibacteriano mostrou-se eficaz, sendo este uma alternativa viável no combate ao estresse oxidativo e na disseminação e evolução contínua da resistência em S. aureus.
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PRISCILLA GLAZIELLY DOS SANTOS DE MORAES
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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA E ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
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MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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Data: 27/06/2023
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Myrciaria floribunda é uma planta amplamente distribuída em diferentes biomas brasileiros, como a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Além disso, ela apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anticancerígenas. Neste estudo, foram examinadas as propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias do óleo essencial das folhas de M. floribunda (MfEO), bem como a sua segurança de uso, por meio da realização de testes em modelos de camundongos. Para descrever o óleo essencial, utilizou-se a técnica de cromatografia gasosa-espectrometria de massa, cujos resultados revelaram que componentes como o δ-cadineno, biciclogermacreno, α-cadinol e epi-α-muurolol predominaram no perfil químico do óleo. Ao administrar uma dose de 2.000 mg/kg de peso corporal em animais para testes de toxicidade aguda, não foram observados sinais de mortalidade ou alterações fisiológicas, assim como nenhuma mudança nos parâmetros hematológicos, bioquímicos ou histológicos. O óleo essencial estimulou uma redução na nocicepção nos modelos químicos e térmicos utilizados para avaliar a atividade antinociceptiva aguda. Além disso, os resultados obtidos ao utilizar bloqueadores da via da dor para investigar o mecanismo subjacente indicaram uma atividade da via opioide. Ainda, foram observados efeitos anti-edematogênicos, redução na migração celular e inibição da geração de citocinas pró-inflamatórias, o que forneceu evidências do potencial anti-inflamatório do óleo essencial de M. floribunda. Com base nessa pesquisa, concluiu-se que o óleo essencial de M. floribunda pode aliviar efetivamente a dor aguda e a inflamação, sem causar sinais de toxicidade. Portanto, esses resultados destacam a promissora aplicação deste óleo como uma opção terapêutica no tratamento de dor e inflamação aguda.
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Myrciaria floribunda é uma planta amplamente distribuída em diferentes biomas brasileiros, como a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Além disso, ela apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anticancerígenas. Neste estudo, foram examinadas as propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias do óleo essencial das folhas de M. floribunda (MfEO), bem como a sua segurança de uso, por meio da realização de testes em modelos de camundongos. Para descrever o óleo essencial, utilizou-se a técnica de cromatografia gasosa-espectrometria de massa, cujos resultados revelaram que componentes como o δ-cadineno, biciclogermacreno, α-cadinol e epi-α-muurolol predominaram no perfil químico do óleo. Ao administrar uma dose de 2.000 mg/kg de peso corporal em animais para testes de toxicidade aguda, não foram observados sinais de mortalidade ou alterações fisiológicas, assim como nenhuma mudança nos parâmetros hematológicos, bioquímicos ou histológicos. O óleo essencial estimulou uma redução na nocicepção nos modelos químicos e térmicos utilizados para avaliar a atividade antinociceptiva aguda. Além disso, os resultados obtidos ao utilizar bloqueadores da via da dor para investigar o mecanismo subjacente indicaram uma atividade da via opioide. Ainda, foram observados efeitos anti-edematogênicos, redução na migração celular e inibição da geração de citocinas pró-inflamatórias, o que forneceu evidências do potencial anti-inflamatório do óleo essencial de M. floribunda. Com base nessa pesquisa, concluiu-se que o óleo essencial de M. floribunda pode aliviar efetivamente a dor aguda e a inflamação, sem causar sinais de toxicidade. Portanto, esses resultados destacam a promissora aplicação deste óleo como uma opção terapêutica no tratamento de dor e inflamação aguda.
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LAYSLA DOS SANTOS MOTTA
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ANÁLISE DO USO DA CIANOBACTÉRIA Arthrospira platensis (Spirulina platensis) NA ATENUAÇÃO DA TOXICIDADE DO CORANTE REACTIVE BLACK 5
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Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
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FABIO HENRIQUE PORTELLA CORREA DE OLIVEIRA
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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Data: 30/06/2023
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O Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste Pernambucano (APLCAPE) tem se destacado nacionalmente no setor têxtil. No entanto, o desenvolvimento têxtil na região tem causado impactos ambientais, devido à geração e lançamento de efluentes sem tratamento adequado, afetando a qualidade da água do rio Ipojuca. Dentre os constituintes dos efluentes lançados, destacam-se os corantes tipo azo e seus subprodutos, os quais são considerados tóxicos para o meio ambiente. Visando encontrar tratamentos alternativos para os efluentes têxteis, presente trabalho objetivou avaliar a eficiência da cianobactéria Arthrospira platensis na remoção do corante azo Reactive Black 5 (RB5) e na redução de sua toxicidade. Foram analisados cinco tratamentos durante 15 dias, visando investigar possíveis vias de remoção do corante: (1) A. platensis (300 mg/L) e meio de cultura Schlösser (AM; controle); (2) A. platensis, meio de cultura Schlösser e corante RB5 (32,5 mg/L) (AMR; via de biodegradação); (3) A. platensis inativada, meio de cultura Schlösser e RB5 (AiMR; via de adsorção); (4) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de claro (MRc; via de fotodegradação); (5) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de escuro (MRe; possível adsorção ao frasco e influência do meio de cultura). Em relação ao crescimento de A. platensis, nos tratamentos contendo a cianobactéria, foi notado um crescimento máximo de 509,89 mg/L na presença do corante (AMR), comparado a 1060,14 mg/L na ausência de RB5 (AM), ambos no dia 13. No tratamento AiMR, foi comprovada a eficiência da inativação de A. platensis. O dia 12 foi o último dia de crescimento da fase exponencial. Por esta razão, foi utilizado para as análises de remoção, observando-se valores de remoção de RB5: 33,13% (AMR); 60,7% (AiMR); 35,6% (MRc), e 25,51% (MRe). Os dados do dia 12 indicam que houve uma remoção de 25,51% relacionada à adsorção ao frasco ou devido a constituintes do meio de cultura, considerando MRe; de 10,09% de remoção por fotodegradação, comparando MRc e MRe; e 25,10% por adsorção à cianobactéria, comparando AiMR e MRc. Por outro lado, os valores indicam ausência de biodegradação pela cianobactéria, considerando AMR e MRc, que foi corroborada pela ausência dos subprodutos de biodegradação anilina e catecol nas amostras analisadas. A atenuação da toxicidade de RB5 nos diferentes tratamentos foi investigada usando o sistema teste Allium cepa L., mediante o índice da germinação de sementes e comprimento médio das raízes. Com relação à toxicidade, observou-se que RB5 foi altamente tóxico no tratamento controle (RB5 em água), com apenas 1,5% de germinação. De modo geral, houve uma atenuação da toxicidade em todos os tratamentos analisados no dia 12 do experimento de remoção, porém considerada baixa, com valores de germinação variando de 10,5% a 14,5%. Dessa forma, conclui-se que A. platensis contribui para a remoção de RB5 pelo processo de adsorção e para uma baixa atenuação da toxicidade.
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O Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste Pernambucano (APLCAPE) tem se destacado nacionalmente no setor têxtil. No entanto, o desenvolvimento têxtil na região tem causado impactos ambientais, devido à geração e lançamento de efluentes sem tratamento adequado, afetando a qualidade da água do rio Ipojuca. Dentre os constituintes dos efluentes lançados, destacam-se os corantes tipo azo e seus subprodutos, os quais são considerados tóxicos para o meio ambiente. Visando encontrar tratamentos alternativos para os efluentes têxteis, presente trabalho objetivou avaliar a eficiência da cianobactéria Arthrospira platensis na remoção do corante azo Reactive Black 5 (RB5) e na redução de sua toxicidade. Foram analisados cinco tratamentos durante 15 dias, visando investigar possíveis vias de remoção do corante: (1) A. platensis (300 mg/L) e meio de cultura Schlösser (AM; controle); (2) A. platensis, meio de cultura Schlösser e corante RB5 (32,5 mg/L) (AMR; via de biodegradação); (3) A. platensis inativada, meio de cultura Schlösser e RB5 (AiMR; via de adsorção); (4) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de claro (MRc; via de fotodegradação); (5) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de escuro (MRe; possível adsorção ao frasco e influência do meio de cultura). Em relação ao crescimento de A. platensis, nos tratamentos contendo a cianobactéria, foi notado um crescimento máximo de 509,89 mg/L na presença do corante (AMR), comparado a 1060,14 mg/L na ausência de RB5 (AM), ambos no dia 13. No tratamento AiMR, foi comprovada a eficiência da inativação de A. platensis. O dia 12 foi o último dia de crescimento da fase exponencial. Por esta razão, foi utilizado para as análises de remoção, observando-se valores de remoção de RB5: 33,13% (AMR); 60,7% (AiMR); 35,6% (MRc), e 25,51% (MRe). Os dados do dia 12 indicam que houve uma remoção de 25,51% relacionada à adsorção ao frasco ou devido a constituintes do meio de cultura, considerando MRe; de 10,09% de remoção por fotodegradação, comparando MRc e MRe; e 25,10% por adsorção à cianobactéria, comparando AiMR e MRc. Por outro lado, os valores indicam ausência de biodegradação pela cianobactéria, considerando AMR e MRc, que foi corroborada pela ausência dos subprodutos de biodegradação anilina e catecol nas amostras analisadas. A atenuação da toxicidade de RB5 nos diferentes tratamentos foi investigada usando o sistema teste Allium cepa L., mediante o índice da germinação de sementes e comprimento médio das raízes. Com relação à toxicidade, observou-se que RB5 foi altamente tóxico no tratamento controle (RB5 em água), com apenas 1,5% de germinação. De modo geral, houve uma atenuação da toxicidade em todos os tratamentos analisados no dia 12 do experimento de remoção, porém considerada baixa, com valores de germinação variando de 10,5% a 14,5%. Dessa forma, conclui-se que A. platensis contribui para a remoção de RB5 pelo processo de adsorção e para uma baixa atenuação da toxicidade.
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BRUNA MENDES DUARTE
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DINÂMICA DA SOROPREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ANTICORPOS PARA Yersinia pestis EM ROEDORES E CARNÍVOROS DOMÉSTICOS (CÃES E GATOS) NOS FOCOS DE PESTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Orientador : ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALZIRA MARIA PAIVA DE ALMEIDA
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IGOR VASCONCELOS ROCHA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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Data: 30/06/2023
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peste é uma zoonose focal de roedores, transmitida por pulgas, que infecta humanos e outros mamíferos. Introduzida no Brasil por via marítima em 1899, durante a última pandemia, a infecção atingiu Pernambuco em 1902 e estabeleceu focos naturais em regiões favoráveis à sua permanência: Planalto da Borborema, Chapada do Araripe e maciço de Triunfo localizados nas regiões Agreste e Sertão pernambucanos. Para obter dados básicos para as ações preventivas contra a peste nas áreas focais de transmissão do estado, foi realizado um estudo descritivo por meio de dados secundários obtidos pelo Programa de Controle da Peste a partir de informações disponíveis no acervo do Serviço de Referência Nacional em Peste do Instituto Aggeu Magalhães, FIOCRUZ PE. O estudo retrospectivo referente ao período de 1980 a 2018 revelou a circulação da infecção na natureza muitos anos depois das últimas ocorrências dos casos humanos. A vigilância sorológica detectou a ocorrência de 1.165 (0,6%) animais positivos para anticorpos antipestosos específicos: 09 roedores (04 Rattus rattus e 05 Galea spixxi), 114 gatos, 1.006 cães e 36 não especificados (cães+gatos). As amostras positivas foram originadas de 70 municípios das três áreas focais de transmissão: 52 municípios do Planalto da Borborema (295 animais), 13 da Chapada do Araripe (288 animais) e cinco municípios do maciço de Triunfo (334 animais). Foram observados três picos de positividade relacionados principalmente aos cães, em 1990, 2001 e 2007 e a partir daí a positividade passou a declinar. No geral houve uma tendência decrescente do número de animais positivos, com as últimas positivações sorológicas em 2004 entre os gatos e 2012 entre os cães. Apesar dessa tendência a manutenção da vigilância em todos os focos é imprescindível para conhecer as atividades da infecção e obter informações essenciais para um controle eficaz. As análises espaciais da distribuição de anticorpos antipestosos nas áreas focais de transmissão revelaram diferentes clusters para cães e gatos. As taxas de positividade sorológica encontradas sejam por ano ou por município foram na maioria, abaixo de 0,1% caracterizando situações de risco quase nulo de transmissão. Por outro lado, alguns municípios em alguns períodos apresentaram taxas elevadas de positividade caracterizando situações potencialmente perigosas com risco aumentado para as comunidades da área e a necessidade de intervenção de controle.
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peste é uma zoonose focal de roedores, transmitida por pulgas, que infecta humanos e outros mamíferos. Introduzida no Brasil por via marítima em 1899, durante a última pandemia, a infecção atingiu Pernambuco em 1902 e estabeleceu focos naturais em regiões favoráveis à sua permanência: Planalto da Borborema, Chapada do Araripe e maciço de Triunfo localizados nas regiões Agreste e Sertão pernambucanos. Para obter dados básicos para as ações preventivas contra a peste nas áreas focais de transmissão do estado, foi realizado um estudo descritivo por meio de dados secundários obtidos pelo Programa de Controle da Peste a partir de informações disponíveis no acervo do Serviço de Referência Nacional em Peste do Instituto Aggeu Magalhães, FIOCRUZ PE. O estudo retrospectivo referente ao período de 1980 a 2018 revelou a circulação da infecção na natureza muitos anos depois das últimas ocorrências dos casos humanos. A vigilância sorológica detectou a ocorrência de 1.165 (0,6%) animais positivos para anticorpos antipestosos específicos: 09 roedores (04 Rattus rattus e 05 Galea spixxi), 114 gatos, 1.006 cães e 36 não especificados (cães+gatos). As amostras positivas foram originadas de 70 municípios das três áreas focais de transmissão: 52 municípios do Planalto da Borborema (295 animais), 13 da Chapada do Araripe (288 animais) e cinco municípios do maciço de Triunfo (334 animais). Foram observados três picos de positividade relacionados principalmente aos cães, em 1990, 2001 e 2007 e a partir daí a positividade passou a declinar. No geral houve uma tendência decrescente do número de animais positivos, com as últimas positivações sorológicas em 2004 entre os gatos e 2012 entre os cães. Apesar dessa tendência a manutenção da vigilância em todos os focos é imprescindível para conhecer as atividades da infecção e obter informações essenciais para um controle eficaz. As análises espaciais da distribuição de anticorpos antipestosos nas áreas focais de transmissão revelaram diferentes clusters para cães e gatos. As taxas de positividade sorológica encontradas sejam por ano ou por município foram na maioria, abaixo de 0,1% caracterizando situações de risco quase nulo de transmissão. Por outro lado, alguns municípios em alguns períodos apresentaram taxas elevadas de positividade caracterizando situações potencialmente perigosas com risco aumentado para as comunidades da área e a necessidade de intervenção de controle.
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JOSE RIVALDO DE LIMA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICÂNCER E SEGURANÇA TOXICOGENÉTICA DE DERIVADOS DA β-LAPACHONA
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Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 03/07/2023
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O desenho de novos derivados da β-lapachona pode levar ao desenvolvimento de moléculas menos tóxicas, com atividade anticâncer e alta seletividade. Neste sentido, este trabalho objetivou investigar a atividade anticâncer, mecanismo de ação e seguridade toxicogenética dos derivados naftoquinônicos 2-(2,2-dimetill-5oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(4ntrofenil)hidrazinacarbotio- amida (BV3) e 2-(2,2-dimetil-5-oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(p-toluiu)hidrazinacarbotioamida (BV5). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética para uso de animais sob o protocolo de nº 004/2023. Para isso, foi verificada a citotoxicidade dos compostos em L-929 (fibroblasto murino), HeLa (adenocarcinoma cervical humano), HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HepG2 (carcinoma hepatocelular humano) e MDA (adenocarcinoma de glândula mamária) pelo método do MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-brometo de difeniltetrazólio). As alterações morfológicas e o mecanismo de morte celular causados pelo tratamento com BV3 e BV5 foram realizadas na linhagem HeLa. Além disso, foi analisada a segurança biológica pelo teste cometa e o ensaio de micronúcleo. Os resultados obtidos apontam que os derivados BV3 e BV5 apresentam atividade anticâncer frente às linhagens HCT-116, HepG2 e MDA, com valores de IC50 menores que 15 μg/mL. A IC50 da BV3 para a linhagem L-929 foi de 19,19 μg/mL com índice de seletividade de 15. Para a linhagem HeLa, os compostos BV3 e BV5 apresentaram IC50 de 1,21 μg/mL e 7,21 μg/mL, respectivamente. A partir da IC50, foi observado através de microscopia óptica que estes derivados causam alterações morfológicas típicas de apoptose. Nas análises por citometria de fluxo, foi confirmada a ação destes derivados sobre as células HeLa na indução de morte por apoptose/necrose. Ademais, o composto BV3 não causou danos mutagênicos e genotóxicos, entretanto, o derivado BV5 na concentração de 2000 mg/kg apresentou um leve aumento no dano indexado em relação ao controle negativo. Em conclusão, o derivado BV3 apresentou atividade antineoplásica para as linhagens testadas, com alta seletividade para linhagem HeLa e foi considerado de uso seguro para a continuidade dos estudos não clínicos direcionados a tumores cervicais.
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O desenho de novos derivados da β-lapachona pode levar ao desenvolvimento de moléculas menos tóxicas, com atividade anticâncer e alta seletividade. Neste sentido, este trabalho objetivou investigar a atividade anticâncer, mecanismo de ação e seguridade toxicogenética dos derivados naftoquinônicos 2-(2,2-dimetill-5oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(4ntrofenil)hidrazinacarbotio- amida (BV3) e 2-(2,2-dimetil-5-oxo-3,4-dihidro-2H-benzo[h]cromo-6(5H)-ilideno)-N-(p-toluiu)hidrazinacarbotioamida (BV5). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética para uso de animais sob o protocolo de nº 004/2023. Para isso, foi verificada a citotoxicidade dos compostos em L-929 (fibroblasto murino), HeLa (adenocarcinoma cervical humano), HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HepG2 (carcinoma hepatocelular humano) e MDA (adenocarcinoma de glândula mamária) pelo método do MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-brometo de difeniltetrazólio). As alterações morfológicas e o mecanismo de morte celular causados pelo tratamento com BV3 e BV5 foram realizadas na linhagem HeLa. Além disso, foi analisada a segurança biológica pelo teste cometa e o ensaio de micronúcleo. Os resultados obtidos apontam que os derivados BV3 e BV5 apresentam atividade anticâncer frente às linhagens HCT-116, HepG2 e MDA, com valores de IC50 menores que 15 μg/mL. A IC50 da BV3 para a linhagem L-929 foi de 19,19 μg/mL com índice de seletividade de 15. Para a linhagem HeLa, os compostos BV3 e BV5 apresentaram IC50 de 1,21 μg/mL e 7,21 μg/mL, respectivamente. A partir da IC50, foi observado através de microscopia óptica que estes derivados causam alterações morfológicas típicas de apoptose. Nas análises por citometria de fluxo, foi confirmada a ação destes derivados sobre as células HeLa na indução de morte por apoptose/necrose. Ademais, o composto BV3 não causou danos mutagênicos e genotóxicos, entretanto, o derivado BV5 na concentração de 2000 mg/kg apresentou um leve aumento no dano indexado em relação ao controle negativo. Em conclusão, o derivado BV3 apresentou atividade antineoplásica para as linhagens testadas, com alta seletividade para linhagem HeLa e foi considerado de uso seguro para a continuidade dos estudos não clínicos direcionados a tumores cervicais.
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RAFAEL THIAGO PEREIRA DA SILVA
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PERFIL DE RESISTÊNCIA, VIRULÊNCIA E CLONALIDADE EM ISOLADOS DE Acinetobacter baumannii ASSOCIADOS A PACIENTES DE UTI SRAG/COVID-19 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL
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Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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IGOR VASCONCELOS ROCHA
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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Data: 28/07/2023
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A pandemia causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detectada em dezembro de 2019, trouxe consigo várias problemáticas. Durante seu acontecimento houve aumento significativo pela demanda de leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Muitos desses pacientes foram colonizados e desenvolveram co-infecções oriundas do ambiente hospitalar. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de β–lactamases e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos (EMA’s), além da capacidade para formação de biofilmes em isolados de Acinetobacter baumannii provenientes de um surto ocorrido em uma UTI-COVID de um hospital público em Recife-PE, durante os anos de 2020 a 2021. Foram analisados 36 isolados de A. baumanii, identificados inicialmente pelo equipamento Phoenix-BDTM M50 e confirmados pela Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight Mass Spectrometryv (MALDi-TOF-MS). Estes, foram analisados quanto ao seu perfil de resistência fenotípico através do Phoenix-BDTM M50 e submetidos à reação em Cadeia da Polimerase – PCR para detecção de genes β-lactâmicos (blaKPC, blaIMP, blaVIM e blaSHV) e aminoglicosídeos (aac (6’)-Ib-cr, ant (3’’)-Ia e aph (3’’)-Ia). Todos os genes tiveram amostras purificadas e sequenciadas para confirmação da região amplificada. Adicionalmente, foi avaliado o potencial para formação de biofilme por meio do método Cristal Violeta e, por fim, foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) do consenso repetitivo intergênico enterobacteriano (ERIC-PCR) para avaliar a relação clonal dos isolados. Os dados confirmaram que os isolados correspondem a A. baumanii, e apresentam perfis de resistência/suscetibilidade distintos. Foi observada a disseminação de 5,4% (n=2) bactérias Multidroga-Resistentes (MDR); 75,67% (n=28) Extensivamente-Resistentes (XDR) e 18,9% (n=7) N-MDR. Ainda em relação ao perfil fenotipico de resistência, dois isolados (AB21; AB30) foram resistentes à colistina. Em relação às analises moleculares dos β-lactâmicos, foi observada a incidência do gene blaVIM 18,91% (n=7), seguido do blaSHV: 16,21% (n=6), blaKPC: 10,81% (n=4) e blaIMP 8,10% (n=3). Já em relação aos aminoglicosídeos, houve uma predominância do aac (6’)-Ib-cr 25% (n=9), seguido do ant (3’’)-Ia, 13,88% (n=5), e do aph (3’’)-Ia 5,33% (n=2). Todos os isolados formaram biofilme, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes. Pela técnica de ERIC-PCR foram encontrados, 22 perfis genéticos indicando uma disseminação clonal nos ambientes investigados. Os dados encontrados são alarmantes e revelam a crescente capacidade adaptativa da espécie A. baumannii no ambiente hospitalar, o que dificulta e retarda seu tratamento. A presença de clones dessa espécie enfatiza a necessidade de monitoramento constante e vigilância epidemiológica para combater essas infecções hospitalares.
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A pandemia causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detectada em dezembro de 2019, trouxe consigo várias problemáticas. Durante seu acontecimento houve aumento significativo pela demanda de leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Muitos desses pacientes foram colonizados e desenvolveram co-infecções oriundas do ambiente hospitalar. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de β–lactamases e Enzimas Modificadoras de Aminoglicosídeos (EMA’s), além da capacidade para formação de biofilmes em isolados de Acinetobacter baumannii provenientes de um surto ocorrido em uma UTI-COVID de um hospital público em Recife-PE, durante os anos de 2020 a 2021. Foram analisados 36 isolados de A. baumanii, identificados inicialmente pelo equipamento Phoenix-BDTM M50 e confirmados pela Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight Mass Spectrometryv (MALDi-TOF-MS). Estes, foram analisados quanto ao seu perfil de resistência fenotípico através do Phoenix-BDTM M50 e submetidos à reação em Cadeia da Polimerase – PCR para detecção de genes β-lactâmicos (blaKPC, blaIMP, blaVIM e blaSHV) e aminoglicosídeos (aac (6’)-Ib-cr, ant (3’’)-Ia e aph (3’’)-Ia). Todos os genes tiveram amostras purificadas e sequenciadas para confirmação da região amplificada. Adicionalmente, foi avaliado o potencial para formação de biofilme por meio do método Cristal Violeta e, por fim, foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) do consenso repetitivo intergênico enterobacteriano (ERIC-PCR) para avaliar a relação clonal dos isolados. Os dados confirmaram que os isolados correspondem a A. baumanii, e apresentam perfis de resistência/suscetibilidade distintos. Foi observada a disseminação de 5,4% (n=2) bactérias Multidroga-Resistentes (MDR); 75,67% (n=28) Extensivamente-Resistentes (XDR) e 18,9% (n=7) N-MDR. Ainda em relação ao perfil fenotipico de resistência, dois isolados (AB21; AB30) foram resistentes à colistina. Em relação às analises moleculares dos β-lactâmicos, foi observada a incidência do gene blaVIM 18,91% (n=7), seguido do blaSHV: 16,21% (n=6), blaKPC: 10,81% (n=4) e blaIMP 8,10% (n=3). Já em relação aos aminoglicosídeos, houve uma predominância do aac (6’)-Ib-cr 25% (n=9), seguido do ant (3’’)-Ia, 13,88% (n=5), e do aph (3’’)-Ia 5,33% (n=2). Todos os isolados formaram biofilme, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes. Pela técnica de ERIC-PCR foram encontrados, 22 perfis genéticos indicando uma disseminação clonal nos ambientes investigados. Os dados encontrados são alarmantes e revelam a crescente capacidade adaptativa da espécie A. baumannii no ambiente hospitalar, o que dificulta e retarda seu tratamento. A presença de clones dessa espécie enfatiza a necessidade de monitoramento constante e vigilância epidemiológica para combater essas infecções hospitalares.
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PAULO VITOR GALDINO DA SILVA
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Respostas bioquímicas, fisiológicas e moleculares em sementes e plântulas de Cenostigma pyramidale após hidratação descontínua
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Orientador : VALESCA PANDOLFI
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MEMBROS DA BANCA :
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VALESCA PANDOLFI
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JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
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ELIZAMAR CIRÍACO DA SILVA
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Data: 01/09/2023
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A germinação é um dos estágios mais críticos para o desenvolvimento inicial de plântulas, uma vez que estas estão sob constante exposição à múltiplos estresses ambientais. Em ambientes semiáridos, como a Caatinga, a escassez hídrica recorrente é prejudicial para algumas espécies, ao passo que para outras, ciclos intermitentes de seca favorecem tanto os parâmetros de germinação, como estabelecem uma “memória hídrica”, resultando em maior tolerância. Tal fenômeno promove modificações fisiológicas, bioquímicos e moleculares na planta. Estas últimas, por sua vez, envolvem respostas transcricionais e/ou epigenéticas associadas ao mecanismo de memória do estresse anterior.O presente estudo avaliou os efeitos de memória hídrica nos ciclos HD e ciclos intermitentes de seca, assim como seus efeitos, sobre aspectos fisiológicos, bioquímicos e moleculares em Cenostigma Pyramidale, umaespécie nativa da Caatinga, com considerável tolerância à seca e salinidade. Sementes de C. pyramidale foram submetidas a diferentes ciclos de HD com germinação subsequente em condições de déficit hídrico simulado (PEG 6000) em 6 potenciais osmóticos (0,0 -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 Mpa). Os parâmetros de germinação avaliados foram: porcentagem (%), Sincronia, Tempo Médio de Germinação (TMG) e Velocidade Média de Germinação (VMG). Para a análise de planta jovem, sementes foram divididas em dois grupos, sendo: GI_SCIS (sem HD e sem CIS); GI_CIS (sem HD e com CIS); GII_SCIS (com HD e sem CIS); GII_CIS (com HD e com CIS). Após 6 meses de cultivo, um grupo de plantas foi submetido à 4 ciclos intermitentes de seca, contendo grupo controle (com irrigação). Aos 7 meses, as plantas foram avaliadas quanto ao conteúdo hídrico relativo foliar (CRA) e acúmulo de carboidratos não estruturais (CNEs) na folha, caule e raiz. As sementes não condicionadas de C. Pyramidale mostraram tolerância a seca em potenciais de até -0,6 MPa. Aos serem expostas aos ciclos de HD todos os parâmetros de germinação foram favorecidos, além de aumentar a tolerância ao déficit hídrico. Na fase jovem, em ambos os grupos (GI e GII), as plantas que receberam ciclos intermitentes de seca apresentaram maior acúmulo (29-32 %) de açúcares solúveis na folha. Plantas do grupo GII_CCIS também mostraram aumento na concentração de amido (76 %) nas raízes, quando comparadas ao GI_SCIS. Sob seca contínua, todos os tratamentos apresentaram uma eficiente distribuição dos CNEs, em ambos os tecidos analisados. Esses dados sugerem que as plantas submetidas à ciclos intermitentes de secaapresentam uma adaptação em sua arquitetura fotossintética, provavelmente devido à imposição dos estresses subsequentes (adquirindo memória ao referido estresse). Além disso, a raiz de C. pyramidale mostrou ser o órgão predominante no armazenamento de amido desta espécie, o que corrobora com a eficiência do condicionamento no processo de memória hídrica nos tratamentos GII_CCIS, contribuindo para sua “tolerância” à futuros enfrentamentos à estresses por secas eminentes. Desta forma, os ciclos de HD, além de contribuir na eficiência da germinação de sementes, quando combinados com os CIS parecem potencializar também as respostas bioquímicas da catingueira, a qual adquire certa “plasticidade” para enfrentar períodos de HD. Para uma melhor elucidação das respostas moleculares da memória à seca, faz-se necessária uma análise do perfil de expressão de genes comprovadamente identificados como responsivos à memória a esse tipo de estresse.
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A germinação é um dos estágios mais críticos para o desenvolvimento inicial de plântulas, uma vez que estas estão sob constante exposição à múltiplos estresses ambientais. Em ambientes semiáridos, como a Caatinga, a escassez hídrica recorrente é prejudicial para algumas espécies, ao passo que para outras, ciclos intermitentes de seca favorecem tanto os parâmetros de germinação, como estabelecem uma “memória hídrica”, resultando em maior tolerância. Tal fenômeno promove modificações fisiológicas, bioquímicos e moleculares na planta. Estas últimas, por sua vez, envolvem respostas transcricionais e/ou epigenéticas associadas ao mecanismo de memória do estresse anterior.O presente estudo avaliou os efeitos de memória hídrica nos ciclos HD e ciclos intermitentes de seca, assim como seus efeitos, sobre aspectos fisiológicos, bioquímicos e moleculares em Cenostigma Pyramidale, umaespécie nativa da Caatinga, com considerável tolerância à seca e salinidade. Sementes de C. pyramidale foram submetidas a diferentes ciclos de HD com germinação subsequente em condições de déficit hídrico simulado (PEG 6000) em 6 potenciais osmóticos (0,0 -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 Mpa). Os parâmetros de germinação avaliados foram: porcentagem (%), Sincronia, Tempo Médio de Germinação (TMG) e Velocidade Média de Germinação (VMG). Para a análise de planta jovem, sementes foram divididas em dois grupos, sendo: GI_SCIS (sem HD e sem CIS); GI_CIS (sem HD e com CIS); GII_SCIS (com HD e sem CIS); GII_CIS (com HD e com CIS). Após 6 meses de cultivo, um grupo de plantas foi submetido à 4 ciclos intermitentes de seca, contendo grupo controle (com irrigação). Aos 7 meses, as plantas foram avaliadas quanto ao conteúdo hídrico relativo foliar (CRA) e acúmulo de carboidratos não estruturais (CNEs) na folha, caule e raiz. As sementes não condicionadas de C. Pyramidale mostraram tolerância a seca em potenciais de até -0,6 MPa. Aos serem expostas aos ciclos de HD todos os parâmetros de germinação foram favorecidos, além de aumentar a tolerância ao déficit hídrico. Na fase jovem, em ambos os grupos (GI e GII), as plantas que receberam ciclos intermitentes de seca apresentaram maior acúmulo (29-32 %) de açúcares solúveis na folha. Plantas do grupo GII_CCIS também mostraram aumento na concentração de amido (76 %) nas raízes, quando comparadas ao GI_SCIS. Sob seca contínua, todos os tratamentos apresentaram uma eficiente distribuição dos CNEs, em ambos os tecidos analisados. Esses dados sugerem que as plantas submetidas à ciclos intermitentes de secaapresentam uma adaptação em sua arquitetura fotossintética, provavelmente devido à imposição dos estresses subsequentes (adquirindo memória ao referido estresse). Além disso, a raiz de C. pyramidale mostrou ser o órgão predominante no armazenamento de amido desta espécie, o que corrobora com a eficiência do condicionamento no processo de memória hídrica nos tratamentos GII_CCIS, contribuindo para sua “tolerância” à futuros enfrentamentos à estresses por secas eminentes. Desta forma, os ciclos de HD, além de contribuir na eficiência da germinação de sementes, quando combinados com os CIS parecem potencializar também as respostas bioquímicas da catingueira, a qual adquire certa “plasticidade” para enfrentar períodos de HD. Para uma melhor elucidação das respostas moleculares da memória à seca, faz-se necessária uma análise do perfil de expressão de genes comprovadamente identificados como responsivos à memória a esse tipo de estresse.
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HÉVELLIN TALITA SOUSA LINS
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ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DE BACTÉRIAS MULTI-DROGA RESISTENTES- MDR E EXTENSIVAMENTE MULTI-DROGA RESISTENTE ORIUNDAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS IMPACTADOS E AMBIENTES CLÍNICOS.
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Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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SIVONEIDE MARIA DA SILVA
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THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
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Data: 04/12/2023
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O desenvolvimento da resistência bacteriana a várias classes de antibióticos torna-se cada vez mais comum, uma vez que em vários ambientes elas são expostas a esses medicamentos e seus metabólitos. Dessa forma, a resistência é considerada atualmente um problema que compromete a saúde pública mundial. Por conta disso, existe uma corrida científica para o desenvolvimento de novos fármacos ou métodos que sejam eficientes contra as infecções causadas por essas bactérias. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar alternativas que contribuam para o enfrentamento de patógenos resistentes. Para isso, foram utilizadas duas abordagens: 1. Capítulos de revisão abordando o estado da arte: atividade antimicrobiana de nanopartículas e lipossomas como carreadores de fármacose 2. artigo experimental investigando a ação antimicrobiana do óleo essencial de Myrciaria tenella (OEMT) e seu composto majoritário, isolados ou em associação com a Ampicilina (AMP). Para os trabalhos de revisão, foram realizadas pesquisas em seguintes portais de periódicos: PubMed, SciELO, Science Direct e NCBI, disponibilizados nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Já para o trabalho experimental, foram selecionados 14 isolados da bacterioteca de microrganismos do Laboratório de Biologia Molecular (BioMol) da UFPE, 12 oriundos de um ambiente aquático impactado e dois de um ambiente hospitalar. Estes foram previamente identificados quanto sua taxonomia e classificados quanto seu perfil de resistência. A atividade antimicrobiana do OEMT foi verificada, assim como do seu composto majoritário 1,8-cineol em isolados XDR e MDR por meio de testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM), modulação (MOD) com o antibiótico AMP, curva de crescimento, curva de morte microbiana e testes de toxicidade in vivo com larvas de Tenebrio molitor. Como resultados destes trabalhos foram obtidos dois capítulos de revisão e um artigo experimental. Os dados experimentais revelaram que o OEMT, bem como do 1,8-cineol, quando associado a AMP, inibiram o crescimento de todos os isolados. Os resultados de curva de morte e curva de crescimento demonstraram redução da carga bacteriana apenas para os tratamentos de modulação. Já para os testes in vivo, foi possível observar que não houve toxicidade quando utilizadas as menores concentrações dos tratamentos de MOD. O trabalho apresentado corresponde a uma coletânea de alternativas a serem utilizadas e aprimoradas para o combate a Resistência Antimicrobiana (RAM) e a escolha de cada método a ser utilizado dependerá de fatores associados à pesquisa e as condições e experiências dos grupos de pesquisa.
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O desenvolvimento da resistência bacteriana a várias classes de antibióticos torna-se cada vez mais comum, uma vez que em vários ambientes elas são expostas a esses medicamentos e seus metabólitos. Dessa forma, a resistência é considerada atualmente um problema que compromete a saúde pública mundial. Por conta disso, existe uma corrida científica para o desenvolvimento de novos fármacos ou métodos que sejam eficientes contra as infecções causadas por essas bactérias. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar alternativas que contribuam para o enfrentamento de patógenos resistentes. Para isso, foram utilizadas duas abordagens: 1. Capítulos de revisão abordando o estado da arte: atividade antimicrobiana de nanopartículas e lipossomas como carreadores de fármacose 2. artigo experimental investigando a ação antimicrobiana do óleo essencial de Myrciaria tenella (OEMT) e seu composto majoritário, isolados ou em associação com a Ampicilina (AMP). Para os trabalhos de revisão, foram realizadas pesquisas em seguintes portais de periódicos: PubMed, SciELO, Science Direct e NCBI, disponibilizados nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Já para o trabalho experimental, foram selecionados 14 isolados da bacterioteca de microrganismos do Laboratório de Biologia Molecular (BioMol) da UFPE, 12 oriundos de um ambiente aquático impactado e dois de um ambiente hospitalar. Estes foram previamente identificados quanto sua taxonomia e classificados quanto seu perfil de resistência. A atividade antimicrobiana do OEMT foi verificada, assim como do seu composto majoritário 1,8-cineol em isolados XDR e MDR por meio de testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM), modulação (MOD) com o antibiótico AMP, curva de crescimento, curva de morte microbiana e testes de toxicidade in vivo com larvas de Tenebrio molitor. Como resultados destes trabalhos foram obtidos dois capítulos de revisão e um artigo experimental. Os dados experimentais revelaram que o OEMT, bem como do 1,8-cineol, quando associado a AMP, inibiram o crescimento de todos os isolados. Os resultados de curva de morte e curva de crescimento demonstraram redução da carga bacteriana apenas para os tratamentos de modulação. Já para os testes in vivo, foi possível observar que não houve toxicidade quando utilizadas as menores concentrações dos tratamentos de MOD. O trabalho apresentado corresponde a uma coletânea de alternativas a serem utilizadas e aprimoradas para o combate a Resistência Antimicrobiana (RAM) e a escolha de cada método a ser utilizado dependerá de fatores associados à pesquisa e as condições e experiências dos grupos de pesquisa.
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ANA LUÍZA TRAJANO MANGUEIRA DE MELO
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GENÔMICA ESTRUTURAL E PERFIL DE EXPRESSÃO DA FAMÍLIA GÊNICA PR-1 EM FEIJÃO-COMUM SUBMETIDO À INFECÇÃO POR Colletotrichum lindemuthianum
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Orientador : JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA BENKO ISEPPON
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FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
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JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
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Data: 20/12/2023
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As plantas desenvolveram múltiplos e complexos mecanismos de defesa contra patógenos. Dentre esses, a família gênica Pathogenesis-related Protein 1 (PR-1), pertencente a superfamília das PRs, destaca-se pela sua atuação na resposta de defesa vegetal contra fitopatógenos, especialmente organismos fúngicos. Apesar de sua importância, estudos que caracterizem tal família e investiguem sua participação na resposta de defesa do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) são inexistentes. Dessa forma, o presente estudo visou realizar a mineração e caracterização genômica estrutural da família gênica PR-1 em feijão-comum, além de avaliar, em tecidos foliares de uma variedade sensível e de uma variedade resistente, o perfil de expressão de suas isoformas transcricionais durante a infecção pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum – em períodos de 24hpi (hours post inoculation), 48hpi e 96hpi. Ao total, foram identificados 13 genes PvPR-1 associados ao genoma de referência de P. vulgaris, os quais clusterizaram em dois diferentes grupos fenéticos, compartilhando padrões de motivos em comum. A maioria das proteínas PvPR-1 apresentaram o caráter básico e majoritariamente hidrofílico. Foi reportado que os genes PvPR-1 apresentaram em seus promotores elementos cis-regulatórios responsivos a diferentes hormônios vegetais envolvidos na reposta a estresses bióticos e abióticos. Dados da plataforma STRING sugeriram co-expressão e elevada interação entre os produtos proteicos de alguns genes PvPR-1 – encontrados induzidos em ao menos um dos tratamentos adotados no ensaio de expressão realizado – e enzimas do tipo Chitinase II (pertencentes ao grupo PR-3 e com forte atividade antimicrobiana). Foram encontradas diferenças temporais no perfil de expressão dos genes PvPR-1 nas variedades resistente e sensível de feijão-comum a C. lindemuthianum. A variedade sensível (Rosinha) apresentou a indução de poucos transcritos PvPR-1, em especial a partir do período de 48h após a aplicação do estresse. Em contraste, a variedade resistente (Africano 4), apresentou maior número de transcritos induzidos no período de 48hpi e 96hpi. Nossos resultados contribuem para a melhor compreensão dos genes PvPR-1, sugerindo seu potencial envolvimento na resposta de defesa do feijão-comum, além de auxiliar na identificação de genes PR-1 candidatos para o desenvolvimento de linhagens de feijão-comum transgênicas potencialmente resistentes a estresses bióticos.
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As plantas desenvolveram múltiplos e complexos mecanismos de defesa contra patógenos. Dentre esses, a família gênica Pathogenesis-related Protein 1 (PR-1), pertencente a superfamília das PRs, destaca-se pela sua atuação na resposta de defesa vegetal contra fitopatógenos, especialmente organismos fúngicos. Apesar de sua importância, estudos que caracterizem tal família e investiguem sua participação na resposta de defesa do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) são inexistentes. Dessa forma, o presente estudo visou realizar a mineração e caracterização genômica estrutural da família gênica PR-1 em feijão-comum, além de avaliar, em tecidos foliares de uma variedade sensível e de uma variedade resistente, o perfil de expressão de suas isoformas transcricionais durante a infecção pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum – em períodos de 24hpi (hours post inoculation), 48hpi e 96hpi. Ao total, foram identificados 13 genes PvPR-1 associados ao genoma de referência de P. vulgaris, os quais clusterizaram em dois diferentes grupos fenéticos, compartilhando padrões de motivos em comum. A maioria das proteínas PvPR-1 apresentaram o caráter básico e majoritariamente hidrofílico. Foi reportado que os genes PvPR-1 apresentaram em seus promotores elementos cis-regulatórios responsivos a diferentes hormônios vegetais envolvidos na reposta a estresses bióticos e abióticos. Dados da plataforma STRING sugeriram co-expressão e elevada interação entre os produtos proteicos de alguns genes PvPR-1 – encontrados induzidos em ao menos um dos tratamentos adotados no ensaio de expressão realizado – e enzimas do tipo Chitinase II (pertencentes ao grupo PR-3 e com forte atividade antimicrobiana). Foram encontradas diferenças temporais no perfil de expressão dos genes PvPR-1 nas variedades resistente e sensível de feijão-comum a C. lindemuthianum. A variedade sensível (Rosinha) apresentou a indução de poucos transcritos PvPR-1, em especial a partir do período de 48h após a aplicação do estresse. Em contraste, a variedade resistente (Africano 4), apresentou maior número de transcritos induzidos no período de 48hpi e 96hpi. Nossos resultados contribuem para a melhor compreensão dos genes PvPR-1, sugerindo seu potencial envolvimento na resposta de defesa do feijão-comum, além de auxiliar na identificação de genes PR-1 candidatos para o desenvolvimento de linhagens de feijão-comum transgênicas potencialmente resistentes a estresses bióticos.
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Teses |
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ÉRICK CAÍQUE SANTOS COSTA
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ESTUDOS COMPUTACIONAIS E SINTÉTICOS DE DERIVADOS PIRIMIDINÔNICOS POTENCIALMENTE BIOATIVOS
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Orientador : SEBASTIAO JOSE DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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SEBASTIAO JOSE DE MELO
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LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MARCUS TULLIUS SCOTTI
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ZENAIDE SEVERINA DO MONTE
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Data: 10/02/2023
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Compostos heterocíclicos nitrogenados são amplamente encontrados na natureza e se destacam devido ao seu largo espectro de aplicação biológica. As pirimidinas e seus derivados, especialmente as pirimidinonas, são os compostos heterocíclicos nitrogenados mais importantes encontrados na natureza, pois compõe fundamentalmente a estrutura dos ácidos nucléicos. Em decorrência disso, uma grande parte da P&D de medicamentos tem sido voltada para os estudos sintéticos e biológicos dessa classe de compostos. Deste modo, diante do potencial farmacológico dos derivados de pirimidinas e do grande desafio mundial em combater as doenças infecciosas, o presente trabalho realizou um amplo estudo com ênfase em antivirais que contempla a revisão e a análise de artigos científicos e banco de dados de medicamentos e patentes, bem como, a triagem virtual de 119 compostos pirimidínicos/pirimidinônicos provenientes de uma biblioteca interna contra os alvos Mpro e RdRp do SARS-CoV-2. Também realizou-se a síntese e o estudo reacional de novos derivados pirimidinônicos e seus intermediários por meio de uma metodologia sustentável. Realizamos também a triagem virtual de mais de 27 mil amidas obtidas do banco de dados ChemBL através de docking e dinâmica molecular contra alvos importantes do Aedes aegypti. Os resultados obtidos evidenciaram a grande importância dos derivados pirimidínicos/pirimidinônicos na P&D de medicamentos antivirais. No seu amplo espectro de atividades antivirais encontram-se relatadas, por exemplo, aplicações anti-HIV, anti-influenza, anti-arboviral e anti-SARS-CoV-2. Esses compostos compõem cerca de 23% de todos os antivirais aprovados pelas agências reguladoras dos EUA, UE e Canadá, e são parte importante nos interesses estratégicos, científicos e tecnológicos de países desenvolvidos. A triagem virtual encontrou 17 derivados pirimidínicos/pirimidinônicos com alta probabilidade de interação com as proteínas Mpro e RdRp do SARS-CoV-2, além de boa predição ADMET, sendo candidatos promissores para posteriores testes in vitro. Oito compostos pirimidinônicos 9a-h foram sintetizados utilizando um sistema binário de solventes sustentáveis (água/etanol), método inédito para a obtenção de 4-hidróxi-2,6-dissubstituído-pirimidina-5-carbonitrilas. Os rendimentos variaram entre 52-80%, sendo quatro compostos 9e-h inéditos. Os acrilatos intermediários 7a-h também foram obtidos por métodos sustentáveis, livres de solventes, utilizando-se o líquido iônico DIPEAc como meio reacional, sendo os composto 7e, 7f e 7h inéditos. Os estudos de reatividade mostraram a influência do solvente, da quantidade de base e dos efeitos eletrônicos dos substituintes, levando a proposição de um mecanismo simultâneo que dificulta a formação dos compostos pirimidinônicos. Por fim, obtivemos através de triagem virtual ,13 amidas que apresentaram baixa ou nenhuma probabilidade de interação com a AaGST, podendo escapar do mecanismo de resistência a inseticidas associado a essa enzima, sendo a Amida 6 um forte e seletivo candidato a testes biológicos contra o Aedes aegypti. Sendo assim, o presente estudo contribui para a P&D de derivados pirimidínicos/pirimidinônicos com aplicações antivirais e contra Dengue, bem como, para a otimização de rotas sintéticas sustentáveis na obtenção desses compostos.
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As pirimidinonas são compostos que ocorrem na natureza ou sinteticamente com grande aplicação terapêutica, desempenhando um papel vital em numerosas atividades biológicas como, por exemplo, antiviral, antifúngica, anti-inflamatória, diurética, antitumoral, etc. O presente trabalho tem como objetivo contribuir relevantemente para a triagem, o design e a síntese de novas pirimidinonas potencialmente bioativas. Um estudo de revisão da literatura e triagem molecular in silico com pirimidinas (onas) com potencial antiviral contra alvos do SARS-Cov-2 foi realizado. Um total de 1594 artigos fora recuperados da plataforma SciFinder® utilizando os termos de busca “pyrimidines antivirals” e “pyrimidinones antivirals”. Além disso, 141 compostos pirimidínicos (ônicos) foram triados por docking molecular em dois alvos importantes do SARS-Cov-2 (Mpro e a RdRp) recuperados do Protein Data Bank – PDB. Os sítios ativos das respectivas enzimas foram definidos pela interação entre os resíduos de aminoácidos e seus ligantes co-cristalizados. Um ranking dos compostos foi estabelecido em função dos scores obtidos em kcal/mol. Novas pirimidinonas (5a-h) potencialmente bioativas foram sintetizadas a partir de acrilatos. Os acrilatos (13a-h) foram obtidos reagindo os aldeídos aromáticos e heteroaromáticos (1a-h) correspondentes com o cianoacetato de etila (2) e o líquido iônico acetato de diisopropiletilamônio (DIPEAc) à temperatura ambiente. Os compostos pirimidinônicos (5a-h) foram obtidas através da reação entre os acrilatos (13a-h) e cloridrato de benzamidina sob refluxo. As análises espectroscópicas de todos os compostos foram realizadas por RMN e LC/MS. Os resultados obtidos no estudo de revisão mostram o grande potencial antiviral das pirimidinas (onas). Diversos estudos mostram as atividades micro e nanomolares desses compostos contra vírus de grande relevância como SARS-CoV-2, HIV, dengue, ZINKV, dentre outros. Esse potencial também foi evidenciado no estudo in sílico contra alvos moleculares do SARS-CoV-2, onde 10 compostos pirimidinônicos foram altamente predispostos a se ligar ao sítio ativo da Mpro e a RdRp. Análises ADMET desses compostos mostraram boa biodisponibilidade oral e baixa toxicidade. Novos acrilatos foram obtidos utilizando o DIPEAc em 4 horas de reação. Os acrilatos (13a-h) tiveram rendimentos que variaram de 85-98%. As pirimidinonas (5a-h) correspondentes foram obtidas de forma pura, utilizando solventes que vão de encontro com a química verde, com rendimentos entre 52-80% e tempo de 10-20 minutos.
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KÍVIA VANESSA GOMES FALCÃO
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ZEBRAFISH (Danio rerio) COMO NOVO MODELO PARA PANCREATITE AGUDA INDUZIDA POR CAERULEÍNA
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Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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ANA PAULA FERNANDES DA SILVA
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IAN PORTO GURGEL DO AMARAL
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LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
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RANILSON DE SOUZA BEZERRA
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Data: 14/02/2023
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A pancreatite aguda é um processo inflamatório no pâncreas com crescente aumentou no número de casos e taxa de mortalidade em casos graves que pode chegar até 17%. Por não possui nenhum tratamento específico para a doença, nos últimos anos foi observado uma demanda de pesquisas que se concentraram principalmente na busca por novas estratégias terapêuticas. Os modelos experimentais para pancreatite aguda usualmente são roedores, contudo apresentam respostas fisiológicas divergentes entre si, após o estabelecimento da PA. Dessa forma, é imprescindível estudar o comportamento e evolução da PA em modelos animais alternativos como o zebrafish, que vem se destacando na comunidade científica. Os experimentos realizados objetivaram padronizar um novo modelo da pancreatite aguda em zebrafish e validá-lo.
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A pancreatite aguda é um processo inflamatório no pâncreas com envolvimento variável de outros tecidos regionais ou sistemas orgânicos e tem sido alvo de discussões sobre o entendimento da fisiopatologia e sobre o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Apesar dos avanços tecnológicos em seu estudo, a pancreatite permanece como um desafio, especialmente quando se considera os mecanismos envolvidos em sua fisiopatologia. Torna-se fundamental destacar que as vias fisiológicas envolvidas na evolução e estabelecimento da pancreatite aguda variam entre os animais estudados, até mesmo no modelo consagrado como os roedores. Por isso, estudos da pancreatite aguda em novos modelos animais como zebrafish representam uma ponte entre a ciência básica e a clínica. Dessa forma, o presente trabalho pretende estabelecer o zebrafish como um novo modelo animal para estudos com pancreatite aguda induzida por caeruleína e estudar a patogênese e fisiopatologia da referida doença, além de identificar como a inflamação no pâncreas afeta a bioenergética mitocondrial e a capacidade de induzir doenças secundárias.
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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COMPOSIÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Psidium glaziovianum Kiaersk
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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LUIS CLAUDIO NASCIMENTO DA SILVA
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MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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Data: 14/02/2023
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Psidium glaziovianum Kiaersk, espécie endêmica do Brasil, apresenta ampla distribuição nos biomas Caatinga e Mata atlântica, entretanto não há relatos sobre o potencial medicinal nem a segurança de uso. Diante disso, foi extraído um óleo essencial de folhas de P. glaziovianum (PgEO), realizada a caracterização química e avaliado o potencial hemolítico, toxicidade aguda, subaguda e genotoxicidade, bem como os efeitos antinociceptivo, anti-inflamatório aguda e crônico, antimicrobiano e cicatrizante. A caracterização química de PgEO foi realizada por Cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas e demonstrou que o óleo era dominado por 1,8-cineole (24,29%), α-pinene (19,73%) e β-pinene (17,31%). PgEO apresentou baixa ação hemolítica (0,33% a 1,78%) para eritrócitos de camundongos. Na toxicidade oral aguda, o tratamento na concentração de 2000 mg/kg não promoveu alteração nos parâmetros fisiológicos, enquanto a concentração de 5000 mg/kg promoveu alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas. A avaliação de genotoxicidade demonstrou, que a concentração de 5000 mg/kg promoveu aumento nos índices e frequência de danos de células sanguíneas nucleadas, enquanto a o tratamento de 2000 mg/kg mostrou-se seguro. No ensaio de toxicidade subaguda os animais tratados por 28 dias com PgEO (250, 500 ou 1000 mg/kg pc vo) não apresentaram alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, histopatológicas e temperatura retal em ambos sexos quando comparados aos controles. Já na mensuração da glicemia, os animais apresentaram uma redução significativa, além de aumento da concentração de SOD e CAT no baço e fígado de maneira dependente de dose, quando comparados aos controles. Adicionalmente, ao longo de 28 dias de tratamento as diferentes concentrações do PgEO não promoveu alterações nas atividades motora e exploratória dos camundongos. Na avaliação da atividade antinociceptiva o tratamento com PgEO (25, 50 e 100 mg/kg) reduziu as contorções abdominais induzida por ácido acético, o tempo de lambedura em ambas as fases do teste de formalina, além de promover aumento do tempo de latência em testes térmicos. Na investigação do mecanismo analgésico revelou uma ação combinada das vias opioidérgica e muscarínica. A ação anti-inflamatório (PgEO 25, 50 e 100 mg/kg), no ensaio de edema de pata o PgEO foi capaz de reduzir o edema em até 89,23%. Já no teste de peritonite o tratamento com PgEO reduziu o influxo leucócitos e neutrófilos, bem como a produção de TNF-α e IL-1β. No ensaio de granuloma o tratamento com PgEO reduziu o peso do granuloma. Na atividade antiartrítica o tratamento com PgEO (50 e 100 mg/kg) reduziu alterações osteoarticulares e edema, além dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e o estresse oxidativo. Adicionalmente, um gel contendo PgEO (1%) apresentou atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas, gram-negativas e fungos. Além disso, o gel foi eficaz na redução de feridas experimentais em camundongos com participação do sistema redox e citocinas inflamatórias. Este estudo fornece evidências que o PgEO apresenta baixa toxicidade quando administrado em alta concentração em dose única e quando administrado diariamente por até 28 dias. O tratamento com PgEO apresentou efeito no tratamento da dor e da inflamação aguda e crônica, além de apresentar atividade antimicrobiana e cicatrizante, podendo ter aplicações futuras farmacêutica.
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O gênero Psidium L. apresenta diversas espécies com importância econômica e medicinal, entretanto várias espécies desse gênero ainda não foram avaliadas quanto ao seu potencial medicinal e nem a segurança de uso, entre essas espécies encontramos Psidium glaziovianum Kiaersk, que é uma espécie endêmica do Brasil, com distribuição na Caatinga e Mata atlântica. Diante disso, foi extraído um óleo essencial das folhas de P. glaziovinaum (PgEO) e foram avaliados as toxicidades aguda e subaguda e os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório. A caracterização química do óleo por Cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas demonstrou que o óleo era dominado por sesquiterpenos, sendo os compostos majoritários 1,8-cineole (24,29%), α-pinene (19,73%) e β-pinene (17,31%). PgEO foi então usando no teste de hemólise, onde apresentou baixa toxicidade para eritrócitos de camundongos com capacidade de hemólise variando entre 0,33% a 1,78%. Já no teste de toxicidade oral aguda nas concentrações de 2.000 e 5.000 mg/kg os dados não revelaram efeitos tóxicos, foram observadas diferença no ganho de peso e alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas apenas nos animais tratados com a concentração de 5.000 mg/kg. No ensaio de toxicidade subaguda os animais machos e fêmeas receberam PgEO durante 28 dias nas concentrações de 250, 500 ou 1000 mg/kg e foi possível observar que o tratamento apresentou baixa ou nenhuma toxicidade, pois não foram observadas alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, histopatológicas e temperatura retal em nenhuma concentração testadas, já a glicemia dos animais apresentou leve redução e houve produção de SOD e CAT no baço e fígado. Adicionalmente foi possível observar que o tratamento durante 28 dias com as diferentes concentrações do PgEO não foi capaz de alterar as atividades motoras, exploratória e comportamental dos animais nos testes de campo aberto, rota-rod e labirinto em cruz elevada. Na avaliação da atividade antinociceptiva o PgEO nas concentrações de 25, 50 e 100 mg/kg se mostrou eficiente na redução das contorções abdominais induzida por ácido acético, no tempo de lambedura no teste de formalina na primeira e segunda fase, além de ser eficiente aumentando o tempo de latência nos testes térmicos que avaliam a ação central. Além disso, o potencial mecanismo subjacente foi investigado com bloqueadores das vias da dor e os resultados revelaram uma ação combinada das vias opioidérgica e muscarínica. O potencial anti-inflamatório foi confirmado em testes agudos utilizando diferentes concentrações de PgEO (25, 50 e 100 mg/kg). No ensaio de edema de pata que o PgEO foi capaz de reduzir o edema em todas as concentrações testadas, no teste de peritonite o PgEO também foi capaz de reduzir o influxo de células envolvidas no processo inflamatório, bem como reduzir a produção de TNF-α e IL-1β, importantes mediadores pró-inflamatórios. No ensaio de granuloma o PgEO também foi capaz de reduzir a formação do granuloma. Este estudo fornece evidências que o PgEO apresenta baixa toxicidade quando administrado em alta concentração uma única vez e quando administrado diariamente durante 28 dias em concentração de até 1000 mg/kg. Além disso o PgEO pode ser eficaz no tratamento da dor e da inflamação, podendo ter aplicações futuras como um possível fitoterápico.
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CAIO CÉSAR DA SILVA GUEDES
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ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PREPARAÇÕES DE SEMENTES DE Moringa oleifera E EXTRATO DE PERICARPO DE Punica granatum
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Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
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MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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Data: 24/02/2023
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Os produtos naturais são tradicionalmente utilizados pela população no controle de doenças e pragas. O surgimento de fungos dermatófitos resistentes à tratamentos convencionais, como os do gênero Tricophyton estimula a busca por novos agentes anti-tricophyton. As sementes de Moringa oleifera são dotadas de moléculas bioativas tais como proteínas e ácidos graxos que já foram descritos por apresentarem potencial antimicrobiano. Sitophilus zeamais e Nasutitermes corniger são insetos pragas cujo controle tem sido bastante estudado. O fruto da Punica granatum, conhecido como Romã, é utilizado na alimentação e na medicina popular, e estudos recentes têm identificado moléculas com propriedades inseticidas presentes nesse fruto. Este determinou o potencial antifúngico da fração protéica (FP) e do óleo fixo (OF) obtidos das sementes de M. oleifera contra T. tonsurans. O potencial sinérgico das duas preparações e sua sinergia com antifúngicos comerciais também foram avaliados. Os possíveis mecanismos de ação foram avaliados através do ensaio de proteção do sorbitol e citometria de fluxo usando sondas para determinar a morte celular, integridade lisossômica e potencial de membrana mitocondrial. O trabalho também avaliou extrato do pericarpo da P. granatum (EP) quanto ao efeito inseticida do contra S. zeamais e N. corniger, toxicidade oral aguda e genoxicidade in vivo. FP contém 72,24 mg/mL de proteínas e lectinas (atividade hemaglutinante específica de 113,24). Além disso, OF contém ácidos oleico (66%), palmítico (9,25%) e elaídico (9,06%) como compostos principais. FP e OF foram identificados como agentes fungistáticos (concentração mínima inibitória de 1024 mg/mL), mas não eram fungicidas. Um efeito aditivo foi encontrado para as combinações FP+OF e FP+cetoconazol, enquanto um efeito sinérgico foi detectado para FP+itraconazol e OF+itraconazol. Ao avaliar o crescimento de T. tonsurans na presença de sorbitol, verificou-se um impedimento na ação fungistática do OF, indicando que o óleo interfere em vias de biossíntese da parede celular. O número de células em apoptose e necrose aumentou quando os fungos foram tratados com FP e OF. Além disso, a hiperpolarização mitocondrial aumentou nas células expostas ao óleo. Não houve alterações na integridade lisossômica. EP contém flavonóides, derivados cinâmicos, taninos hidrolisáveis e açúcares. O efeito de EP na sobrevivência de adultos de S. zeamais e operários e soldados de N. corniger,bem como o efeito dele nas enzimas digestivas dos insetos foi avaliado. EP apresentou fraco efeito deterrente e foi tóxico para S. zeamais na concentração de 7,5% e 10% ao induzir mortalidade em 36%, e reduzir a taxa de ganho de biomassa e de consumo relativo. EP foi termiticida para soldados (CL50 5,9%) e operários (CL50 2,1%) Todas as concentrações de EP estimularam a atividade da amilase em S. zeamais, porém, menores concentrações de EP (0,31% e 0,62%) reduziram a atividade de endoglucanase e exoglucanase enquanto maiores concentrações apresentaram efeito contrário para as duas enzimas. EP também promoveu mortalidade de N. corniger e estimulou a atividade de exoglucanase e endoglucanase do inseto. Os ensaios in vivo revelaram que EP na dose de 2.000 mg/kg não promoveu toxicidade e genotoxicidade. Em conclusão, FP e OF de sementes de M. oleifera foram identificados como agentes fungistáticos contra T. tonsurans, sendo assim promissores no combate às dermatofitoses causadas por esse fungo. EPfoi inseticida e interferiu na digestão de nutrientes de S. zeamais e N. corniger. A ausência de toxicidade e promoção de redução da sobrevivência dos insetos indicam que EP tem potencial uso inseticida.
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As plantas são fontes de metabólitos secundários, ácidos graxos e proteínas que interferem no crescimento e sobrevivência de microrganismos e insetos. Moringa oleifera e Punica granatum são utilizadas na medicina popular e a literatura relata diversas atividades biológicas para essas plantas. Tricophyton tonsurans é um fungo dermatófito causador de doenças que afetam tecidos queratinizados como pele e couro cabeludo e o surgimento de espécies resistentes dificulta o tratamento utilizado antifúngico convencionais. Nasutitermes corniger e Sitophilus zeamaissão insetos pragas que causam prejuízos econômicos para a sociedade. O presente trabalho avaliou o potencial antifúngico de preparações de sementes de M. oleifera (fração proteica contendo lectina, proteína hemaglutinante que reconhece seletivamente carboidratos, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo) contra T. tonsurans e atividade inseticida do extrato de pericarpo de P. granatum contra N. corniger e S. zeamais. O óleo fixo foi extraído em soxhlet e caracterizado por GC-MS, apresentando como principais constituintes os ácidos oleico (66%), palmítico (9,25%) e elágico (9,06%). A fração proteica (72,24 mg de proteína/mL) foi obtida através de precipitação com sulfato de amônio e apresentou atividade hemaglutinante (8192-1). Fração proteica e óleo fixo apresentaram efeito fungiostático com concentração mínima inibitória (CMI) de 1024 μg/mL. O efeito da combinação fração proteica/óleo fixo e destes com antifúngicos comerciais revelou efeito aditivo da combinação fração proteica/óleo fixo (ICIF de 0,507) e da fração proteica com cetoconazol (ICIF de 1,0) e efeito sinérgico nas combinações de fração proteica e do óleo fixo com itraconazol (ICIF de 0,12 e 0,25, respectivamente). O crescimento de T. tonsurans tratados com fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo em presença de sorbitol (0,8 M) revelou que o osmoprotetor não interferiu na ação da fração proteica, mas protegeu as células da ação do óleo fixo e da combinação fração proteica/óleo fixo até a concentração de 2 x CMI. Redução no crescimento fúngico e no número de células viáveis foi detectado após o tratamento do fungo com fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo. O extrato salino de pericarpo de P. granatum foi obtido e análise do perfil fitoquímico identificou a flavonoides, derivados cinâmicos, taninos hidrolisáveis e açúcares, onde o maior constituinte foi ácido elágico (3,66%). A atividade antioxidante do extrato contendo 315,5 mgQE/g de flavonoides foi detectada pelos métodos ABTS (IC50 de 238,5 mg/mL), DPPH (19,77 mg/mL) e fosfomolibdênio (84,41 mg/mL). O extrato de P. granatum foi termiticida contra as duas castas de N. corniger com concentração necessária para matar 50% (CL50) de 5,9% para soldados e 2,1% para operários e modulou enzimas intestinais aumentando a atividade de endoglucanase e exoglucanase. O extrato causou morte de S. zeamais após 07 dias sendo detectada redução da sobrevivência de 64±6,5% no fim do experimento. Avaliação de parâmetros nutricionais de S. zeamais mostrou redução de ganho de biomassa nas concentrações de 10% e 7,5%, na taxa de consumo relativo na concentração testada de 10% e na eficiência de conversão do alimento ingerido na concentração de 7,5%. O extrato foi deterrente (47,6%) na concentração de 10% e estimulou a atividade de amilase do intestino de S. zeamais nas concentrações de 1,25-5%. Em conclusão, a fração proteica, óleo fixo e combinação fração proteica/óleo fixo obtidas de sementes de M. oleifera foram antifúngicos contra T. tonsurans e o extrato salino de pericarpo de P. grantum foi inseticida contra N. corniger e S. zeamais.
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PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DE MIRANDA
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Atividade cicatrizante do óleo fixo de Syagrus coronata (Mart.) Becc. em feridas cutâneas em modelo in vivo
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ROGÉRIO DE AQUINO SARAIVA
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MARIA ANGÉLICA OLIVEIRA MARINHO
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
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Data: 27/02/2023
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Syagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) é uma espécie de palmeira endêmica do Brasil e ocorrência exclusiva no bioma Caatinga. Popularmente conhecida como Licuri, de seus frutos se extrai um óleo rico em ácidos graxos que é bastante apreciado por habitantes da Caatinga, sendo empregado na gastronomia, medicina popular e artesanato. O óleo inclusive já foi objeto de estudos, tendo sido comprovado sua ação antimicrobiana e ausência de efeitos tóxicos decorrentes de sua ingestão. Com base nessas informações, a presente pesquisa teve como objetivo comprovar a ação cicatrizante do óleo fixo de S. coronata (OFSC), bem como a formulação de nanocápsulas poliméricas produzidas com o óleo. Para alcançar esse objetivo, o óleo foi obtido comercialmente diretamente de uma das cooperativas que comercializam o óleo, a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COPES), e foi caracterizado utilizando cromatografia gasosa acoplado a espectrômetro de massas. Uma alíquota do óleo foi utilizada para formulação das nanocápsulas por meio da metodologia da deposição do óleo em polímero pré-formado (Eudagrit RS100®). A atividade cicatrizante foi avaliada em feridas cutâneas em camundongos Swiss, com aplicação tópica e diária das nanocápsulas em diferentes concentrações do OFSC, a loção comercial Dersani como controle positivo, o controle negativo consistiu no solvente DMSO 2%, utilizado para diluir o OFSC em diferentes concentrações. Por 15 dias as feridas foram avaliadas quanto a parâmetros macroscópicos (formação de edema, exsudato, vermelhidão, presença de casca e necrose) e ao final do 15º dia, o tecido cicatrizado foi coletado para avaliação histológica. A caracterização química do OFSC indicou a presença de 8 compostos, sendo o ácido láurico o composto majoritário. As nanocápsulas obtidas apresentaram um tamanho uniforme (135 nm) e carga superficial positiva (+4,42 ± 0,44 mV). Quanto a cicatrização, o OFSC foi capaz de induzir uma aceleração no processo de cicatrização, induzido o fechamento completo da ferida já no 10º dia após o início do experimento em 3 dos tratamentos aplicado (OFSC 25%, 100% e nanocápsulas), ao passo que demais grupos atingiram esse marco entre o 12º e 13º dia. Além disso, as análises histológicas dos animais tratados com OFSC 25%, 100%, nanocápsulas e Derssani apresentaram maior adensamento de fibras colágenas e maior vascularização quando comparado ao grupo OFSC 10%, ao passo que o grupo controle negativo, do ponto de vista microscópico, não apresentou fechamento completo a ferida. Com os dados obtidos foi possível comprovar, a utilização na medicina popular do OFSC para cicatrização de feridas cutâneas.
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Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram positiva, que ocorre naturalmente no corpo humano, e seu crescimento desregulado pode causar sérias complicações. Uma destas complicações é a infecção de feridas. O uso de compostos bioativos é uma alternativa promissora para o tratamento de feridas infeccionadas com S. aureus, principalmente no que diz respeito a feridas infeccionadas com linhagem bacterianas resistentes a antibióticos. A espécie Syagrus coronata (Arecaceae), uma palmeira endêmica do Brasil, é amplamente utilizada por comunidades tradicionais na região Nordeste como agente cicatrizante, e estudos prévios demonstraram atividade antibacteriana e autobiofilme frente a diversas linhagens de S. aureus. O óleo fixo de S. coronata apresenta o ácido láurico apresenta-se como majoritário, correspondendo a quase 50% do óleo, com concentrações menores de ácido mirístico, oleico e ocatnóico. Portanto o objetivo do presente projeto é testar o óleo de S. coronata, como agente cicatrizante, em modelos de feridas contaminadas com S. aureusin vivo.
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DANIELA BOMFIM DE BARROS
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INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE ALFA-PINENO FRENTE CEPAS DE Candida albicans
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CAROLINE DE LIMA SILVA
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BRUNO SEVERO GOMES
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
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Data: 28/02/2023
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A candidíase, doença causada por fungos do gênero Candida spp., tem sido relatada como um grave problema de saúde pública, ocasionando até mesmo infecções sistêmicas em indivíduos. Os fármacos utilizados no tratamento da candidíase são escassos e possuem elevada toxicidade, o que leva a busca por substâncias advindas de produtos naturais, com destaque para os terpenos. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade antifúngica de um monoterpeno, o α- pineno, frente cepas de Candida albicans. Os ensaios utilizados para o referido estudo foram: teste de determinação concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), através da técnica de microdiluição em caldo do terpeno isolado; Ensaio de associação (checkerboard) entre o o α- pineno e os antifúngicos fluconazol e anfotericina B; Ensaio de cinética de morte (time kill); Mecanismo de ação usando testes in silico e in vitro; Atividade antibiofilme contra Candida albicans e toxicidade contra células humanas (HaCat). O α- pineno apresentou uma CIM entre 128 e 512 ug/mL e a CFM teve os mesmos valores de CIM frente às 8 cepas ensaiadas. As demais concentrações não foram possíveis de determinar a CFM, devido ao crescimento ser maior ou igual a CIMx4 (limite do teste). No ensaio de associação, a interação do α- pineno e fluconazol foi indiferente, já combinações entre α- pineno com a anfotericina B e a nistatina obtiveram efeitos sinérgicos. Os resultados da simulação de docking molecular demonstraram que a timidilato sintase (−52 kcal mol−1) e a δ-14-sterol redutase (−44 kcal mol−1) apresentaram as melhores interações. Os resultados in vitro sugerem que a atividade antifúngica do α-pineno envolve a ligação ao ergosterol na membrana celular. No ensaio de time kill, a atividade antifúngica não foi dependente do tempo e também inibiu a formação de biofilme ao romper até 88% do biofilme existente. Não foi citotóxico para os queratinócitos humanos. Assim sendo, o presente estudo apóia o α-pineno como um candidato para tratar infecções fúngicas causadas por C. albicans.
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A candidíase, doença causada por fungos do gênero Candida spp., tem sido relatada como um grave problema de saúde pública, ocasionando até mesmo infecções sistêmicas em indivíduos. Os fármacos utilizados no tratamento da candidíase são escassos e possuem elevada toxicidade, o que leva a busca por substâncias advindas de produtos naturais, com destaque para os terpenos. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade antifúngica de terpenos isolados e em associação com antifúngicos convencionais frente cepas de Candida albicans. Os ensaios utilizados para o referido estudo foram: teste de determinação concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), através da técnica de microdiluição em caldo; Estudo da ação do fitoconstituinte com menor CIM sobre a micromorfologia fúngica; Mecanismo de ação do terpeno com melhor atividade antifúngica, com ênfase nos seus efeitos sobre a parede celular e membrana plasmática fúngica; Ensaio de associação entre o terpeno de maior destaque e o antifúngico padrão (anfotericina B). Foi realizada uma triagem inicial,testando 24 terpenos frente a 8 cepas de Candida albicans, sendo elas ATCC 76485 e ATCC 90028 (cepas padrão); LM- 587 e LM- 616 (cepas sistêmicas); A- 011, A- 05, A-15 e A-20 (cepas provenientes de amostras bucais). Após realização da triagem, o α-pineno destacou-se quanto a sua atividade antifúngica, apresentando CIM a uma concentração de 32 ug/mL frente a cepa ATCC 76485 e de 64ug/ mL frente a cepa LM- 587, sendo as demais cepas inibidas em concentrações acima de 128ug/mL. Quanto ao ensaio de Concentração fungicida mínima (CFM), o terpeno causou a morte dos microrganismos na mesma concentração CIM, para todas as cepas fúngicas. A substância teste apresentou perfil relevante de inibição quando comparada à anfotericina B. Estudos futuros de análise de biofilme, efeito do terpeno teste sobre a cinética de morte microbiana (Time kill), docking molecular, método de modulação e ensaios de citotoxicidade serão conduzidos, com o intuito de aprofundar o perfil antifúngico e, desse modo, investigar e potencializar sua atividade.
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JESSICA BARBOZA DA SILVA
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FOSFATOMA DE Vigna unguiculata E Vitis vinifera SOB ESTRESSE BIÓTICO: CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA E PERFIL TRANSCRICIONAL
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Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA BENKO ISEPPON
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JOSÉ RIBAMAR COSTA FERREIRA NETO
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MANASSES DANIEL DA SILVA
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NATONIEL FRANKLIN DE MELO
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REGINALDO DE CARVALHO
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Data: 28/02/2023
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As proteínas fosfatases (PPs) compreendem uma superfamília de enzimas que estão envolvidas em uma ampla gama de processos metabólicos por meio da desfosforilação de fosfoproteínas, incluindo processos envolvidos na resposta a estresses. As PPs são classificadas em quatro famílias gênicas: PPP (Fosfoproteína fosfatase), PPM (Proteína fosfatase metalo-dependente), PTP (proteína tirosina fosfatase) e AspPP (Aspartato (Asp)-fosfatases dependentes). Dessas, a família PPM (PP2C) é a mais estudada e relatada por seu papel em mecanismos de defesa vegetal. O presente estudo objetivou analisar essa superfamília de proteínas de forma ampla, por meio de abordagens genômicas, transcriptômicas e moleculares utilizando duas espécies de interesse agronômico (feijão-caupi e videira). As PPs foram investigadas quanto as suas características estruturais, distribuição genômica, mecanismos de expansão genômica, conservação entre outras espécies vegetais, sítios de ligação a fatores de transcrição (TFBSs), e padrões de expressão frente ao estresse biótico. Foram contruídas bibliotecas de RNA-Seq utilizando cultivares contrastantes de feijão-caupi (IT85F-2687 e BR-14 Mulato) quanto a tolerância ao Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV) e Cowpea severe mosaic virus (CPSMV) e de videira (IAC-572 e Red Globe)inoculadas com a bactéria Xanthomonas citri pv. víticola (Xcpv). As PPs identificadas nos genomas do feijão-caupi e da videira apresentaram, em sua maioria, conservação de suas sequências proteicas. Além disso, relatamos, pela primeira vez, PPs possívelmente associadas a membrana em organismos vegetais. O mecanismo expansor das PPs nos genomas do feijão-caupi e da videira foi, majoritariamente, a duplicação segmental, além disso, essas proteínas apresentaram um alto grau de conservação com outras espécies vegetais. Os FTs C2H2 e DOF foram os TFBSs mais enriquecidos em feijão- caupi e videira, respectivamente, estando diretamente relacionados à resposta vegetal sob as condições de estresse avaliadas. Os dados de RNA-Seq indicaram que a maioria das PPs de feijão-caupi estavam moduladas (induzidas ou reprimidas) em ambas as bibliotecas (CABMV e CPSMV). Além disso, identificamos que cerca de 24% das PPs estavam induzidas e eram específicas para cada um dos estresses aplicados. Em videira, os dados de expressão gênica via qPCR, apontaram a indução de seis genes PPs, em 48
horas de estresse, apontando o envolvimento dessa classe de genes no mecanismos de defesa contra a X citri. Diante disso, nosso estudo disponibiliza dados inovadores sobre o envolvimento das PPs nos mecanismos de resistência vegetal.
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N/D
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PEDRO PAULO MARCELINO NETO
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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DOS EXTRATOS DE Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn EM MODELO DE LESÃO PULMONAR AGUDA INDUZIDA POR LIPOPOLISSACARÍDEO EM CAMUNDONGOS
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Orientador : EMMANUEL VIANA PONTUAL
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTIANE MARIA VARELA DE ARAUJO DE CASTRO
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CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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NATALIE EMANUELLE RIBEIRO E SILVA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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Data: 03/03/2023
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A pandemia de Covid-19 intensificou as buscas por novos agentes terapêuticos para doenças respiratórias visto o aumento da lesão pulmonar aguda (LPA) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como “mangue branco”, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarréia, feridas bucais e febre. Neste contexo, o objetivo desse trabalho foi avaliar a segurança de uso e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa relacionadas a síndrome respiratória aguda grave induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e o seu perfil fitoquímico analisado por cromatografia em camada delgada (CCD), cromatogragia gasosa acoplada à espectrofotômetro de massas (GC-MS) e cromatografia líquida de alta eficiêcia acoplada à detector de arranjo fotodiodo (CLAE-DAD). A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos métodos de DPPH, ABTS e fosfomolibdênio, e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A toxicidade in vitro dos extratos foi avaliada frente a células mononucleares de sangue periférico (PBMC) e pela atividade hemolítica. A atividade anti-inflamatória in vitro dos extratos foi avaliada pela quantificação de óxido nítrico (NO) produzido por macrófagos intraperitoneais. Os testes in vivo foram realizados com o extrato mais ativo de acordo com o perfil fitoquímico e os testes antioxidantes. Foi realizado o ensaio toxicológico agudo em camundongos com o EELr na dose de 2.000 mg/kg. O ensaio de LPA induzida por LPS foi realizado com o EELr nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg e foram analisados a quantidade de leucóticos totais e diferenciada, além da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), níveis de óxido nítrico e citocinas, e análise histopatológica e histoquímica do colágeno nos pulmões. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr (241,77 ± 3,6 mg EAG/g) quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr (39,88 ± 12,57 mg EC/g). Na atividade antioxidante, do EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 178,8 ± 0,8 µg/mL e 275,5 ± 0,9 µg/mL para ABTS em relação ao padrão trolox (56,56 ± 0,5 µg/mL e 36,7 ± 0,6 µg/mL, respectivamente), enquanto que os demais extratos nesses métodos e do fosfomolibdênio não apresentaram atividade. Na avaliação da viabilidade em PBMC os extratos apresenteraram CI50 superior a 100 µg/mL e na atividade hemolítica os não foram capazes de induzir hemólise. O EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, no consumo de água e ração nos camundongos, e sua DL50 foi superior a 2.000 mg/kg de massa corporal. No ensaio de LPA, o EELr reduziu significativamente o número de leucócitos totais, neutrófilos, eosinófilos, macrófagos e células mononucleares sanguíneas presentes no lavado broncoalveolar dos camundongos inflamados. Reduziu, ainda, a atividade da MPO, os níveis de NO, IL-6, TNF-α e INF-γ, além das análises histológicas revelarem a manutenção da integridade pulmonar e a diminuição da fibrose. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de atividade antioxidante e anti-inflamatória relevante do EELr, provavelmente associadas ao teor de compostos fenólicos em sua composição.
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A pandemia de Covid-19 apresentou o vírus Sars-Cov-2 como um grande responsável pelo aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), antes relacionada as infecções hospitalares por bactérias gram-negativas. Nas últimas décadas, as atividades farmacológicas das plantas no tratamento das doenças respiratórias têm sido investigadas, e as espécies do ecossistema manguezal se mostraram promissoras por suas atividades farmacológicas comprovadas. A Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como mangue branco, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarreia, feridas bucais e febre. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa na lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A atividade antioxidante da L. racemosa foi avaliada pelos métodos do fosfomolibdênio e do sequestro de radicais livres DPPH. A citotoxicidade dos extratos foi avaliada frente a célula mononuclear de sangue periférico (PBMC) e hemácias. Na avaliação in vivo, foi realizado o ensaio toxicológico não clínico agudo com o extrato mais ativo nos experimentos in vitro na dose de 2.000 mg/kg. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr. Na atividade antioxidante, EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 636,7 ± 94,98 µg/mL, enquanto que os demais extratos nesse teste e no método do fosfomolibdênio não diferiram estatisticamente do controle ácido ascórbico. Na atividade citotóxica, os extratos apresentaram IC50 superior a 100 µg/mL. Na avaliação do potencial hemolítico, os extratos não foram capazes de induzir hemólise. A administração de 2.000 mg/kg do EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, nem no consumo de água e ração dos camundongos. A DL50 do extrato foi superior a 2000 mg/kg de massa corporal. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos brutos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de potencial antioxidante provavelmente associado ao teor de fenóis totais, flavonóis e protocianidinas em sua composição.
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JESSICA COSTA DA SILVA
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Obtenção de enzima colagenolítica, colágeno e hidrolisado protéico a partir de resíduos de robalo-flexa (Centropomus undecimalis)
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Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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MARCIA NIEVES CARNEIRO DA CUNHA
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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VAGNE DE MELO OLIVEIRA
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Data: 07/03/2023
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Os peixes têm se tornado um produto de grande valia para os consumidores em geral, isto, devido ao seu alto consumo e demanda na produção por ser um alimento saudável e bastante recomendado em dietas nutricionais, onde pode-se encontrar grandes fontes de proteínas, vitaminas e ômega3. Em consequência desse alto consumo, surge um aumento significante da quantidade de resíduos sólidos gerados pela população, pescadores artesanais e indústrias pesqueiras, que por sua vez, são descartados de maneira inadequada ao meio ambiente. O objetivo desse trabalho foi obter a colagenase, colágeno e peptídeos bioativos de colágeno a partir de resíduos do robalo-flexa (Centropomus undecimalis). Utilizou-se vísceras intestinais para obtenção de amostra enzimática (extrato bruto) e com Sistema de Duas fases Aquosas (SDFA), obteve o extrato bruto parcialmente purificado. A partir da pele foi obtido o colágeno ácido-solúvel (ASC) e colágeno pepsino-solúvel (PSC). O colágeno foi hidrolisado e sua caracterização realizada através da técnica eletroforese. No processo de purificação por SDFA, a enzima ficou concentrada no polietilenoglicol (PEG). Na hidrólise, os peptídeos tiveram maior produção após o período de 36 horas. Na eletroforese, foi possível verificar o perfil de peptídeos dos colágenos ASC e PSC. Diante desse estudo, foi possível verificar a importância do reaproveitamento dos subprodutos de peixes e sua capacidade para a produção de peptídeos.
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A extração das enzimas a partir de resíduos do processamento de peixes é uma alternativa viável para reutilização dos mesmos, pois minimiza o impacto ambiental do descarte inadequado destes resíduos e proporciona a melhoria do peixe para a indústria, além de obter uma fonte renovável de enzimas úteis. Os avanços biotecnológicos buscam melhorar a qualidade e minimizar os custos para obtenção de fontes alternativas de enzimas com propriedades colagenolíticas. Um dos principais grupos de proteases que podem ser obtidas através das vísceras dos peixes são as colagenases, que são um conjunto de enzimas capazes de degradar a região helicoidal do colágeno em pequenos fragmentos. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da colagenase na aplicação biotecnológica sobre o processamento de resíduos de peixe. Uma possibilidade de técnica de separação destas colagenases é através do emprego do sistema de duas fases aquosas (SDFA), um método de purificação de proteínas em larga escala (“scale-up”) que possibilita separação seletiva, uma baixa tensão superficial, biocompatibilidade, bem como boa relação custo-benefício minimizando o custo de processamento do material biológico. As enzimas colagenolíticas que apresentam elevada atividade, especificidade e são estáveis, são as preferidas para a produção desses peptídeos visando aplicações industriais, com destaque para as áreas alimentícia e biomédica. Sendo assim, recentemente, procedimentos de extração e isolamento de enzimas digestivas visando aplicação biotecnológica na formação de peptídeos bioativos de colágeno, vem sendo testados. Estudos que descrevam as enzimas isoladas a partir destes animais representam o primeiro passo para avaliar o seu potencial para aplicações biotecnológicas, principalmente pela necessidade de fontes alternativas para suprir a carência voltada para a área da saúde animal. Portanto, leva-se em consideração que a costa brasileira e, sobretudo, a pernambucana, apresenta grande diversidade de espécies de peixes, que possuem algum valor comercial, dos quais também possuem um processamento sanitário oneroso.
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MICHEL GOMES DE MELO
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Ação da metformina e de sua associação com o escitalopram sobre a neuroplasticidade e a sinalização da insulina na depressão comórbida a modelo experimental de hiperglicemia sustentada
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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Data: 24/03/2023
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O Diabetes Mellitus (DM) é um dos principais problemas de saúde em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Devido ao processo inflamatório crônico subagudo, o DM está associado com diversas comorbidades, dentre elas o Transtorno Depressivo Maior (TDM). Estudos clínicos indicam uma ligação bidirecional entre DM e TDM, sendo a resistência à insulina cerebral o principal elo para a estimulação de processos inflamatórios e, consequentemente, de sintomas depressivos. O tratamento medicamentoso do TDM, atualmente, se dá através do uso de medicamentos que agem modulando neurotransmissores, chamados antidepressivos. No entanto, aproximadamente um terço dos indivíduos que fazem uso dessa classe de medicamentos não apresentam remissão dos sintomas. Atualmente, não existem drogas seguras e eficazes que atuem no tratamento dessa comorbidade, de forma que sejam capazes de melhorar o quadro clínico dos pacientes refratários. Neste estudo, avaliamos os efeitos da metformina, do escitaloram e da associação dessas drogas no comportamento depressivo. O DM foi induzido em camundongos C57BL/6 com estreptozotocina (STZ) (150 mg/kg) em dose única e os animais foram tratados com metformina (200 mg/kg/dia), escitalopram (4 mg/kg/dia) e metformina associada com escitalopram, na mesma dosagem, por 21 dias, a partir do quarto dia de indução do modelo. Os animais passaram por teste de suspensão da cauda (TST) e pelo teste de labirinto em cruz elevado (EPM, do inglês elevated plus maze). Após a eutanásia, o giro dentiado (GD) do hipocampo e o córtex pré- frontal (CPF) foram dissecados para análise da expressão de proteínas de vias de inflamatórias e de neuroplasticidade, utilizando as técnicas de Imuno-histoquímica, Imunofluorescência e Western blot. A análise estatística foi realizada por meio do programa Graphpad Prism na versão 9. O STZ foi capaz de induzir o modelo DM, mantendo glicemia ≤ 250mg/dL e baixo peso durante as três semanas de tratamento. A metformina isolada e associada ao escitalopram mostrou capacidade de reverter sintomas depressivos, com a redução no tempo de imobilidade dos animais tratados no TST e maior número de entradas nos braços abertos do EPM. A melhora pode ser explicada pela redução significativa na expressão de marcadores inflamatórios na DG e PFC, como Interleucina (IL) 1β, fator de necrose tumoral (TNF-α), receptor de glicocorticóide (GR) fosforilado, proteína glial fibrilar ácida (GFAP), molécula 1 adaptadora de ligação ao cálcio ionizado (Iba-1) associada ao aumento da expressão de fatores neurotróficos, como proteína de ligação do elemento de resposta cAMP (CREB), fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e proteínas associadas à sinapse 102 (SAP 102). A metformina também foi capaz de modular a via de sinalização da insulina na GD e CPF, para reduzir a inflamação, através da redução da fosfoinositídeo 3-quinase (PI3K) e c-Jun N- terminal quinase fosforilada 1 (JKN-p) e aumento de PI3K-p, fósforo SerinaTreonina Quinase (AKT-p) e JNK, em GD e CPF. Assim, concluímos que a metformina possui ação neuroprotetora e antidepressiva, devido ao seu efeito anti-inflamatório, neuroprotetor e neuroplástico.
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O TDM afeta cerca de 350 milhões de pessoas e é a principais causa de incapacidade para o trabalho, segundo a Organização Mundial de Saúde. Recentes estudos têm relacionado o processo inflamatório e a disfunção do sistema serotoninérgico na TDM. Estudos clínicos têm indicado a correlação entre DM e TDM, e a resistência à insulina cerebral tem sido proposta como uma possível ligação entre a ação aumentada de glicocorticoides e os sintomas da depressão. Tanto na TDM como no DM, ocorre distúrbios cognitivos, redução da neurogênese e plasticidade sináptica. Drogas moduladoras da inflamação são potencialmente úteis e podem ser identificadas como novos medicamentos para adicionar efeitos benéficos aos tratamentos de eleição utilizados na depressão. Recentemente, a metformina tem recebido atenção por sua capacidade em promover a neurogênese. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a ação da metformina com o escitalopram sobre o metabolismo do triptofano, neuroplasticidade e sinalização da insulina e n depressão associado ao diabetes induzido por estreptozotocina. O estudo foi realizado com 80 camundongos isogênicos C57bl/6 machos. O diabetes foi induzido com uma dose única de STZ de 150mg/kg, administrada por injeção intraperitoneal após jejum noturno. O tratamento foi realizado através de gavagem intragástrica. No último dia de tratamento, os camundongos foram submetidos a testes comportamentais. Todos os animais foram anestesiados e sacrificados no 27o dia do experimento, onde foi retirado o as regiões do hipocampo, córtex pré-frontal e estriado do encéfalo para realização de imuno-histoquímica e imunofluorescência. No início do experimento, os animais não apresentaram diferença no peso e na glicemia. Os animais foram divididos em cinco grupos, apresentando diferenças significativas entre o peso e a glicemia, quando comparado antes e após a indução do DM. Os grupos que receberam o STZ apresentaram maior tempo de imobilidade quando comparados aos animais do grupo controle (p <0,05). A metformina reduziu o tempo de imobilidade quando comparada ao grupo controle (p <0,01), apresentando efeito antidepressivo semelhante ao escitalopram. No teste de campo aberto, os grupos que receberam o STZ atravessam menos o quadrante central e a periferia, quando comparados aos animais do grupo controle (p <0,05). No entanto, os tratamentos com metformina e escitalopram não foram capazes de reverter esses parâmetros. Observamos que os animais do grupo controle apresentam maior frequência de micção, quando comparados aos demais grupos (p <0,05), demonstrando comportamento menos ansioso quando comparados aos grupos diabéticos. As análises moleculares dos tecidos coletados estão em processamento, assim como um novo experimento comportamental, com previsão para término aindaneste semestre. Tais dados irão ajudar a entender melhor os resultados encontrados nos testes de comportamento.
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GESSICA GOMES BARBOSA
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CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E BIOATIVIDADES DE SECREÇÕES CUTÂNEAS DE ANFÍBIOS (Rhinella crucifer e Lithobates palmipes) DE MATA ATLÂNTICA
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
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POLLYANNA MICHELLE DA SILVA
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Data: 29/03/2023
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Anfíbios apresentam uma maior vulnerabilidade a infecções por microorganismos como consequência da sua pele muito permeável. Em vista disso, esse tegumento desenvolveu mecanismos de defesa antimicrobiana, incluindo um arsenal de substâncias produzidas por glândulas cutâneas. Esse trabalho objetivou realizar a caracterização bioquímica e avaliar bioatividades da secreção das glândulas cutâneas de duas espécies de anuros da Mata Atlântica, Rhinella crucifer e Lithobates palmipes. Coleta dos espécimes foram feitas na cidade de Gravatá (PE), Brasil. A extração da secreção se deu por eletroestimulação para as glândulas do corpo (para R. crucifer e L. palmipes) e compressão manual para nas glândulas paratoides presentes em R. crucifer. Ainda, R. crucifer foi avaliado quanto a sua morfologia glandular. Asecreção cutânea das glândulas do corpo e as glândulas paratoides de R. crucifer foram analisadas por SDS-PAGE, RP-HPLC e espectrometria de massas, sendo feita comparação entre machos e fêmeas e indivíduos coletados em áreas com diferentes graus de perturbação antrópica. Foi também avaliada presença de tripsina, lectina, inibidores de tripsina, atividade hemolítica e efeitos sobre a cascata de coagulação existentes. Já para L. palmipes, as secreções cutâneas foram submetidas a RP-HPLC e peptídeos foram purificados e avaliados quanto às suas massas moleculares (MALDI-TOF). As frações foram avaliadas contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativa. Quand possível, a estrutura primária por determinada por degradação de Edman e a ferramenta BLAST foi empregada para avaliar similaridades com outros peptídeos de anfíbios. Os dados para R. crucifer mostraram que as secreções de glândulas do corpo e paratoides apresentaram concentração proteica com diferença significativa entre as áreas perturbadas e não perturbadas. O perfil eletroforético mostrou a presença de oito bandas proteicas na amostra das glândulas paratoides e seis bandas para a amostra das glândulas do corpo. Até o momento foram identificadas duas proteínas: uma catalase similar a encontrada em Glandirana rugosa e uma proteína ribossomal (fator de alongamento 1-alfa) similar a identificada em Xenopus laevis. Foi encontrada diferença entre na intensidade das bandas e picos entre machos e fêmeas e entre as diferentes localidades estudadas. As secreções de R. crucifer não apresentaram atividade proteolítica para tripsina, atividade hemaglutinante ou atividade inibidora de tripsina. Ainda, apresentaram baixa atividade hemolítica, sendo maior grau de hemólise detectado de apenas 1,4%. Por outro lado, foi identificado efeito da secreção das glândulas do corpo sobre a cascata de coagulação sanguínea. As secreções de glândulas do corpo e paratoides foram capazes de inibir o crescimento de cepas de Enterococcus faecalis e Escherichia coli, com uma CMI de 0,2 mg/mL e 0,95 mg/mL, respectivamente. No entanto, não foi observado nenhum tipo de atividade contra os fungos testados. Para a secreção de L. palmipes, foram obtidas diversas frações cromatográficas, sendo 11 frações submetidas ao ensaio de atividade antimicrobiana, tendo se encontrado alta atividade nas frações 1 a 9; na fração 5 foi identificado um peptídeo antimicrobiana do grupo das temporinas. As outras duas frações avaliadas corresponderam a dois inibidores de proteases do tipo Bowman-Birk, apresentando entre eles diferença em apenas 1 aminoácido (posição nove da sequência), porém um deles sem e outro com moderada atividade antimicrobiana. Em conclusão, secreções de glândulas cutâneas de R. crucifer e L. palmipes coletados em Mata Atlântica são fontes de compostos bioativos de interesse biomédico, resultados que reforçam a importância da conservação dessas espécies e a utilidade de seus arsenais bioquímicos para a melhoria da qualidade de vida humana.
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Anfíbios apresentam uma maior vulnerabilidade a infecções por microorganismos como consequência da sua pele apresentar-se como um substrato muito permeável. Em vista disso, esse tegumento desenvolveu, através de pressões evolutivas, mecanismos de defesa antimicrobiana que incluem um arsenal de substâncias produzidas por glândulas cutâneas. As secreções das glândulas cutâneas desses organismos são compostas por diversas moléculas, dentre elas aminas biogênicas, esteroides, alcaloides, peptídeos e proteínas. Rhinella crucifer (Wied-Neuwied, 1821) é uma espécie restrita ao bioma Mata Atlântica, que ocorre em folhas de serapilheira de fragmentos florestais e em habitats perturbados, reproduzindo-se em riachos de fluxo rápido e poças temporárias. O gênero destaca-se por fazer parte de um grupo de anuros de interesse farmacológico. Diversas pesquisas na literatura relatam composição química, bem como as bioatividades encontradas na secreção das glândulas cutâneas de anuros, tais como efeitos citotóxico, cardiotóxico, neurotóxico, miotóxico, anestésico, cicatrizante, hemolítico, alucinógeno, antitumoral e imunossupressor. A presente tese em desenvolvimento tem como objetivo investigar o perfil proteico/peptídico de secreções glândulas cutâneas (paratoide e mucosas) de Rhinella crucifer e avaliar as atividades hemolítica, antimicrobiana e citotóxica. Os resultados obtidos até o momento mostram que as secreções de glândulas paratoides (SGP) apresentaram concentração proteica entre 1,43 a 2,38 mg/mL e a secreção das glândulas mucosas (SGM) entre 0,27 e 0,52 mg/mL. O perfil eletroforético mostrou a presença de oito bandas proteicas na amostra das glândulas paratoides e seis bandas para a amostra das glândulas do corpo coletadas de machos da área agrícola. O perfil proteico foi similar nas secreções de machos coletados na área preservada. Todas as bandas detectadas foram encaminhadas para análise por espectrometria de massas. Até o momento foram identificadas duas proteínas: uma catalase similar a encontrada em Glandirana rugosa e uma proteína ribossomal (fator de alongamento 1-alfa) similar a identificada em Xenopus laevis. As secreções de R. crucifer não apresentaram atividade proteolítica de tripsina (serino protease), atividade hemaglutinante (lectina) e atividade inibidora de tripsina. SGP e SGM apresentaram baixa atividade hemolítica, sendo maior grau de hemolise detectado de apenas 1,4%. SGM foi capaz de inibir o crescimento da cepas de Enterococcus faecalis e Escherichia coli, com uma CMI de 0,2 mg/mL.
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THAMARA DE MEDEIROS AZEVEDO
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Microbioma de Calotropis procera: uma abordagem metagenômica
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Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA BENKO ISEPPON
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ARISTOTELES GOES NETO
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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ROMMEL THIAGO JUCA RAMOS
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Data: 25/04/2023
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As plantas interagem com uma série de microrganismos em seus habitats naturais. Membros benéficos do
O microbioma vegetal representa um importante componente no estabelecimento e desenvolvimento vegetal, desempenhando atividades capazes de influenciar a sobrevivência e aptidão das plantas. Calotropis procera (Aiton) W. T. Aiton ocorreem regiões áridas e semiáridas do mundo. No Brasil é considerada como exótica invasora, ocorrendo em várias formações fitogeográficas, incluindo a Caatinga, Restinga, Cerrado, e áreas urbanas degradadas. Apesar de sua impressionante capacidade de tolerância a ambientes salinos e a baixa disponibilidade hídrica e nutricional, o conhecimento acerca do microbioma associado a esta espécie é pouco explorado. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar a diversidade do microbioma das raízes e rizosfera de C. procera em dois ecossistemas do Nordeste brasileiro: Caatinga e Restinga, visando investigar sua composição frente a ambientes adversos e contrastantes. Para tanto, foram aplicadas duas abordagens metagenômicas: sequenciamento de amplicon 16S rRNA e shotgun para amostras da rizosfera e das raízes, respectivamente. Com relação à análise metagenômica de amplicon foi observado que, apesar das diferenças significativas encontradas em parâmetros químicos dos solos, a composição e diversidade da comunidade bacteriana do solo rizosférico de C. procera e solo adjacente não diferiu significativamente entre os dois ecossistemas. Em consistência com este resultado, por meio da metagenômica de shotgun, identificou-se o mesmo padrão na estrutura taxonômica do microbioma da endosfera radicular de C. procera, indicando forte influência da planta na determinação do perfil microbiano associado aos dois nichos. Baixos índices de uniformidade no microbioma das raízes sugerem que a colonização neste nicho é limitada a dominância de poucos táxons, inclusive alguns deles ainda não reportados como endofíticos em plantas. Além disso, redes bacterianas foram mais complexas na rizosfera comparada ao solo adjacente e táxons identificados com abundância no solo rizosférico e raízes de C. procera são descritos como habitantes dos mesmos nichos em outras plantas. Parte destes são relatados com contribuições benéficas em diferentes hospedeiros vegetais, sugerindo uma possível seleção de comunidades potencialmente benéficas no estabelecimento bem-sucedido de C. procera em ambientes adversos. O presente estudo fornece uma análise abrangente das comunidades microbianas associadas a C. procera em ambientes contrastantes e disponibiliza informações que podem contribuir para o conhecimento acerca das interações planta-microbioma em condições adversas.
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As plantas interagem com uma série de microrganismos em seus habitats naturais. Membros benéficos do microbioma vegetal desempenham importantes papeis na sanidade, desenvolvimento e adaptabilidade das plantas, seja auxiliando no crescimento ou protegendo o hospedeiro vegetal contra a ação de estresses bióticos e abióticos. O Nordeste brasileiro contém uma ampla biodiversidade de plantas nativas e exóticas. Essa região semiárida compreende o Domínio das Caatingas, abrangendo uma vegetação adaptada às condições adversas resultantes do regime de chuvas desiguais. Dentre as espécies de plantas que se destacam em ambientes extremos do Nordeste está a Calotropis procera (Aiton) W. T. Aiton. Dotada de uma extrema capacidade de sobrevivência em ambientes desertos e áridos, no Brasil C. procera ocorre especialmente em condições salinas próximo a costa e em solos semiáridos da Caatinga. Diante do sucesso adaptativo dessa espécie frente a tais ecossistemas, o presente trabalho objetivou analisar o microbioma de C. procera em dois ambientes distintos (semiárido e litoral pernambucano) por meio da metagenômica, a fim de compreender a diversidade bem como o potencial de sua microbiota associado na adaptabilidade a ambientes adversos. Para tanto, foram realizadas amostragens em populações naturais de C. procera localizadas em área litorânea e semiárida nos municípios de Paulista e Petrolina, respectivamente. Foram obtidas amostras de raízes e rizosfera para análise molecular e de solo adjacente às plantas de C. procera para análises moleculares e químicas. A análise química dos solos coletados demonstrou que houve diferenças significativas para a maioria das propriedades químicas entre as amostras das duas áreas, com destaque para a presença de solos predominantemente ácidos e com maior teor de nutrientes no ambiente semiárido. As amostras de DNA total foram conduzidas ao sequenciamento metagenômico shotgun na plataforma HiSeq2500. Os dados gerados a partir do sequenciamento foram submetidos a análise de controle de qualidade e demonstraram ótima qualidade para o prosseguimento com as demais análises previstas para o estudo. A partir dos dados obtidos foi possível identificar o perfil taxonômico dos principais grupos bacterianos nas amostras sequenciadas. Pretende-se a partir dos dados do sequenciamento avaliar, além da composição, o potencial funcional do microbioma de C. procera em diferentes condições ambientais¸ visando ampliar o conhecimento da microbiota dessa espécie, ainda pouco explorada na literatura, e associar os dados com a sua sobrevivência diante ambientes extremos.
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JOANA SUASSUNA DA NÓBREGA VERAS
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FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES E ATIVIDADE MICROBIANA EM FLORESTA MADURA E SECUNDÁRIA NO NORDESTE DO BRASIL
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Orientador : LEONOR COSTA MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELE MAGNA AZEVEDO DE ASSIS ARAUJO
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EVERARDO VALADARES DE SA BARRETTO SAMPAIO
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LEONOR COSTA MAIA
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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Data: 04/05/2023
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A Mata Atlântica brasileira é considerada a segunda maior floresta tropical da América do Sul. Devido à sua extensão, apresenta-se como um mosaico de variáveis ambientais (solo, clima e vegetação) e pela riqueza de espécies, com elevada taxa de endemismo, é considerada um hotspot da biodiversidade mundial. Apesar da importância ecológica, a Mata Atlântica sofre contínua exploração de modo que hoje é representada por fragmentos florestais em diferentes estágios de regeneração. No solo, os microrganismos participam de processos fundamentais, como a ciclagem de nutrientes, com produção de enzimas extracelulares, e a transferência de nutrientes pelos fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Ainda não está claro como o processo de regeneração espontânea reflete na microbiota edáfica. Por isso, investigamos a distribuição de FMA e as mudanças decorrentes da regeneração espontânea sobre algumas atividades microbianas do solo em área de Mata Atlântica, em um estudo de meta-análise e a partir de coleta na Reserva Biológica Pedra Talhada, respectivamente. Nossos resultados sugerem que o pH do solo, a temperatura e a vegetação influenciam a distribuição dos FMA, enquanto a atividade biológica do solo é influenciada pela altitude. A perturbação antrópica interfere na distribuição dos FMA, mas o processo de regeneração espontânea tem pouco efeito nas atividades enzimáticas extracelulares do solo e na produção de proteínas do solo relacionadas à glomalina.
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A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical da América do Sul, no Brasil abrange uma área de 1.107.419 km2. Devido à grande extensão geográfica, a Mata Atlântica tenha uma variedade de fitofisionomias, geomorfologia, condições micro e mesoclimáticas e compreenda uma das maiores diversidades biológica, considerada um dos hotspots da diversidade mundial. Em virtude da grande diversidade e intensa perturbação que ocorre na Mata Atlântica, a criação de áreas protegidas tem sido utilizada como uma ferramenta para conservar in situ a biodiversidade e tentar conter o aumento das pressões antrópicas sobre os remanescentes florestais. No entanto, o simples estabelecimento de unidades de conservação (UC) seja de uso sustentável ou de proteção integral, não garante a proteção dos recursos naturais. Estudos têm mostrado que entre os micro-organismos do solo, os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são considerados como um grupo funcionalmente importante de ecossistemas terrestres, uma vez que formam associação simbiótica mutualística com a maioria das espécies vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade, a estrutura, a composição e a diâmica dos FMA e a qualidade do solo em ambientes naturais e antropizados na REBIO Pedra Talhada. Quatro coletas de solo e raízes, foram realizadas no período seco e chuvoso em áreas naturais e antropizadas na Reserva Biológica de Pedra Talhada PE/AL. Em cada área foi traçado um transecto, com cinco parcelas, coletando-se três amostras simples em cada parcela, totalizando 90 amostras por coleta. Foram analisados: número de glomerosporos, a riqueza, a colonização, a produção da glomalina pelos FMA e as propriedades químicas e as atividades da b-glicosidase e da urease do solo de cada área. Foram registrados 42 táxons de FMA. Acaulospora e Glomus foram os gêneros mais representativos. Maior riqueza e maior números de espécies foi registrada na área natural. Em contrapartida, maior densidade de esporos e maior atividade da urease foram observadas nas áreas antropizadas. Não houve diferença entre as áreas para a b-glicosidade, a colonização e a proteína do solo relacionada à glomalina. O modelo atual de implantação e gerenciamento de UCs não é eficiente para conter a pressão exercida por agentes antrópicos na Mata Atlântica, levando a uma menor riqueza dos FMA com a perda de espécies exclusivas em função da prevalência de espécies mais generalistas.
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MARIA ISABEL DE ASSIS LIMA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE EXTRATOS DE PLANTAS DA CAATINGA
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Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
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WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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Data: 30/06/2023
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As leishmanioses é uma parasitose de importante espectro clínico, causada por protozoário do gênero Leishmania, que por muito tempo esteve no grupo de doenças tropical negligenciadas e necessita de novas alternativas para o seu tratamento, pois, ainda não possui vacinas disponíveis para humanosos, os medicamentos empregados possuem uma elevada toxicidade, apresentam vários efeitos colaterais, requerem longos períodos de administração e são administrados em sua maioria por via parenteral. Nessa perspectiva, os produtos naturais são uma fonte rica de substâncias bioativas e a Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil com grande diversidade de espécies vegetais e muitas delas utilizadas na medicina popular, o que configura um grande potencial para a descoberta e formulação de novos medicamentos. Neste trabalho, investigou-se a atividade antileishmania In vitro de extratos de plantas da Caatinga frente à Leishamania infatum e Leishmania amazonensis. As espécies vegetais foram coletadas na área de reserva da Caatinga localizada no Instituto nacional do Semi-árido (INSA) em Campina Grande. Os extratos foram obtidos por meio do Extrator Acelerado por Solvente (ASE) e a atividade antileishamnia foi realizada a partir do método colorimétrico do MTT (brometo de 3-metil [4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5 difeniltetrazólio). Foi investigada a atividade antileishmania de 13 espécies de planta e da maioria foram obtidos extratos das folhas e do caule, totalizando 20 extratos avaliados. Sete espécies apresentaram atividade: três, baixa atividade (Ocotea duckei, Commphora Leptoleos e Hymeneae cangaceira); quatro, moderada atividade (Hymeneae rinoflora, Mimosa tenuiflora, Ziziphus joazeiro) eu uma, alta atividade (Croton sonderianus). O extrato com alta atividade antileishmania foi obtido do caule de Croton sonderianus e apresentou ICs50 de 7,5 e 8,8 µg/mL para L. infantum e L. amazonensis, respectivamente. Os extratos das espécies com moderada e alta atividade antileishmania tiveram sua atividade citotóxica avaliada em linhagens de células Vero, macrófago RAW 264. e fibroblastos de linhagem 2979. Apenas os extratos do caule de Z. joazeiro e de C. sonderianus mostrou atividade citotóxica, contudo o índice de seletividade dos dois extratos foi maior que o dos fármacos padrões utilizados para o tratamento da leishmaniose. A análise por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e varredura (MEV) revelou alterações causadas nos promastigotas de L. infantum e L. amazonensis após tratamento com a IC50 do extrato etanólico do caule de C. sonderianus, como: surgimento de vacúolos e desintegração das membranas celular e nuclear, bem como aglutinação celular e perda do material citoplasmático. Esses resultados apontam diferentes espécies vegetais cujos metabólitos possuem efeito leishmanicida promissor, especialmente a espécie Croton sonderianus. É necessário o fracionamento do extrato e isolamento de metabólitos secundários a fim identificar os componentes ativos responsáveis pela ação encontradas.
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As leishmanioses são um complexo de doenças parasitárias causadas por protozoário do genero Leishmania, inseridas no grupo de doenças tropicais negligenciadas. Os principais medicamentos utilizados no tratamento das leishmanioses são antimoniais pentavalentes e anfotericina B. Contudo, esses medicamentos estão associados a sérios efeitos colaterais devido à toxicidade elevada. Portanto, é necessária a busca de novas drogas leishmanicidas. Nesse contexto, os produtos naturais são uma fonte de novas moléculas ativas. Neste trabalho, investigou-se a atividade antileishmania dos extratos hexânicos, acetato de etila, etanólicos e metanólicos de Ocotea fasciculata e Ocotea glomerata. A obtenção da IC50 (concentração da amostra teste que inibi 50% do crescimento dos parasitas em relação ao controle) foi realizada a partir do método colorimétrico do MTT (brometo de 3-metil [4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5 difeniltetrazólio). O MTT avalia a atividade metabólica das células com base na redução desse sal por desidrogenases, que resulta na produção de cristais de formazan intensamente corados no interior das células. A avaliação dos extratos mostrou que apenas a espécie O. fasciculata apresenta interessante potencial leishmanicida sobre formas promastigotas de L. amazonensis e infantum. Os três extratos mais ativos foram: o Extrato Etanólico Bruto, o extrato hexânico e o Extrato de Acetato de Etila, sendo este último o de maior eficácia. A partir de análises cromatográficas dos extratos, sugere-se que o ativo responsável por tal atividade esteja em maior concentração no extrato acetato de etila. Para identificação da substância ativa será necessário realizar, numa próxima etapa, processos de fracionamento, purificação, isolamento e caracterização.
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RITA SANTANA DOS REIS
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Mastócitos na dura-máter e no pericrânio de ratos wistar: ação da melatonina e da capsaicina na degranulação.
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Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO MORAES VALENCA
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SANDRA LOPES DE SOUZA
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DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
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MARIA ROSANA DE SOUZA FERREIRA
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JULIANA RAMOS DE ANDRADE
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Data: 13/07/2023
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Os mastócitos são células inflamatórias de ação neuroimunomoduladoras, que atuam na integração dos sistemas imunológico e nervoso. A dura-máter é a camada mais externa das meninges cranianas, responsável por proteger o encéfalo. Na face externa dos ossos do crânio e aderido a ele está o pericrânio, mais uma camada protetora da região craniana. Uma molécula capaz de interferir na formação e o desencadeamento dos processos doloros, é a melatonina, o hormônio do controle do ciclo circadiano. O presente trabalho buscou avaliar a atividade dos mastócitos da dura-máter de ratos Wistar frente ao uso de melatonina in vivo, analisando sua taxa de degranulação, frente à estimulação com capsaícina, SIF e melatoninae, correlacionar os resultados obtidos com a migrânea, bem como, investigar a existência de mastócitos residentes no pericrânio e se estes interferem na atividade funcional dos mastócitos da dura-máter. Para tal, foram utilizados ratos Wistar que foram separados em três experimentos: Experimento I: pré-tratamento com melatonina. Experimento II: Estimulação in situ da dura-máter. Experimento III: Análise do pericrânio. Após experimentação, todos os animais foram eutanasiados, as amostras de dura-mater e pericrânio foram conservadas e posteriormente, processadas histologicamente para identificação dos mastócitos granulados e degranulados. No experimento I, o pré-tratamento com melatonina nos machos demonstrou diminuição da taxa de degranulação dos mastócitos quando a dura-máter foi estimulada com SIF (p=0,05) e nesse mesmo grupo, as fêmeas apresentaram uma maior atividade de degranulação (p≤0,001). Para o experimento II, o estimulo in situ não evidenciou alterações em nenhuma das observações realizadas. E, no experimento III, foi constatada a presença de mastócitos residentes no pericrânio. Também foi identificado nos machos do grupo que sofreu estímulo mecânico, que quando o pericrânio é estimulado localmente com capsaícina, ele apresenta uma maior degranulação em relação ao estimulo com NaCl a 0,9% (p=0,03). Há uma diferença na taxa de degranulação entre machos e fêmeas deste grupo, quando estimulados in situ com NaCl a 0,9% (p=0,0002). E, na comparação dos hemipericrânios entre os grupos estimulados e não estimulados, há uma maior taxa de degranulação celular no grupo estimulado, apresentando bilateralmente, respectivamente, p=0,008 e p=0,001. Por fim, foi identificado que a atividade dos mastócitos do pericrânio não altera o comportamento dos mastócitos encontrados na dura-máter subjacente. Diante dos achados entendemos que a melatonina é uma molécula com potencial de ação nos mastócitos durais, o pericrânio possui sua própria população de mastócitos e que respondem aos estímulos mecânicos e químicos do ambiente, porém, sua ativação não interfere na ativação dos mastócitos durais.
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A migrânea é um dos tipos de cefaléias mais comuns. É considerada como um distúrbio neurológico incapacitante e causador de comorbidades, resultando em graves prejuízos funcionais durante os anos produtivos dos indivíduos que possuem essa condição. A migrânea estimula a dura-máter a partir do sistema trigeminovascular com a liberação de grandes concentrações de CGRP, bem como, aumenta a atividade dos mastócitos, que respondem ao estímulo sintetizando citocinas e outras moléculas inflamatórias, como a histamina. Uma molécula envolvida nos surtos migranosos é a melatonina, que atua de forma preventiva, diminuindo os gatilhos indutores da migrânea. Porém, muitos são os caminhos pelos quais um surto podem ser desencadeado, e, nem todos os tratamentos são eficazes, além de alguns causarem efeitos adversos. Desta forma, o presente trabalho objetivou avaliar a degranulação dos mastócitos da dura-máter de ratos Wistars estimulados In situ com a utilização de capsaícina como parámetro de observação e a resposta a um tratamento prévio com melatonina In vivo.
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SUÉLLEN PEDROSA DA SILVA
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AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS E TOXICIDADE DE EXTRATO SALINO E LECTINA DE FOLHAS DE Portulaca elatior Mart. ex Rohrb.
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
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THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
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CAIO CÉSAR DA SILVA GUEDES
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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Data: 27/07/2023
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O presente trabalho teve como objetivos avaliar atividades biológicas e a toxicidade de extratos salinos de folhas e caule de Portulaca elatior, bem como de uma lectina (PeLL) isolada de suas folhas. As folhas ou caules de P. elatior foram secos, triturados e homogeneizados em NaCl 0,15 M para obtenção dos extratos, os quais foram submetidos à caracterização química por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os extratos salinos foram avaliados quanto à atividade antioxidante e fotoprotetora in vitro. Por fim, o extrato de folhas, com atividades biológicas mais significativas, foi selecionado para os testes de toxicidade in vivo (toxicidade aguda oral e toxicidade dérmica; 1000 e 2000 mg/kg) e in vitro (atividade hemolítica; 7,81–1.000 µg/mL). Para purificação de PeLL, o extrato de folhas foi submetido à cromatografia em coluna de quitina. PeLL foi então submetida a avaliações de sua atividade hemaglutinante (AH) na presença de íons, carboidratos e diferentes valores de pH e temperatura. Foram determinados ainda ponto isoelétrico (pI), massa molecular e estabilidade frente à agentes desnaturantes (por análises fluorimétricas). PeLL foi avaliada quanto à atividade antimicrobiana contra espécies de Pectobacterium e Candida, toxicidade oral aguda in vivo (5 e 10 mg/kg) e atividade hemolítica. Os resultados mostraram que os extratos de folhas e caules de P. elatior possuem em sua composição fenóis, flavonoides, açúcares redutores, terpenos e esteroides. Na atividade antioxidante, o extrato de folhas demonstrou maior eficácia em capturar os radicais livres ABTS+ (CI50: 34,15 µg/mL) e DPPH (CI50: 55,44 µg/mL), bem como maior CAT (CI50: 413,3 µg/mL) quando comparado ao extrato de caule. O extrato de folhas apresentou fator de proteção solar (FPS) > 6 nas concentrações de 50 e 100 µg/mL, enquanto o extrato de caule apresentou FPS < 6 em todas as concentrações testadas. Os ensaios de toxicidade in vivo e in vitro apontaram que o extrato de folhas não causou alterações nos parâmetros fisiológicos, hematológicos e bioquímicos dos camundongos, bem como apresentou baixa ação hemolítica. No que concerne à purificação de PeLL, a cromatografia do extrato de folhas em coluna de quitina resultou em um único pico de proteínas adsorvidas e eluídas com ácido acético. PeLL apresentou AH específica de 744,2 (fator de purificação de 1.695 vezes), uma única banda polipeptídica em eletroforerse para proteínas nativas ácidas, pI 5,4 e massa molecular de 20 kDa. A lectina teve sua AH inibida por manose, galactose, Ca2+, Mg2+ e Mn2+. A AH de PeLL se manteve estável mesmo diante do aquecimento a 100 °C, embora tenham sido detectadas alterações conformacionais através das análises fluorimétricas das amostras após aquecimento. PeLL apresentou AH mais expressiva na faixa de pH ácido (3,0–6,0). A lectina apresentou concentração mínima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CMB) de 0,185 e 0,74 μg/mL, respectivamente, para todas as cepas de Pectobacterium avaliadas. Além disso, PeLL apresentou CMI e concentração mínima fungicida (CMF) de 1,48 μg/mL para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei; e CMI e CMF de 0,74 e 2,96 μg/mL, respectivamente, para C. parapsilosis. Nenhuma atividade hemolítica in vitro ou sinais de toxicidade aguda in vivo em camundongos foram observados.
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A biodiversidade brasileira inclui uma gama de espécies vegetais que produzem moléculas com atividades antimicrobiana, antioxidante e fotoprotetora, entre outras. Essas propriedades estão diretamente relacionadas à presença de compostos bioativos, como metabólitos secundários, proteínas e polissacarídeos. Dentre as proteínas, destacam-se as lectinas, proteínas capazes de se ligar de forma seletiva e reversível a carboidratos, possuindo diversas atividades biológicas. O presente trabalho teve como objetivos avaliar atividades biológicas e a toxicidade de extratos salinos de folhas e caule de Portulaca elatior, bem como de uma lectina (PeLL) isolada de suas folhas. As folhas ou caules de P. elatior foram secos, triturados e homogeneizados em NaCl 0,15 M para obtenção dos extratos salinos, os quais foram submetidos à caracterização química por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os extratos salinos foram avaliados quanto à atividade antioxidante pelos métodos de sequestro dos radicais DPPH e ABTS+ e determinação de capacidade antioxidante total (CAT), sendo determinados os valores de CI50 (concentração responsável pela redução de 50% da presença do agente oxidante). A atividade fotoprotetora dos extratos foi mensurada por meio da determinação do fator de proteção solar (FPS) in vitro. Por fim, o extrato de folhas, com atividades biológicas mais significativas, foi selecionado para os testes de toxicidade in vivo (toxicidade aguda oral e toxicidade dérmica; 1000 e 2000 mg/kg) e in vitro (atividade hemolítica; 7,81–1.000 µg/mL). Para purificação de PeLL, o extrato de folhas foi submetido à cromatografia em coluna de quitina. PeLL foi então submetida a avaliações de sua atividade hemaglutinante (AH) na presença de íons, carboidratos e diferentes valores de pH e temperatura. Foram determinados ainda ponto isoelétrico (pI), massa molecular e estabilidade frente a agentes desnaturantes (por análises fluorimétricas). Por fim, PeLL foi avaliada quanto à atividade antimicrobiana contra espécies de Pectobacterium e Candida, toxicidade oral aguda in vivo (5 e 10 mg/kg) e atividade hemolítica. Os resultados mostraram que os extratos de folhas e caules de P. elatior possuem em sua composição fenóis, flavonoides, açúcares redutores, terpenos e esteroides. Na atividade antioxidante, o extrato de folhas demonstrou maior eficácia em capturar os radicais livres ABTS+ (CI50: 34,15 µg/mL) e DPPH (CI50: 55,44 µg/mL), bem como maior CAT (CI50: 413,3 µg/mL) quando comparado ao extrato de caule (CI50 de 628,80, 2.499 e 9.475 µg/mL nos ensaios de ABTS+, DPPH e CAT, respectivamente). Isso também foi observado para a atividade fotoprotetora, com o extrato de folhas apresentando FPS > 6 nas concentrações de 50 e 100 µg/mL, enquanto o extrato de caule apresentou FPS < 6 em todas as concentrações testadas. Os ensaios de toxicidade in vivo e in vitro apontaram que o extrato de folhas não causou alterações letais nos parâmetros fisiológicos, hematológicos e bioquímicos dos camundongos, bem como apresentou baixa ação hemolítica. No que concerne à purificação de PeLL, a cromatografia do extrato de folhas em coluna de quitina resultoi em um único pico de proteínas adsorvidas e eluídas com ácido acético. PeLL apresentou AH específica de 744,2 (fator de purificação de 1.695 vezes), uma única banda polipeptídica em eletroforerse para proteínas nativas ácidas, pI 5,4 e massa molecular de 20 kDa. A lectina teve sua AH inibida por manose, galactose, Ca2+, Mg2+ e Mn2+. A AH de PeLL se manteve estável mesmo diante do aquecimento a 100 °C, embora tenham sido detectadas alterações conformacionais através das análises fluorimétricas das amostras após aquecimento. PeLL apresentou AH mais expressiva na faixa de pH ácido (3,0–6,0). A lectina apresentou concentração mínima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CMB) de 0,185 e 0,74 μg/mL, respectivamente, para todas as cepas de Pectobacterium avaliadas. Além disso, PeLL apresentou CMI e concentração mínima fungicida (CMF) de 1,48 μg/mL para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei; e CMI e CMF de 0,74 e 2,96 μg/mL, respectivamente, para C. parapsilosis. Nenhuma atividade hemolítica in vitro ou sinais de toxicidade aguda in vivo em camundongos foram observados.
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RUANA CAROLINA CABRAL DA SILVA
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PROSPECÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E PREDIÇÃO IN SILICO DE LECTINAS DE FEIJÃO-CAUPI VISANDO À SELEÇÃO DE UM NOVO COMPOSTO ANTIMICROBIANO
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Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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KATIA CASTANHO SCORTECCI
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Data: 31/07/2023
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As lectinas têm despertado atenção por seu potencial biotecnológico e no melhoramento de plantas. O feijão-caupi apresenta importância econômica, bem como disponibilidade de recursos genômicos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e caracterizar lectinas no genoma e transcriptoma do feijão-caupi, avaliando sua estrutura e função através de abordagens bioinformáticas. Bibliotecas de RNA-Seq foram geradas a partir de tecidos radiculares e foliares, coletados nos tempos de 25 e 150 minutos para desidratação radicular e 60 minutos e 16 horas após injúria e inoculação viral com vírus fitopatogênicos (CABMV ou CPSMV). Sequências-sonda de lectinas foram recuperadas em bancos de dados específicos e alinhadas contra o genoma e transcriptoma da espécie. Foram identificadas 246 lectinas candidatas no genoma da espécie. Desse total, 76 com regiões de peptídeo sinal e pontes de dissulfeto identificadas. A expressão diferencial apontou 13 transcritos induzidos e três reprimidos no tempo de 60 minutos, bem como oito candidatos induzidos e dois reprimidos com 16 horas para o CABMV. Por sua vez, 14 candidatos foram induzidos e 11 reprimidos com 60 minutos enquanto para o CPSMV no tempo de 16 horasum transcrito mostrou-se induzido e dois foram reprimidos. Sob desidratação radicular foram identificados seis transcritos induzidos e dez reprimidos com 25 minutos, além de 28 induzidos e cinco reprimidos com 150 minutos. A an´lise de Neighbor Joining demonstrou a formação de três grupamentos no transcriptoma e dois no genoma. A atividade antimicrobiana revelou 35 lectinas que apresentaram atividade antifúngica e três antibacteriana. Dos alvos, 12 sequências foram modeladas, revelando certa conservação, principalmente das folhas beta. Na dinâmica em meio aquoso algumas estruturas se mantiveram estáveis ao longo da análise, enquanto outras apresentaram pontos de oscilação. Os candidatos identificados foram promissores, onde realizou-se para validação por qPCR, assim como para desenho racional e geração de análogos de peptídeos vegetais.
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As diversas atividades biológicas atribuídas às lectinas têm despertado atenção por sua potencial aplicação biotecnológica e no melhoramento de plantas. O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma espécie de grande importância econômica e disponibilidade de recursos genômicos. Nesse contexto, o presente trabalho buscou identificar e caracterizar lectinas de feijão-caupi, avaliando sua estrutura e função através de abordagens bioinformáticas, a fim de selecionar candidatos para testes in vitro, com vistas ao desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos. Bibliotecas de RNA-Seq foram geradas a partir de tecidos radiculares da cultivar Pingo-de-ouro, coletados em dois tempos distintos (25 minutos e 150 minutos após desidratação radicular). Para o estresse biótico, o RNA-Seq foi gerado a partir de tecido foliar das cultivares BR-14 mulato (resistente ao CPSMV e susceptível ao CABMV) e IT 85F-2687 (resistente ao CABMV e susceptível ao CPSMV) coletados em dois tempos distintos (60 minutos e 16 horas) após a inoculação do acesso resistente ao vírus citado. As sequências-sonda de genes candidatos de lectinas foram recuperadas de bancos de dados, sendo alinhadas posteriormente via tBLASTn e HMMER3 contra o genoma e o transcriptoma da espécie. Em seguida, foi realizada a prospecção estrutural e funcional a partir de ferramentas de análise in silico. Foram identificadas, após retirada de redundâncias, 2149 e 246 lectinas candidatas nos transcriptomas e genoma analisados, respectivamente. Desse total, 197 possuíam domínios conservados e íntegros no transcriptoma e 76 no genoma. Além disso, a busca por domínios conservados possibilitou a identificação de cinco domínios distintos em ambas as análises: B_lectin; B_lectin superfamily; Lectin_legB; Lectin_legume_LecRK_Arcelin_ConA e Lectin_L-type superfamily. Foram identificadas regiões de peptídeo sinal (especialmente nas sequências genômicas) e pontes de dissulfeto (cerca de 40 padrões). Com relação à expressão diferencial, foram identificados 13 transcritos induzidos e três reprimidos no tempo de 60 minutos, oito candidatos apresentaram-se induzidos e dois reprimidos com 16 horas, para o estresse por CABMV. Por sua vez, 14 candidatos foram induzidos e 11 reprimidos com 60 minutos e um transcrito mostrou-se induzido e dois foram reprimidos com 16 horas após inoculação com CPSMV. Além disso, nove candidatos foram modulados (induzidos ou reprimidos) em mais de um tempo. No que se refere ao estresse abiótico, no tempo de 25 minutos, foram identificados seis transcritos induzidos e dez reprimidos, ao passo que com 150 minutos, 28 foram induzidos e cinco reprimidos, sugerindo que as lectinas são ativadas, em sua maioria, mediante um déficit hídrico mais prolongado. A análise fenética demonstrou a formação de três grupos no transcriptoma e dois no genoma. A atividade antimicrobiana in silico revelou que dos 197 transcritos, 168 tiveram predição como antifúngicos, 15 antivirais e 13 antibacterianos. Por sua vez, no genoma 35 alvos tiveram atividade antifúngica predita e três antibacterianos. Dos alvos do genoma e transcriptoma, 12 sequências foram modeladas, revelando certa conservação, principalmente das folhas beta. Na dinâmica em reação aquosa algumas estruturas se mantiveram estáveis ao longo da análise, enquanto que outras apresentaram pontos de oscilação. Os alvos identificados são promissores para validação por qPCR, assim como para modificação e geração de análogos de peptídeos vegetais a partir do banco de lectinas do feijão-caupi, com possíveis atividades antimicrobianas.
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ELAYNE CRISTINA DE OLIVEIRA RIBEIRO
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AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO FORAME MAGNO NAS MALFORMAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS
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Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROLINA PEIXOTO MAGALHAES
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EULAMPIO JOSE DA SILVA NETO
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JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
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MARCELO MORAES VALENCA
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MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
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Data: 31/07/2023
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O forame magno (FM) tem um importante papel no diagnóstico radiológico e tratamento cirúrgico na invaginação basilar (IB) e Chiari I (MCI). Além disso, o FM dá passagem para importantes estruturas neurovasculares e o líquido cerebrospinal. Este estudo teve como objetivo analisar as alterações que ocorrem no FM na IB, MCI e ambas. A amostra foi composta por 161 ressonâncias magnéticas (RM) de adultos, sendo 37 controles selecionados de forma aleatória e doentes (IB=31; MCI=37 e MCI+IB=56) por conveniência. As RMs foram analisadas no software de visualização Osirix versão 3.8.2. Foram realizadas mensurações lineares, angulares e área no FM. Utilizamos Anova univariada seguida do teste post-hoc de Tukey para avaliar a diferença entre médias das variáveis quantitativas entre os agrupamentos. O grupo MCI+IB feminino teve maiores dimensões de comprimento (p=0,02) e largura (p<0,001) do FM. Na IB e MCI+IB de ambos os sexos tiveram um FM com anteriorização e obliquidade da margem anterior (p<0,001). Os ângulos do FM na IB e MCI+IB em ambos os sexos apresentam uma maior abertura (inclinação) do FM (p<0,001). Na MCI e MCI+IB de ambos os sexos foi observado um FM com área superlotada e consequente redução do espaço liquórico (p<0,001). A obliquidade e inclinação do FM são características da presença da IB evidenciadas pela perda óssea e elevação da margem anterior do FM. A MCI reduz o espaço liquórico pela superlotação das estruturas nervosas no FM. Na MCI+IB ambos os eventos estão presentes de forma acentuada comprometendo ainda mais o espaço do FM.
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A invaginação basilar (IB) e a Malformação de Chiari tipo I (MCI) são malformações da junção craniovertebral (JCV) que acometem a base do crânio. Estas doenças podem estar isoladas ou associadas, em indivíduos assintomáticos ou com sintomas neurológicos progressivos.O forame magno (FM) é uma região de interesse no diagnóstico radiológico dessas doenças, além de ser um local de passagem de importantes estruturas neurovasculares e do líquido cerebrospinal. A morfometria do FM pode contribuir para elucidar lacunas na fisiopatologia dessas doenças e o respectivo papel dos espaços liquóricos. Este estudo teve como objetivo analisar as variações que ocorrem no FM na IB e MCI com e sem associação. Trata-se de um estudo com base em 258 RMs de adultos, tendo 102 controles selecionados de forma aleatória e doentes (IB=42; MCI=45 e MCI+IB=69) selecionados por conveniência. Os exames de imagem foram analisados no software de visualização Osirix versão 3.8.2. Foram realizadas mensurações lineares, angulares e de volume no FM e estruturas sintópicas. Utilizamos ANOVA univariada seguida do teste post-hoc de Tukey para avaliar a diferença entre médias das variáveis quantitativas entre os agrupamentos. O FM tem padrões morfológicos diferentes na IB e MCI, isoladas ou em associação, quando comparado ao grupo controle. Na IB e MCI+IB houve um aumento nas dimensões do FM em comprimento (p<0.001; p<0.001) e largura (p=0.048; p<0.001). A MCI não teve alterações nas dimensões do FM. Ainda nos grupos IB e MCI+IB foi observado uma acentuada obliquidade (p<0.001; p<0.001) e inclinação (p<0.001; p<0.001) do FM. O espaço liquórico foi reduzido em todos os doentes (p<0.001), porém com fatores causais diferentes, seja pela herniação das tonsilas na MCI e/ou inclinação do FM na IB. MCI (p<0.001) e MCI+IB (p<0.001) se associaram com redução do espaço liquórico da cisterna magna pela ocupação das tonsilas cerebelares. Por fim, uma análise parcial observou uma redução da fossa posterior e JCV apenas na MCI+IB (p=0.040).
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JOSELMA MARIA DA SILVA
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EFEITOS ANSIOLÍTICO E ANTIDEPRESSIVO DO EXTRATO E FRAÇÃO PROTEICA DO RIZOMA DE Microgramma vacciniifolia EM CAMUNDONGOS
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROLINA RIBEIRO CORDULA
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
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RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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Data: 01/08/2023
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Microgramma vaccinifolia (Polypodiaceae) é uma planta pteridófita usada na medicina popular para o tratamento de diversas afecções. O extrato salino (ES) e fração proteica (FP) obtidos a partir do seu rizoma demonstraram ações antinociceptiva, anti-inflamatória e antitumoral in vivo. A presente tese avaliou o efeito do tratamento agudo com ES e FP do rizoma de M. vacciniifolia sobre sintomas de ansiedade e depressão em camundongos Swiss. ES foi obtido por homogeneização do pó de rizoma seco em NaCl 0,15 M (10%, p/v) por 16 h a 25ºC. Para obter a FP, o ES foi tratado com sulfato de amônio (60%) por 4h a 25°C. O ES e a FP foram avaliados quanto a concentração proteica, atividade hemaglutinante (AH) e atividade hemaglutinante específica (AHE). Em seguida, ES (100, 200 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) foram administrados de forma aguda em camundongos, os quais foram analisados no teste do campo aberto (TCA) e teste do labirinto em cruz elevado (LCE) para avaliação do efeito do tipo ansiolítico e no teste de suspensão pela cauda (TSC) para avaliar o efeito do tipo antidepressivo. Em uma segunda etapa de experimentos, a FP foi pré-incubada com caseína para bloqueio do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) da lectina. Em outro ensaio, antagonistas monoaminérgicos e da via nitrérgica foram administrados 30 min antes da FP e em seguida o TCA, LCE e TSC foram realizados. ES (7,6 mg/mL; AH: 32 e AHE: 4,210) e FP (5,7 mg/mL; AH: 128 e AHE: 22,456) foram eficientemente obtidos. No TCA não foram observadas diferenças significativas em nenhum dos parâmetros analisados. No LCE, diazepam, ES (100 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) aumentaram o tempo gasto pelos animais nos braços abertos (F: 8,000, p: 0,0012). Ao mesmo tempo, diazepam e todas as doses do ES e da FP reduziram o tempo gasto pelos animais nos braços fechados (F: 6,111, p: 0,0040). No TSC, fluoxetina, ES (100, 200 e 400 mg/kg) e FP (25, 50 e 100 mg/kg) reduziram o tempo de imobilidade dos animais em relação ao controle (F: 23,51, p <0,0001). Os antagonistas monoaminérgicos e inibidores da via nitrérgica reverteram o efeito da FP no LCE e TSC. Por outro lado, o bloqueio do DRC da lectina com caseína não teve efeito sobre a atividade da FP no LCE e TSC. Em conclusão, ES e FP apresentam efeito do tipo ansiolítico e antidepressivo em camundongos. O efeito da FP é dependente das vias monoaminérgica e nitrérgica, mas provavelmente não envolve a ação da lectina.
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A depressão e a ansiedade são doenças que influenciam a qualidade de vida dos pacientes e cuja etiologia envolve interações complexas de fatores ambientais, genéticos, imunológicos e ação de neuromoduladores. Constituem uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e, no caso da depressão, muitas vezes pode ser fatal. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,8% da população mundial são afetadas pela depressão e 3,6% sofrem de ansiedade. Os fármacos atualmente utlizados apresentam efeitos colaterais, tais como insônia crônica, cefaleia, tontura, fadiga, sonolência, náusea, disfunção sexual, amnésia e palpitações. Além disso, estudos têm mostrado que o uso prolongado pode causar dependência e abstinência. Com isso, a busca por novos compostos que possam atuar nessas doenças causando menos efeitos colaterais torna-se necessária. Dentre os compostos encontrados nos vegetais, destacam-se as lectinas, proteínas que contêm um ou mais domínios de reconhecimento de carboidratos. Microgramma vaccinifolia é uma planta pteridófita conhecida popularmente como erva silvina ou cipó-peludo. Na medicina popular, tem sido relatado que o rizoma desta espécie é utilizado para o tratamento de doenças como diarreia e infecções do trato respiratório. A partir do rizoma é possível isolar uma lectina denominada MvRL, que possui ações inseticida, citotóxica contra células tumorais e antifúngica. Fração proteica rica em MvRL apresentou atividades antinociceptiva, anti-inflamatória e antitumoral. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a ação neurofarmacológica de preparações lectínicas (extrato salino e fração proteica) do rizoma de Microgramma vacciniifolia em camundongos Swiss (Mus musculus) frente a sintomas de ansiedade e depressão.
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TULÍBIA LAURINDO SILVA
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AVALIAÇÃO DO PERFIL PROTEICO/PEPTÍDICO E DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS DA SECREÇÃO CUTÂNEA DE Leptodactylus vastus LUTZ 1930 (AMPHIBIA: LEPTODACTYLIDAE)
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Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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EMMANUEL VIANA PONTUAL
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THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
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ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
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POLLYANNA MICHELLE DA SILVA
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Data: 02/08/2023
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A primeira barreira entre os anfíbios e o ambiente é o tegumento, envolvido com funções como proteção mecânica, defesa contra patógenos, controle da passagem de água, respiração, percepção sensorial, coloração e camuflagem. Este tegumento é composto por epiderme e derme, onde há presença de glândulas que secretam diferentes compostos bioativos. Leptodactylus vastus é uma rã endêmica do Brasil que ocupa diferentes biomas e pode ser encontrada em toda a região Nordeste brasileira. A presente tese teve como objetivo investigar o perfil proteico e peptídico da secreção de glândulas cutâneas de L. vastus (SLV) e avaliá-la quanto às atividades hemolítica e antimicrobiana, bem como efeitos sobre a coagulação sanguínea. SLV foi coletada por meio de eletroestimulação manual. Para avaliar o perfil proteico, foram realizadas as seguintes etapas: dosagem de proteínas; eletroforese em gel de poliacrilamida em condições desnaturantes (SDS-PAGE) seguida po espectrometria de massas (EM); avaliação da presença de proteases similares à tripsina; ensaio de hemaglutinação; teste de nibição de tripsina. SLV foi avaliada quanto à atividade hemolítica sobre eritrócitos humanos, atividade antimicrobiana contra bactérias (Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis , Escherichia coli e Salmonella enterica serovar. Enteritidis) e fungos (Candida albicans, Candida parapsilosis, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii) e influência em parâmetros da coagulação sanguínea (tempo de protrombina, TP, e tempo de tromboplastina parcialmente ativada, TTPA). Na caracterização do perfil peptídico, SLV foi submetida à cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (RP-HPLC) e as frações foram testadas quanto à à capacidade de inibir o crescimento de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. A fração mais ativa foi submetida a EM e sequenciamento de aminoácidos por degradação de Edman. SLV apresentou uma concentração de proteínas de 2,25 mg/mL. Em SDS-PAGE, foi possível observar a presença de sete bandas polipeptídicas. EM revelou similaridade das proteínas presentes nas bandas 3, 4 e 5 com a enzima metanotiol oxidase (uma proteína ligadora de selênio) das espécies de rãs aquáticas Xenopus tropicalis e Xenopus laevis. SLV contém diferentes proteases, porém não foi detectada a presença lectinas (atividade hemaglutinante) e inibidores de tripsina. SLV apresentou baixa atividade hemolítica (máximo de 8,6%) e não apresentou atividade antibacteriana nem antifúngica contra os isolados testados. Quanto aos efeitos na cascata de coagulação foi observado que a SLV prolongou significativamente o TP, chegando a 90 segundos nas maiores concentrações da amostra (50 e 100 µg/mL) e o TTPA, atingindo até 54 segundos no ensaio com 100 µg/mL da secreção. O perfil de SLV em RP-HPLC indicou 26 picos (frações) de peptídeos (absorbância a 216 nm), dos quais 7 foram capazes de inibir o crescimento de S. aureus e/ou E. coli em até 25% e apenas 1 (fração 25) inibiu o crescimento de E. coli em 25% e de S. aureus em 50%. Recromatografia da fração 25 resultou em 2 picos, sendo que o primeiro apresentou uma massa molecular de 2510.7 Da e sequência GLLDVLKGAA KNVVGGLASK VMEKL, indicando se tratar de uma ocelatina. Quando isolado, esse peptídeo foi capaz de inibir em quase 100% o crescimento das bactérias E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa a partir das concentrações de 16, 32 e 128 µM, respectivamente. Em conclusão, a secreção cutânea de L. vastus contém uma proteína ligadora de selênio já detectada na pele de outros anuros, porém sem função totalmente esclarecida, bem como moléculas capazes de inibir o processo de coagulação sanguínea e peptídeo antimicrobiano da classes das ocelatinas. Os resultados estimulam a continuidade de estudos de bioprospecção dessa secreção e identificação de outras proteínas e peptídeos bioativos.
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A primeira barreira entre os anfíbios e o ambiente é o tegumento, envolvido com funções como proteção mecânica, defesa contra patógenos, controle da passagem de água, respiração, percepção sensorial, coloração e camuflagem. Este tegumento é composto por epiderme e derme, onde há presença de glândulas na pele, uma característica comum entre todos os anfíbios. Algumas dessas glândulas são conhecidas como glândulas de veneno e secretam diferentes compostos bioativos. Leptodactylus vastus é uma rã endêmica do Brasil que ocupa diferentes biomas e pode ser encontrada em toda a região Nordeste brasileira. A presente tese como objetivo caracterizar o perfil proteico/peptídico da secreção de glândulas cutâneas de L. vastus (SLV), avaliar seu potencial como fonte de agentes citotóxicos contra células neoplásicas e sua atividade antimicrobiana contra bactérias e fungos patogênicos. A coleta de SLV foi realizada por meio de estimulação manual do tegumento com o animal imerso em um béquer contendo aproximadamente 60 mL de água Milli-Q. O material extraído (SLV) passou por processo de liofilização e foi estocado individualmente a -20º C. Para avaliar o perfil proteico de SLV, foram realizadas as seguintes etapas: dosagem de proteínas; determinação de atividade de tripsina, ensaio de hemaglutinação e teste de inibição de tripsina; e eletroforese em gel de poliacrilamida em condições desnaturantes (SDS-PAGE). As bandas observadas foram excisadas do gel, digeridas com tripsina e submetidas à análise por espectrometria de massas e as frações com maior intensidade de absorbância a 216 nm foram submetidas a espectrometria de massas. Também foi avaliada a atividade hemolítica de SLV sobre eritrócitos humanos tipo O+. A atividade antimicrobiana de SLV foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo contra cepas-padrão de Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis , Escherichia coli e Salmonella enterica serovar. Enteritidis, bem como cepas de Candida albicans, Candida parapsilosis, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. As frações obtidas com o fracionamento cromatográfico de SLV na coluna de fase reversa foram avaliadas quanto à capacidade de inibir o crescimento de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. SLV apresentou uma concentração de proteínas de 2,25 mg/mL. No perfil eletroforético, foi possível observar a presença de sete bandas polipeptídicas. A análise revelou similaridade das proteínas presentes nas bandas 3, 4 e 5 com a enzima metanotiol oxidase das espécies de rãs aquáticas Xenopus tropicalis e Xenopus laevis. Não foi detectada a presença de tripsina, lectinas (atividade hemaglutinante) e inibidores de tripsina em SLV. O perfil obtido no fracionamento cromatográfico de SLV revelou diversos picos de peptídeos, os quais foram submetidos à espectrometria de massas. Os espectros obtidos estão sendo analisados. SLV não apresentou atividade hemolítica nem atividade antibacteriana frente S. aureus, E. faecalis, E. coli e S. enteritidis. SLV também não foi capaz de inibir o crescimento das cepas de fungos testadas. Da mesma foram, nenhuma das frações contendo peptídeos de SLV exibiu atividade inibitória sobre as bactérias testadas. Os próximos passos incluem a análise dos picos correspondentes aos peptpídeos e a avaliação de citotoxicidade contra células tumorais e efeitos de SLV sobre a coagulação sanguínea.
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CECILIA MACIEL PRADO
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Imunossensor eletroquímico nanoestruturado para detecção quantitativa do H-FABP, um marcador de injúria miocárdica
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Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
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PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
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ERIKA KETLEM GOMES TRINDADE
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EDUARDO PADRON HERNANDEZ
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GILVÂNIA MARINETE DE SANTANA
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Data: 04/08/2023
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Uma nova plataforma para detecção eletroquímica com atividade redox inerente mediada por azul de metileno (MB) foi desenvolvida com base em uma superfície catalítica de politionina-CNT@MB. Neste estudo, nanotubos de carbono (CNTs) foram funcionalizados com MB para desenvolver um nanocompósito depositado sob um filme fino de politionina condutora (PTh). Isso permitiu um aumento nas áreas de superfície eletroativas, levando a uma melhor sensibilidade e detecção da proteína de ligação de ácidos graxos do coração (H-FABP) com alta atividade catalítica. O H-FABP é um biomarcador de infarto agudo do miocárdio (IAM) precoce altamente sensível. Modificações graduais da superfície nanoestruturada foram caracterizadas por técnicas eletroquímicas, confirmando assim a deposição do filme de PTh e a formação do nanocompósito CNT@MB. A plataforma sensora apresentou uma resposta linear de 2,5 a 25,0 ng/mL e LOD de 3,1 ng/mL em amostras comerciais de H-FABP e um cutoff de 15 ng/mL de HFABP. A superfície do sensor apresentou boa precisão, especificidade e reprodutibilidade para detecção de H-FABP. As vantagens deste trabalho incluem testes rápidos com passos mínimos pelo simples uso de uma superfície redox catalítica intrínseca, como tentativa de promover uma alta sensibilidade. A boa reprodutibilidade e a faixa clínica obtida com este imunossensor suportam sua utilidade como uma ferramenta potencial para testes de diagnóstico precoce do IAM, com a vantagem de ser um método passível de portabilidade.
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Uma nova plataforma para detecção eletroquímica com atividade redox inerente mediada por azul de metileno (MB) foi desenvolvida com base em uma superfície catalítica de politionina-CNT@MB. Neste estudo, nanotubos de carbono (CNTs) foram funcionalizados com MB para desenvolver um nanocompósito depositado sob um filme fino de politionina condutora (PTh). Isso permitiu um aumento nas áreas de superfície eletroativas, levando a uma melhor sensibilidade e detecção da proteína de ligação de ácidos graxos do coração (H-FABP) com alta atividade catalítica. O H-FABP é um biomarcador de infarto agudo do miocárdio (IAM) precoce altamente sensível. Modificações graduais da superfície nanoestruturada foram caracterizadas por técnicas eletroquímicas, confirmando assim a deposição do filme de PTh e a formação do nanocompósito CNT@MB. A plataforma sensora apresentou uma resposta linear de 2,5 a 25,0 ng/mL e LOD de 3,1 ng/mL em amostras comerciais de H-FABP e um cutoff de 15 ng/mL de HFABP. A superfície do sensor apresentou boa precisão, especificidade e reprodutibilidade para detecção de H-FABP. As vantagens deste trabalho incluem testes rápidos com passos mínimos pelo simples uso de uma superfície redox catalítica intrínseca, como tentativa de promover uma alta sensibilidade. A boa reprodutibilidade e a faixa clínica obtida com este imunossensor suportam sua utilidade como uma ferramenta potencial para testes de diagnóstico precoce do IAM, com a vantagem de ser um método passível de portabilidade.
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JAINALDO ALVES DA COSTA
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Perfil fitoquímico e avaliação de toxicidade e atividades biológicas de extrato salino de folhas de Euphorbia hirta L.
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Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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MEMBROS DA BANCA :
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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Data: 29/08/2023
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Euphorbia hirta L. (Euphorbiaceae), é utilizada devido às suas propriedades antimicrobianas, antidiabéticas, antitumorais e anti-inflamatórias. A presente tese avaliou constituintes e atividades biológicas do extrato salino (ES) de folhas de E. hirta. ES obtido após extração da farinha de folhas com PBS 0,1 M, pH 7,5 contendo NaCl 0,15 M (10%, p/v) foi avaliado quanto a presença de constituintes e ensaios in vitro determinaram a atividade antioxidante e citotoxicidade em células de sarcoma 180. Ensaios in vivo utilizando camundongos foram realizados para a determinação de toxicidade oral aguda e genotoxicidade do ES usando a dose de 2000 mg/kg enquanto para a determinação das atividades antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatória as doses de 50, 100 e 200 mg/kg foram investigadas. A atividade antitumoral foi avaliada em camundongos com sarcoma 180, a determinação da atividade antinociceptiva foi realizada usando o teste de contorções abdominais induzida por ácido acético e o teste da formalina, enquanto para a avaliação da atividade anti-inflamatória foram usados os testes de edema de pata e peritonite induzido por carragenina. Cromatografia líquida de alta eficiência detectou a presença de ácido gálico (0,239 ± 0,0021 g% (0,86%)) e ácido elágico (0,482 ± 0,0018 g% (0,37%)). Os teores de fenóis e flavonoides no ES foram de 107,3 ± 0,7 mg EAG/g e 22,9 ± 0,4 mg EQ/g, respectivamente. ES exibiu atividade antioxidante moderada com IC50 (µg/mL) de 490,8 ± 0,2 (DPPH), 569,6 ± 0,5 (ABTS) e 3246,1 ± 0,5 (CAT). ES foi citotóxico para sarcoma 180 com IC50 de 10,0 e 10,6 µg/mL em 48 e 72 h de incubação, respectivamente. ES (2000 mg/kg) não produziu mortalidade ou sinais de intoxicação, contudo promoveu diminuição no consumo de ração em comparação ao controle não tratado. Os parâmetros hematológicos dos animais tratados não foram alterados enquanto a análise do perfil lipídico revelou redução de triglicerídeos, LDL-c e VLDL. Análise dos órgãos não detectou alteração no peso relativo e no padrão histológico. ES não promoveu danos ou mutações no DNA. ES foi antitumoral contra sarcoma 180 causando redução no peso do tumor de 72,32 %, 70,25% e 70,89% nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg. ES inibiu significativamente o número de contorções nas doses de 50 (84,0 ± 4,0%), 100 (78,4 ± 9,4%) e 200 mg/kg (62,4 ± 10,6%). Também reduziu o tempo de lambida na primeira fase (69,7 ± 7,8%, 50 mg/kg; 84,6 ± 6,4%, 100 mg/kg e 72,0 ± 8,6%, 200mg/kg) e na segunda fase (99,8 ± 0,1%, 87,4 ± 7,4% e 95,9 ±% nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. ES reduziu a migração leucocitária para a cavidade peritoneal dos camundongos em 52%, 54% e 63% (células/mL). Em conclusão, ES contendo metabólitos secundários é antioxidante, não apresenta toxicidade oral aguda, não é genotóxico, é citotóxico para células de sarcoma 180 e tem atividade antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatória.
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Euphorbia hirta pertencente à família Euphorbiaceae, sendo utilizada para o tratamento de doenças respiratórias, gastrointestinais, inflamatórias e bacterianas. Este trabalho investigou a composição fitoquímica, as atividades antioxidante e a toxicidade in vivo de extrato salino de folhas e também isolou a lectina EhLL (do inglês E. hirtaleaf lectin). As folhas (10 g) foram adicionadas a solução salina tamponada de PBS 0,1 M contendo NaCl 0,15 M pH 7,5 em 28 °C a 4 h, a mistura foi filtrada, centrifugada obtida o extrato bruto e liofilizada. A caracterização fitoquímica foi feita por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH e ABTS (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados representados pela concentração de antioxidante que inibiu 50% dos radicais (IC50). O ensaio de toxicidade aguda usou camundongos albinos Swiss fêmeas administrados oralmente com dose única da infusão a 2000 mg/kg com posterior análise nas primeiras duas horas e durante 14 dias. Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do fígado, baço e rins, coração e pulmão. A genotoxicidade e a mutagenicidade in vivo da infusão (2000 mg/kg) foi analisada através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, respectivamente. A CCD detectou flavonoides, terpenos e esteroides, cumarinas e saponinas e a CLAE detectou ácido gálico e elágico. Foram obtidos valores de 107,3±0,7 µg EAT/mg para fenois totais, 22,9±0,4 µg ER/mg para flavonoides e. Atividade antioxidante (CI50 490,8±0.2 µg/mL e 569,6±0,5 µg/mL, nos testes do DPPH e ABTS, respectivamente). A dosagem apresentou alteração no peso ou o consumo de água e ração, bem como os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais tratados de modo satisfatório. Genotoxicidade e mutagenicidade não foram detectadas na dose de 2000 mg/kg. O extrato foi submetido a precipitação de proteínas utilizando sulfato de amônio 20-40% de saturação e cromatografia da fração precipitada (FP20-40%) em coluna de quitina. A atividade hemaglutinante (AH) foi monitorada ao longo do processo de purificação utilizando eritrócitos de coelho. O perfil eletroforético em condições desnaturantes e em condições nativas foi avaliado em gel de poliacrilamida contendo sulfato sódico de dodecila (SDS-PAGE). Os efeitos do pH, temperatura e íons sobre a AH foram determinados e o efeito de pH e temperatura na conformação. A atividade antimicrobiana contra fungos foi avaliada através da determinação da concentração mínima inibitória (CMI), mínima bactericida (CMB) e mínima fungicida (CMF). O extrato e FP20-40% apresentaram AH específica de 10,5 e 61,1, respectivamente. EhLL adsorveu na coluna de quitina e foi eluida com ácido acético 1,0 M com AH específica de 98,76. EhLL apresentou massa nativa de 90 kDa, sua AH foi detectada em valores de pH de 3,0 a 8,0, foi resistente ao aquecimento até 100°C durante 30 min e não foi estimulada pelos íons divalentes Mg2+, Mn2+ e Ca2+ a 20 mM. EhLL foi agente mostrou atividade antifúngica contra espécies de Candida com CMI e CMF de 3,125 µg/mL. O estudo revela que E. hirta é fonte de compostos fenólicos e agentes antioxidantes e possui EhLL, uma lectina ligadora de quitina, termoestável, ativa em ampla faixa de pH e com ação antibacteriana e antifúngica.
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LUCICLAUDIO CASSIMIRO DE AMORIM
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Investigação do efeito neuroprotetor do óleo fixo de Syagrus coronata em camundongos e Drosophyla melanogaster
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Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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Data: 31/08/2023
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A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa e progressiva do sistema nervoso central. Seus principais sintomas motores são bradicinesia, tremor, rigidez e distúrbios posturais. Syagrus coronata (S.coronata) (arecaceaae)é uma palmeira oleaginosa rica em componentes lipídicos nativa do nordeste do Brasil. Entretanto suas propriedades neuroprotetoras ainda não foram estudadas. O objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial neuroprotetor e antioxidante do óleo fixo de S.coronata em modelos animais de DP induzido por rotenona, utilizando camundongos e modelo de drosophila melanogaster. Para o modelo murino, rotetona (3,0 mg/kg/dia, i.p.), S.coronata (150 mg/kg/dia i.p), levodopa (20 mg/kg/dia, i.p.) e S.coronata (75 mg/kg/dia i.p.) mais levodopa (10 mg/kg/dia, i.p.) foram administrados por 5 dias, seguido por modelos comportamentais de rotarod e campo aberto. Observou-se como resultados que os tratamentos com o óleo, levodopa e óleo mais levodopa reverteram os déficits motores induzidos por rotenona. A histomorfometria mostrou uma diferença estatística no número de células da Glia nos tratamentos em relação ao controle Ainda, o tratamento com o óleo conseguiu reverter as os níveis basais da superóxido, bem como reduziu da NADPH oxidase e elevou a atividade da catalase.. Para o modelo experimental utilizando drosophilas, as moscas foram expostas a uma dieta suplementada com rotenona (50 µM) durante sete dias, com e sem a inclusão de óleo fixo de S. coronata (0,2 mg/g na dieta). Após os tratamentos as moscas passaram por testes comportamentais para análise de alteração motora pelo teste de geotaxia negativa, bem como foi analisado a atividade antioxidante neuroprotetora do óleo pela medida dos níveis de tióis totais, viabilidade celular, peroxidação lipídica, ferro e óxido nítrico. Os achados revelaram que a exposição à rotenona resultou em uma taxa de mortalidade de aproximadamente 30% nas moscas e causou comprometimento locomotor (40%; P < 0,001). Além disso, a administração de rotenona reduziu os níveis totais de tióis (35%,P < 0,01), aumentou os níveis de peroxidação lipídica (30%; P = 0,0152), níveis de ferro (em 100%; P = 0,01), os níveis de óxido nítrico ( 100%; P < 0,01), diminuindo simultaneamente a capacidade redutora das mitocôndrias (40%, P < 0,001). Entretanto, todos os efeitos deletérios da rotenona foram revertidos pelo tratamento com o óleo. Análise de docking molecular revelou que os componentes lipídicos do óleo são capazes de se ligar em enzimas antioxidantes celulares, propondo um mecanismo de como o óleo poderia exercer atividades antioxidantes. Com tudo, este estudo sugere propriedades neuroprotetoras e antioxidantes do óleo S.coronata em modelos de déficits motores induzidos por rotenona em camundongos e em drosófilas.
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A Doença de Parkinson (DP) é uma neuropatologia neurodegenerativa que induz alterações motoras e cognitivas incapacitantes. Observa-se morte de neurônios dopaminérgicos e acúmulos da proteína α-sinucleína sob a forma dos corpos de Lewis, especialmente na substância negra. A terapia é meramente paliativa e se baseia em precursores dopaminérgicos. Syagrus coronata é uma palmeira da família das arecaceae conhecida popularmente como licuri, possui sementes oleaginosa comestível, com potencial de uso para diversos fins. Essa planta produz um óleo com ação antioxidantes e anti-inflamatórias. Mesmo com ampla utilização na medicina popular, ainda é incipiente estudos mostrando a eficácia do óleo de Licuri para patologias. Além do mais, é inexistente dados que mostram os efeitos terapêuticos do óleo em modelos de neuropatologias. Assim, neste presente projeto, objetiva-se avaliar o potencial do óleo de Syagrus coronata em reverter os déficits cognitivos e comportamentais induzidos por rotenona, em modelos animais da DP. Submeteu-se camundongos machos, entre 9-10 semanas, para um tratamento sub-agudo com rotetona, 3mg/kg subcutanea e com o óleo de licuri 150mg/kg ou pela via intraperitoneal ou por gavagem ou ainda o óleo de licuri na forma de emulsão por gavagem. Após 5 dias de administrações, os animais foram treinados nos testes de rota rod, campo aberto, esquiva inibitória e reconhecimento de objetos. Levodopa é um fármaco característico utilizado no tratamento da DP e foi utilizado como controle positivo para este estudo. Avaliou-se que a administração do óleo de licuri sozinho ou sinérgico com o levodopa, em todos as formas utilizadas, reverteu o efeito deletério motor da rotenona no teste de rota rod, sem alterar parâmetros cognitivos. Este estudo sugere uma possível neuroproteção induzida pelo óleo de Syagrus coronata em modelos clássicos da DP induzida por rotenona. Para melhor discutir o efeito do óleo, iremos utilizar o modelo de rotenona em diferentes modelos animais como C.elegans, Drosóphila, bem como iremos analisar por amostras do cérebro dos animais quais metabólitos e proteínas estariam relacionados a essa sinalização por metabolômica e western blot, respectivamente. Ainda, uma análise por bioinformática permitirá descobrir possíveis vias antioxidantes que estariam relacionadas com a reversão do efeito observado.
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ALEXSANDRA DE MORAIS MARTINS
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INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO DO ÓLEO EXTRAÍDO DA ALGA MARINHA Laurencia dendroidea E SEUS POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO EM CÉLULAS HL-60
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Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
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ERWELLY BARROS DE OLIVEIRA
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MARCOS CEZAR FEITOSA DE PAULA MACHADO
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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SUYANA KAROLYNE LINO DA ROCHA
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Data: 29/09/2023
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O câncer é uma ameaça crescente à saúde pública, sendo, portanto, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A busca por novos compostos bioativos para a terapia do câncer é motivada pela necessidade de se obter resultados terapêuticos mais eficazes e que atuem de forma seletiva minimizando os efeitos colaterais. Neste contexto, produtos obtidos de algas marinhas têm-se mostrado uma excelente fonte de compostos bioativos com uma variedade de atividades biológicas e potenciais aplicações medicinais no tratamento do câncer. Neste trabalho o óleo de laurencia dendroidea (OLd) foi submetido à Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Além disso, a atividade citotóxica (0,78 - 25 μg/mL) usando diferentes linhagens de células tumorais humanas HeLa, HL-60, HCT-16, K562, MCF-7 e a linhagem saudável Vero, foram realizadas usando o ensaio colorimétrico MTT. O índice de seletividade (IS) foi calculado em relação aos valores de IC50 obtidos para as células HL-60 e as células Vero. Ainda foram avaliados os mecanismos de ação do Old nas células de leucemia promielocítica aguda. Os compostos silfiperfolan-7-β-ol e (-) -7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram identificados como sendo majoritários no óleo. O Old mostrou citotóxicidade significativa para todas as células cancerígenas (IC50 - 0.06 - 3.78 µg/mL), destacando uma notável citotoxicidade seletiva contra células HL-60 (0.06 µg/mL). O OLd provocou alterações morfológicas e induziu apoptose e necrose de células HL-60, e uma significativa despolarização mitocondrial foi observada. A evidente elevação da população celular na fase sub-G1 sugere influência direta na progressão do ciclo celular. Os resultados obtidos evidenciam o potencial promissor do OLd como agente terapêutico no âmbito oncológico, estabelecendo um alicerce robusto para investigações clínicas futuras, com foco no desenvolvimento de abordagens de tratamento direcionado ao câncer.
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O câncer é uma ameaça crescente à saúde pública, sendo, portanto, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, além de ser responsável por altos impactos sociais e econômicos. A busca por novos compostos bioativos é motivada pela necessidade de se obter resultados terapêuticos mais eficazes e que atuem de forma seletiva minimizando os efeitos colaterais. Neste contexto, produtos obtidos de algas marinhas têm-se mostrado uma fonte rica em substâncias bioativas com atividade biológica e potenciais aplicações medicinais no tratamento de doenças degenerativas e tumores. Neste trabalho o óleo obtido da macroalga marinha L. dendroidea foi submetido à Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Em seguida, o potencial antioxidante do óleo foi avaliado pelos métodos de DPPH, ABTS e Fosfomolibdênio. Além disso, foi avaliada a atividade anticancerígena usando seis linhagens de células tumorais humanas HeLa (Carcinoma cervical humano), NCI- H292 (Carcinoma mucoepidermoide de pulmão), HL60 (Leucemia promielocítica aguda), HCT-16 (câncer de cólon humano), K562 (Leucemia mielocítica crônica), MCF-7(Adenocarcinoma de mama) e linhagens não cancerígenas, Vero (Epitelial normal), e L929 (Fibroblastos de camundongos) usando o ensaio colorimétrico MTT. Os compostos silfiperfolan-7-β-ol e (-) -7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram identificados como sendo majoritários no óleo de L. dendroidea. Das metodologias empregadas não foi possível verificar a capacidade do óleo em sequestrar os radicais livres. A atividade citotóxica mostrou excelentes resultados para todas as células cancerígenas, no entanto, a melhor atividade foi vista para a linhagem HL- 60 com valores de IC50 de 0,30 µg/mL. Os compostos majoritários do óleo de L. dendroidea já foram descritos anteriormente e apresentaram atividades antimicrobiana, antioxidante e inseticida, porém, este é o primeiro estudo na literatura que relata as propriedades citotóxicas do óleo essencial dessa espécie frente a células cancerígenas.
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GLORIA ALICIA MARTINEZ MEDINA
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Estudio del perfil químico y biofuncional de las moléculas presentes en Ustilago maydis
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Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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ARACELI LOREDO TREVIÑO
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JOSÉ SANDOVAL CORTÉS
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MAYELA GOVEA SALAS
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MÓNICA LIZETH CHÁVEZ GONZÁLEZ
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Data: 06/10/2023
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El huitlacoche é o nome comum que se tornou o dos tumores gerados no milho pelo Hongo Ustilago maydis. Isso tem importância culinária, nutricional e medicinal no México, sem embargo, o tipo de moléculas, assim como as atividades biológicas que puderam exercer foram pouco estudadas. O objetivo deste trabalho é caracterizar a bioatividade das moléculas presentes neste alimento tradicional mexicano. Além disso, desenrole uma bebida em pó de preparação instantânea à base de chocolate e huitlacoche usando um design de estrutura simplex, para aumentar o valor nutricional desta bebida. Foi realizada uma análise proximal padrão de acordo com as metodologias relatadas na AOAC, além de uma análise fitoquímica e uma extração de diferentes classes de proteínas. As diferentes frações foram parcialmente descritas. Finalmente, foi analisado o efeito inibidor da α-amilasa, análise de antimicrobianos (Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Staphylococcus aureus) e prebióticos, empregando um extrato acuoso, das frações proteicas (albuminas e globulinas) e uma fração polifenólica parcialmente purificado. Os resultados da análise proximal são semelhantes aos relatados anteriormente por alguns outros autores, as diferenças são geradas pela composição do milho no que se inocula U. maydis ou no período de cosecha. Las proteínas mayoritarias fueron albúminas, globulinas y prolaminas con diversos pesos moleculares. A análise de HPLC-MS detecta a presença de resveratrol 5-O-glucósido, medioresinol, arctigenina e florizina. Todas as frações estudadas mostraram inibição da α-amilasa e as concentrações mais altas de polifenóis (128mg/L e 64mg/L) inibiram o crescimento das bactérias estudadas. Todas as frações promovem mesmo o crescimento das bactérias probióticas Lactobacillus brevis e Lactobacillus paracasei, exceto as frações mais equipadas de polifenóis (124 e 64 mg/L). Se medem a cor, o pH e o índice de sedimentação (SI) para caracterizar as formulações. A cor da formulação apresenta valores L* entre 40,98-74,03, valores a* 7,99-17,88, valores b* 15,41-19,86, valores de pH 6,16-6,38 e SI de 0-90%. O pH e a cor são semelhantes a outras formulações de cacau, e o Índice de Sedimentação (SI) são afetados pela qualidade do cacau, do açúcar, do leite e das múltiplas interações entre os componentes. No entanto, o Modelo Estadístico para Leite, o SI Cacao-Huitlacoche tem um índice de correlação adequado (R2=0,99), boa cor e pH. El huitlacoche é fonte de uma ampla variedade de compostos, os quais poderiam ser aproveitados por seu potencial biofuncional, dando valor agregado ao huitlacoche e dando a capacidade de incorporar alimentos funcionais.
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Não se aplica.
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FRANCIELLY NEGREIROS DE ARAÚJO
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TRANSCRIPTÔMICA DE GENES CODIFICADORES DE QUINASES EM RAIZ DE PINHÃO-MANSO (Jatropha curcas L.) SOB ESTÍMULO SALINO
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Orientador : EDERSON AKIO KIDO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDERSON AKIO KIDO
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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RICARDO YARA
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ROBERTA LANE DE OLIVEIRA SILVA
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VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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Data: 06/11/2023
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Jatropha curcas é uma espécie que apresenta multipla aplicabilidade, com ênfase no seu potencial para redução de danos ambientais, com aplicação na industria de biocombustível e no setor ambiental, visando a fitorremediação, prevenção e controle de erosão do solo. Os trabalhos aqui apresentados tiveram como objetivo, analisar os transcriptomas de acessos contrastantes de J. curcas em resposta ao estímulo salino, visando a mineração de quinases com potencial para aplicação no melhoramento genético da cultura. O estudo sobre o quinoma de J. curcas, teve como foco analisar a diversidade, classificação, estrutura genética, elementos cis-reguladores (ECRs) e fatores de transcrição (TFs). Também prospectamos domínios conservados, atributos físico-químicos e localização subcelular das proteínas quinase (PK). A pesquisa inclui uma análise de RNA-Seq de JcPKs de dois acessos expostos a NaCl (150mM/3h). O quinoma de J. curcas compreende 1.350 PKs codificadas por 872 genes únicos (aproximadamente 3% dos genes codificadores de proteínas da espécie). A análise fenética revelou 20 grupos distintos e 121 famílias/subfamílias. As famílias PK exibem diversidade estrutural significativa, com números variados de íntrons, comprimentos de proteínas, valores de pI e massa molecular. Comparações ortológicas com outras espécies de plantas sugerem forte conservação dos genes PK, variando de 51% (Arabidopsis thaliana) a 78% (Hevea brasiliensis). Os ECRs enriquecidos nos promotores do gene PK estão ligados a TFs como Dof, MIKC_MADS e ERF, o que poderia melhorar as vias de sinalização e os genes responsivos ao estresse. Os dois acessos, Jc171 e Jc183, exibiram estratégias diferentes em resposta ao NaCl, com Jc171 mostrando mais modulação em genes PK, principalmente regulação negativa, do que Jc183. A validação através de ensaios qPCR confirmou candidatos PK específicos. Em outro trabalho, exploramos a diversidade estrutural e características físico-químicas das quinases semelhantes a receptores ricos em leucina (LRR), além disso, uma rede de interação proteína-proteína (PPI) foi construída com base nos genes diferencialmente expressos. O quinoma de J. curcas é composto por 259 proteínas LRR, codificadas por 200 genes únicos. A análise fenética revelou 23 subfamílias LRR, sendo essa a maior e mais diversa família do grupo RLK-Pelle. A estrutura gênica e a disposição dos ECRs apresentaram variação intra e interfamiliar. A maioria das subfamílias encontra-se localizadas na membrana plasmática, reforçando a atuação dessas quinases na percepção de estímulos e mediação da cascata de sinalização. As subfamílias ancoradas na membrana apresentaram similaridade das propriedades proteicas. A rede PPI de Jc171 mostrou que as LRR reprimidasestão associadas a processos metabólicos, de crescimento e desenvolvimento da planta, além da resposta a estímulos. Em Jc183, a rede PPI associou as LRR a regulação de processos biológicos, resposta ao estímulo e regulação negativa da morte celular. Os dados apontam para uma divergência na resposta dos acessos ao estímulo salino, sugerindo que o mecanismo de resposta ao estresse é dependente do genótipo. Esta pesquisa fornece uma base sólida para estudos futuros sobre o papel das proteínas quinases de J. curcas no aumento da adaptabilidade das plantas aos estresses abióticos, contribuindo para o desenvolvimento de culturas tolerantes a condições ambientais adversas.
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Jatropha curcas L. (ou pinhão-manso) é uma espécie de bom potencial para produção de biodiesel, principalmente em solos propensos a déficit hídrico. Mas, a espécie se mostra sensível à salinização dos solos, um fator abiótico que limita os cultivos. Na sinalização celular desencadeada por estímulos abióticos percebidos pelas plantas, a fosforilação de proteínas, pela ação das proteínas quinases, é papel central. O presente trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar genes codificadores de proteínas quinases expressos em raízes de J. curcas após um estímulo salino (150 mM NaCl). Associadas ao genoma de J. curcas foram identificadas 1.303 potenciais quinases, de 20 diferentes grupos, e 110 famílias gênicas. O grupo mais bem representado correspondeu a RLK-Pelle (859), com 66 % das quinases identificadas. A caracterização dos potenciais genes de J. curcas codificadores de quinases (JcPKs) evidenciou uma heterogeneidade estrutural presente no quinoma de J. curcas. Mais da metade das RLKs identificadas foram associadas com membranas, mostrando relação com a percepção de estímulos extracelulares, já os demais grupos ocupariam diferentes compartimentos. Nas regiões promotoras de genes do grupo RLK-Pelle_LRR, os elementos cis-reguladores mais associados a fatores de transcrição (FTs) destacaram os FTs do tipo DOF e MIKC. Muitos dos prováveis FTs que regulariam a expressão dos genes quinases foram descritos em respostas a estresses abióticos. Uma análise comparativa das sequências JcPKs, com similares de outras espécies da mesma família (Euphorbiaceae), mostrou boa similaridade entre os ortólogos. A análise de expressão gênica in silico mostrou diferenças relevantes nas respostas dos acessos estudados após o estímulo salino. O genótipo menos tolerante ao sal (Jc171) modulou mais a expressão gênica das quinases após o sal [257 transcritos diferencialmente expressos: 17 induzidos (UR), 240 reprimidos (DR)] do que o genótipo mais tolerante (Jc183), que modulou significativamente somente 20 transcritos (12 UR, 8 DR). Desta forma, o genótipo Jc171 foi mais informativo na caracterização dos termos de ontologia gênica associados a resposta salina. A predição das estruturas gênicas das quinases de J. curcas, bem como a resposta diferencial dos dois genótipos analisados fornecem uma melhor compreensão das JcPKs expressas após a percepção do sal, em face a um potencial estresse salino.
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KEILA TAMIRES DA SILVA SANTANA
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PERFIL FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, TOXICIDADE ORAL AGUDA, GENOTOXICIDADE, MUTAGENICIDADE E TOXICIDADE REPRODUTIVA DOS EXTRATOS AQUOSO E ETANÓLICO DE Pseudobombax marginatum (A. St.-Hil.) A. Robyns
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
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FRANCISCO CARLOS AMANAJAS DE AGUIAR JUNIOR
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KÁTIA ALVES RIBEIRO
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
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Data: 30/11/2023
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A Caatinga é um domínio exclusivo do território brasileiro, que apresenta espécies de plantas com propriedades farmacológicas promissoras para a saúde humana, como a Pseudobombax marginatum. Essa espécie é conhecida popularmente como “embiratanha”, pertence à família Malvaceae e muito utilizada por comunidades tradicionais para fins terapêuticos, como dor de coluna, cicatrização de feridas, inflamações das vias urinárias, úlceras, bronquite, depressão e cálculo renal. Além disso, é descrita na literatura com propriedades farmacológicas, como antiinflamatória, antinociceptiva, antimicrobiana, antioxidante e antibacteriana. Entretanto, não há estudos sobre o potencial toxicológico in vivo dessa espécie. Diante disso, o presente estudo teve por objetivo avaliar o perfil fitoquímico, a citotoxicidade, toxicidade oral aguda, genotoxicidade, mutagenicidade e toxicidade reprodutiva dos extratos aquoso (ExAq) e etanólico (ExEt) de P. marginatum. Foi utilizada Cromatografia em Camada Delgada (CCD) para a análise fitoquímica dos extratos. As linhagens celulares de Adenocarcinoma da Glândula Mamária Humana (MDA-MB-231) e de Macrófagos (J774A.1) foram avaliadas utilizando o ensaio de redução de tetrazólio para análise citotóxica. Para os estudos experimentais in vivo foram utilizadas 34 ratasalbinas da linhagem Wistar (Rattus norvegicus albinus) com idade de 12 semanas, pesando aproximadamente 200 - 250 g. Foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg dos ExAq e ExEt por via oral nos animais para o teste de toxicidade oral aguda e os testes de genotoxicidade e mutagenicidade. Para a realização da toxicidade reprodutiva foi administrada uma dose 1000 mg/kg/dia do 1º ao 20º dia de gestação das ratas. Para verificação da toxicidade reprodutiva foram analisadas alterações em parâmetros como, comportamentais, fisiológicos, morfológicos, peso corporal e tecidual das ratas prenhes e sua prole. Além disso, foram realizadas análises histomorfométricas nos órgãos dos animais e testes de mutagenicidade e genotoxicidade no sangue e no fígado das ratas prenhes e em sua prole. Nos resultados foram identificados nos ExAq e ExEt da P. marginatum classes de metabólitos secundários, como derivados cinâmicos, flavonoides, taninos hidrolisáveis, taninos condensados, cumarinas e terpenos/esteroides. No ensaio de citotoxicidade o ExEt na concentração mais baixa (12,5 µg/mL) apresentou um aumento estatisticamente significativo (21%) na viabilidade dos macrófagos. Enquanto, o ExAq nas concentrações mais altas (25, 50 e 100 µg/mL) mostrou diminuição estatisticamente significativa (42%) na viabilidade dos J774A.1. Porém, nenhuma das concentrações testadas apresentaram viabilidade celular inferior a 50%, o que indicou uma baixa citotoxicidade do ExAq da P. marginatum. Os ExAq e ExEt na dose única de 2000 mg/kg não apresentaram toxicidade oral aguda, mutagenicidade ou genotoxicidade nos animais. No entanto, o ExEt apresentou diminuição estatisticamente significativa no índice de dano (p<0,0017) e na frequência de dano (p<0,016) no Ensaio Cometa (EC). Nos resultados da toxicidade reprodutivanão foram observadas alterações comportamentais, fisiológicas ou registro de morte durante o período gestacional das ratas, como também não houve diferença no ganho de massa corporal e no peso dos órgãos. Os filhotes não apresentaram alterações na morfologia externa, no peso corporal e no peso do fígado. Os órgãos das ratas e o fígado dos filhotes não apresentaram alterações histomorfométricas. O extrato ExAq não apresentou efeitos genotóxicos ou mutagênicos nas ratas prenhes e sobre sua prole. Mas, no ensaio cometa apresentou diminuição estatisticamente signifivcativa no índice de dano (p <0,032) e na frenquência de dano (p <0,004) no fígado dos filhotes. Esses resultados sugerem uma administração segura dos extratos da embiratanha sobre testes in vitro, in vivo e durante o período gestacional de ratas Wistar. Além disso, indicam efeito antigenotóxico dos extratos da P. marginatum.
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Pseudobombax marginatum conhecida popularmente como “embiratanha”, encontrada amplamente no Bioma Caatinga, é muito utilizada por comunidades tradicionais para fins terapêuticos, como analgésico, cicatrizante, antibacterino e anti-inflamatório. No entanto, não há informações científicas sobre o seu perfil toxicológico. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil toxicológico do extrato de P. Marginatum. O extrato etanólico foi extraído por maceração em 1L de solução etanol a 70% (v/v) e o extrato aquoso foi extraído por maceração em 1L de água destilada. A análise química dos extratos foi realizada por Cromatografia Líquida de Alta eficiência (HPLC). A citotoxicidade de várias concentrações dos extratos (12,5, 25, 50 e 100 μg / mL) foram avaliadas usando o ensaio de redução de tetrazólio na linha celular de Adenocarcinoma Humano da glândula mamária (MDA-MB-231). Os testes de toxicidade aguda, genotoxicidade e mutagenicidade foram realizados em ratas Wistar, nas quais foi administrada uma dose única de 2.000 mg/kg do extrato aquoso e etanólico de P. marginatum, por gavagem. Para o teste de toxicidade aguda foram analisados os parâmetros bioquímicos, consumo de água e ração, comportamento, peso corporal e análises histomorfométricas do fígado, rim e baço dos animais. O ensaio do cometa e o teste do micronúcleo (MN) foram realizados para analisar a genotoxicidade e mutagenicidade. Os resultados mostraram que espectros de UV detectados nos extratos não corresponderam aos compostos padrões da análise realizada, mas apresentam espectros de absorção bem característicos aos ácidos fenólicos. As concentrações dos extratos não diminuíram a viabilidade das células MDA-MB-231. O estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos adversos nos animais tratados com os extratos. Não foi detectado genotoxicidade ou mutagenicidade dos extratos no ensaio do cometa e do teste MN. Foi observado uma diminuição estatisticamente significativa na Frequência de dano e no índice de dano nos animais tratados com o extrato etanólico. Desta forma, os extratos da casca de P. marginatum apresentou ausência de efeitos tóxicos nos testes realizados administrado por via oral.
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ELIANE ALVES BANDEIRA DE CARVALHO
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POTENCIAL FARMACOLÓGICO E EMBRIOTOXICIDADE DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Eugenia pohliana DC.E Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake DA CAATINGA
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Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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ELIZABETH FERNANDA DE OLIVEIRA BORBA
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MARCIA VANUSA DA SILVA
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MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
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WÊNDEO KENNEDY COSTA
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Data: 27/12/2023
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As investigações acerca das propriedades terapêuticas de plantas medicinais desvendam fontes promissoras de moléculas com expressivo potencial curativo. No cenário específico das espécies Eugenia pohliana e Verbesina macrophylla, ambas encontradas da Caatinga brasileira, apresentam uso popular para o tratamento de diversos quadros patológicos. Além disso, estudos anteriores já demonstraram o potencial farmacológico dessas espécies. E. pohliana conhecida como maçã do mato demonstrou notável atividade antileishmania contra diferentes espécies, incluindo Leishmania amazonensis, L. infantum, L. braziliensis e L. guyanensis, com valores de IC50 entre 14,47 µg/mL e 44,60 µg/mL. Embora não tenha apresentado atividade significativa nos ensaios DPPH e ABTS, o óleo essencial revelou uma notável inibição de 82,08% no ensaio CAT. Além disso, a análise do perfil citotóxico do óleo essencial de E. pohliana contra células cancerígenas revelou uma expressiva atividade inibitória em linhagens como MCF-7, NCI-H292, K-562 e HL-60. O óleo essencial de V. macrophylla, popularmente conhecida como assa-peixe evidenciou uma notável redução na multiplicação dos parasitas, indicando seu potencial como agente leishmanicida com IC50 entre 36,09 e 178,40 µg/mL. Além disso, destacou-se por sua marcante atividade antioxidante, superando o padrão utilizado como referência. A presença de citotoxicidade em linhagens tumorais aponta para um potencial terapêutico multifacetado destes óleos essenciais. Para além desses aspectos farmacológicos, o estudo estendeu-se à avaliação dos potenciais efeitos embriotóxicos. Mediante o uso de ovos fertilizados de Gallus gallus domesticus como modelo experimental, a pesquisa destacou variações significativas na largura do tubo neural e evidenciou impactos na vasculogênese e angiogênese, particularmente no grupo tratado com V. macrophylla. Consequentemente, estas investigações ressaltam não apenas a relevância da exploração das propriedades terapêuticas das plantas medicinais para o desenvolvimento de tratamentos eficazes e acessíveis, mas também sublinham a indispensabilidade de avaliações toxicológicas abrangentes. Essa necessidade ganha ainda mais destaque quando consideramos contextos delicados, como o desenvolvimento embrionário, reforçando a importância da segurança desses compostos no panorama da saúde humana.
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As leishmanioses é um complexo de doenças negligenciadas causadas por protozoários do gênero Leishmania, que representam um sério problema de saúde pública em toda América Latina e, particularmente, no Brasil. Tendo em vista a gravidade das Leishmanioses, a ausência de uma terapia eficaz de baixo custo, a toxidade das drogas comumente utilizadas e a presença de resistência do parasita ao tratamento, a busca por novas drogas ainda se faz necessária. A biodiversidade existente na flora brasileira e o seu potencial como fonte de moléculas bioativas proporciona à busca de formas alternativas de tratamento desta endemia. Neste trabalho investigou-se as atividades: leishmanicida, anticancerígena, antioxidante e avaliação insilico ADMET das amostras. O extrato metanólico do Felicium decipiens apresentou melhor atividade leishmanicida, seguido do óleo essencial da Eugenia pohliana, da dehydrogoniotalamina e do óleo essencial da Eugenia macrophylla. A atividade anticancerígena foi realiza frente às célula tumorais MCF-7 (adenocarcinoma de mama), NCI-H292 (adenocarcinoma de pulmão), HeLa (carcinoma cervical humano), HL-60 ( Leucemia promielocítica aguda), K562 ( Leucemia mielocítica crônica), e células não tumorais, L929 ( fibroblasto de camundongo) e, células VERO ( células epiteliais), pelo método colorimétrico MTT. Dentre as amostras testadas a dehydrogoniotalamina apresentou melhor atividade anticancerígena, com uma IC50 de 9,64 µg/mL ( HeLa ). O potencial antioxidante das substâncias testadas foi avaliado pelo método DPPH e pelo método do fosfomolibdênio. A Dehydrogoniothalamina apresentou capacidade de sequestrar radicais livres em torno de 57,67 %, pelo método de DPPH. E os óleos essenciais da Eugenia pohliana e Verbesina macrophylla, mostraram capacidade antioxidante total bastante significativa, perfazendo 82,8 e 84,02%, respectivamente.Foi realizada a avaliação in silico ADMET dos compostos majoritários do óleo essencial da Eugenia pohliana e da Dehydrogoniothalamina, utilizando como alvo molecular a enzima essencial a síntese de lipídio da leishmania, a CYP51 ( lanosterol 14α-demetilase ). A avaliação in sílico de ADMET das amostras evidenciou que essas moléculas apresentam boas propriedades farmacocinéticas.
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